Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon

Apesar de entender a namorada, Anahi não podia recuar na sua postura, iria contra o que ela acreditava, e principalmente poderia comprometer o processo que estava na iminência do desfecho. No entanto, protelar o mal estar com Dulce também ia permitir. Assim, desfez-se das roupas e entrou no banheiro, nua surpreendendo Dulce quando sentiu o corpo de Anahi colar no seu sob a água.

-- Anahi... Não...


Dulce murmurou, mas não teve efeito. Anahi passeou com suas mãos pelo corpo molhado da ruivinha que se apoiava com as duas mãos contra a parede.


-- Não? Você não me quer?


O tom da voz de Anahi era ofegante o que só contribuía para excitar Dulce que relutava contra a investida da namorada.


-- Anahi, por favor...


-- Não posso meu amor... Não consigo te quero muito... Quero você...


Dulce sentia seu corpo estremecer com a respiração entrecortada de Anahi que tocava a pele alva da fotógrafa com toda volúpia que seu desejo ditava, no mesmo ritmo intercalava beijos e mordidas pelo pescoço e nuca de Dulce não hesitando em deslizar sua língua pela orelha da ruivinha, bebendo a água que escorria quente pelos poros excitados de Dulce.


-- Seu corpo me enlouquece Dul... Adoro sentir meu corpo no seu, entrar em você...


Anahi percorreu o sexo de Dulce com os dedos explorando, provocando as áreas mais sensíveis até alcançar seu clitóris protuberante onde se deteve massageando-o com a precisão ditada pelas respostas do corpo de Dulce. A ruivinha se rendeu ao prazer que os movimentos de Anahi provocavam: gemeu alto enquanto a loira roçava seu sexo pelo seu bumbum arrebitado:


-- Não para Any, vai entrar em mim vai...


Enchendo-se da languidez colossal que se apossava de cada célula do seu corpo, Anahi preencheu o sexo de Dulce arrancando-lhe o gemido rouco que anunciou o auge daquele ato evidente nos espasmos e no gozo abundante derramado pelas pernas de ambas.


Ao menos naquela noite, a discussão tensa foi disfarçada, mas elas sabiam que o novo ponto de tensão entre elas ainda causaria problemas na sua vida em comum.

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O primeiro compromisso de Anahi no seu gabinete era com Lucas. O delegado definia os detalhes dos próximos passos do processo contra Acrisio.


-- Finalmente esse caso vai avançar hein Luc?

-- Quem diria que só avançaria graças ao acusado!

-- Aí você já está forçando a barra Lucas... 

-- Não Anahi. Enquanto você estava lá nos “estates” passeando, Acrisio Savinon disponibilizou o aparato todo para dar agilidade nas buscas, com o nosso equipamento nunca encontraríamos esses corpos tão rápido.

-- Lucas ele tem alguma intenção oculta. Sempre tem. Ele já encontrou uma forma de livrar o filhinho monstro dele das nossas investigações colocando-o em foro privilegiado, agora ficará muito mais difícil conseguirmos enquadrar o Douglas pelos crimes dele.

-- Bom Anahi, eu não sei que tipo de intenção oculta tem nessas atitudes dele em nos fornecer provas para prendê-lo.


-- Nem tanto né Luc? O fato de acharmos os corpos não prova que Acrisio é o mandante ou o assassino.


-- Já é o suficiente para intimá-lo para depor, já que a fazenda é dele. Estou esperando só o resultado do DNA, para identificarmos de quem se trata.


-- … óbvio que alegará que não sabia de nada, que não autorizou nada, e tudo vai ficar por culpa do infeliz que aceitou ser laranja dele.


-- Anahi não se chateie com o que vou falar. Mas, você devia considerar que Acrisio de fato não ordenou essas mortes, isso te daria uma visão mais imparcial que vai nos ajudar a chegar na verdade.


-- Como é que é? Lucas ele está te manipulando também! Não acredito nisso!


-- Não Anahi não é isso! Você é que está totalmente irredutível sobre a culpa de Acrisio, sem se quer considerar outras possibilidades. Eu sei que você tem seus motivos, suas mágoas para embasar seu julgamento, mas, na sua posição você não pode limitar assim a versão dos fatos.


-- Você não está raciocinando Lucas...


-- Anahi eu acho seu raciocínio está limitado. Por razões pessoais você não está considerando os outros elementos dessa história. Vou intimá-lo para depor, e te mantenho informada.


Lucas deixou Anahi pensativa no gabinete, a promotora se quer notou a chegada de Carla na sala.


-- Anahi eu preciso da sua assinatura nessas petições. Anahi?


Carla tentava chamar atenção da chefe estalando os dedos.


-- Oi Carla.


-- Os papéis...


Carla apontou para a mesa.


-- Eu sabia que você ficaria assim quando o Lucas te contasse sobre o Acrisio.


-- Por falar nisso... O que você contou ao Lucas sobre Dulce e eu? Carla você falou que estamos juntas de novo?


-- O que?! Claro que não Anahi, o que você acha que sou? Uma fofoqueira?


-- Ah você pode ter deixado escapar entre um beijo e outro...

-- Anahi! Eu... Mas...


Sem graça, a assistente disfarçava seu desconcerto quando Anahi confirmou saber do seu relacionamento secreto com Lucas.


-- O que foi? Acha que eu não tinha percebido?


-- Você não comentou nada... Mas a questão não é essa! O fato de estar com Lucas não me faz esquecer minha lealdade com você. O que Lucas soube através de mim é o motivo pelo qual você e Dulce se separaram.



-- Desculpa Carlinha, sei que você não trairia minha confiança. Só fiquei meio irritada com os argumentos dele.


--Eu fiquei surpresa quando ele me contou Any, também me deixou com dúvidas acerca da motivação de Acrisio para colaborar com as investigações. Uma coisa foi a jogada contra as acusações trabalhistas, outra coisa é esse apoio para descobrir as provas de assassinato. Acho que ele conquistou ao menos o benefício da dúvida.



Anahi fez menção de retrucar a afirmação da amiga instintivamente, mas Carla a impediu com um gesto.


-- Anahi, eu sei o que você pensa. Mas, acho que está na hora de você abrir o leque de hipóteses, inclusive sobre Acrisio não ser culpado desses assassinatos.


Anahi permaneceu no gabinete mastigando aquelas informações, processando as opiniões que escutara inclusive a da sua namorada, a reação de Dulce e o medo daquele ponto de tensão no seu relacionamento com a filha do acusado encheu a promotora de dúvidas sobre suas conclusões no caso mais importante da sua carreira até então.


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Dulce estava animada com a definição da exposição itinerante na embaixada americana no Brasil. Era a primeira vez que o seu trabalho seria exposto no seu país, isso além de apavorar dava um gosto de vitória que aliviava Dulce dos acontecimentos dramáticos que enfrentava.


E foi no seu trabalho que Dulce se focou, evitando até mesmo conversar com Anahi sobre o caso do seu pai, tentando assim não macular a frágil tranquilidade entre elas. 


Danilo a mantinha informada sobre a investigação na fazenda, insistindo para que Dulce procurasse o pai para se entender com ele, afirmando a boa intenção do pai na colaboração da busca de provas. Entretanto, o temor em enfrentar o pai e toda aquela demanda de mágoas, desentendimentos e ressentimentos acumulados, somados a fatídicas discussões e guerras emocionais minava qualquer passo de Dulce em direção ao pai