Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon

Com a alma leve, Dulce retornou a São Paulo. No entanto, aquele bem-estar ficou abalado quando chegou ao seu endereço provisório onde Anahi a esperava.


-- Não queria mais voltar meu amor?


-- O tempo estava ruim, e só agora pouco a decolagem foi liberada. Tudo bem com você?


-- Um pouco preocupada, a audiência de instrução começará na segunda-feira e estou com receio de interrogar minha namorada.


-- Sobre isso, esperava que ao menos você me comunicasse que fui intimada, nem isso você podia me dizer?


-- Foi puro esquecimento Dul, me desculpe.



-- Tudo bem, eu já esperava ser intimada. Não motivo para se preocupar, repetirei aquilo que disse a você, Lucas e Carla.


-- Mesmo sabendo que isso incrimina seu novo querido pai?


-- Senti sarcasmo na sua pergunta Any?


-- Desculpe meu amor, mas estou mesmo com medo que sua aproximação com seu pai te faça hesitar em falar a verdade e que isso é justamente o que ele quer...


-- Anahi espera um pouco... – Dulce interrompeu. – … esse seu medo? Sua preocupação é que eu prejudique sua linha de acusação? Eu pensei que você estava preocupada com meus sentimentos em entregar meu pai justamente quando caminhamos para uma reconciliação...



-- Reconciliação? Nossa... Então você está mesmo disposta a perdoar tudo que ele te fez? Que fez a sua mãe? Que nos fez? Até tentar me matar Dulce?



-- Anahi toda essa história tem dois lados, e estou dando a oportunidade de meu pai me mostrar o lado dele.


-- Incrível... Tenho medo até de o Acrisio ter o poder de convencer o júri todo com essa versão de “pai herói injustiçado”.


-- Incrível é como esse seu sarcasmo está me irritando ultimamente... – Dulce deixou escapar.


-- Talvez tanto quanto me irrita seu lado de filha ingênua e carente.


Dulce encarou Anahi magoada.


-- Dul me desculpe não quis dizer isso...


Anahi se aproximou, mas, Dulce instintivamente deu dois passos para trás. 


-- Vou para meu apartamento Anahi, preciso trabalhar e estamos falando coisas que nos arrependeremos depois.


-- Não Dul, não vai. Você acabou de chegar, não quero que você saia assim, magoada comigo...


-- Vamos nos magoar mais se eu ficar aqui... Amanhã nos falamos.


Anahi fechou os olhos sentindo o desgosto de ver Dulce saindo do apartamento sem sequer olhá-la. Dulce por sua vez, amargava a mágoa e o medo do namoro delas não resistir aquele desgaste.

Trancada em seu quarto escuro, onde revelava as fotos feitas na noite anterior na fazenda, Dulce se viu dividida. Contemplando as fotos penduradas dela com Acrisio dançando a ruivinha abriu um sorriso, mas imediatamente os olhos marejaram, talvez por emoção pelo carinho que sentia renascer por seu pai, mas principalmente por tal evento não ser compreendido por sua namorada e isso representar uma ameaça ao amor delas.

Em outro tanque uma foto dela com Anahi estava submersa, acidentalmente uma das substâncias químicas fixadoras se espalhou pela água estragando-a. Uma estranha sensação abateu a fotógrafa, quase premonitória.

-- Posso entrar?


Anahi bateu à porta surpreendendo Dulce.


-- Claro que pode...


Anahi se aproximou quase tímida.


-- Eu não consegui dormir imaginando você aqui sozinha com raiva de mim...


-- Saiu de casa a essa hora sozinha? Os policiais te seguiram?


-- Não... Eu vim quase fugida para cá...


-- Any isso é perigoso, você está correndo risco.


-- Sim, estou. Correndo o risco de te perder, e isso está me apavorando Dul.


Dulce abraçou Anahi ao notar a voz da loira embargada.


-- Eu não quero que seu pai nos afaste outra vez Dul, e isso está acontecendo, mesmo sem que ele interfira diretamente...


Anahi disse isso olhando para as fotos da namorada com o pai, que Dulce acabara de revelar.

-- Shi... Não vamos falar do meu pai agora.


Dulce segurou o rosto de Anahi com as duas mãos e repetiu:


-- Meu pai não está nos separando meu amor. Nós estamos nos afastando. Mas, não vamos deixar que isso aconteça, eu te amo, você não vai me perder nunca...


-- Promete? 


-- Não preciso prometer Any, eu vou lutar pelo nosso amor a vida toda. Por que minha vida é você.


-- Mas eu sei que você está magoada comigo.


-- Any eu quero que você seja minha mulher, quero compartilhar tudo com você, e não dividir minha vida em duas: uma com minha família e uma com você. Eu preciso que você compreenda isso e queira o mesmo que eu para que construamos nossa vida juntas.


-- Eu quero meu amor.


Dulce sorriu e beijou Anahi delicadamente. A loira continuou o beijo se insinuando, roçando os lábios pelo queixo e lábios de Dulce, deslizou o dorso da sua mão pelo decote da blusa da fotógrafa, despertando o arrepio na pele da ruivinha que suspirou profundamente.


Anahi continuou suas carícias, e lentamente empurrou Dulce até a porta, habilmente desabotoou o fecho do sutiã da ruivinha, liberando-os para sua boca explorar sem pressa os mamilos eriçados perfeitos para seus lábios e língua se deliciarem em cada reação que o corpo de Dulce tinha ao ritmo e intensidade daqueles beijos, mordiscadas que rapidamente encharcaram a cavidade da ruivinha que segurava os cabelos de Anahi com força deixando evidente o prazer que sentia.


O conhecimento que tinham sobre o corpo da outra conduziu os movimentos seguintes. O desejo estava em harmonia com cada toque, beijo, sussurro, gemido. As mãos preencheram o espaço quente que queimava, pulsava, se derretia com a volúpia incessante, inundando e fazendo transbordar pelos pequenos lábios, coxas, a manifestação do gozo incontestável de ambas.