Fanfics Brasil - Festa de aniversário. O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]

Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]


Capítulo: Festa de aniversário.

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Segundo Capitulo dedicado a camilauckermann... Minha primeira leitora! Ah e pode me chamar de Nary sim Linda! Beijooo!


 



A situação parece ainda mais sombria porque a minha melhor amiga, e a mais antiga, tem um trabalho glamouroso como relações públicas e ficou noiva há pouco tempo. Mayte continua sendo a sortuda da turma. Estou a observando agora, enquanto ela conta uma história para um grupo de amigos nossos, incluindo o noivo dela. Poncho e Mayte formam um belo casal, magros e altos, ambos com cabelos escuros e olhos claros. Eles fazem parte da alta sociedade de Nova York. São o tipo de casal bem arrumado que vai ao sexto andar da Bloomingdales`s fazer listas de casamento que incluem porcelana fina e cristais. Você odeia o ar presunçoso deles, mas não consegue deixar de olhar quando está no mesmo andar, em busca de ·um presente "não tão caro" para o último de uma série de casamentos para os quais você foi convidada sem ter um namorado. Você se estica para dar uma espiada no anel dela e no mesmo instante se arrepende. Ela percebe e lança um olhar de desprezo na sua direção, enquanto checa você de cima a baixo. Você desejaria não ter ido de tênis para a Bloomingdales`s. Ela provavelmente fica achando que os sapatos talvez sejam parte do seu problema. Você compra então o seu vaso Waterford e se manda dali.
- Moral da história: se você quer uma depilação à brasileira, seja bem específica. Diga à depiladora para deixar uma margem de segurança ou vai acabar sem nada, como uma menininha de dez anos de idade! - Mayte conclui sua historinha indecente e todo mundo ri. Com exceção de Poncho, que balança a cabeça como se dissesse "que figura esta minha noiva”. - Certo. Volto já, já - declara ela, de repente. - Uma rodada de tequila para todos!


Enquanto ela se afasta do grupo em direção ao bar, começo a me lembrar de todos os aniversários que celebramos juntas, todos os marcos que atingimos juntas, marcos que eu sempre atingi primeiro. Tirei minha carteira de motorista antes dela e pude legalmente beber antes dela. Ser mais velha, mesmo que por apenas alguns meses, costumava ser uma coisa boa. Mas agora nossa sorte mudou. Mayte tem um verão a mais na faixa dos vinte — uma vantagem de ter nascido no outono. Não que isso faça muita diferença para ela: quando você está noiva ou é casada, fazer trinta anos simplesmente não é a mesma coisa.
Neste momento Mayte está debruçada no bar, dando bola para um cara de vinte e poucos anos, aspirante a ator/barman a respeito do qual ela já declarou que, se fosse solteira, “traçaria” facilmente. Como se algum dia Mayte fosse ser solteira. Uma vez, quando estávamos no segundo grau, ela disse:
— Eu não termino, eu troco.
Neste caso ela manteve a palavra; era sempre ela quem dispensava. Durante toda a nossa adolescência, faculdade e juventude, Mayte esteve ligada a alguém. Em geral ela tem mais de um cara esperançoso por perto.


De repente me ocorre que eu poderia me ajeitar com o barman. Estou totalmente desimpedida — nem ao menos saí com alguém nos últimos dois meses. Mas não me parece uma coisa que alguém devesse fazer aos trinta. Viver uma aventura de uma noite é para meninas que estão na casa dos vinte. Não que naquela época eu soubesse disso. Meu caminho sempre foi o do bom comportamento, o de uma pessoa certinha, sem desvios. Tirava dez em tudo na escola, entrei para o segundo grau, me formei com grandes honras, fiz a prova para entrar no curso de Direito, fui direto para a faculdade e depois para um grande escritório de advocacia. Nada de sair pela Europa de mochila, nada de histórias malucas, nada de paixões doentias ou tórridas. Nada de segredos. Nada de intrigas. E agora parece que é tarde demais para qualquer coisa do tipo. Porque esse negócio apenas retardaria ainda mais os meus planos de encontrar um marido, de me estabelecer, ter filhos e um lar feliz com gramado, garagem e uma torradeira que torra quatro fatias de pão de uma só vez.
Sendo assim, fico apreensiva a respeito do futuro e, de certa forma, arrependida em relação ao passado. Digo a mim mesma que haverá tempo de ponderar a questão amanhã. Neste exato momento vou me divertir. É o tipo de coisa que uma pessoa disciplinada pode simplesmente decidir. E sou extremamente disciplinada — o tipo de criança que fazia o dever de casa na sexta-feira à tarde, logo depois da escola, o tipo de mulher (já que a partir de amanhã não restará mais nada de menina em mim) que passa fio dental todas as noites e que faz a cama todas as manhãs.


