Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]
Algum tempo depois, Poncho reaparece no bar.
— Mayte perdeu a bolsa. Ela acha que deixou por aqui. É pequena, prateada — diz. — Vocês viram por aí?
— Ela perdeu a bolsa Chanel dela?
Balanço a cabeça e rio, porque perder as coisas é a cara da Mayte. Em geral tomo conta das coisas dela, mas no meu aniversário não estou a serviço. Ainda assim, ajudo Poncho a procurar a bolsa, encontrando-a, afinal, embaixo de um dos bancos do bar.
Quando ele já está de saída, Derrick, um amigo de Poncho, um de seus padrinhos de casamento, o convence a ficar.
— Ah, vai, cara. Fica mais um pouco aí.
Então Poncho liga para May em casa e ela balbucia seu consentimento, diz a ele para se divertir sem ela. Embora provavelmente esteja convencida de que tal coisa não seja possível.
Aos poucos meus amigos vão indo embora, ainda me desejando parabéns. Poncho e eu somos os últimos, até mesmo Derrick já foi. Sentamos no bar puxando conversa com o ator/barman que tem um “Amy” tatuado e interesse zero numa advogada que está envelhecendo. Já passa das duas quando decidimos que está na hora de ir embora. A noite está mais para meados de verão do que para primavera e, de repente, o ar quente me enche de esperanças: Este vai ser o verão em que vou encontrar o homem da minha vida.
Poncho chama um táxi para mim, mas, quando o carro pára, ele diz:
— Que tal irmos para um outro bar? Quer tomar mais um drinque?
— Tudo bem — respondo. — Por que não?
Entramos no carro e ele diz ao motorista para ir dirigindo, que ele ainda tem de pensar em qual vai ser a próxima parada. Acabamos em Alphabet City, num bar que fica na esquina da Sétima Avenida com a Avenida B, apropriadamente chamado 7B.
Não é um cenário muito pra cima — o 7B é meio sombrio e enfumaçado. De qualquer forma, gosto dali — não é pretensioso e tampouco uma espelunca se esforçando para ser bacana justamente por não ser pretensiosa.
Poncho aponta na direção de uma mesa que fica entre dois bancos altos.
— Senta aí. Eu já venho.
Ele se vira.
— O que eu trago pra você?
Digo que vou querer o mesmo que ele, sento e fico esperando na mesa. Percebo que ele diz alguma coisa para uma garota que está no bar, vestida com uma calça verde-oliva cheia de bolsos grandes e uma camiseta bem justa onde se lê “Anjo Caído”. Ela sorri e balança a cabeça. “Omaha” está tocando ao fundo. É uma daquelas músicas que parecem melancólicas e alegres ao mesmo tempo.
Alguns momentos depois, Poncho desliza pelo banco à minha frente e empurra uma cerveja na minha direção.
— Newcastle — diz ele. Então sorri algumas rugas aparecendo em torno dos olhos. — Você gosta?
Faço que sim com a cabeça e sorrio.
De soslaio, vejo Anjo Caído girar em seu banco de bar e dar uma olhada em Poncho, absorvendo seus traços bem desenhados, o cabelo ondulado e os lábios carnudos. Uma vez Mayte reclamou que Alfonso provocava mais olhares e viradas de cabeça do que ela. Entretanto, ao contrário de sua parceira do sexo oposto, Poncho parece não perceber a atenção. Anjo Caído agora olha em minha direção, provavelmente imaginando o que Poncho está fazendo com alguém tão comum. Espero que ela pense que somos um casal. Hoje à noite ninguém precisa saber que sou apenas coadjuvante na festa de casamento.
Poncho e eu conversamos sobre nossos trabalhos, sobre a casa que vamos dividir em Hamptons a partir da próxima semana e sobre muitas outras coisas. Mas o nome de Mayte não é mencionado, nem o casamento deles em setembro.
Depois que terminamos nossa cerveja vamos até a jukebox, enchemos a máquina com dólares, em busca de músicas boas. Aperto duas vezes o código para “Thunder Road” porque essa é minha música favorita. Digo isso a ele.
— É, Bruce Springsteen também está no topo da minha lista. Você já viu algum show dele?
— Já — respondo. — Duas vezes.
Quase digo a ele que fui com a Mayte nos tempos da escola, que a arrastei comigo embora ela preferisse bandas como Poison e Bon Jovi. Mas não menciono isso. Porque do contrário ele vai se lembrar de voltar para casa para encontrá-la e eu não quero ficar sozinha nos últimos momentos dos meus vinte anos. Obviamente, preferia estar com um namorado, mas Poncho é melhor do que nada.
No 7B os garçons estão atendendo aos últimos pedidos da noite. Pegamos mais algumas cervejas e voltamos para a mesa. Algum tempo depois entramos novamente num táxi, indo em direção ao norte pela Primeira Avenida.
— Duas paradas — avisa Poncho ao motorista, porque moramos em lados opostos do Central Park.
Poncho está segurando a bolsa Chanel de Mayte, que fica pequena e deslocada em sua mão enorme. Olho para o mostrador prateado do Rolex dele, um presente de Mayte. Falta pouco para as quatro horas.
Ficamos em silêncio por uns dez ou 15 quarteirões, ambos olhando para fora de nossas respectivas janelas, até que o carro passa por um buraco e me vejo lançada para o meio do banco traseiro, minha perna roçando a dele. Então, de repente, do nada, Poncho está me beijando. Ou talvez eu esteja beijando Poncho. Não sei como, estamos nos beijando. Minha cabeça fica leve enquanto ouço o suave som dos nossos lábios se encontrando repetidas vezes. A certa altura, Poncho, entre um beijo e outro, diz ao motorista que no fim das contas vai ser apenas uma parada.
Autor(a): narynha
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Chegamos na esquina da 73 com a Terceira Avenida, perto do meu apartamento. Poncho entrega uma nota de vinte para o motorista e não espera pelo troco. Saltamos do táxi, nos beijamos mais na calçada e então na frente de José, meu porteiro. Enquanto subimos, nos beijamos o tempo todo. Estou imprensada contra a parede do elevador, minhas m&ati ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 85
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franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56
olá vou ler...
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dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27
Ameiiiiiii o final =)
Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!! -
rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23
que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.
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kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22
AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB. -
kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40
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