Fanfic: Brincando com fogo VONDY (Adaptada) | Tema: Vondy

4°

E por que se importava com isso? Ela nem era seu tipo!
O olhar fascinado seguia viajando por curvas delicadas, mais pele, seios
pequeninos... A gravata-borboleta a transformava em miniatura de coelhinha da Playboy.
Deliciosa. Definitivamente deliciosa.
Ele a encarou e notou uma sobrancelha erguida.
—A entrevista...?
Entrevista? Ucker precisou de um segundo para entender a pergunta. Ah,
sim! Ela não era uma coelhinha. Era uma jornalista.
—Dulce Maria? — a pequena repetiu. — Do Geórgia Straight.
As outras mulheres que haviam ido procurá-lo no camarim queriam
flertar, namorar e ir para a cama com ele. Esta queria colocá-lo na capa do
jornal da comunidade, o que seria muito constrangedor. Mas era essa mulher que ele queria.
Ela suspirou, jogou os cabelos para trás e sacudiu a cabeça, como se
quisesse ajeitá-los. O tempo parou.
Quem podia imaginar que cabelos eram tão eróticos?
Ucker percebeu que estava arfando, com o coração disparado. Queria
enterrar as mãos, o rosto e outras partes do corpo naquela cabeleira.
—Sim ou não?
—Transar, sim...
Ela arregalou os olhos castanhos, e Ucker compreendeu que havia deixado
escapar um comentário imperdoável.
—Desculpe. Quero dizer, sim, podemos transar essa entrevista. —
Qualquer coisa para passar mais tempo com ela.
—Mas, Scott... — protestou a loura que até pouco antes ele planejava
levar para casa, mas que agora nem se dava ao trabalho de olhar. A China
vencera a Escandinávia sem sequer levantar as mãos.
—Vejo você outra hora — ele disse.
Furiosa, a mulher saiu com as amigas, deixando-o com a inoportuna
jornalista.
—Olá. — Ele sorriu. — Sou Christopher Uckermann.
—Sim, eu sei quem você é, sr. Fevereiro.
—Ah, sim... — Estava se comportando como um pateta!
Tentava imaginar alguma coisa interessante para dizer
quando sentiu um impacto no ombro direito.
—Ei, parabéns, meu velho! — exclamou alguém de voz forte.
Desequilibrado, Ucker caiu para frente, em cima da jornalista. Já estava
imaginando que a esmagaria no chão, quando dedos fortes seguraram seu
braço e o puxaram para trás, equilibrando-o.
Bem, agora que a abraçara, não pretendia soltá-la. Dulce era pequena,
delicada, mas não dava a impressão de ser frágil. Ela espalhava a sua volta
uma aura de força, de vitalidade, como se abrigasse uma força muito maior
do que o corpo que a continha.