Fanfics Brasil - Capítulo 036 Ironic (AyA)

Fanfic: Ironic (AyA) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 036

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Anahí: Como assim?


Ela estava na sala de Oscar, um dos diretores da empresa. Como Alfonso estava resolvendo outros assuntos pendentes, ele ficou responsável por informar a cada um dos funcionários do projeto o seu “futuro”. Alguns já tinham seu lugar garantido ali na empresa, mas outros, infelizmente, não. E Anahí era um deles.


Oscar: Nós adoramos muito o seu trabalho aqui. Sempre se empenhou em fazer tudo do jeito certo e da forma mais responsável possível – elogiou – mas, infelizmente, o cargo que tínhamos disponível que poderia ser ocupado por você já foi preenchido.


Sem saber bem o que falar, Anahí apoiou os cotovelos nos braços da cadeira e repousou os dedos nos lábios. Pensou durante alguns segundos e logo voltou a encarar o Oscar.


Anahí: Tem certeza disso? – perguntou, ainda sem acreditar.


Oscar: Sim. Já entramos em contato com a filial de Paris para nos informamos dos detalhes de sua volta. Falaram que você tem até uma semana para voltar a assumir seu cargo lá.


Anahí: Uma semana?! – arregalou os olhos. – é muito pouco tempo. – protestou.


Oscar: Isso você deverá resolver com eles, não comigo.


Anahí: Perdão. – desculpou-se – tudo bem.


Oscar: Adoraria que você continuasse aqui – confessou – mas, infelizmente, não tem mais jeito.


Anahí: Obrigada.


Oscar: Já demos entrada nas suas contas, antes de ir embora é só passar no financeiro e pega-las.


Anahí: Certo. – balançou a cabeça, ainda atônita. – obrigada mais uma vez.


Oscar: Eu que agradeço.


Os dois trocaram um aperto de mão e Anahí virou de costas, saindo da sala. O que ela tanto temeu estava acontecendo. No fundo ainda tinha esperança de que pudesse continuar ali e não voltar para Paris. Doce ilusão. Não sabia nem o que pensar naquele momento. A cabeça começava a latejar e sentiu uma vontade absurda de chorar. Por mais que seu namoro com Alfonso estivesse um pouco abalado devido aos últimos acontecimentos não conseguia se imaginar longe dele. Porém, também não poderia continuar ali. Precisava de um emprego. E achar um assim, de uma hora para outra, era quase impossível.


 


Como não tinha mais nada para fazer ali, iria para casa e pensaria com bastante calma no assunto. Conversaria sobre ele com Marichello. Com certeza a irmã a ajudaria a achar uma solução. Passou em sua ex-sala e recolheu todos os objetos pessoais que estavam ali. Agradeceu mentalmente por Christopher não estar presente. Precisava daquele momento sozinha. Depois de tudo recolhido, passou no financeiro e de lá seguiu direto para o apartamento. Nem ao menos se deu ao trabalho de passar na sala do namorado para checar se ele estava lá ou não.


Assim que colocou os pés para dentro, sentiu toda sua força ir embora. Os olhos se encheram de lágrimas, que foram caindo pouco a pouco. Deixou todas as suas coisas caírem ali no chão da sala e seguiu direto para o quarto. Deitou na cama e se encolheu, parecendo uma criança assustada. Ouviu a voz de Raquel, a moça que trabalhava ali, chama-la, mas não se deu ao trabalho de responder. Assustada com o comportamento da patroa, Raquel pensou em ligar para Marichello ou para Rosa, mas antes que pudesse fazê-lo o interfone tocou. Era o porteiro indicando que a condução de Luiza havia chegado e a garotinha estava lá embaixo.


Rachel: Sua mãe está lá dentro. – informou Luiza, assim que as duas entraram no apartamento.


Luiza: Sério? – os olhinhos brilharam. – vou lá falar com ela.


Sem esperar um segundo que fosse Luiza saiu correndo em disparada para o quarto. Abriu a porta com rapidez e se jogou na cama, ao lado da mãe. Só ai pode perceber os olhos vermelhos de Anahí e sua cara de cansada.


Anahí: Oi meu amor. – disse com a voz rouca por causa do choro.


Luiza: O que aconteceu, mamãe? – perguntou preocupada e olhando fixamente para ela.


Anahí: Nada. A mamãe só está cansada. – acariciou os cabelos da menina e se obrigou a dar um sorriso. – como foi no colégio?


Luiza: Eu fiz um desenho bem lindo pra você! – comentou animada.


Anahí: Foi? Eu quero ver.


Luiza: Vou buscar.


Anahí: Certo.


Mas, antes de descer da cama, Luiza agarrou o pescoço da mãe e encheu seu rosto de beijos. Anahí deu um sorriso e se agarrou a filha também, abraçando-a apertado. Ela era o bem mais precioso que tinha. Antes de tomar qualquer decisão tinha que analisar o que seria melhor para Luiza. E se o bem da filha estivesse em Paris, ela voltaria para lá. 


