Fanfics Brasil - O Encontrão Herdeira do Trono de Prata

Fanfic: Herdeira do Trono de Prata | Tema: Magia, Romance,


Capítulo: O Encontrão

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Bom, aqui estamos nós de novo. Devo dizer que estou me sentindo muito à vontade em compartilhar com você os segredos da minha vida. Acho que é porque nós não nos conhecemos de verdade. Quando não temos que nos preocupar com que as pessoas vão achar das nossas atitudes é tudo tão mais fácil...


Voltando ao que interessa, eu estava contando do meu estranho sono não é mesmo? Sim, é isso. Bem, depois que eu despertei não consegui mais pregar os olhos. É claro eu não me importei com um sonho, afinal era só um sonho certo? E aquele garoto devia ser alguém que eu vira numa propaganda qualquer na TV e a imagem dele ficou gravada no meu subconsciente.


Isso foi o que eu tentei dizer para mim mesma. Mas, lá no fundo eu bem sabia que tinha sido muito mais do que aquilo. Eu nunca vira aquele rapaz antes, tinha certeza. Alguém como ele não passaria despercebido por nenhuma criatura no planeta. Era bonito demais embora o seu semblante estivesse tão triste, distante e preocupado.


Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos. Quanta bobagem! Não era possível ficar tão impressionada por alguém que sequer existia. Deitei-me novamente e fechei os olhos para tentar dormir tranquilamente e sem sonhos embora lá no fundo, bem lá no fundo eu quisesse voltar para aquele campo e rever o misterioso garoto.


Pela manhã eu despertei irritada. Tinha manchas horríveis ao redor dos olhos e o meu cabelo estava parecendo uma teia de aranha de tanto que eu rolei na cama na noite anterior. Minha franja estava cheia de nós. A propósito, eu já falei que o meu cabelo é uma grande massa de fios castanhos escuros que por alguma razão que eu nunca compreendi nunca ficam arrumados? Pois é, e para completar o meu desastroso look eu tenho as orelhas mais esquisitas que alguém poderia ter. Elas são um pouco pontudas sabe? Tipo como as de um elfo, e graças a elas eu passei por poucas e boas na escola. É sempre assim: lá vem o duende! Ou então: você pode passar, por favor? As suas orelhas estão no caminho. Por causa disso eu sempre penteio o meu cabelo de modo que cubra as minhas orelhinhas de “Tauriel”¹. Completando a minha descrição, eu tenho olhos cinza. Exato. Nem azul, nem castanho, nem verde, preto ou o dourado do “garoto dos sonhos”. Não para completar eu tenho olhos cor de fumaça e uma pele pálida. Pronto, deu para imaginar? Percebeu porque eu não tenho muitos amigos na escola?


Enfim, como eu dizia meu cabelo estava uma droga. E eu não estava muito melhor. Para afastar de vez a sonolência eu resolvi tomar um bom banho frio. Não, não fique surpreso. Eu adoro água fria e essa é somente uma das minhas esquisitices. Mas agora não vale a pena trazê-las à tona.


Quando saí do quarto para tomar café, já devidamente arrumada eu encontrei o meu avó sentado na sala fingindo ler um livro de receitas. Ele sempre fazia isso quando estava preocupado com alguma coisa e não queria discutir o assunto. Ele evitava me encarar e colocava algum livro na frente do rosto. Eu não pude deixar de sorrir. Era uma atitude muito infantil para um homem tão imponente.


–Bom dia vovô.


–Bom dia pequena – respondeu ele sem tirar o livro do rosto.


–Está gostando do livro? – eu perguntei tentando sondá-lo.


–Oh, sim é muito bom – respondeu fingindo entusiasmo.


–Aprendeu alguma receita? – disse eu cruzando os braços e olhando fixamente para ele.


–Receita? – disse ele tirando o livro do rosto e só então o examinando – sim, receita, claro.


Ele estava vermelho como um tomate. Decidi não atormentá-lo mais. Se ele não queria me contar tudo bem. Eu sempre acabava descobrindo tudo o que queria mesmo.


Esses são os meus maiores defeitos: a curiosidade e a incapacidade de cumprir ordens. Bom, não me culpe sou uma adolescente e é assim que são os adolescentes. Ou, pelo menos devem ser. Eu iria ficar de olhos bem abertos até que o meu avô cometesse algum deslize e deixasse escapar algo. Até lá eu ia me contentar em comer umas panquecas.


Todos os domingos pela manhã a casa do meu avô virava uma grande sala de reunião. Outros professores sempre o visitavam neste dia para discutir assuntos tal (coisa de gente velha, eu imagino). Então, quando isso acontecia eu sempre ia dar um passeio para liberar o apê para ele. Claro, isso é o que eu digo a ele. Na verdade é não quero é ter que ficar perdendo horas em meio a uma discussão de professores de história. Já esteve em uma? É algo que eu não desejo nem mesmo ao meu pior inimigo. Bem, talvez a umas poucas pessoas, quem sabe. Eles passam um tempão discutindo coisas que para mim não tem utilidade nenhuma para no fim não chegarem a lugar nenhum a não ser exatamente onde eles estiveram. Ou então começarem um briga louca.


Sendo assim eu saí e fui dar umas voltas pelo quarteirão com o meu inseparável a amigo caderno não mão. Embora eu não desenhasse nada bonito ou que fizesse algum sentido sempre o levava comigo aonde quer que eu fosse. Fazia anotações rabiscava qualquer coisa e depois me sentava num banco de praça observando o movimento. Estudantes passavam aqui e ali apressados com seus livros; casais namoravam debaixo de árvores; idosos jogavam xadrez e liam jornais.


Fechei os olhos, sentindo a brisa leve e suave e os raios quentes de sol. Tudo estava calmo e tranquilo, do jeito que alegraria o coração de qualquer um.


Mas é claro, sendo a MINHA VIDA essa sensação não iria durar muito tempo. Logo um barulho estranho parecido com um rosnar chegou aos meus ouvidos. Sobressaltada eu me levantei e olhei ao redor: nada. Tudo parecia calmo e ninguém pareceu ter visto ou ouvido nada pois continuava suas atividades exatamente como estavam. Apertei o caderno no meu peito sentindo um solavanco no estômago.


Mais uma vez eu ouvi aquele rosnado e me virei seguindo o som. Eu realizei esse movimento tão rápido que eu trombei com uma menina e nós duas caímos no chão, o choque tão forte que me fez ver estrelas. Quando consegui me orientar, ainda no chão eu olhei para a menina. Porém o que eu vi atrás dela foi muito mais assustador.



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Autor(a): Tynna

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • 4444cissi Postado em 20/11/2015 - 17:53:27

    CONTINUA!!!!

  • 4444cissi Postado em 24/06/2015 - 01:20:24

    Eu amei!!!! Continua....por favor!!

  • 4444cissi Postado em 10/06/2015 - 01:55:59

    Continua!!!!!

  • lu_morena Postado em 24/07/2014 - 16:15:31

    vou acompanhar posta mais.por favor tynna me responda uma coisa o que significa aqueles números das estatísticas vc sabe?sou nova e não entendo muito bem

  • josyanemello Postado em 17/07/2014 - 16:15:12

    Muito bom,continua *O*!


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