Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon
Anahi sentiu-se como teletransportada para uma realidade paralela, na qual, as pessoas envolvidas naquela conversa entre Dulce e Lucas, eram apenas personagens fictícios, e nem tão pouco ela era o assunto chave da discussão.
Antes que pudesse ser descoberta ali, deu meia volta no seu trajeto, seguindo por ruas desconhecidas, andando sem rumo. Ao reconhecer o barulho da motocicleta de Dulce, esquivou-se em uma livraria, definitivamente, ela era a última pessoa que Anahi queria ver.
Cansou de percorrer as ruas de São Paulo, se viu sozinha, nem ao menos podia contar com alguém para lhe consolar, ou desabafar, os amigos que fizera naquele pouco tempo, eram Lucas e Pedro, nenhum deles eram os mais adequados a lhe escutar, muito menos Ruth ou alguma das meninas do time de vôlei. Sentindo-se desamparada, parou em um telefone público e ligou para casa de seus pais:
-- Mãe?
-- Minha filha! Acredita que estava pensando em você? Como você está?
-- Oi mãe... Estou bem, só bateu saudades...
A voz embargada de Anahi preocupou sua mãe.
-- Any? Minha querida aconteceu alguma coisa?
-- Não mãe... Só estou sentindo falta de vocês... Queria colo... As pessoas aqui são tão cruéis...
-- Ow minha menina... Você está construindo seu sonho, pense em tudo que você lutou para estar aí. Além do mais, tem o feriado do carnaval, vou falar com seu pai, para te mandar as passagens, você vem, mata as saudades, faço tudo que você gosta, e comemoramos seu aniversário, tudo bem?
-- Ta bom.
-- Any, não deixe que nada te abale, essas pessoas que podem estar te maltratando, não sabem do que você é feita, não conhecem seu valor, você é exatamente do tamanho do seu futuro: grandioso. Não deixe que nada, nem ninguém te convença do contrário, nem muito menos que te desvie do seu caminho.
Dona Fátima não podia imaginar o que se passava com a filha, mas a conhecia muito bem, como toda mãe, era capaz de compadecer-se do sofrimento da filha, mesmo sem saber ao certo a dimensão deste. Entretanto, também sabia que Anahi era uma menina forte, que não se curvaria à primeira dificuldade, o telefonema ainda não era um pedido de socorro, a filha só precisava ser lembrada do que a mantinha longe da segurança de sua família naquela cidade gigantesca e estranha.
Com as palavras de incentivo materno, Anahi acalmou seu coração e seguiu para casa quando caiu a noite. A dor que sentia lhe absorveu até as forças físicas, as escadas do seu prédio pareciam intermináveis, chegando ao seu andar, se surpreendeu com a recepção: Dulce sentada à porta do seu apartamento.
-- O que você está fazendo aqui?
-- Eu estava te esperando, pra conversar com você, me explicar.
-- Esperou em vão, não tenho nada a conversar com você Dulce.
Anahi abriu a porta, afastando Dulce da sua frente.
-- Any escute, por favor, se depois disso você continuar sem ter nada a conversar comigo, eu vou embora, e te deixo em paz, do contrário ficarei aqui na sua porta o tempo que for, até você me escutar.
Anahi deu de ombros, duvidando da ameaça da outra. Entrou no seu apartamento batendo a porta, deixando Dulce do lado de fora. A ruivinha, persistente como Anahi não podia supor, voltou à sua posição anterior, sentou-se junto à porta decidida a cumprir a ameaça.
O simples fato de saber que Dulce poderia estar ali bem perto desequilibrava Anahi. Naquela noite, a menina odiou como nunca a pequenez de seu apartamento, não podia fugir de ouvir pequenos movimentos de Dulce, até sentir seu perfume se espalhar pelo cubículo que lhe abrigava. Andou de um lado para outro, e várias vezes se aproximou da porta, mas desistiu. Ligou a TV em volume alto, na tentativa que isso sufocasse o que seu pensamento insistia em repetir: “ela está aí, a quatro passos de você”.
Cochilou sentada no sofá, acordou abruptamente, sem saber ao certo quanto tempo dormira, mas o silêncio quando desligou a TV a fez acreditar que Dulce se rendeu enfim, e não estava mais ali. Abriu a porta para confirmar suas suspeitas, e para seu susto, a ruivinha que se apoiava na porta, caíra para dentro do apartamento.
-- Ai meu Deus, Dulce não acredito!
Anahi colocou a mão no peito assustada. Do chão Dulce olhava a moça, com a mesma expressão de susto por ter sido acordada assim.
-- Levante-se! – Anahi ordenou.
Dulce como obedeceu prontamente como se aquilo fosse da sua índole, mesmo não sendo.
-- Você está louca? Que horas são? Daqui a pouco os vizinhos vão reclamar por ter alguém dormindo no corredor do prédio!
-- Eu disse que não sairia.
-- Você já conseguiu o que queria, estamos conversando, fale.
-- O que você ouviu da minha conversa com o Lucas, não é totalmente verdade, ele está enganado.
-- Quem estava enganada era eu...
