Fanfic: Brincando com fogo VONDY (Adaptada) | Tema: Vondy
—Está bem, acho que posso servir seu chá, se é esse seu mais caro
desejo, oh, mestre e senhor.
—E depois...
—O quê?
—Massagem.
Estava melhorando.
—Eu sei fazer massagem.
—Com uma loção oriental perfumada.
—Sândalo. Bem másculo.
—Primeiro vai usar as mãos, depois vai caminhar sobre minhas costas.
—Andar sobre seu corpo?
—É uma técnica de massagem. E você é bem leve.
—Certo, podemos fazer a gueixa. — Teria de fazer uma pesquisa, porque
não sabia nada sobre o assunto, mas seria divertido. — Agora vamos comer.
—Gostou do restaurante?
—É maravilhoso! Vou acrescentar o nome à lista do Quarteto Temeroso.
—Quarteto Temeroso?
—Sim, todas as segundas-feiras, eu e três amigas saímos para jantar. Nós
somos o quarteto.
—Se elas forem como você, deviam mudar o nome do grupo. Quarteto
Formidável.
Ei, Ucker era rápido e engraçado. Dulce sorriu.
—Somos muito diferentes umas das outras, mas, tem razão, somos
formidáveis.
—Boas amigas?
—As melhores que eu poderia ter. Conversamos sobre tudo.
—Não está querendo dizer que contou a elas...
—Como eu dizia, falamos sobre tudo.
—Disse a elas que tem... estado comigo?
—Disse que tenho estado com você por inteiro. Completamente. Por que
parou de comer?
—Deve ter sido o choque. Mas já vou continuar. Se minha performance
vai ser comentada e avaliada, vou precisar de muita energia.
Dulce gostava disso. Confiança, bom humor... Scott nunca se intimidava.
—Fale mais sobre suas amigas.
—Ah, elas...
Um estrondo a interrompeu. Os gritos de uma mulher chamaram a
atenção de todos para uma mesa no interior da sala. Ucker se levantou e
correu para lá. Dulce o seguiu.
Havia um homem caído no chão. Duas mulheres e outro cavalheiro o
cercavam. Uma das mulheres gritava.
—Por favor, afastem-se — Ucker pediu, ajoelhando-se ao lado do homem
caído. — Estou preparado para lidar com emergências. Dulce, ligue para o
número da ambulância. Diga que é um caso de parada cardíaca. Estou
tentando reanimar a vítima, mas eles devem vir imediatamente.
Dulce olhou em volta e percebeu que o garçom já estava fazendo o
chamado e dando todas as informações.
A mulher havia parado de gritar. Agora ela soluçava.
—Está dizendo que meu marido teve uma parada cardíaca? Meu Deus...
Dulce queria confortar a pobre esposa apavorada, dizer que tudo acabaria
bem, mas não estava certa disso. Sentia-se impotente, despreparada e inútil.
Ucker agia com eficiência e segurança, executando técnicas de respiração
artificial e massagem cardíaca. Quando todos ouviram a sirene, o homem já
respirava novamente, embora ainda estivesse desacordado.
—Graças a Deus — a pobre esposa chorou, apoiando a cabeça no ombro
de Dulce. Trêmula e abalada, Dulce a abraçou e decidiu ser forte. Era hora de
ajudar alguém que precisava dela.
Ucker deu um relato resumido aos colegas que chegaram com a
ambulância, dois paramédicos que o reconheceram imediatamente, e depois
um deles pediu para falar com um acompanhante do paciente. Precisavam
de um histórico, caso houvesse algum tipo de alergia ou enfermidade
crônica.
Minutos depois, paciente, esposa e paramédicos se retiravam a caminho do
Hospital St. Paul, o mais próximo dali.
Só então Dulce percebeu que Ucker estava a seu lado, com
o braço sobre seus ombros.
Em dez minutos, Ucker passara de parceiro sexual a superei herói, e Dulce
não sabia como lidar com a transformação. De uma coisa tinha certeza: não
queria saber se alguém a veria de mãos dadas com um homem branco e a
delataria à família. Naquele momento, precisava segurar a mão dele. E foi o
que ela fez.
—Ucker, vou tentar vender uma matéria para o Straight. Vou me
matricular no curso de primeiros-socorros e divulgar a utilidade desse
treinamento. Quanto mais gente souber reagir em uma situação como a que
acabamos de viver aqui, menos pessoas morrerão por falta de socorro.
—Seria um artigo muito útil, Dulce.
Útil. Nunca se sentira útil. Escrevia o que o editor pedia, comportava-se
com a filha obediente e dócil em casa, era a amiga divertida que o Quarteto
queria, era sexy quando ia para a cama com um homem interessante...
Mudava de cor para adequar-se ao ambiente. Roupas ousadas trancadas
em um armário, roupas recatadas no guarda-roupa de portas abertas.
Vocabulário ousado com as amigas, voz baixa e palavras modestas com a avó
e a tia. Uma companhia para Ucker em ambiente privado, outra em local
público...
Ucker. Ela o encarou. Ali estava um homem franco, direto. Um homem de
poucas palavras de impacto, incapaz de escrever uma boa história para o jornal, mas um homem que salvava vidas.
Em minutos.
Formavam uma dupla muito estranha. Mas era delicioso segurar a mão
dele. Queria abraçá-lo, sentir o calor de seu corpo. Era, em parte, uma forte
excitação sexual, mas também era algo que... não conseguia explicar. Ele era
forte, confiável, responsável. Talvez essas coisas a estivessem afetando.
