Fanfic: Ironic (AyA) | Tema: Rebelde
Antes de começar a falar a loira respirou fundo e mirou bem os olhos do namorado. Sem duvida nenhuma Alfonso não ia gostar da noticia. Mas, depois de refletir bem, percebeu que não tinha motivo algum para esconder aquilo dele.
Anahí: Tenho um mais novo vizinho morando aqui do lado.
Alfonso: Novo? As garotas se mudaram?
Anahí: Não. – negou com a cabeça. – alguém está ai morando com elas.
Alfonso: Quem? – perguntou intrigado.
Anahí: O Felipe.
A mão de Alfonso, que continuava a fazer um cafuné nos cabelos da loira, deu uma pausa quase imperceptível e logo voltou com os movimentos. O sangue ferveu e sua feição ficou seria. Felipe já era amigo de Dulce e Maite há anos, mas nunca se quer havia pisado na casa delas. Agora, de uma hora para outra, ele decidiu ir morar ali? Tudo estava muito estranho.
Alfonso: Quem te falou isso?
Anahí: O próprio. Veio até aqui só pra me contar a “novidade”. – soltou um riso debochado.
Alfonso: Ele tentou alguma coisa com você?
Anahí: Não.
Percebendo o rumo que aquela conversa tomaria, a loira afastou um pouco o corpo do dele e sentou em seu colo, de frente. As mãos pequenas e frágeis logo emolduraram o rosto sério de Alfonso e os olhos dos dois tinham um contato bastante intenso.
Anahí: Já te falei que o Felipe não me interessa! Ele é totalmente indiferente pra mim. – fez uma pequena pausa. – e vai continuar sendo até o momento em que tente fazer algo com a Luiza.
Alfonso: Eu sei. – se rendendo a ela, deixou as mãos repousarem em sua cintura. – mas acredito que ele não tenha coragem de se aproximar da Lu.
Anahí: Tenho minhas duvidas. – murmurou baixo. – não quero ficar falando sobre isso. Nem ia te contar.
Alfonso: Porque não?
Anahí: Simplesmente porque isso não me interessa. É totalmente indiferente pra mim.
Alfonso: Isso é verdade. – concordou e sorriu. – mas, fico feliz que tenha me contado.
A loira sorriu e não tardou em beijá-lo. Era completamente impossível raciocinar direito quando ele sorria daquele jeito e ainda mais tendo a boca tão próxima a sua. O beijo foi sendo aprofundado pouco a pouco e as línguas se acariciavam intensamente. As mãos de Anahí deslizaram pelo ombro dele, em direção a nuca. Logo, seus dedos já estavam enterrados nos cachos negros dele. Já Alfonso preferiu ser mais ousado. Já que Luiza estava dormindo e os dois estavam sozinhos naquela sala, deixou suas mãos passearem pelas costas dela, até parar próxima a bunda. E ele soube se aproveitar bem disso, já que Anahí vestia um micro-short preto de lycra.
Os lábios não se separavam. Vez ou outra ainda diminuíam um pouco o ritmo do beijo, para recuperar o ar, mas pareciam nem ao menos se importar com isso. Alfonso já havia puxado o corpo de Anahí o maximo possível para próximo de si. Estavam colados, totalmente fundidos. As cabeças trocavam de lugar freneticamente e as mãos não paravam quietas. Acariciavam, apertavam. Parecia até que os dois não se viam há anos e estavam totalmente na seca. Estavam, realmente, muito entretidos que nem ao menos notaram a presença de uma terceira pessoa na sala.
Marichello: Queria só ver se fosse a Luiza que estivesse aqui.
A voz de Marichello ecoou pela sala e se as mãos de Alfonso não tivessem segurado com firmeza as costas de Anahí a loira teria caído de costas no chão, tamanho foi o susto que levou. O casal foi obrigado a parar com o beijo. Os lábios estavam vermelhos e tinham a respiração ofegante.
Anahí: Quer me matar?
Marichello: Agora, quero sim. – admitiu e fechou a porta. – vocês são loucos? Imagina só se a Lu chega aqui agora?
Anahí: Ela está dormindo. – defendeu-se e tentou sair do colo de Alfonso. Ele não permitiu. – você sabe bem que eu não faria isso se ela estivesse acordada.
Marichello: Mesmo assim. Ela podia ter acordado e vindo pra cá.
Anahí: Ta Mari! – encerrou o assunto. – não sabia que você vinha pra casa.
