Fanfics Brasil - Capitulo 40 Leis do Destino

Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 40

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Anahi era a mais ansiosa na manhã de terça-feira, mas o clima de ansiedade pela chegada de Dulce era coletivo, a fofoca da aposta se espalhou pelos corredores da faculdade, certamente Edu e Cacau se encarregaram disso.

Dulce ainda insistiu por toda segunda-feira para Anahi liberá-la do pagamento da aposta, mas, nem todo seu charme e chantagem amoleceram o coração da garota. Assim, Dulce castigou Anahi com sua ausência na segunda-feira, para ambas aquele dia não teve fim, tamanha a saudade que sentiam.

As risadas e piadas pelo corredor da sala do primeiro período anunciaram que o fato incomum esperado, percorria o campus. Anahi não conteve o riso, ao ver Dulce desfilando todo seu jeito despojadamente urbano contrastando com o vestido florido, as sandálias de couro e duas tranças postiças amarradas no seu cabelo curto.

Dulce fingia que nada estava acontecendo, mantendo seu andado no mesmo ritmo de sempre, entrou na sala do primeiro período, e se sentou na cadeira paralela a de Anahi, se tornara seu novo posto na aula de IED.

Anahi não podendo demonstrar o que sentia, nem tampouco comentar nada, enviou mensagem de texto para Dulce:

-- “Nunca vi caipira mais linda”.

Dulce não esboçou reação, despertando a apreensão novamente em Anahi, temendo que Dulce atribuísse a chacota generalizada a ela. Entretanto, o pior da manhã só aconteceu quando Dorothea entrou na sala para ministrar aula, com o clima de risos ainda reinando. Ao se deparar com a aluna fantasiada, a professora direcionou seu olhar mais furioso, praticamente fuzilando Dulce a cada piscada rápida dos olhos.

-- Mas, que palhaçada é essa?

Depois da pergunta exclamativa da professora, a sala se calou, todos sabiam que Dorothea se referia a Dulce, mas esta fingiu não entender ser o alvo da pergunta.

-- Dulce pode me responder o que você quer com essa afronta?

-- Perdão Meritíssima, mas, que afronta?

-- Acha acaso que não entendo suas piadinhas para me provocar? Essa sua fantasia aí! Saiba que não tenho a menor vergonha de minhas origens! Sou mesmo do interior! Se pensa que vai me ofender com esses trajes, você está se expondo ao ridículo em vão!

Dulce engoliu algumas palavras antes de conseguir concatenar uma resposta à professora, diante da perplexidade dos demais colegas que conheciam o real motivo dos trajes da ruivinha.

-- Meritíssima, creio que há um equívoco na sua interpretação...

-- Cale-se Dulce, antes que lhe expulse da minha aula de uma vez por todas!

Dulce completamente atônita, pela primeira vez na sua história de embates com Dorothea, se viu sem palavras, talvez por que não estava preparada para aquela reação da professora, esperava a chacota como todos fizeram.

-- Mas... – Dulce tentou argumentar.

-- Eu já disse Dulce! Chega! – Dorothea bateu sua mão na mesa violentamente.

-- Professora a Dulce não está fantasiada para lhe provocar! 

Anahi gritou para ser ouvida após o estrondo do gesto da professora.

-- Ora se não é advogada oficial da Dulce! Não acho que seja sensato para você intervir repetidamente nas indisciplinas de sua colega mocinha!

-- Desculpe-me professora, mas nesse caso tenho que intervir, um dos motivos que me fez optar pelo Direito como carreira é o fato de não tolerar injustiças, e é isso que está acontecendo.

-- Está me acusando de calúnia contra sua colega? – Dorothea exibiu sua petulância magistral.

-- Não, não ousaria cometer tal sacrilégio professora, acho que me expressei mal, eu quis dizer que a senhora está equivocada, e como sou parte envolvida nessa caracterização da Dulce, acho que é minha obrigação esclarecer o mal entendido, para evitar que sua imparcialidade no julgamento de seus alunos, se mantenha imaculada.

Astuta, Anahi não poupou falácia, apelando para a vaidade da juíza aposentada.

-- No que exatamente você está envolvida Anahi? 

-- Dulce está vestida assim porque perdeu para mim em um jogo de pôker, minha aposta incluía que ela se vestisse assim, como uma “caipira”, apelido que ela dedica a mim, desde o trote dos calouros, porque assim como a senhora, eu também sou do interior do estado.

Dorothea como se fosse despertada de um transe, ou como se incorporasse uma nova personalidade mudou a expressão tensa do rosto imediatamente.

-- Quer dizer que a Dulce está servindo de palhaça pra toda universidade por que perdeu pra você em um jogo?

-- Isso mesmo.

-- E você a fez pagar pelas vezes que te chamou de caipira... – Dorothea falou mais baixo, como se pensasse sozinha. – Muito bem Anahi.

