Fanfics Brasil - Alfonso e Mayte. O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]

Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]


Capítulo: Alfonso e Mayte.

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Contei a história para Mayte também. Ela havia se mudado para Nova York na mesma época que eu, só que sob circunstâncias completamente diferentes. Eu estava lá para me tornar advogada; ela veio sem trabalho, sem plano e sem dinheiro suficiente. Deixei que ela dormisse num futon no meu dormitório até ela encontrar algumas garotas para dividir um apartamento - três aeromoças da American Airlines em busca de alguém para espremer um quarto corpo no já tão dividido conjugado delas. Mayte pediu dinheiro emprestado aos pais para pagar o aluguel enquanto procurava um trabalho e finalmente se estabeleceu como garçonete no Monkey Bar. Pela primeira vez na história da nossa amizade eu estava mais feliz com a minha vida em comparação com a dela. Eu era tão pobre quanto ela, mas pelo menos tinha um plano. As perspectivas de Mayte não eram tão boas, já que a sua média final na Universidade de Indiana não era das melhores.
- Você é tão sortuda - Mayte resmungava enquanto eu tentava estudar.
Não, sorte é o que você tem, pensava eu. Sorte é comprar um bilhete de loteria e ficar rica. Nada na minha vida tem a ver com sorte - tudo é uma questão de trabalho duro, uma luta ladeira acima. Mas, é claro, eu nunca disse isso. Disse apenas que as coisas logo, logo iriam mudar para ela.
E como era de se esperar, mudaram. Mais ou menos duas semanas depois, um homem entrou no Monkey Bar, pediu um whiskey sour e começou a bater papo com Mayte. Quando acabou o seu drinque, já tinha prometido a ela um trabalho numa das melhores empresas de Relações Públicas de Nova York. Ele lhe disse para aparecer para uma entrevista, mas que ele (duas piscadelas) tomaria providências para que ela conseguisse o cargo. Mayte pegou o cartão dele, me pediu para revisar o currículo dela, foi para a entrevista e recebeu uma oferta na hora. O salário inicial era de 70 mil dólares. Mais uma verba de representação. Praticamente o que eu conseguiria ganhar se me desse bem e arranjasse um trabalho num escritório de Nova York.


Então, enquanto eu suava a camisa e acumulava dívidas, Mayte começava sua glamourosa carreira como RP. Planejava festas, promovia as últimas tendências da moda da estação, ganhava um monte de coisas de graça e saía com uma série de homens bonitos. Em sete meses, deixou as aeromoças comendo poeira e foi morar com uma colega de trabalho chamada Belinda, uma garota esnobe e bem relacionada de Greenwich.
Mayte tentou me incluir em sua vida acelerada, embora eu raramente tivesse tempo de comparecer aos eventos, festas ou encontros às cegas que ela armava para mim com caras que jurava ser "totalmente gatos", mas que eu sabia que eram apenas as sobras dela.
O que me traz de volta ao Poncho. Falei muito bem dele para Mayte e Belinda, disse a elas como ele era incrível - inteligente, bonito, engraçado. Em retrospecto, não sei bem por que fiz isso. Talvez porque fosse verdade. Mas talvez porque tivesse um pouco de ciúme da vida glamourosa que elas levavam e quisesse apimentar um pouco a minha. Poncho era o que havia de melhor no meu arsenal.
- Então por que você não gosta dele? - perguntava Mayte.
- Ele não faz o meu tipo - dizia eu. - Somos apenas amigos.
O que era verdade. Claro, houve momentos em que senti um lampejo de interesse ou o coração disparar um pouco quando sentava perto dele. Mas me mantive alerta para não me apaixonar, sempre me lembrando que caras como Poncho saíam apenas com garotas como Mayte.