Marichello: Decidi de ultima hora. – largou a bolsa sobre a mesa e mirou Alfonso. – oi cunhado.
Alfonso: Oi Mari. – a cumprimentou com um gesto de cabeça.
Anahí: Tem almoço lá na cozinha.
Marichello: Certo. – concordou e se encaminhou para o quarto. – vou tomar um banho bem rápido e depois volto.
Anahí: Ok.
Logo o casal já estava a sós novamente. Alfonso não estava com vergonha, mas sim um pouco sem jeito por ter sido visto naquela situação. Refletiu sobre o que Marichello falou. Realmente, Luiza poderia ter entrado ali e visto tudo. E isso não seria nada bom.
Alfonso: Já deu minha hora. – beijou rapidamente o queixo de Anahí, antes de impulsioná-la para o lado.
Anahí: Já? – fez bico manhoso e sentou no sofá, observando-o levantar.
Alfonso: Alguém aqui tem que trabalhar, não é?! – brincou com ela.
Anahí: É verdade. – concordou. – e eu deixo isso para você.
Alfonso: Obrigado, querida.
Os dois riram juntos e Anahí levantou para poder acompanhar o namorado até a porta. Os dois, como de costume, pararam em frente ao elevador e trocaram uma serie de beijos enquanto esperava o mesmo chegar ao andar. Como estavam no meio do corredor, os beijos e caricias eram mais discretos.
Marichello: O Poncho já foi? – perguntou, quando viu a irmã aparecer na cozinha.
Anahí: Foi. Tinha que voltar pra empresa.
Marichello: Verdade. – ambas ficaram em silencio durante alguns segundos. – olha, não fique com raiva pelo que eu falei, sim? Não foi por mal.
Anahí: Eu sei que não.
Marichello: Então desamarra essa cara.
Anahí: Você atrapalhou na melhor parte. – resmungou baixo, fazendo a irmã rir. – não podia chegar alguns minutos depois não?
Marichello: Não! – sorriu e continuou a comer. – se eu tivesse feito isso, era bem capaz de eu ser tia novamente.
Anahí: Ai que horror! – abriu a boca e depois riu. – não se preocupe. Você não será tia novamente nem tão cedo.
Marichello: Ainda bem.
Depois que Marichello foi embora, Anahí voltou para o quarto e sentou ao lado da filha. Não queria acordar Luiza, mas ela precisava comer para poder tomar o remédio. Com delicadeza, alisou a bochecha dela ao mesmo tempo em que chamava seu nome baixinho. Não demorou muito e logo a garotinha começou a abrir os olhos, preguiçosa.
Luiza: O que foi? – a voz estava rouca por causa do sono.
Anahí: Hora de acordar.
Luiza: Por quê? Quero dormir!
Anahí: Você precisa comer para poder tomar o remédio.
Luiza: Não to com fome.
Anahí: Mas vai comer sim senhorita!
Sem muito esforço, Anahí segurou as mãos da filha e a sentou na cama. Luiza resmungava, mas isso não adiantava de absolutamente nada.
Luiza: Posso comer aqui?!
Anahí: Na...
Luiza: Por favor?! – pediu, antes de a mãe continuar a frase.
Anahí: Tudo bem. – sorriu. – vou trazer pra cá.
Luiza: Eba!
Satisfeita, a garotinha se ajoelhou na cama e abraçou Anahí, que estava de pé. A loira apertou fortemente a filha nos braços e depois beijou seus cabelos. Gostava de ficar assim com ela, sentia como se nada no mundo pudesse atingir sua pequena.
Anahí: A mamãe já volta.
Luiza: Ta! – concordou com a cabeça e voltou a deitar na cama.
A tarde passou bastante tranquila. Anahí ficou o tempo todo no quarto com a filha, mimando-a. Esqueceu até do trabalho que pretendia fazer, para não atrasar nada. Pelo menos conseguiu fazer uma coisa que há muitos anos não sabia mais o que era; dormir à tarde. Aproveitou que a filha estava entretida no desenho animado que passava na tevê e caiu em sono profundo, tanto é que Marichello chegou do trabalho e a loira nem sequer havia acordado ainda.
Marichello: Sua mãe anda muito preguiçosa. – brincou com a sobrinha. – acorda ela.
Luiza: Ela não vai brigar não? – fez cara de duvida e repousou um dedo na boca, enquanto observava Anahí dormir.
Marichello: Que nada. Se ela brigar com você eu brigo com ela.