Para se distrair Anahí passou a tarde inteira ao lado da filha. A ajudou a fazer os deveres de casa e brincou com ela de diversas coisas. Conseguiu, mesmo que por algumas horas, esquecer o grande problema que carregava nas costas. Juntas, mãe e filha estavam deitadas no tapete da sala, de barriga para baixo, e montavam um quebra-cabeça.


Luiza: Não consigo montar. – comentou emburrada e largou a peça sobre o tapete.


Anahí: Você tem que prestar atenção na peça. – sentou e se aproximou da filha, pegando a peça que ela havia jogado. – essa aqui tem a cor branca e rosa, ta vendo?


Luiza: To.


Anahí: Então, você procura aqui onde tem essas duas cores.


Para explicar melhor a filha, Anahí foi passando a peça sobre o quebra-cabeça, já quase todo montado, que estava no chão. Quando encontrou o lugar certo, encaixou a peça.


Anahí: Viu?


Luiza: Vi. Mas é difícil.


Anahí: Não tem nada de difícil. – riu e levantou do chão. – termina de montar enquanto eu faço o jantar.


Luiza: Eu não consigo! – repetiu emburrada.


Anahí: Claro que consegue. – incentivou. – vá tentando e depois eu volto pra te ajudar.


Luiza: Ta bom.


A loira se dirigiu para a cozinha e Luiza continuou, literalmente, quebrando a cabeça na sala. Não muito tempo depois a porta da sala foi aberta e dela surgiu Marichello, que acaba de voltar do trabalho.


Marichello: O que você está aprontando ai? – largou as coisas sobre a mesa e se aproximou da afilhada.


Luiza: Não consigo montar isso tia Mari.


Marichello: É só olhar a cor das peças. – ensinou da mesma forma que Anahí.


Luiza: Eu sei. – girou os olhinhos impaciente. – minha mãe já falou. Mas eu não consigo.


Marichello: Sua mãe? Ela ta aqui?


Luiza: Ta. – voltou a atenção para o jogo. – ta na cozinha.


Marichello: Hum...


Deixando a afilhada concentrada na tarefa de montar o quebra-cabeça, Marichello seguiu até a cozinha atrás da irmã. Encontrou Anahí agachada em frente ao forno, tirando uma pequena travessa.


Marichello: Anahí resolveu cozinhar? – se pôs atrás dela, tentando ver o que ela havia preparado.


Anahí: Como se isso fosse uma grande novidade.


Marichello: Ultimamente tem sido mesmo. – comentou e sentou. – você só vive trabalhando.


Anahí: Sim, mas o projeto acabou e eu não trabalho mais. Fiz lasanha, tudo bem? – mudou rapidamente de assunto.


Marichello: Por essa mudança de assunto, sua cara e a pequena frase “não trabalho mais” me levam a crer que algo aconteceu. – disse direta. – o que foi?


Anahí: Isso ai mesmo que você está pensando. – fingindo fazer pouco caso se pôs a arrumar a mesa. – tenho só uma semana pra voltar.


Marichello: Só? Tão encima assim? – perguntou perplexa.


Anahí: Pois é.


Marichello: E o que você pensa em fazer?


Anahí: Sinceramente, eu não sei ainda.


Desistindo de tentar se fazer de forte, Anahí soltou um suspiro cansado e sentou na cadeira ao lado da irmã. Precisava colocar aquela angustia que reprimiu durante toda à tarde, por causa de Luiza, para fora. Então, pouco a pouco, algumas lagrimas foram caindo dos olhos azuis. Ergueu a mão para secá-las, mas Marichello não permitiu e puxou a irmã para um abraço.


Sentindo-se acolhida e protegida, Anahí se aconchegou melhor nos braços da irmã e deixou-se chorar o que tinha que chorar. Sua cabeça dava mil e uma voltas e ela não sabia o que fazer, como agir. Queria mesmo era sumir e esquecer o assunto até que tudo se arrumasse em um passe de mágica.


Marichello: Chora minha irmã. – murmurou contra os cabelos dela. – vai te fazer bem.


Sabendo o quanto a irmã era difícil de chorar, Marichello preferiu ficar em silencio e deixar que toda aquela angustia saísse de dentro de Anahí. Fazia tempo que não via a irmã tão fragilizada assim. Ela sempre foi forte e conseguia controlar muito bem as emoções, mas pelo jeito aquela “demissão” havia mexido muito com ela. E estava mais do que claro que não era só pelo emprego que ela estava daquele jeito. Com certeza a pequena hipótese de se separar de Alfonso havia contribuído para aquela crise.


Anahí: To me sentindo perdida Mari. Não sei o que fazer.


Marichello: Não fica assim Any, nós vamos dar um jeito. Calma.


Anahí: Não quero ir embora. – afastou um pouco o rosto e disse convicta. – não quero sair do México novamente. Mas não posso ficar aqui e correr o risco de não arrumar outro emprego.


Marichello: Você já falou com o Poncho sobre isso? Ele sabe que você não trabalha mais lá?


Anahí: Não. Bom, acho que não. Ele não ficou responsável por isso. O que eu faço? – olhou pesarosa para a irmã.


