Fanfics Brasil - Nas compras com Mayte... O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]

Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]


Capítulo: Nas compras com Mayte...

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Estamos a apenas alguns dias do começo oficial do verão e Mayte não fala de outra coisa que não seja os Hamptons. Ela telefona e me manda e-mails o tempo todo, encaminhando informações sobre festas no feriado do Memorial Day, reservas em restaurantes e lojas com vendas especiais de peças usadas em desfiles ou mostruários, onde nós certamente vamos achar as roupas mais bonitas do verão. É claro, estou absolutamente em pânico com tudo isso. Como nos últimos quatro verões, vou ficar numa casa com Mayte e Alfonso. Este ano também vão com a gente Derrick, Belinda e Dulce.
- Você acha que deveríamos ter alugado por toda a temporada? - pergunta Mayte pela vigésima vez. Nunca conheci alguém que refletisse tanto sobre decisões já tomadas. Ela se arrepende das compras que faz até quando sai de uma sorveteria.
- Não, meia temporada é o suficiente. Você acaba não usando toda a temporada - digo, o telefone enfiado entre a orelha e o ombro, enquanto sigo revisando meu memorando que resume a diferença entre a regulamentação de seguro suplementar na Flórida e
em Nova York.
- Você está digitando? - indaga Mayte, sempre esperando receber atenção total.
- Não - minto, digitando ainda mais silenciosamente.
- É melhor que não esteja ...
- Não estou.
- Bem, acho que você tem razão, meia temporada é melhor ... E, de qualquer jeito, nós temos muitas providências a tomar para o casamento aqui na cidade.
O casamento é o único assunto que desejo evitar mais do que os Hamptons.
- Ahã.
- E então? Você vai de carro com a gente ou vai pegar o trem?
- O trem. Não sei se vou conseguir sair daqui num horário decente - digo, pensando que não quero ficar presa dentro de um carro com ela e Poncho. Não vejo Poncho desde que ele saiu do meu apartamento. Não vejo May desde a traição.


- É mesmo? Porque eu estava pensando que nós definitivamente, definitivamente devemos ir dirigindo ... Não seria melhor estar de carro no primeiro fim de semana fora? Sabe como é, especialmente porque vai ser um fim de semana prolongado. Não queremos ficar dependendo de táxis e coisas do tipo ... Ah, vai, vem de carro com a gente!
- Vamos ver - respondo, como uma mãe que diz a uma criança para mudar de assunto.
- Nada de "vamos ver". Você vem com a gente.
Suspiro e digo a ela que realmente preciso voltar ao trabalho.
- Certo, certo. Vou deixar você fazer o seu "oh, tão importante" trabalho... E aí? Nosso programa de hoje à noite está de pé?
- O que tem hoje à noite?
- Alô? Senhorita Esquecidinha. Nem venha me dizer que precisa trabalhar até tarde. Você prometeu. Biquínis? Isso te faz lembrar de alguma coisa?
- Está bem - respondo. Tinha esquecido completamente da minha promessa de sair para comprar biquínis com ela. Uma das tarefas mais desagradáveis do mundo. Bem lá no alto da lista, ao lado de limpar banheiros e fazer tratamento de canal. - Ah, claro. Vamos sim.
- Ótimo. Encontro você no balcão do iogurte no subsolo da Bloornie` s. Você sabe, perto das roupas para mulheres gordas. Às 19h em ponto.
Chego à estação da rua 59 com 15 minutos de atraso e corro nervosa até o subsolo da Bloomingdale`s, imaginando que àquela altura Mayte já estaria fazendo beicinho. Não estou muito a fim de ficar me esforçando para acabar com um dos seus momentos de mau humor. Mas ela parece satisfeita, sentada no balcão com um copinho de sorvete de iogurte de morango. Ela sorri e acena para mim. Respiro fundo me lembrando de que não há nenhuma letra escarlate no meu peito.
- Oi, May.
- Ei, você chegou! Oh, meu Deus! Vou ficar tão gorda para experimentar biquínis! Ela aponta para o estômago com sua colher de plástico. - Paciência, estou acostumada a ser cheinha.
Reviro os olhos.
- Você não é gorda.


Todos os anos a gente conversa sobre a mesma coisa quando chega a época de usar biquínis. Que inferno, a gente fala nisso quase todos os dias. O peso da Mayte é uma fonte constante de energia e discussão. Ela me diz o quanto está pesando: sempre algo em torno de 57 quilos, sempre gorda demais para seus rigorosos padrões. Seu objetivo é chegar aos 54 - o que insisto que é muito pouco para quem mede 1,74m. Ela me manda um e-mail enquanto come um saco de batata frita: "Faça eu parar! Socorro! Liga pra mim assim que puder!" Ligo de volta e ela pergunta:
- Quinze gramas de gordura é muito?
Ou então:
- Uma libra corresponde a quantos gramas?
O que me irrita, entretanto, é que ela é sete centímetros mais alta. O que me consola é que sou quatro quilos Quando comento isso, ela diz: "É verdade, mas os seus peitos são maiores." Então eu respondo: "Não três quilos maiores." Ao que ela retruca: ``Ainda assim, você fica ótima do jeito que está." Sempre sobra pra mim.
Estou longe de ser gorda, mas quando Mayte me usa como parâmetro nesse assunto é como se eu fosse reclamar para uma mulher cega que tenho de usar lentes de contato.
- Estou tão gorda. Estou sim, completamente! E eu comi na hora do almoço. Enfim, seja lá o que for. Desde que eu não fique gorda como uma vaca no meu vestido de casamento ... - diz, dando sua última colherada no sorvete e jogando o copinho no lixo. - Só preciso que você me diga que tenho tempo de perder peso antes do casamento.
- Você tem tempo suficiente - digo a ela.
E eu tenho tempo suficiente antes do casamento para parar de pensar que fui para a cama com o seu futuro marido.
- Preciso me controlar, sabe como é, do contrário vou ter de vir fazer compras aqui. - Mayte aponta para a seção de roupas largas sem verificar se há por perto alguma mulher acima do peso.
Digo a ela para não ser ridícula.


