Fanfic: Brincando com fogo VONDY (Adaptada) | Tema: Vondy
—Exatamente — Dulce concordou.
—Preferem mentir a enfrentá-los? — Maite estranhou.
Dulce e Bel trocaram um olhar de compreensão.
—Para começar — Dulce adiantou-se —, enfrentá-los seria desrespeitoso. E desde o útero somos bombardeadas com a mensagem de que devemos respeitar os mais velhos e nossa cultura. Certo, Bel?
—Certo.
—Além do mais, um confronto seria inútil. Eles repetiriam toda aquela
história de quanto já fizeram pelos filhos, de quanto deveríamos ser gratos e
reconhecidos... E o resultado final é uma enorme culpa. Eles se mostram
desapontados, e todos acabam magoados e ressentidos.
Bel assentia, enquanto as outras duas ouviam com espanto evidente.
—Resumindo, demonstram respeito mentindo para a família. E isso —
Maite afirmou.
—Você não tem idéia de como é — Dulce respondeu, impaciente. — Tem
pais tolerantes e compreensivos, pessoas que a apóiam em tudo...
—Não é bem assim... Mas estou começando a entender. Na minha casa,
nunca foi errado discordar. Minha irmã e eu fomos incentivadas a ser sempre
abertas e honestas. Às vezes nossos pais impunham um ou outro ponto de
vista, mas antes ouviam o que tínhamos para dizer. Então, acho...
Bel interrompeu, outro fato incomum.
—Isso não a deixa furiosa, Dul? Quero dizer, não devia ser forçada a
mentir. Que pais obrigam a filha a enganá-los?
—Eles não obrigam — Maite protestou com sua habitual ingenuidade.
— É uma escolha.
Anny decidiu opinar.
—Alguns pais não oferecem opções realistas. Pode ser por amor, eu sei,
mas eles acreditam que só seus valores são importantes, que o que eles
decidem é melhor para os filhos...
—Sim! É exatamente isso! — confirmou Dulce, um pouco surpresa por
Anny ter captado a essência do problema. Justamente Anny, que sempre vivera
apenas com a mãe!
—Sabem o que é pior? — Bel perguntou ao grupo. — Mesmo depois que
eles não estão mais aqui, mesmo quando já morreram, seus estúpidos
valores continuam vivos em nós.
Assustador!
—Então, promova o confronto em sua cabeça, garota, e vença, porque
você sabe que está certa — Dulce aconselhou.
—Livre-se de uma vez desses valores idiotas e antiquados!
Maite ergueu o copo.
—Quero fazer um brinde a meus pais. Vocês acabam de me fazer
compreender que eles merecem minha gratidão e meu respeito.
—Garota de sorte! — Dulce exclamou com uma certa inveja.
Ela e Bel jamais se encaixariam perfeitamente naquela sociedade
ocidental. E, se algum dia se sentissem adaptadas, aceitas, valores familiares
e os pais as convenceriam do contrário, fosse pessoalmente, fosse em
pensamento, por intermédio de conceitos incutidos ao longo de anos e anos.
—Sendo assim, voltando à questão de Maite sobre o desconforto
provocado pela mentira...—Anny ergueu as duas mãos. — Ninguém aqui a
está julgando, Dul. Só queríamos entender.
—Eu sei. E a verdade é que eu preferia ser honesta, mas... Bem, eles me
colocam nessa posição impossível. Se não tivessem expectativas tão
absurdas, eu não me sentiria obrigada a mentir.
—Compreendo — Anny declarou com sinceridade.
Apesar de ter consumido dois drinques, Anny ainda soava séria,
compenetrada... tensa. Havia algo de estranho nela. Sempre a mais
estressada do quarteto, de repente ela parecia triste. Deprimida.
—Anny, você foi criada por sua mãe, certo? — Dulce começou hesitante.
— Como ela trata suas escolhas? Como lida com suas opções de vida?
—Minha mãe? Ah, ela é a imagem do movimento de libertação das
mulheres! Desde que eu esteja realizando e conquistado... sempre em
proporções grandiosas, é claro... e nunca dependa de um homem para nada,
ela se dá por satisfeita.
Ah, não! Estavam no Bridges, era uma linda noite de verão, e Dulce se
preparara para contar histórias mais do que picantes. Mas, de repente, o
Quarteto falava sobre assuntos sérios e partilhava de silêncios densos,
emocionados.
Quatro grandes amigas reunidas, e todas estavam tensas e perturbadas,
quando deviam estar se divertindo. Havia sobre a mesa mais coisas, além da
comida deliciosa e dos drinques exóticos, e Dulce queria muito recuperar a
antiga atmosfera de bom humor e casualidade.