Marichello: Nós vamos pensar em algo. – sorriu carinhosa e secou as lagrimas dela. – você sabe que não está sozinha, não sabe?


Anahí: Sei sim. – sorriu e voltou a abraçar a irmã. – não sei o que faria sem você Mari. Obrigada por tudo. – os olhos começaram a ficar mareados novamente. – você sabe que é como se fosse minha segunda mãe, não sabe? Sempre me aturando, me aconselhando, me mimando. – ouviu a irmã rir e deu um riso baixinho. – eu amo tanto você.


O choro, que estava cessando, voltou com força total. Mas dessa vez não era só ela. Algumas poucas lagrimas caíram dos olhos de Marichello também. Anahí sempre se fazia de forte e madura, mas não passava de uma menina no corpo de uma mulher. E nem se precisa comentar o fato de como Marichello se sentia importante cada vez que a irmã vinha desabafar com ela e fazia declarações como aquela.


Marichello: Já chega de chorar. – afagou os cabelos da irmã e se separou, assim que percebeu que ela parou de chorar. – daqui a pouco a Lu chega aqui e não vai entender nada.


Anahí: Tem razão. – secou as lagrimas e respirou fundo antes de levantar. – chorar não vai resolver nada.


Marichello: Isso é verdade. – concordou – mas às vezes é bom.


Anahí: Talvez.


Marichello: Porque você não tira umas férias? – comentou, depois de um tempo em silencio.


Anahí: Como? – desviou os olhos dos pratos e mirou a irmã. – férias?


Marichello: É. Você já trabalha a mais de um ano lá. Por mais que tenha vindo fazer esse projeto aqui, você é contratada de lá. Tira umas férias e usa esse tempo pra ficar aqui, procurando um emprego... Não sei.


Anahí parou por um momento e mirou a irmã. Até que não era má idéia. Além de aproveitar para pensar no assunto, ainda poderia descansar. Quer algo melhor do quê isso? Fez uma cara pensativa e mordeu o lábio inferior.


Marichello: Pela sua cara já vi que gostou da idéia. – riu e levantou. – sempre tenho idéias maravilhosas, pode assumir.


Anahí: Metida! – bateu nela com o pano de prato. – gostei da idéia sim. Vou ligar pra lá depois.


Marichello: Muito bem. Agora termine de arrumar tudo ai que eu to com fome. – mandou enquanto saia da cozinha.


Anahí: Vai, me explora mesmo. – gritou e ouviu Marichello rir.



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Autor(a): loirawebs

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • dandsg Postado em 15/08/2014 - 22:07:06

    posta maisss!!!

  • iza2500 Postado em 20/07/2014 - 10:51:01

    detestei essa vadia da Nicole, dando em cima do Poncho.sacanagem a Any devia ficar com o Projeto. que raiva dessazinha da Nicole resto de feira, baranga, agora o Poncho também é um idiota, ficar dando atenção pra essa baranga e esquecer da namorada. espero que ele se conserte, amei a ideia da Mari, tomara que autorizem a Any tirar férias e que ela possa arrumar um bom emprego no México. postaaaaaaaaaa mais!!!

  • iza2500 Postado em 19/07/2014 - 18:34:25

    A Lu é tão fofa, detesto o Felipe mas ele tá ferrado se mexer com a Any e Luiza, o Poncho acaba com esse idiota!postaaaaaaaaaaaa mais!

  • loirawebs Postado em 18/07/2014 - 17:04:32

    Obrigada por seus comentários!

  • rannyelle Postado em 18/07/2014 - 13:55:00

    Web e perfeita eu amo cada capítulo....

  • iza2500 Postado em 18/07/2014 - 13:48:33

    Raiva da Dul, e esse Felipe e um verme miserável infeliz, tadinha da Lu não merece um pai desse, tão fofo los A com a Lu, amei o hot AyA, seria legal a Any contar pro Poncho que o infeliz agora e vizinho dela também. Postaaaaaaa mais!!!!!!!

  • iza2500 Postado em 17/07/2014 - 23:04:35

    Nova Leitora:Que raiva da Dul e da Mai,umas falsas e recalcadas, tadinha da Any! O Poncho tá doido pela Any.Postaaaaaaaaaaa maissssss!!!!

  • beatrizgouvea Postado em 17/07/2014 - 17:40:40

    ai que odio da dulce,ela e a maite são duas falsas,bem que a amiga da any que mora em paris,podia ir pra lá trabalhar e fazer companhia pra any,pfv faz ela ir lá,pq a dul e a mai ja ta me dando nos nervos

  • beatrizgouvea Postado em 17/07/2014 - 16:47:38

    nossa to odiando oque a mai e a dul fizeram com ela,pelo que parece nessa web els são um pouco falsas,quero muito que o poncho se apaixone pela any e deixe a dul,já penso em o poncho conversando com a any e a dul e a mai estarem junto com eles.quero aya juntos

  • loirawebs Postado em 17/07/2014 - 16:09:26

    Obrigada Rannyelle :D


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