Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon

O beijo foi longo o suficiente para dissipar qualquer vestígio de dúvida sobre a realidade da cena.


-- Adoro suas loucuras meu amor. Quem disse que eu estava aqui?


-- A Vanessa me salvou da ira da Marieta quando me estabaquei no chão do quintal da sua casa... Agora sou oficialmente uma “cadela” que escorregou pelo muro da sua casa... Então a Vanessa me disse que você estava estressada, e decidiu vir pro sitio dos seus avós, supus que você estaria aqui.


-- Vamos sair daqui, quero te levar a um lugar...


-- Você quer me levar pro meio do mato? Está escurecendo já Any!


-- Você já está no meio do mato Dul! Além do mais sei que você não veio a pé, a estradinha para lá passam carros, vamos?


Seguiram para o carro que Dulce alugara a fim de não chamar atenção quando chegasse à cidade, Anahi tomou as chaves da mão da namorada e anunciou:


-- A surpresa agora quem te faz sou eu...


Dulce sorriu e consentiu. Em poucos minutos, Anahi estacionou mantendo os faróis do carro acesos, indicando o local incrível em que estavam: uma cachoeira escondida.


-- Uau! – Dulce exclamou.

-- Vamos antes que escureça de vez...

-- Vamos pra onde?


-- Tomar banho meu amor.


Anahi disse descendo do carro e se despindo diante da luz dos faróis.


-- O que você está fazendo sua louca?! – Dulce perguntou assustada.


-- Estou me preparando para tomar banho, vai me dizer que a moça da cidade toma banho de cachoeira vestida?


Anahi disse exibindo seu corpo nu com as mãos na cintura provocando Dulce.


-- … perigoso Any! E se aparecer alguém ou algum bicho sei lá!


-- Você está mesmo dizendo isso pra alguém que já pulou de um carro em movimento, pra alguém que escapou de um atropelamento e de um atentado a bomba?! Está com medo Dul? Vai mesmo perder isso tudo aqui?


Dulce ruborizou, meneou a cabeça e passou as mãos pelas pernas para enxugar o suor delas.


-- Não vem? Pois eu estou indo!


Anahi disse antes de pular das pedras na água.


-- Amor você não vem mesmo?


Dulce se apressou em sair do carro e igualmente se desfazer das roupas e saltar ao encontro da namorada.


-- Ai que água gelada!


Dulce exclamou enquanto Anahi gargalhava.


-- Vem cá então que vou te esquentar.


Anahi envolveu a cintura de Dulce colando seus corpos.


-- Ui... – Dulce deixou escapar.


-- Ainda não fizemos amor assim, tendo só a natureza como testemunha...


Anahi sussurrou sensualmente, apertando aquele abraço encostando Dulce em uma grande pedra próxima a cascata.

-- Quero você Dul, me toca...


Dulce não hesitou, encaixou sua coxa entre as pernas da namorada, deslizou sua mão pelos seios de Anahi em seguida sugou-os com sofreguidão, à medida que se deliciava ali, a loira se enchia de volúpia cravando nas costas alvas de Dulce suas unhas, deixando escapar gemidos e uma súplica:


-- Toma tudo meu amor, é tudo seu...


Anahi puxou o corpo de Dulce para mais perto do seu, roçando seu sexo na coxa de Dulce em um movimento contínuo e sincronizado, inundando o sexo de ambas fazendo crescer a excitação que não demoraria a leva-las ao ápice. 


Ainda com os corpos trêmulos, abraçados, Dulce como atraída pela abundância da umidade vinda do sexo de Anahi, deslizou seus dedos e a preencheu suavemente, mas de maneira precisa, deixou seu polegar livre para massagear o clitóris edemaciado da loira levando-a de novo a um orgasmo incontrolável.


-- Adorei esse contato com a natureza meu amor. – Dulce disse ao ouvido de Anahi.


-- Coisas que só o interior pode dar...


-- Ui... Adoro seu interior... – Dulce disse maliciosa.

-- Você é muito safada Dul...


-- Ué, não estou dizendo nenhuma safadeza. Acho que seu interior é acolhedor, quente... Bem diferente da sua mão gelada aqui nas minhas costas.


-- Minhas mãos estão na sua cintura meu amor...


-- Então o que é isso gelado nas minhas costas?


-- Ah... Uma bichi..nha...


-- Bicho? Ai ai, tira! Tira!


Dulce sacudiu o corpo, pulou na água tentando afastar a visitante indesejada, enquanto Anahi caía em uma crise de risos com a cena.


-- Saiu? Saiu o bicho?


-- Dul, era só uma perereca... Uma pererequinha inofensiva...


Anahi pausava para controlar o riso, encarando Dulce que ainda se sacudia.


-- Quem diria... A corajosa e convicta lésbica Dulce Savinon fugindo de uma perereca?!


-- Ah você está me zuando? Pow! Aquela coisa gelada nas minhas costas!


Anahi não conseguia parar de rir, até Dulce usar sua principal arma: atacou a cintura da namorada provocando cócegas, até caírem na água e se entregarem a um beijo intercalado com mordiscadas nos lábios e queixos.


-- Agora eu estou congelando, vamos sair daqui... – Anahi disse com os lábios roxos.



Correram para o carro depois de se vestirem de qualquer jeito, pulando para driblar o frio.


-- Você vai deixar o carro onde estava, próximo aquela árvore. Vou deixar a janela do meu quarto aberta para você entrar, vai ter que ficar escondida, tudo bem?


-- Acho que quando nossa relação deixar de ser clandestina vai perder a graça.


-- Acha mesmo é?


-- Acho. Você sabe, adoro emoção...


-- Sei... Meu amor, depois de te ver saltitar com medo de uma perereca, sua coragem e seu espírito aventureiro estão seriamente comprometidos!


Anahi gargalhou. Dulce estreitou os olhos e respondeu:


-- … isso que se ganha sendo fiel... A zuação da namorada!


-- Hã?


-- Eu só deixo uma perereca se apossar do meu corpo, expulso as outras, e você fica aí me zuando...


Anahi gargalhou de novo.


-- Você não vai me dissuadir, por melhor que sejam seus argumentos, eu vou te zuar pelo resto da vida por isso!