Depois da ocorrência, Ucker e Dulce terminaram de comer e falaram sobre
assuntos corriqueiros. O gerente do restaurante se negou a cobrar pelo
jantar, dizendo que a casa se sentia honrada em poder demonstrar gratidão
por tudo que ele havia feito naquela noite, e os dois deixaram o local. Dessa
vez, eles caminharam de mãos dadas. Era estranho como um homem que
mal conhecia a excitava e fazia sentir... O quê? Segura? Confortável?
Caminhavam de mãos dadas como namorados, mas isso jamais
aconteceria. Eram apenas amantes. Parceiros de fantasia sexual. Em outras
circunstâncias poderiam ter mais do que se/xo. Se ele fosse chinês... Se ela
fosse branca... Ou se tivesse uma família chinesa, mas menos tradicional...
Era bobagem perder tempo com sonhos impossíveis. Melhor aproveitar a
oportunidade para mais uma fantástica experiência de prazer e desejo com
Christopher Uckermann, o melhor amante que uma mulher podia ter.
—Você fez um bom trabalho, bombeiro garanhão — ela provocou,
querendo instalar a atmosfera ideal.
—Ah, sim? — ele sorriu. — Mereço uma recompensa, então? Como
quando a salvei do incêndio? Adoro suas recompensas. Elas são
inesquecíveis...
Ucker acabaria em sua boca. E em outras partes de seu corpo, partes que
clamavam por ele. Mas não pretendia faci- litar as coisas para ele.
—Não tão depressa, garotão. Não fui eu que você salvou esta noite. Mas,
se dançar para mim, prometo que será generosamente recompensado. Isto
é, se me deixar muito, muito quente... O que não vai ser difícil...
Ucker abriu a porta do edifício e eles entraram no elevador para subir ao
quarto andar. No apartamento, ela olhou em volta sem esconder a
curiosidade.
—Disse que mora com um amigo?
—Um bombeiro. Nossos plantões são alternados. Nesse momento ele
está trabalhando.
Era um apartamento tipicamente masculino, com pouca mobília, sem
enfeites ou quadros, mas com uma enorme tevê e um poderoso
equipamento de som. E tudo ali era perfeitamente limpo e arrumado.
Ucker foi à cozinha para guardar as sobras do jantar, gentileza do gerente
do restaurante.
—Quer um pouco de vinho? — ele perguntou.
—Sim, obrigada.
—Ah, tenho uma idéia melhor.
—O que é?
—Champanhe. E chocolates.
—Champanhe e chocolate? — E um dançarino particular que também
salvava vidas? O que mais uma mulher podia querer?
—Um brinde à fantasia — Ucker propôs segurando as duas taças.
Dulce sorriu e repetiu o brinde.
—Fique à vontade — ele disse. — Volto num minuto.
Dulce aproveitou para usar o banheiro, que encontrou
com facilidade. Quando voltou à sala, Ucker havia acendido um abajur de
lâmpada azul. O resultado era um efeito etéreo parecido com o que ele
obtivera no palco.
Ela se sentou no sofá com a taça de champanhe.
Ucker entrou na sala vestindo a calça justa de smoking, o colete e a
gravata-borboleta. A expressão em seu rosto era puro pecado. Talvez ele
também fosse um pouco camaleão, capaz de transformar-se para adequar-se
ao ambiente.
Ele colocou um recipiente quadrado ao lado do abajur. Gelo seco. A
fumaça tênue começou a se desprender. Mais uma vez, sua fantasia era
realizada em todos os detalhes.
Oh, o que fizera para merecer esse homem?
—Pronta?
—Mais do que pronta. Ansiosa...
Ele ligou o som. A música começou. Ucker movia o corpo lentamente,
como fizera na apresentação em que Dulce o vira pela primeira vez, duas
semanas atrás.
Summertime...
Saxofone...
Mais uma fantasia.
Autor(a): Martynha_VondyMyLove
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Estava excitada. Muito excitada. Podia sentir a pulsação entre as pernas. Era uma sensação deliciosa.Ucker dançava. A pulsação ganhava intensidade. Ele fizera apenas uma modificação no número. No palco, mantivera osolhos fechados como se estivesse concentrado apenas no próprio corpo. Agora, ele ol ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
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luanavondy2015 Postado em 03/03/2016 - 12:58:15
Sou leitora nova continua por favor mulher nao abandona nao
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HellenCristyn Postado em 06/02/2016 - 16:56:26
Não acredito que você parou BEM ai, cara muita mancada, na moral eu não posso ficar sem essa fic to viciada nela, preciso de mais posts, pelo amor da nossa senhora do pudim de chocolate posta mais!!!!
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HellenCristyn Postado em 06/02/2016 - 08:15:39
Sou leitora nova, não vai me dizer que abandonou sua fanfic pelo amor, fiquei viciada, agora pelo amor continue logo e mate minha curiosidade.
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Ally★ Postado em 14/09/2015 - 21:28:27
Continua a aqui moça
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Geoohig Postado em 15/07/2015 - 19:57:47
Continua *--*
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f.ardilla Postado em 29/06/2015 - 19:00:23
Continuaaaaaa
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quequel_vondy Postado em 06/05/2015 - 00:06:33
agradeceria se continuasse, vlw.
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vondy21eterna Postado em 16/04/2015 - 20:48:45
Aiii.... CONTINUAAAAA....
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vondy21eterna Postado em 16/04/2015 - 13:20:27
Continuuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaa
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vondy21eterna Postado em 14/04/2015 - 13:28:49
CONTINUAAAAAAAA...POR FAVORRRRR...CONTINUUUUUAAAA