May volta com as bebidas, mas Poncho recusa a dele, então ela insiste que eu fique com duas. Antes que eu perceba, a noite começa a adquirir aquela nebulosidade, entra naquele estágio em que você passa da condição de alegre para a de bêbada, perdendo a noção do tempo e da ordem exata das coisas. Pelo jeito, Darcy atingiu esse estado até antes de mim, porque neste exato momento ela está dançando sobre o bar, rodopiando e serpenteando num minúsculo vestido modelo frente-única e com um salto de sete centímetros.
— Roubando a cena na sua festa — cochicha comigo Dulce, minha melhor amiga do trabalho. — Ela não tem vergonha.
Eu rio.
— É, isso é a cara dela.
May solta uns gritinhos, bate palmas com os braços para o alto e me convoca com uma expressão sedutora que agradaria qualquer homem que já tenha alguma vez fantasiado com mulheres interagindo com mulheres.
— Annie, Annie, vem pra cá!
É claro que ela sabe que eu não vou me juntar a ela. Jamais dancei em cima de um bar. Não saberia o que fazer lá em cima, a não ser cair. Balanço a cabeça e rio, uma recusa educada. Ficamos todos aguardando a próxima jogada, que consiste em girar os quadris exatamente no ritmo da música, ir se inclinando aos poucos e depois voltar bruscamente para endireitar o corpo, o cabelo se esparramando para todos os lados. A flexibilidade da manobra me faz lembrar de sua imitação perfeita de Tawny Kitaen no clipe de “Here I Go Again”, do Whitesnake, da maneira como ela rodopiava e fazia spaccati no capô do BMW do pai dela, para deleite dos adolescentes da vizinhança. Olho para Poncho, que nesses momentos nunca sabe se acha divertido ou se fica irritado. Dizer que o cara é paciente é pouco. Poncho e eu temos isso
em comum.
— Feliz aniversário, Annie! — grita Mayte. — Vamos todos fazer um brinde à Annie!
E é o que todos fazem. Sem desgrudar os olhos dela.
Um minuto depois, Poncho tira May do bar, suspendendo-a em seus ombros e devolvendo-a ao chão, ao meu lado, num movimento contínuo. Com certeza ele já fez isso outras vezes.


— Está bem — anuncia ele. — Vou levar nossa pequena organizadora de festas para casa.
Mayte apanha sua bebida e bate o pé.
— Você não manda em mim, Poncho! Não é, Annie?
Enquanto afirma sua independência, May tropeça e derrama todo o martíni no sapato de Poncho. Ele faz uma cara feia.
— Você está bêbada, May. Ninguém está achando a menor graça, só você.
— Tudo bem, tudo bem. Eu vou embora... Estou mesmo me sentindo meio mal — diz ela, parecendo enjoada.
— Você vai ficar bem?
— Vou ficar numa boa, não se preocupe — responde, agora fazendo o papel da menininha doente e corajosa.
Agradeço Mayte pela festa, digo que foi uma completa surpresa — o que é uma mentira, porque sabia que ela tiraria vantagens do meu trigésimo aniversário para comprar um vestido novo, dar um festão e convidar tantos amigos dela quanto meus. Ainda assim, foi legal da parte dela ter organizado a festa e estou satisfeita de que tenha feito isso. Mayte é o tipo de amiga que sempre faz as coisas parecerem especiais. Ela me dá um abraço apertado, diz que seria capaz de fazer qualquer coisa por mim e pergunta o que seria dela sem mim, sua madrinha número um, a irmã que ela nunca teve. Ela está bastante efusiva, como sempre fica quando bebe demais.
Poncho a interrompe.
— Feliz aniversário, Annie. A gente se fala amanhã.
Ele me dá um beijo no rosto.
— Obrigada, Poncho — digo. — Boa noite.
Fico observando enquanto ele a conduz para fora, segurando-a pelo cotovelo depois que ela quase tropeça no meio-fio. Oh, ter um guarda costas como este. Poder beber sem a menor preocupação, sabendo que haverá alguém para levar você em segurança para casa.



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Autor(a): narynha

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Algum tempo depois, Poncho reaparece no bar.— Mayte perdeu a bolsa. Ela acha que deixou por aqui. É pequena, prateada — diz. — Vocês viram por aí?— Ela perdeu a bolsa Chanel dela? Balanço a cabeça e rio, porque perder as coisas é a cara da Mayte. Em geral tomo conta das coisas dela, mas no meu aniversár ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56

    olá vou ler...

  • dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27

    Ameiiiiiii o final =)
    Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!!

  • rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23

    que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22

    AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
    MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29

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  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:34:46

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