Luiza olhou para a tia e soltou uma risada. Adorava quando Marichello falava que brigaria com Anahí.
Marichello: Vai acordando esse bicho preguiça enquanto eu tomo banho.
Luiza: Certo, tia.
Quando Marichello saiu do quarto, Luiza olhou de relance para a mãe durante alguns segundos. Anahí estava deitada de bruços na cama e tinha uma das mãos próxima ao rosto. Sem perder mais tempo, a garotinha subiu nas costas da mãe, sentando em seu bumbum. Abaixou um pouco o corpo e chacoalhou os ombros da loira. Obviamente não tinha como não acordar.
Anahí: O que foi Lu?
Luiza: A tia Mari mandou eu te acordar. – deu com os ombros e continuou sentada onde estava.
Anahí: Ela já chegou? – perguntou com a voz abafada, já que o rosto estava escondido no travesseiro, devido à preguiça.
Luiza: Já. E te chamou de bicho preguiça!
Fingindo estar chocada, Luiza abriu a boca e pulou sobre o bumbum de Anahí, que soltou um gemido baixo. Mas a loira não se segurou e riu.
Anahí: Levanta daí que eu vou lá brigar com a sua tia.
Luiza: Não mamãe! – deitou o corpo sobre o da mãe. – não pode brigar com a tia Mari.
Anahí: Ué, e porque não?
A loira virou o rosto para o lado e observou o rosto da filha, que estava virado para ela e tinha os cabelos ruivos caindo para o lado, atrapalhando um pouco sua visão.
Luiza: Porque – parou de falar e soprou os fios de cabelo que caiam sobre seus olhos – ela é mais velha. Tem que respeitar. – falou toda entendida, parecendo gente grande.
Anahí: É verdade. – reprimiu a risada. – prometo não brigar com ela.
Luiza: De verdade? – olhou desconfiada para a mãe. – olha que não pode mesmo, viu? – alertou.
Anahí: Te juro! – riu – mas levanta daí. Você ta pesadinha, heim?
Luiza: Não mamãe! – protestou – fica aqui.
Carinhosa, Luiza agarrou o pescoço da mãe e deitou a cabeça em suas costas. Anahí riu e colocou as mãos para trás, alisando as perninhas da filha. Luiza estava realmente ficando pesada, mas era extremamente prazeroso senti-la tão perto.
Anahí: E você? Fez o quê a tarde toda enquanto eu estava dormindo? – puxou conversa.
Luiza: Eu fiquei brincando...
Anahí: De quê?
Luiza: Com as minhas bonecas. – pousou a mão na lateral da cabeça de Anahí e passou os dedinhos ao longo dos fios loiros – porque meu cabelo não é igual o seu?
Anahí precisou de alguns poucos segundos para se preparar antes de responder. Luiza sabia que tinha um pai, mas que ele não era presente. Anahí sempre deixou claro para a menina, desde sempre, que Felipe existia, mas por alguns motivos ele não morava com as duas. Por incrível que pareça a garota nunca perguntava sobre o pai e muito menos cobrava algo da mãe. Para Luiza, Anahí, Marichello e Rosa eram sua única família. Bom, agora Alfonso fazia parte dela também.
Anahí: Porque o seu cabelo é igual ao do seu pai.
Luiza: Eu queria que fosse igual ao seu. – com um bico estampado no rosto, nem se importou ao ouvir a palavra “pai”.
Anahí: Mas o seu é lindo. – as mãos subiram e pararam nos fios ruivos de Luiza. – bem mais bonito que o meu.
Luiza: No colégio ninguém tem o cabelo dessa cor. – resmungou – eu sou a única diferente.
Anahí: Ué, e isso não é bom?
Luiza: Eu não gosto. – se agarrou mais a mãe.
Anahí suspirou e, com cuidado, desceu a filha de suas costas e a colocou deitada ao seu lado na cama. Se abraçou a ela e acariciou seus cabelos. Luiza, apesar de pequena, se sentia diferente das outras crianças por causa da cor dos cabelos. Era muito difícil encontrar pessoas ruivas, naturais, e isso às vezes acaba afetando o psicológico da criança, já que acabam se sentindo diferente dos outros. Vez ou outra Anahí fazia questão de procurar fotos de ruivos na internet ou revista, para mostrar a filha que ela não era a única.
Anahí: Você é linda assim. – disse com firmeza. – não tem porque se sentir diferente.
Luiza: E porque as outras pessoas não são assim também? – se acomodou melhor nos braços da mãe e insistiu.
