Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon

Os corpos colados e a intensificação daquele beijo acenderam ainda mais a libido das duas, as mãos percorreram a pele de ambas aumentando o calor e a excitação. Lentamente Anahi empurrou Dulce contra um dos carros estacionados e desceu com sua boca pelo pescoço da ruivinha, que fechava os olhos se deliciando com aquela carícia, sentindo o prazer se desenhar em seu corpo, acelerando sua respiração e a vontade de ser inteira de Anahi.

-- Anahi... Vamos sair daqui... – Dulce convidou ofegante.

Tão excitada quanto Dulce, Anahi respondeu apenas balançando a cabeça rapidamente aceitando a proposta.

Enquanto Lucas procurava Anahi pela festa, esta escapava com Dulce em sua motocicleta. No trajeto, o efeito da bebida em excesso que Anahi ingeriu nublou seus sentidos, sentia-se tonta, nauseada, pediu que Dulce parasse a moto.

-- O que você está sentindo Any?

-- Minha cabeça está fora do meu corpo, girando que nem peão...

Dulce não segurou o riso.

-- Quanto você bebeu?

-- Quer que eu responda em ml ou em caretas?

-- Pela careta que você está fazendo agora, imagino que foi o suficiente pra você desejar matar o russo maldito que inventou a vodka não é?

-- Ahan...

Anahi mal terminou de falar e já estava vomitando na calçada, foi amparada por Dulce.

-- Desculpa Dul...

-- Ei! Você acha que eu nunca fiz isso? Relaxa... Vou cuidar de você. Estamos mais perto de sua casa, acha que consegue subir na moto?

Anahi acenou em acordo, segurou firme na cintura de Dulce, repousando a cabeça nas costas na ruivinha que pilotava devagar. Com cuidado, conduziu Anahi até seu apartamento, lavou seu rosto, lhe serviu água, montou a cama no espaço apertado da sala, e acomodou a caloura sob efeito do primeiro pileque.

-- Estou me sentindo uma idiota... – Anahi disse com dificuldade.

-- Por que afundou o pé na jaca? – Dulce brincou deslizando sua mão pelos cabelos de Anahi.

-- Não... Por que estou louca pra te beijar, mas acho que não acerto sua boca se me levantar daqui...

Dulce gargalhou.

-- Você não precisa se levantar pra me beijar sua boba...

Dulce se aproximou de Anahi beijando seus lábios delicadamente. Trocaram um sorriso, em seguida Anahi falou, contornando os lábios de Dulce com seus dedos:

-- Seus lábios são doces, não pararia de te beijar nunca mais...

-- Então por que parou?

Dulce avançou na boca de Anahi, que se entregou ao beijo sem reservas. Sem cessar o beijo, Dulce deixou seu corpo cair sobre o corpo de Anahi, com suas mãos acariciava as pernas da moça, excitando-se vendo a pele dela eriçar. Os movimentos de Dulce despertava em Anahi o que ela sequer sabia que existia. Quando a ruivinha posicionou um de suas mãos por baixo da sua saia, Anahi sentiu seu corpo tremer, seu sexo ficar úmido, deixou escapar gemidos, ao mesmo tempo em que ansiava mais dos beijos e das carícias de Dulce, Anahi se sentia insegura e despreparada para tais sensações, desconhecia sexo, a idéia de que sua primeira experiência seria com uma mulher, naquelas circunstâncias, lhe apavorou e por um momento, hesitou em se entregar totalmente ao desejo.

-- Dulce...

-- O que foi? Eu te machuquei? – Dulce perguntou preocupada.

-- Rápido demais... – Anahi respondeu ofegante.

-- Desculpe-me. – Dulce pediu com sinceridade.

-- Isso é muito novo pra mim Dulce...

Com carinho, Dulce fez um afago no rosto de Anahi, e conseguiu ler nos olhos da moça seus receios, enxergou pureza, e tomada de um sentimento tenro confortou Anahi envolvendo-a em um abraço afetuoso.

-- Dulce, você deve me julgar agora a caipira virgem bobinha...

-- Any... Parei de te julgar quando comecei a te admirar... Só não tinha entendido isso ainda... 

-- Você é uma caixinha de surpresas... Não quero que você pense que eu não quero... Por que quero e muito! 

Dulce sorriu, beijou Anahi delicadamente e respondeu:

-- Claro que me quer até eu me quero! 

Brincou para encerrar o tema que constrangia Anahi. Não era sua intenção banalizar a primeira experiência sexual de Anahi, mesmo correndo o risco de expor o traço romântico de sua personalidade, ansiava para que Anahi confiasse na sinceridade do seu sentimento e a visse como a pessoa mais digna de fazer daquele momento o mais especial de sua vida.

Dulce nem notou quando Anahi adormeceu nos seus braços, a ruivinha demorou a dormir velando o sono dela. Inexplicavelmente, a simples presença de Anahi lhe dava a paz e ao mesmo tempo lhe tirava também. Naquela noite, indo contra todo seu histórico, Dulce sentiu um prazer inenarrável de estar na mesma cama com uma mulher que tanto desejava sem conotação sexual, experimentou a satisfação de estar ao lado de quem queria sem implicações subentendidas, de tocar alguém sem necessariamente ser um ato libidinoso, abraçando o corpo de Anahi também se entregou ao sono com um sorriso nos lábios.