A frase de incentivo da professora para Anahi surpreendeu todos, especialmente Dulce, que franziu o cenho, estranhando a mudança repentina de tom de Dorothea, que animadamente iniciou a aula, solicitando a opinião de Anahi todo tempo. Não se preocupou em se desculpar com Dulce, nem tão pouco escondeu que a atitude de Anahi conquistara sua simpatia, involuntariamente a novata se tornou a mais nova queridinha de Madimbú.

Ao final da aula, Dorothea não perderia a oportunidade de instigar ainda mais a suposta rivalidade entre sua mais nova pupila e o conhecido objeto de seu desagrado.

-- Na próxima aula, iniciaremos a discussão sobre Ato jurídico, para dar um pouco mais de classe e emoção a aula, vamos simular um júri popular, quero que se distribuam nas respectivas funções, e como nossa cara Dulce, adora ser o centro das atenções, ela será a ré, Anahi, fará as vezes da promotora, alguém se candidata a defendê-la?


-- Eu! 

Uma aluna no canto da sala se ofereceu. 

-- Otimo, lógico, eu serei a juíza. Vocês terão tempo de preparar, temos o feriado de carnaval pela frente, se organizem e até próxima aula!

Dulce recolheu seu material com pressa, deixando evidente sua irritação com a aula, em vão Anahi tentou se redimir pelo que causou sem querer.

-- Dulce eu sinto muito, não quis te expor a isso...

-- Cala a boca caipira! Mesmo que eu esteja com essas roupas, a caipira continua a ser você!

A ruivinha deixou a sala praticamente empurrando quem estava à sua frente. Ruth se aproximou de Anahi, demonstrando uma animação nada contagiante para a colega:

-- Anahi você arrasou com a Dulce! Bem feito pra ela, sujeitinha petulante! Quem podia imaginar que a professora entenderia a fantasia caipira dela como provocação a ela? Você sabia não é?

-- Claro que não Ruth! Isso não está certo, é a segunda vez que a Dulce queima mais ainda o filme dela com a doutora Dorothea por minha causa!

-- Anahi, o filme dela já é queimado com a professora há tempos!

Com a consciência pesando quilos, Anahi saiu da sala sem se despedir de Ruth, à procura de Dulce. Observou de longe Dulce descer as escadas e correu para alcançá-la a caminho do estacionamento. Antes que Dulce encontrasse seu carro, a alcançou e a puxou para dentro de uma cabine de policiamento do campus, abandonada.

-- Acha que vai me evitar a vida toda?

Anahi disse encostando Dulce contra os vidros escuros da cabine.

-- Não estou te evitando, estava indo para casa no meu carro.

Dulce encarou Anahi friamente.

-- Eu juro que não calculei essa reação da Dorothea, não quis complicar ainda mais sua relação com ela, se soubesse disso teria permitido o pagamento da aposta em outro dia que não fosse a aula dela.

-- Agora entendo por que vocês se entenderam... São duas caipiras...

Dulce parecia não se sensibilizar com as desculpas de Anahi, que se angustiava com a frieza da moça.

-- Você não se cansa de ser desagradável? Estou aqui me desculpando com você... Não quero que essa brincadeira estúpida te prejudique, nem muito menos que...

Anahi ficou reticente em declarar seus sentimentos diante daquela postura pouco amistosa de Dulce, bem diferente do seu comportamento de domingo.

-- Nem muito menos que... – Dulce sussurrou encarando Anahi.

-- Que... Você fique com raiva de mim...

-- Minha raiva te incomoda?

Anahi já sentia seu corpo reagir ao contato mais próximo com Dulce. Suas pernas tremiam, e sua boca estava seca denotando a necessidade inquestionável de ser tomada pelos lábios de Dulce.



-- Sua presença me incomoda, não consegue perceber isso? 

-- … isso que causo em você? Incômodo?

Consciente do efeito avassalador que aquela intimidade provocava em ambas, Dulce exagerou no tom de voz sensual ao ouvido de Anahi, que se arrepiava, sentindo o hálito quente da ruivinha pelo seu pescoço.

-- Perturbação... Cada pedaço do meu corpo, cada pensamento, cada sentimento, fica perturbado quando estou perto de você.

Anahi agora podia sentir a excitação percorrer a pele de Dulce, notando-a eriçar quando suas mãos acariciaram os braços dela, aproveitando-se de tal reação, ousou descer suas mãos pelas pernas de Dulce expondo-as levantando seu vestido florido.

-- E essas mãos bobas? O que acha que está fazendo?

Dulce se denunciava, com o rosto e colo ruborizados e sua respiração ofegante.

-- Sua pele me perturba... A maciez dela, o cheiro dela... 