-- Anahi, eu armei sim aquela brincadeira de péssimo gosto com você no trote. A gente sempre apronta com um bicho, de fato uso isso nas festas que animo o lance do blecaute, estava irritada com você, não acreditava que você fosse inocente na história de ter beijado Lucas e Pedro, e armei com a Morgana, dela jogar bebida em você e tudo mais que você sabe. Mas, eu não fotografei, nem muito menos divulguei as fotos.
-- Por que eu acreditaria em você? Você teve todo esse tempo para me contar isso, e não contou!
-- Eu ia contar, só estava esperando o momento certo, a gente se desentendeu tanto, estava curtindo esse momento que estávamos nos conhecendo, dando a oportunidade de você me conhecer e poder confiar em mim. Eu me arrependo sinceramente do que fiz, só posso te pedir perdão pela brincadeira desastrosa.
-- Não te conheço... Não confio em você... Você em menos de um mês me magoou mais que já fui magoada a vida toda.
-- Any...
-- Dulce você já disse o que queria, agora vá embora, me deixe em paz.
-- O que a gente viveu esses dias não significou nada pra você? Você que diz saber me ler, não consegue enxergar o que meus olhos dizem?
-- Não quero te ler, não quero sequer olhar pra você Dulce. Não duvido que você use o que aconteceu entre nós para fazer piada depois, me expor ao ridículo.
-- Você não pode estar falando sério!
-- Por que não? Pode ser só mais uma brincadeirinha sua com a caipira aqui!
-- Um dia você vai se arrepender por não acreditar em mim, peço desculpas sinceras por ter exposto você no trote, mas não vou pedir perdão por algo que não fiz, não tirei foto alguma, vou descobrir quem fez isso, e te provar que não estou mentindo, mas aí, não sei se conseguirei te perdoar por não acreditar em mim.
-- Como você ainda ousa se fazer de vítima injustiçada nisso? … muito cinismo!
-- Não tenho mais nada a dizer... Vou embora agora.
-- Espero que para sempre. – Anahi resmungou. – Mas, antes, leve isso.
Anahi entregou o celular presenteado.
-- Não quero isso, comprei para você, se não o quer, arranje um destino para ele.
Autor(a): angelr
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Dulce deixou o apartamento de Anahi amargando a conseqüência de uma brincadeira estúpida e de uma culpa que não lhe pertencia. Quando chegou à sua casa, se surpreendeu com o seu telefone tocando. -- Alô? -- Dulce? Sou eu. Pegue o primeiro vôo para cá! -- Está louco Douglas! Você me liga no meio da noite ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 327
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mariamarta Postado em 03/09/2021 - 01:58:10
Estou lendo essa fic pela primeira vez. A fic é ótima e muito bem escrita. Anahi é uma idiota, bem burra e fraca, na verdade não consigo sentir pena dela, pq ela é a responsavel pelo proprio sofrimento. Sofre pq é mole e pq não tem voz, deixa que façam dela uma marionete. Gratidão é algo bem distinto disso que ela tá fazendo. É até vergonhoso chamar isso de gratidão. Ela é fraca isso sim
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raphaportiñon Postado em 01/04/2021 - 12:37:53
Meu Deus ... Estou fascinada por essa FIC ... Amo encontrar Fics Portiñon desse nível... Sou apaixonada :) <3
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angelr Postado em 03/12/2014 - 13:40:31
Ai gente que bom que voces todas gostaram, gosto sempre de compartilhar com voces coisas boas que leio
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dyas Postado em 03/12/2014 - 08:55:43
Show *-*' Adorei a web toda. Como eu sofri nessa web, kkk. Beijos s2 - Você é demais! :)
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justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 19:33:31
mds que final lindo ,comfesso q chorei mas meus parabéns ,otima fic !!!
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portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:20:47
Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra de natal seri tipo um presente de natal para seus fãs
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portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:17:21
Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra especial para suas fãs que tal? Capítulo Anterior | Próximo Capítulo Autor(a): angelr PROMOVA A SUA FANFIC: More Sharing ServicesPromova| Share on facebookShare on twitterShare on emailShare on printShare on gmail Comentários da Fanfic (307) Comentários do Capítulo: s só um pedido de natal
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portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 16:41:55
Já estou com vontade de chorar só de pensar que hoje é o último capítulo mi viciei nessa história sério vou sentir muita falta mais já estou lendo sua nova web aconteceu você é estou gostando a Anny está demais atrapalhada que só já ri de cara logo no começo posta logo o fim mata minha curiosidade
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justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:51:25
terminei de ler a poucos minutos uma fic chamada "AMOR IMPROVAVEL" ,ao ir conferir a escritora tenho uma surpresa !! É VOCE QUE ESCREVE kkkk com essa ja são 5 fic's sua que leio , ja virei sua fã ,pode ter certeza que vou ler as outras . VOCE É UMA EXCELENTE ESCRITORA , cada vez que leio uma fic sua me surpreendo !! PARABÉNS .................................. anciosa para o ultimo capitulo.
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angelr Postado em 01/12/2014 - 23:49:33
flavianaperroni - ja sim