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Anahi acordou com o barulho do liquidificador na cozinha, sem saber ao certo ao menos onde estava, e sentindo sua cabeça ser esmagada, esforçou-se para abrir os olhos como se enfrentasse a resistência da gravidade sobre suas pálpebras.

-- Bom dia, dorminhoca! – Dulce disse despejando o conteúdo do liquidificador em um copo.

-- De onde surgiu esse seu bom humor matinal?

-- Nunca dormi às oito da noite em toda minha vida... Acho que deve ser por isso que caipiras despertam cedo sempre com disposição, dorme-se ao escurecer na roça não é?

-- Eu devia mesmo estar muito bêbada...

Anahi disse esfregando os olhos se sentando na cama.

-- Por que você está dizendo isso caipira?

-- Alucinei acreditando que você me chamava pelo nome.

Dulce sorriu, sentou-se ao lado de Anahi e para surpresa desta, beijou seus lábios demoradamente.

-- Bom dia Anahi.

Sem saber se foi o beijo, ou o sorriso de Dulce, ou ainda, a certeza que não foi devaneio do seu porre a ruivinha chamá-la pelo seu nome, mas a dor de cabeça que sentira pela ressaca deu lugar a um sorriso largo com direito a um brilho no olhar que iluminou Dulce

-- Preparei isso aqui pra você.

Dulce entregou o copo com conteúdo estranho.

-- Não sabia que você tinha habilidades na cozinha... Que entendia alguma coisa.

-- Habilidades? Se você chama de habilidade jogar tudo no liquidificador e ligar o aparelho... Não entendo nada de cozinha, mal consigo acertar o caminho da minha! Mas, de ressaca eu entendo!

-- Que diabos tem nessa gosma?

-- Segredo... Mas, te garanto que vai te fazer sentir melhor, junto com esse comprimidinho aqui.

-- Ah, você anda com o kit ressaca debaixo do banco de sua moto, acertei?

-- Mal agradecida você hein... Encontrei tudo na geladeira, o remédio, desci pra comprar.

Anahi tentava esconder sua perplexidade com os gestos de Dulce, mas não conseguiu. 

-- Não adianta tentar me seduzir com esse olhar faceiro... Vai ter que tomar isso todinho.

Mesmo que não quisesse tomar, Anahi não ousaria desagradar Dulce, encheu-se de coragem, e deu um grande gole daquele liquido de conteúdo desconhecido.

-- Até que não é tão ruim. – Anahi comentou fazendo careta.

Dulce sorriu.

-- Pois trate de tomar o resto.

-- Vou ganhar recompensa?

Dulce apertou os olhos e ficou pensativa.

-- Posso providenciar uma... 

Nem terminou de concluir a sentença e Anahi já tinha esvaziado o copo.

-- E agora, o que ganho?

Como criança ansiosa pelo presente Anahi encarou Dulce.

-- Que tal um banho?

-- Você vai me dar o banho?

-- Que assanhada! – Dulce brincou.

Anahi ruborizou.

-- Você vai tomar banho sozinha, tirar essa cara de ressaca. Depois você ganha a recompensa.

Agindo ainda como criança que cumpre as condições para ganhar um doce, Anahi correu para o banheiro, arrancando a gargalhada de Dulce. Voltou meia hora depois, os cabelos ainda molhados, shortinho curto de malha, camiseta de alça, exalando o cheiro de lírios.

Por segundos Dulce ficou sem ar, disfarçou com um sorriso cheio de malícia, foi inevitável evidenciar o desejo.

-- E agora? Minha recompensa?

Dulce segurou Anahi pela cintura que envolveu seus braços no pescoço da ruivinha, e se entregaram a um beijo sôfrego. Sem se desvencilharem uma da outra, Dulce empurrou Anahi contra o balcão da cozinha, suspendeu a moça que intensificou o beijo, entrelaçando seus dedos nos cabelos de Dulce, puxando-a para mais perto ainda, movida pelo tesão, retirou a blusa da loirinha que retribuiu o gesto. Dulce contemplou os seios de Anahi, deslizou o dorso de sua mão por eles e pelo colo da moça que sentia seu sexo ficar úmido, seus mamilos eriçarem e uma onda de calor tomar conta de toda sua pele.

As mãos de Dulce percorreram as pernas de Anahi, enquanto sugava seus seios. Sentindo que seu corpo reagia sozinho, Anahi não conseguia frear nenhum movimento. Prosseguiu com as carícias, Dulce ousou aproximar suas mãos para desabotoar o short de Anahi quando se impôs um limite, não era assim que ela agiria na primeira vez da garota.

Antes que Anahi interrogasse a outra sobre sua hesitação, a campainha as interrompeu. Completamente atordoada, ruborizada e ofegante, Anahi espiou pelo olho mágico, não soube afirmar de quem se tratava com certeza, se Pedro ou Lucas.

Eita e agora hein???