-– Anahi sussurrou continuando seu percurso por baixo do vestido de Dulce.

-- Chega de perturbação!

Dulce se afastou bruscamente, baixando seu vestido, fazendo bico, encenando pudor.

-- Você acha que é só assim? Passar a mão numa moça de família como eu? E minha honra? Minha pureza?

Dulce carregou no sotaque caipira, arrancando a risada de Anahi.

-- Desculpa moça, o que posso fazer pra moça me desculpar?

Entrando no clima de brincadeira Anahi perguntou. Dulce segurou a renda do vestido, riscou o chão com a sandália de couro numa atitude fingida de timidez e respondeu:

-- Promete que vai me respeitar no caminho da roça?

Anahi riu da atuação hilária da outra.

-- Prometo.

-- Ah então não vai ter graça!

Dulce disse agarrando Anahi pela nuca e ordenou:

-- Vamos pra minha casa agora, antes que ninguém mais salve nossa honra depois que nos pegarem aqui transando, por que é isso que vamos fazer o resto do dia!

Anahi não respondeu, beijou Dulce faminta, acendendo ainda mais o tesão das duas, que partiram para o apartamento da ruivinha em um clima de pura paixão. 

Como planejado, as duas se amaram pelo resto do dia no apartamento de Dulce, estreitando a intimidade não só física, mas principalmente, a intimidade de hábitos, histórias, afinidades. Aos poucos se permitiram ficarem nuas uma para outra, uma nudez que transcendia a carnal. Uma nudez de barreiras, de restrições. Anahi se sentia livre, sem amarras, com uma coragem incomum de avançar para novas emoções e novas lutas, se descobria nos braços de Dulce e esta, revelava um lado que se esquecera de cultivar: seu lado dócil, romântico e desarmado, sua personalidade controversa, se mostrava para Anahi de maneira transparente, e incontestavelmente encantadora.


 



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Autor(a): angelr

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A rotina de Dulce e Anahi cada dia as aproximava mais, tal fato só reafirmava o sentimento forte que crescia entre as duas, mas, acendia também os alertas sobre os pontos de tensão do relacionamento delas, um deles era a necessidade de esconder o teor da relação, a fim de não magoar os irmãos Lucas e Pedro, entretanto, outra q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 327



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  • mariamarta Postado em 03/09/2021 - 01:58:10

    Estou lendo essa fic pela primeira vez. A fic é ótima e muito bem escrita. Anahi é uma idiota, bem burra e fraca, na verdade não consigo sentir pena dela, pq ela é a responsavel pelo proprio sofrimento. Sofre pq é mole e pq não tem voz, deixa que façam dela uma marionete. Gratidão é algo bem distinto disso que ela tá fazendo. É até vergonhoso chamar isso de gratidão. Ela é fraca isso sim

  • raphaportiñon Postado em 01/04/2021 - 12:37:53

    Meu Deus ... Estou fascinada por essa FIC ... Amo encontrar Fics Portiñon desse nível... Sou apaixonada :) <3

  • angelr Postado em 03/12/2014 - 13:40:31

    Ai gente que bom que voces todas gostaram, gosto sempre de compartilhar com voces coisas boas que leio

  • dyas Postado em 03/12/2014 - 08:55:43

    Show *-*' Adorei a web toda. Como eu sofri nessa web, kkk. Beijos s2 - Você é demais! :)

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 19:33:31

    mds que final lindo ,comfesso q chorei mas meus parabéns ,otima fic !!!

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:20:47

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra de natal seri tipo um presente de natal para seus fãs

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:17:21

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra especial para suas fãs que tal? Capítulo Anterior | Próximo Capítulo Autor(a): angelr PROMOVA A SUA FANFIC: More Sharing ServicesPromova| Share on facebookShare on twitterShare on emailShare on printShare on gmail Comentários da Fanfic (307) Comentários do Capítulo: s só um pedido de natal

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 16:41:55

    Já estou com vontade de chorar só de pensar que hoje é o último capítulo mi viciei nessa história sério vou sentir muita falta mais já estou lendo sua nova web aconteceu você é estou gostando a Anny está demais atrapalhada que só já ri de cara logo no começo posta logo o fim mata minha curiosidade

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:51:25

    terminei de ler a poucos minutos uma fic chamada &quot;AMOR IMPROVAVEL&quot; ,ao ir conferir a escritora tenho uma surpresa !! É VOCE QUE ESCREVE kkkk com essa ja são 5 fic's sua que leio , ja virei sua fã ,pode ter certeza que vou ler as outras . VOCE É UMA EXCELENTE ESCRITORA , cada vez que leio uma fic sua me surpreendo !! PARABÉNS .................................. anciosa para o ultimo capitulo.

  • angelr Postado em 01/12/2014 - 23:49:33

    flavianaperroni - ja sim


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