Anahí: Porque você é especial. – sussurrou no ouvido dela, rindo. – e bem mais importante do que os outros.
Luiza: Jura?!
Anahí: Juro! – sorriu e beijou o pequeno nariz da menina. – e agora vamos atrás da sua tia.
Luiza: Eu to com fome, mãe!
Anahí: Ui, que milagre! – riu e levantou da cama, estendendo as mãos para filha. – então vamos lá, preparar uma comida bem gostosa pra você.
Luiza: Pode ser pizza?! – perguntou com os olhos brilhando. – não comemos pizza nesse fim de semana. – protestou.
Anahí: Ê menina pra ser viciada em pizza. – abraçou Luiza pelos ombros e saiu do quarto junto com ela. – se for fazer agora vai demorar muito.
Luiza: Tem nada não. – parou de andar e se pôs de frente para Anahí. – por favor, mamãe!
Anahí: Vamos ver o que a sua tia quer, está bem? – propôs. – mas a senhorita nem devia comer pizza, estava com a barriga doendo, esqueceu?
Luiza: Já passou. Não dói mais nada. – deu com os ombros. – vou pedir a tia Mari!
Sem esperar resposta de Anahí, Luiza saiu apressada em direção ao quarto da tia. A loira sorriu e se dirigiu para a cozinha. De fato, a filha já estava bem e, aparentemente, não sentia mais dor alguma. Isso era ótimo. Tudo estava em seu devido lugar e Anahí se sentia leve e feliz. Nada parecia ser capaz de acabar com aquilo. Realmente, parecia.
Autor(a): loirawebs
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
No dia seguinte, como Luiza já estava de fato melhor, Anahí deixou a filha no colégio e seguiu para a empresa em seguida. Adentrou pelos corredores sorrindo e cumprimentando alguns conhecidos que encontrava no meio do trajeto. Como ainda era cedo, decidiu passar na sala do namorado antes de ir para a sua. Pelo menos naquele dia ele não pod ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 12
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dandsg Postado em 15/08/2014 - 22:07:06
posta maisss!!!
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iza2500 Postado em 20/07/2014 - 10:51:01
detestei essa vadia da Nicole, dando em cima do Poncho.sacanagem a Any devia ficar com o Projeto. que raiva dessazinha da Nicole resto de feira, baranga, agora o Poncho também é um idiota, ficar dando atenção pra essa baranga e esquecer da namorada. espero que ele se conserte, amei a ideia da Mari, tomara que autorizem a Any tirar férias e que ela possa arrumar um bom emprego no México. postaaaaaaaaaa mais!!!
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iza2500 Postado em 19/07/2014 - 18:34:25
A Lu é tão fofa, detesto o Felipe mas ele tá ferrado se mexer com a Any e Luiza, o Poncho acaba com esse idiota!postaaaaaaaaaaaa mais!
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loirawebs Postado em 18/07/2014 - 17:04:32
Obrigada por seus comentários!
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rannyelle Postado em 18/07/2014 - 13:55:00
Web e perfeita eu amo cada capítulo....
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iza2500 Postado em 18/07/2014 - 13:48:33
Raiva da Dul, e esse Felipe e um verme miserável infeliz, tadinha da Lu não merece um pai desse, tão fofo los A com a Lu, amei o hot AyA, seria legal a Any contar pro Poncho que o infeliz agora e vizinho dela também. Postaaaaaaa mais!!!!!!!
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iza2500 Postado em 17/07/2014 - 23:04:35
Nova Leitora:Que raiva da Dul e da Mai,umas falsas e recalcadas, tadinha da Any! O Poncho tá doido pela Any.Postaaaaaaaaaaa maissssss!!!!
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beatrizgouvea Postado em 17/07/2014 - 17:40:40
ai que odio da dulce,ela e a maite são duas falsas,bem que a amiga da any que mora em paris,podia ir pra lá trabalhar e fazer companhia pra any,pfv faz ela ir lá,pq a dul e a mai ja ta me dando nos nervos
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beatrizgouvea Postado em 17/07/2014 - 16:47:38
nossa to odiando oque a mai e a dul fizeram com ela,pelo que parece nessa web els são um pouco falsas,quero muito que o poncho se apaixone pela any e deixe a dul,já penso em o poncho conversando com a any e a dul e a mai estarem junto com eles.quero aya juntos
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loirawebs Postado em 17/07/2014 - 16:09:26
Obrigada Rannyelle :D