Fanfic: Ironic (AyA) | Tema: Rebelde

Anahí acabou acordando tarde no dia seguinte. Para não atrasar Luiza também, Marichello levou a garotinha para a escola. A loira entrou apressada em sua sala na empresa e logo encontrou Christopher concentrado nas informações que estavam sendo exibidas na tela do computador.

Anahí: Bom dia!

Christopher: Bom dia, Any. – levantou rapidamente a cabeça e sorriu para ela. – que milagre foi esse, você chegando atrasada?

Anahí: Dormi demais. – colocou a bolsa sobre a mesa e sentou. – como estão as coisas por aqui? Tudo certo?

Christopher: Por incrível que pareça sim. Já colhemos a maioria dos dados errados, agora é só jogar tudo no sistema.

Anahí: Graças a Deus! Hoje não tô com cabeça pra quase nada.

Christopher: Calma garota. – sorriu – já está quase acabando.

Anahí: Pois é!

Depois de concordar os dois voltaram ao trabalho. E assim a manhã passou mais rápido do que eles esperavam. Não deu nem tempo de fazer todas as coisas que estavam planejadas. Pelo visto, no fim do dia, provavelmente fariam hora extra. Mais uma vez. Já se aproxima do horário de almoço e Anahí não tinha pretensão alguma de sair de lá. Mas Christopher sim.

Christopher: Vai almoçar agora?

Anahí: Não, ainda não. Por quê?

Christopher: Pode levar esses papeis pra sala do Poncho? – levantou e entregou os relatórios a ela. – Vou almoçar agora.

Anahí: Claro. Pode deixar. – sorriu.

Christopher: Obrigada. – agradeceu. – mas é pra entregar, e não ficar namorando, heim? – brincou com ela, que gargalhou.

Anahí: Não seja besta, Christopher! Nós somos muito profissionais.

Christopher: Sei que são. Vou indo lá.

Anahí: Beijos!

Ela soltou beijos no ar para o amigo, que rapidamente sumiu pela porta. Anahí sorriu e levantou. Adorava Christopher. Demais. Assim que chegou ali imaginou que a relação deles seria estritamente profissional. Mas, felizmente, não foi assim. Viraram grandes amigos.

Se encaminhou até a sala de Alfonso e rapidamente parou na mesa de Lílian, a secretaria dele. Ela era outra que Anahí havia conseguido consolidar uma amizade. Não eram grandes amigas, mas se davam bem.

Anahí: Li, o Alfonso está ocupado?

Lílian: Oi Any! – sorriu para a loira. – acho que não. Mas me deixa ligar pra confirmar.

Anahí: Certo!

Não demorou muito para Lílian desligar o telefone e informar que a loira podia entrar. Anahí agradeceu e se dirigiu até a sala. Deu duas batidinhas na porta e colocou a cabeça para dentro.

Anahí: Posso entrar?

Alfonso: Que pergunta heim? – sorriu para a ela e levantou. – pensei que não ia vir me ver hoje.

Anahí: Cheguei atrasada. – fez uma careta e entrou na sala, fechando a porta. – o Ucker pediu pra eu te entregar isso.

Alfonso: Obrigado. – pegou os relatórios e colocou na mesa. – porque não veio antes? Já estava quase indo lá falar com você.

Anahí: Eu cheguei atrasada. – repetiu e foi até ele, parando em sua frente. – e tinha muita coisa pra fazer.

Alfonso: Mas sempre tem um tempinho pra mim, não é?

Fazendo carinha de carente, ele agarrou a cintura dela com ambos os braços e encostou os corpos. Anahí sorriu e abraçou o pescoço dele. Passaram basicamente o domingo todo longe, então já estavam com saudade. Às vezes pareciam um casal de adolescentes, que não conseguiam ficar um dia se quer longe um do outro.

Os lábios já estavam unidos em um beijo bem intenso. As cabeças trocavam de lugar mutuamente, dependendo do ritmo do beijo. As mãos de Alfonso subiram pelas costas dela, com firmeza e logo se fixaram na nuca por baixo dos fios loiros. Já Anahí deixou as mãos repousadas nas costas largas dele fazendo uma leve pressão às vezes.

Alfonso: Queria almoçar com você hoje. – comentou depois de encerrar o beijo com um selinho. – mas tenho que me encontrar com alguns sócios daqui a alguns minutos.

Anahí: Não se preocupe. – levantou a mão e acariciou o rosto dele. – quando você voltar da uma passadinha lá na sala.

Alfonso: Com certeza vou passar.

Anahí: E eu vou esperar. – parou as mãos na nuca dele, sorrindo. – ontem eu fui a uma sorveteria com a Lu, depois ela ficou perguntando por que você não estava lá também.

Alfonso: Sério? – sorriu bobo. – se você tivesse me ligado eu teria ido me encontrar com vocês.

Anahí: Eu sei. Mas fazia tempo que eu não passava um tempo sozinha com ela. Você me entende, não é? – comentou sem graça.