Sendo assim, ela respirou fundo e fez o comentário mais ultrajante em
que conseguiu pensar.
—Eu já contei que Ucker tem vinte centímetros de pê/nis?
Houve um silêncio atônito.
Segundos depois, todas riram.
A atmosfera antiga estava de volta.
—O de Christian é maior — May respondeu.
—Absurdo! — Anny protestou. — Vinte centímetros? Ou mais? Vocês
estão malucas!
—Anny tem razão — Bel apoiou a amiga. — Estão tentando nos causar
inveja, só isso.
—E conseguiram — Anny confessou.
Todas riram. Era hora de pedir o jantar.
Ucker trabalhava no plantão noturno da quarta-feira. Havia sido um dia
agitado. Às onze e meia, todos já haviam ido para a cama. Todos dormiam, e
ele estava acordado.
Em meia hora Dulce estaria chegando. Ela ligaria no celular, que Ucker
pusera no modo de vibração, e iria buscá-la na porta.
Mal podia esperar!
No horário marcado, meia-noite em ponto, o celular vibrou na mão dele.
Era Dulce.
— Ei, garanhão, há uma garota aqui fora louca por um bom mastro. Acha
que pode me ajudar?
Uma ereção imediata foi a resposta.
— Vou descer pelo mastro para ir abrir a porta. Vai encontrar o poste
quente.
Podia descer pela escada, mas adorava escorregar pelo cano que ligava os
dois andares e acelerava a descida, o que era sempre muito útil em caso de
emergência. Depois dessa noite, o aparato teria mais uma conotação.
Ucker acendeu uma única lâmpada na garagem, sobre o caminhão
estacionado, e foi abrir a porta. Lá estava a garota de suas mais loucas
fantasias. Ela vestia um casaco curto, meia arrastão e sandálias de salto alto.
Sandálias de tiras finas que envolviam seus tornozelos. Não queria nem
imaginar o que havia sob aquele casaco.
Tentou beijá-la, mas ela se esquivou com um sorriso enigmático. Uma
mulher misteriosa num casaco fechado...
—Tem um mastro para mim?
Ei, espere um minuto! A fantasia era dele! Não devia estar ali babando e
atendendo às exigências de sua deusa. Devia estar no comando!
—Ah, sim, eu tenho. Bem grande. Acha que pode cuidar dele, meu bem?
—E claro que sim. E posso cuidar de você também... garanhão — ela
respondeu.
Dulce caminhou até o mastro, atrás do caminhão, e o tocou como se fizesse cálculos rápidos. O espaço era pequeno, apenas uma área em forma de T entre o caminhão e uma parede. Mas seria o suficiente.
Isso vai pegar fogo! *-*
Autor(a): Martynha_VondyMyLove
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—Preciso de música. Acha que alguém vai acordar se mantivermos o sombem baixo? —Tenho uma excelente audição. E uma imaginação ainda melhor. Ela abriu a bolsa, pegou o mesmo gravador que usara na entrevista edeixou o equipamento no chão. Depois acendeu algumas velas que levava nabolsa. —Apague a luz. Ucker ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
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luanavondy2015 Postado em 03/03/2016 - 12:58:15
Sou leitora nova continua por favor mulher nao abandona nao
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HellenCristyn Postado em 06/02/2016 - 16:56:26
Não acredito que você parou BEM ai, cara muita mancada, na moral eu não posso ficar sem essa fic to viciada nela, preciso de mais posts, pelo amor da nossa senhora do pudim de chocolate posta mais!!!!
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HellenCristyn Postado em 06/02/2016 - 08:15:39
Sou leitora nova, não vai me dizer que abandonou sua fanfic pelo amor, fiquei viciada, agora pelo amor continue logo e mate minha curiosidade.
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Ally★ Postado em 14/09/2015 - 21:28:27
Continua a aqui moça
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Geoohig Postado em 15/07/2015 - 19:57:47
Continua *--*
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f.ardilla Postado em 29/06/2015 - 19:00:23
Continuaaaaaa
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quequel_vondy Postado em 06/05/2015 - 00:06:33
agradeceria se continuasse, vlw.
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vondy21eterna Postado em 16/04/2015 - 20:48:45
Aiii.... CONTINUAAAAA....
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vondy21eterna Postado em 16/04/2015 - 13:20:27
Continuuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaa
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vondy21eterna Postado em 14/04/2015 - 13:28:49
CONTINUAAAAAAAA...POR FAVORRRRR...CONTINUUUUUAAAA