Fanfic: Brincando com fogo VONDY (Adaptada) | Tema: Vondy

— E a vida de Christian também está lá — Maite continuou.

—O amigo dele, Rick... Já falei sobre Rick, não?

—Sim, o velho amigo e novo chefe — Anny confirmou.

—Exatamente. Ele é encantador. Tem uma esposa adorável e um filho
lindo. Ele e Jaxon são verdadeiros heróis para os garotos do time de
basquete.

—Eles estão fazendo a diferença em um mundo egoísta e cruel. Devia se
orgulhar de Christian — Bel opinou.

—Eu me orgulho. Mas esse mundo no qual ele faz a diferença está lá. E o
meu está aqui.

—Devagar, Maite Q. — dulce brincou. — Teve um final de semana
excelente com um homem por quem está maluca. O que há de errado com
isso?

—Sim, vá devagar — bel aconselhou. — Você e Christian não estão falando
sobre casamento, estão?

—É claro que não. Só nos conhecemos há algumas semanas! — Maite
suspirou e sorriu. — Vocês estão certas. Não vou mais me preocupar com o
futuro. Vou me divertir. Só isso.

—Não se preocupe. Seja feliz — dulce repetiu os versos da canção de
Bobby McFerrin. — E quanto aos planos de levar Christian para a Golden Gate?
Maite riu.

— Frustrados! Mas, no domingo, fomos a um piquenique no
Parque Golden Gate e encontramos uma área mais isolada...

— Não! — Anny reagiu chocada. — may, você e christian nunca foram
para a cama? Uma cama de verdade?

— Inauguramos o apartamento fazendo sexo na cama dele, no
chuveiro, na mesa da cozinha...

— Pare! Desculpe, eu não devia ter perguntado. Meu pobre corpo
celibatário não vai suportar seu relato.

— Já inventaram o vibrador — dulce lembrou.

—E eu agradeço por isso com grande regularidade. Muito bem, dul,
sabemos que está louca para começar a falar. Como foi com os dois?

— E a fantasia sexual por telefone?

— O quê? — Anny e bel estranharam.

— Ela mencionou esse detalhe quando cheguei aqui, mas ainda
não contou nada. Preciso saber! Meu relacionamento com christian depende
desse tipo de coisa.

Dulce descreveu suas experiências com Ucker. Quando ela terminou, Bel
estava se abanando.

— Esse sujeito é único! Por telefone? E essa fantasia no centro de
treinamento... Incrível!

— Mas essas regras, dul... Quer dizer que o relacionamento de
vocês vai se basear apenas em fantasias?—Maite estranhou.

— Exatamente. Vamos realizar todas as fantasias um do outro.

— Isso vai ser o máximo! — may aprovou. — Acho t|iu vou
aproveitar suas experiências com christian, se não se importa.

— Vá em frente — dulce riu.

As amigas voltaram a falar sobre o episódio no centro de treinamento,
espantadas por Ucker ter ido ao extremo de provocar um incêndio, mesmo
que fosse eletrônico, só para realizar uma fantasia de dulce, e ficaram ainda
mais surpresas quando dul comentou que, em algum dia da semana, ela iria
ao quartel dos bombeiros para dançar agarrada ao mastro por onde eles
desciam para atender aos chamados urgentes.

—Você é maluca! E se houver um chamado? — Anny perguntou, curiosa.

—O fator de risco aumenta a excitação, o prazer...

—Isso é loucura! Mas, se Ucker se dispõe a fazer tudo isso por você...

—Por sexo.

—Dulce, duas pessoas não fazem tudo isso sem que haja confiança entre
elas — bel manifestou-se.

Confiança? Não. O relacionamento com Ucker era basicamente sexual.
Não havia mais nada entre eles.

Havia?

—Bem, o fato é que estou tomando aulas de dança no mastro. Fortalece
braços e peitorais, aumenta a flexibilidade, promove alongamento.
Fantástico! Alguém quer ir comigo na próxima aula?

—Isso é para strippers — Anny respondeu.

—Não é. Talvez eu una as duas coisas quando estiver com Ucker, mas a
aula é pura atividade física. Não imaginam como é incrível tirar os pés do
chão e girar pendurada naquele mastro! É como voar.

—Eu vou com você — Maite decidiu. — Preciso me exercitar, e
diversão é melhor do que puro trabalho duro.

—Ótimo. Anny?

—Não. Não posso me afastar do trabalho para ir dançar agarrada em um
poste!

—Se fizer exercícios e melhorar a forma física, vai trabalhar melhor e com
mais eficiência — Maite explicou.

—Algumas mulheres odeiam fazer ginástica — bel declarou.

—Quanto mais exercício, mais se pode comer—Maite lembrou.

—Então, coma mais pão e vá dançar no mastro amanhã!

Todas riram.

Maite falou com Dulce:

—Ainda não falou sobre o outro rapaz. Disse que ia sair com um chinês
arranjado por sua família?

Dulce deixou escapar uma gargalhada antes de contar como havia sido
seu encontro com Marty.

—Imaginem só: alto, forte, um corpo perfeito, cabelos negros e
brilhantes, roupas esplêndidas. Arquiteto, ou quase. Inteligente, bemhumorado,
sensível. E chinês!

—Ele é gay — Anny decidiu.

—E você é minha amiga genial. Sim, ele é gay. E, é claro, é isso que o
torna perfeito.

—Não entendi — confessou bel.

—Eu entendi — Maite anunciou. — dul, sabemos que já se aliou a
algumas amigas chinesas para servirem de álibi umas para as outras. É isso
que vai fazer com Marty?

—Exatamente. Meu novo namorado e eu temos um acordo. Ele até
esteve em casa pedindo permissão para a minha família para sairmos outras
vezes.
—Mas isso é genial! — Bel exclamou. — Enquanto você se diverte com
Ucker, Martin pode se dedicar com mais tranqüilidade ao namorado.

—É claro. Mas, ainda assim, ela vai estar mentindo — may lembrou.

—E daí? Os pais dela são da Idade Média!

Todas olharam para Bel com grande espanto. Ela era a mais delicada do
grupo, a mais contida.

Rina comeu um pedaço de pão e suspirou.

—Entendo Dulce, porque, se meus pais fossem vivos, eu estaria fazendo a
mesma coisa. Eles eram judeus, lembram? Meu pai pertencia à Força Aérea e
viajávamos pelo mundo, relacionando-nos com povos variados, mas era
minha mãe quem cuidava do aspecto social. Ela recebia os superiores de meu
pai, mas, no final, as únicas pessoas realmente aceitáveis, as pessoas
escolhidas, eram os judeus.

—Você nunca disse isso antes — Maite comentou.

—Não mesmo — Anny comentou. — bel, está acontecendo alguma
coisa?

Dulce balançou a cabeça enfaticamente. May e Anny pertenciam a um
mundo diferente. Jamais entenderiam o que ela e Bel viviam.

—Está insinuando que Dulce não devia mentir, mas não sabe o que está
dizendo. Não entende os problemas que ela enfrenta. Mas eu me identifico
com ela. Quando meus pais eram vivos, minha mãe fazia as mesmas coisas
comigo. É horrível! Nenhuma garota moderna suportaria, a menos que seja
preconceituosa. Então, eu também mentia. Muito. E se minha mãe fosse
viva, eu ainda estaria mentindo.