Alfonso: Entendo sim. Vocês duas devem ter feito a festa ontem.

Anahí: Não me lembro de ter tomado tanto sorvete. – gargalhou e selou os lábios nos dele. - Mas me deixa ir embora. Não quero te atrasar.

Alfonso: Ainda tenho uns minutinhos.

Anahí: Mesmo assim. – arrumou a gola da camisa dele, que estava torta. – também tenho milhões de coisas pra fazer. – encostou a cabeça no peito dele.

Alfonso: Ainda vou te dar uns cascudos por trabalhar demais. – afagou os cabelos dela.

Anahí: Não vai fazer nada. – fez bico e levantou a cabeça, dando um selinho nele. – tô indo.

Alfonso: Espero que esteja indo almoçar. – alertou.

Anahí: Tchau amor!

Rindo, ela saiu antes que ele pudesse falar mais alguma coisa. Adorava essa preocupação e atenção dele, mas às vezes achava desnecessária. Ora, ela sabia se cuidar muito bem. Chegou a sua sala e sentou. Olhou rapidamente para o monitor e para os milhares de papeis que estavam espalhados. Depois de pensar durante alguns segundos decidiu relaxar por pelo menos dez minutos. Dobrou os braços sobre a mesa e repousou a cabeça ali. Sem nem ao menos perceber, acabou dormindo.

E Christopher encontrou sua companheira de trabalho exatamente assim, quando entrou na sala quase uma hora depois. Anahí já era preguiçosa, e dormir de madrugada para acordar cedo no outro dia fazia essa preguiça triplicar. Não resistiu e acabou caindo em um sono pesado. Com pena de acordá-la, Christopher decidiu deixa-la dormir mais alguns minutos. Porém, esses minutos foram passando e logo já fazia quase uma hora. O rapaz já se preparava para ir até ela quando Alfonso entrou na sala.

Alfonso: Oi Ucker! – cumprimentou o amigo e seu olhar logo caiu sobre Anahí. – o que aconteceu?

Christopher: Ela tá dormindo.

Alfonso: E faz tempo?

Christopher: Quando eu cheguei do almoço ela já estava assim. – deu com os ombros. – ia acordá-la agora.

Alfonso: Aposto que ela não comeu. – bufou impaciente e foi até ela. – essa mulher é pior que criança.

Christopher: Você já devia ter se acostumado com esse jeito dela. – comentou e voltou a olhar para o computador.

Alfonso: Impossível. – falou baixo.

Suspirando, o moreno se agachou ao lado da namorada e pousou a mão em seu braço. O rosto dela estava virado para baixo, só conseguia se ver a cascata loira caindo ao longo das costas e ao lado do corpo. Deixou a mão deslizar delicadamente pelas costas dela e depois a chamou baixinho, com a boca próxima ao seu ouvido.

Alfonso: Any. Acorda amor.

Ele não precisou esperar muito. Logo a loira se mexeu e levantou um pouco a cabeça. Serrando os olhos tentou focar o rosto do namorado. Desnorteada, ergueu o corpo, até ficar ereta, e passou a mão freneticamente no rosto, coçando os olhos.

Anahí: Quê que foi?

Alfonso: Você está bem? – analisou o rosto dela.

Anahí: Estou. Ia descansar um pouco, mas acabei pegando no sono. – passou as mãos pelos cabelos e depois observou as horas no relógio. – credo, dormi demais.

Alfonso: Concordo. Vem. – levantou e estendeu a mão para ela, que o olhou sem entender nada.

Anahí: Pra onde?

Alfonso: Almoçar. Vamos.

Anahí: Não. – balançou a cabeça. – minha hora de almoço já acabou. E eu extrapolei tudo hoje. Cheguei atrasada, dormir durante quase duas horas...

Alfonso: Não me importo. Vamos.

Sem esperar, ele segurou em seu braço e a fez levantar da cadeira. Já estava impaciente. Maldita mania que ela tinha. Não era frescura ou simples capricho, ela simplesmente colocava tudo como prioridade, menos as refeições. Não se importava nunca com o fato de que poderia até ficar doente por causa disso. Mas, se dependesse dele, tudo mudaria.

Anahí: Não vou, Poncho. – disse cansada.

Alfonso: Anahí – virou o corpo dela de frente para si e segurou em seus braços. – você sabe que eu não gosto dessa sua mania. Não vou te deixar ficar doente. De jeito nenhum.

Anahí: Não dá mais tempo. – tentou argumentar, mesmo sabendo que não tinha mais jeito.

Alfonso: Dá sim. – disse duro.

Vendo que a batalha estava perdida, Anahí confirmou com a cabeça e pegou a bolsa que estava sobre a mesa. Era impossível discutir com Alfonso. Ele sempre ganhava.

Anahí: Só vou ao banheiro e depois nós vamos.

Alfonso: Certo. – concordou com um sorriso.