- Bem, enfim - continua Mayte, enquanto subimos para o segundo andar pela escada rolante -, Belinda disse que estamos ficando velhas demais para biquínis. Que maiôs são mais classudos. O que você acha disso?
A expressão dela e o tom deixam claro o que ela pensa da opinião de Belinda sobre roupas de banho.
- Não acredito que haja limite de idade quanto a biquínis – explico - Belinda é cheia de regras exaustivas. Uma vez ela me disse que caneta preta só deve ser usada para cartões de pêsames.
- E-xa-to! Foi o que eu disse a ela. Além do mais, ela provavelmente só está dizendo isso porque não fica tão bem de biquíni, você não acha?
Faço que sim com a cabeça. Belinda faz ginástica religiosamente e há anos não come frituras, mas está destinada a fazer o tipo cheinha. Ela se redime, entretanto, por ser super bem-cuidada e usar roupas caríssimas. Chega à praia com um maiô de trezentos dólares, uma canga combinando, um chapéu chique, óculos de algum designer e tudo isso para disfarçar um pneuzinho na cintura.
Percorremos a loja em busca de biquínis razoáveis. A certa altura, percebo que nós duas separamos o mesmo modelo preto básico de Anne Klein. Se acabarmos as duas escolhendo esse modelo, Mayte ou vai insistir que viu primeiro ou dirá que podemos levar o mesmo. Então o próximo passo é ela passar o verão inteiro ficando melhor no biquíni do que eu. Não, obrigada.
Isso me lembra da vez em que ela, Angelique e eu saímos para comprar mochilas, uma semana antes do início da 4a série. Nós nos interessamos de cara pela mesma mochila. Era roxa, com estrelas prateadas no compartimento de fora - muito mais legal do que as outras. Angelique sugeriu que comprássemos mochilas iguais e Mayte disse que não, que combinar era coisa de bebezinho, coisa de gente da 3a série.


Então jogamos pedra, papel e tesoura para ver quem ficava com a mochila. Escolhi pedra (notei que era a opção que saía ganhando na maior parte das vezes). Bati meu punho cheio de júbilo sobre as tesouras estendidas e arrastei minha mochila roxa para dentro do carrinho que estávamos dividindo. Angelique recuou, resmungando que nós sabíamos que roxo era sua cor favorita.
- Pensei que você gostasse mais de vermelho, Annie!
Angelique não era páreo para mim. Simplesmente disse a ela que sim, preferia vermelho, mas como ela podia muito bem observar, não havia mochilas vermelhas. Então Angelique optou por uma amarela com uma daquelas carinhas sorridentes no compartimento da frente. Mayte agonizou entre as opções que restavam e finalmente disse a nós que iria pensar e voltar no dia seguinte com a mãe. Não pensei mais no assunto, até o primeiro dia de aula. Quando cheguei ao ponto de ônibus lá estava ela, com uma mochila roxa exatamente igual à minha.
Apontei para a bolsa sem conseguir acreditar.
- Você está com a minha mochila.
- Eu sei - disse Mayte. - Decidi que queria esta. Quem se importa se a gente está igual?
Não foi ela quem disse que mochila igual era coisa de bebê?
- Eu me importo - respondi, sentindo o ódio crescendo dentro de mim.
Mayte revirou os olhos e estalou a língua.
- Ah, Annie, como se isso fizesse diferença. No fim das contas é apenas uma mochila.
Angelique também estava chateada, por suas próprias razões.
- Como é que vocês duas acabaram ficando iguais e eu fui deixada de fora? Minha mochila é muito espalhafatosa.
Mayte e eu a ignoramos.
- Mas você disse que não deveríamos ficar iguais - acusei Mayte, enquanto o ônibus surgia na esquina e parava na nossa frente com um barulho forte do freio.
- Ah, eu disse, é? - falou Mayte enquanto passava os dedos pelo cabelo cortado em camadas e todo duro pela quantidade de spray que ela tinha acabado de passar. - Bem, quem se importa com isso?


Mayte costumava usar a expressão "quem se importa com isso" (substituída mais tarde por "seja lá o que for") como resposta que tendia mais para uma agressividade passiva. Naquele momento não reconheci sua tática como tal; apenas sabia que ela sempre dava um jeito de fazer as coisas a seu modo e que eu me sentiria idiota se tentasse revidar.
Entramos no ônibus, Mayte primeiro. Ela sentou e eu fiquei logo atrás dela, ainda furiosa. Observei que Angelique hesitou e depois decidiu sentar comigo, reconhecendo que era eu quem tinha razão. Todo esse assunto de mochila roxa poderia ter evoluído para uma luta descomunal, mas eu me recusei a permitir que a traição de Mayte arruinasse o primeiro dia de aula. Não valia a pena guerrear com ela. O resultado final raramente era satisfatório.




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Autor(a): narynha

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Olá meu amores! Bem... Primeiro eu queria pedir desculpas pelo meu chá de sumiço. Eu fiquei sem internet durante todos esses dias, o que foi um tédio pra mim pq não pude postar as minhas webs e com certeza vcs ficaram na vontade de ler elas, o que me deixou ainda mais péssima. Desculpa mesmo! Por segundo eu queria compartilhar com ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56

    olá vou ler...

  • dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27

    Ameiiiiiii o final =)
    Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!!

  • rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23

    que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22

    AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
    MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29

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  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:34:46

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