Foi só no semestre seguinte que os dois se conheceram. Um grupo da faculdade, incluindo Poncho, planejou uma saída de última hora numa quinta-feira à noite. Há muitas semanas Mayte vinha me pedindo para conhecer Poncho, então telefonei a ela e disse que era para ela estar no Red Lion às 20h. Ela apareceu, mas Poncho não. Pude perceber que Mayte encarou a saída como um esforço em vão, reclamando que o Red Lion não tinha nada a ver com ela, que ela já tinha passado da época desses bares encardidos, cheios de jovens universitários (lugares que ela freqüentava até alguns meses antes), que a banda que estava tocando era uma droga e será que nós poderíamos, por favor, ir para algum lugar mais agradável, onde as pessoas valorizassem uma aparência bem-cuidada?
Naquele exato momento, Poncho apareceu caminhando bar adentro com um casaco preto de couro e uma bela suéter bege de cashmere. Ele veio em minha direção e me deu um beijo no rosto, coisa com a qual eu ainda não estava acostumada - o pessoal do Meio-Oeste não cumprimenta desse jeito. Apresentei-o a Mayte e ela apertou o botão do charme, dando risadinhas, brincando com o cabelo e balançando a cabeça enfática todas as vezes que ele dizia alguma coisa. Poncho foi agradável com ela, mas não pareceu interessado demais e, num dado momento, enquanto ela despejava uma lista de nomes de pessoas da Goldman - Você conhece esse ou aquele cara? -, Poncho de fato pareceu estar fazendo força para não bocejar. Ele foi embora antes da gente, dando tchau para o grupo e dizendo para Mayte que tinha sido legal conhecê-la.
No caminho de volta para o meu quarto perguntei o que ela tinha achado dele.
- Ele é bonitinho - disse, oferecendo o mínimo de aprovação. Sua resposta indiferente me irritou. Ela não podia elogiá-lo porque ele não havia ficado deslumbrado por ela o suficiente. Mayte esperava ser a pessoa a ser conquistada. E era isso que eu tinha passado a esperar também.


No dia seguinte, quando Poncho e eu tomamos um café, imaginei que ele fosse mencionar Mayte. Tinha certeza de que era isso o que ele faria, mas não fez. Uma pequena - está bem, uma grande - parte de mim gostou de contar a Mayte que o nome dela não tinha sido mencionado. Pela primeira vez alguém não se desdobrava para estar com ela.
Eu deveria ter adivinhado.
Uma semana depois, do nada, Poncho me perguntou qual era a da minha amiga.
- Que amiga? - perguntei me fazendo de boba.
- Você sabe, aquela morena do Red Lion?
- Oh, Mayte - respondi. Depois fui direto ao assunto. - Você quer o telefone dela?
- Se ela for solteira.
Dei as notícias para ela naquela noite. Ela sorriu fazendo charme.
- Ele é bem bonitinho. Vou sair com ele.
Poncho levou mais duas semanas para telefonar a ela. Se ele esperou de propósito, a estratégia fez maravilhas. Ela estava num frenesi quando ele a levou ao Union Square Café. O encontro obviamente transcorreu bem, porque no dia seguinte eles foram tomar um brunch no Village. Logo depois disso, Mayte e Alfonso estavam ambos fora do mercado.
No começo o romance deles foi turbulento. Eu sempre soube que Mayte adorava brigar com os namorados - não tinha graça, a não ser que envolvesse muito drama -, mas eu via Poncho como uma criatura racional e calma, superior a esse tipo de coisa. Talvez ele tivesse sido assim com outras garotas, mas Mayte o havia sugado para o seu mundo de caos e altas emoções. Ela achava um número de telefone num dos seus cadernos de faculdade (ela era uma bisbilhoteira assumida), fazia a pesquisa, chegava até uma antiga namorada e, se recusava a falar com ele. Um dia ele foi para a aula de Responsabilidade Civil com uma expressão meio acanhada, com um corte na testa, bem acima do olho esquerdo. Mayte tinha lançado um cabide de arame nele num acesso de ciúme.


O contrário também acontecia. Nós saíamos juntos e Mayte ficava de papo com um outro cara no bar. Eu observava enquanto Poncho dava umas olhadas furtivas na direção deles, até que não conseguia mais suportar. Ia até lá para buscá-Ia, parecendo furioso, mas sem perder a compostura, e eu a escutava justificando seus flertes por conta de ligações sem muita importância com o cara:
- O que eu quero dizer é que estava apenas conversando sobre os nossos irmãos, e como eles eram da mesma porra de fraternidade estudantil. Meus Deus, Poncho! Você não precisa reagir dessa forma!
Mas finalmente o relacionamento deles se estabilizou, as brigas se tornaram menos intensas e menos freqüentes e ela se mudou para o apartamento dele. Então, no inverno passado, Poncho a pediu em casamento. Eles marcaram a data para um fim de semana em setembro e ela me escolheu como madrinha.




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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56

    olá vou ler...

  • dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27

    Ameiiiiiii o final =)
    Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!!

  • rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23

    que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22

    AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
    MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29

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  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:34:46

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