Fanfics Brasil - A situação está completamente fora de controle. O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]

Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]


Capítulo: A situação está completamente fora de controle.

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Enquanto isso, preciso encarar um outro obstáculo: a despedida de solteira de Mayte. Há séculos está marcada para o terceiro sábado de julho, mas, por razões óbvias, ainda não planejei a noite. Belinda me telefona de tarde para perguntar detalhes.
- É melhor comemorar nos Hamptons ou na cidade?
- Não sei. O que você acha?
Estou distraída, notando que minha secretária está prestes a encaminhar um fax que ainda não revisei. Se Les perceber isso, vai ficar furioso.
- Depende do que a May quiser - diz Belinda.
Naturalmente. Como sempre.
- Certo - respondo.
- E então? O que ela quer fazer? - pergunta Belinda insinuando que eu deveria saber disso, já que sou a madrinha.
Confesso que não sei.
- Vamos ligar para ela e descobrir - sugere Belinda com a autoridade de quem já organizou muitos eventos na época da faculdade. Ela me deixa esperando e retoma com Mayte na linha.
Apresentamos a ela duas opções: Manhattan ou os Hamptons. Belinda enfatiza os prós e contras de cada lugar e garante que de qualquer maneira será a melhor despedida de solteira de todos os tempos.
Mayte diz que tanto faz, as duas opções são ótimas. Ela está abatida.
Alguma coisa está errada. Talvez seja o início de um problema no noivado, um atrito surgindo no relacionamento dos dois. Talvez Poncho tenha contado alguma coisa para ela. Sinto uma onda de esperança, logo seguida de uma pontada de culpa. Como posso ser a causa da infelicidade da minha amiga?


- Para você tanto faz? - pergunta Belinda. - Isso é inédito.
- Vocês decidam. Para mim está bom de um jeito ou de outro.
- O que Poncho vai fazer? - pergunta Belinda.
Estou imaginando a mesma coisa.
- Não tenho certeza - responde Mayte. - Ele mencionou a possibilidade de ir aos Hamptons para jogar golfe.
- Bem, se ele vai para lá, então deveríamos ficar na cidade. Você não quer que ele esteja por perto na sua grande noite, quer? – pergunta Belinda.
- Não - responde Mayte. - Acho que não.
Algo está definitivamente errado. Ela não parece nem um pouco animada com sua própria festa. Meu instinto de consolá-la entra em ação.
- Belinda e eu vamos organizar tudo e depois avisamos você - digo.
- Que tal?
- É, está ótimo - a voz dela mostra desânimo.
- Tudo bem com você? - pergunta Belinda.
- Tudo, só estou um pouco cansada.
- Está bem, nós cuidamos disso, May Vai ser uma festa maravilhosa- digo.
Nós nos despedimos e desligamos. Belinda me telefona
em seguida.
- O que houve com ela? Parecia chateada.
-Não sei.
- Você acha que ela está aborrecida porque ainda não planejamos nada? Realmente fomos desleixadas - Belinda diz, transparecendo preocupação.
Fico com medo só em pensar na hipótese de Mayte estar com raiva da gente.
- Não, não pode ser isso. Ela sabe que já avisamos todo mundo semanas atrás ... Vão estar todos lá. Falta só definir os últimos detalhes. Vou conversar com ela - decido.
Desligo e telefono para Mayte. Ela atende, abatida.
- Tem certeza de que você está bem? - pergunto, entrando em conflito comigo mesma, enquanto espero por uma resposta.
- Estou bem, apenas cansada ... Talvez um pouco pra baixo.
- Por quê? Como foi o fim de semana? - pergunto meio hesitante.
- Legal.
- Você se divertiu com o pai do Poncho?
- É, ele é legal - diz ela.
- Você gostou da madrasta dele?
- Ela é legal. Mas sabe ser um pé no saco.
Os iguais se reconhecem.
- O que ela fez?


- Bem, ela não parava de reclamar do frio no teatro. Você devia ter visto como ela insistiu nisso durante todo o intervalo, mesmo depois de o pai do Poncho ter cedido seu próprio casaco a ela. Poncho e eu concordamos que é isso que acontece quando se usa um vestido muito decotado.
Poncho e eu ... Meu estômago dói. Espero não ter que continuar ouvindo isso para sempre.
- Mas de modo geral o fim de semana foi bom?
Continuo investigando e grudo o telefone na orelha.
- É, foi legal.
- Então por que você está pra baixo?
- Oh, eu não sei. Acho que é apenas TPM. Vou ficar numa boa.
Em outras épocas eu me esforçaria para tirar Mayte desse baixo-astral, encontraria um modo de animá-la, mas em vez disso digo apenas:
- Bem, preciso desligar. Tenho de tomar algumas providências para uma festa.
Ela ri.
- É. Realmente. Vê se capricha.
- Está bem - respondo.
Mas sei que vou deixar Belinda tomar a frente na organização de tudo.Ela ficará feliz em armar essa despedida de solteira. Sei que ela acredita que é mais importante para Mayte, que seria a madrinha do casamento se eu não conhecesse Mayte há mais tempo. Ela provavelmente tem razão. O que Mayte e eu temos de mais significativo em comum é o passado.
O passado e Poncho.
O restante da semana passa muito rápido. Não vejo Poncho, mas apenas porque ele está em Dallas, numa viagem de trabalho. Tento convencer Dulce a estender o prazo por três dias, pois enquanto estiver no Texas ele não pode tomar nenhuma decisão (apesar de termos gastado mais de
quatro horas em telefonemas). Dulce diz que ele devia aproveitar a distância para reavaliar seus sentimentos e estabelecer um plano. Afirmo que é isso o que ele está fazendo.


Na sexta-feira de manhã, apenas algumas horas depois de voltar para Nova York, Poncho telefona me convidando para almoçar antes de ir aos Hamptons. Combinamos de nos encontrar num café próximo ao meu apartamento para evitar as multidões da hora do almoço no centro de Manhattan. Fico nervosa quando pego o metrô. Não o vejo há mais de uma semana - desde que beijei Derrick. Sei que beijar Derrick não foi um acontecimento significativo (para ele também não, já que mal nos falamos desde esse dia), mas me sinto estranha quando dou um beijo em Poncho. Não exatamente culpada, apenas hesitante.
- Senti tanta saudade de você - diz ele, balançando a cabeça. – Tive esperanças de que você voaria até Dallas para me fazer uma surpresa.
Rio, porque essa idéia realmente me passou pela cabeça.
- Também tive muita saudade de você - digo, me sentindo confortável.
Ficamos na esquina, sorrindo feito loucos, antes de entrar no café.
O lugar está lotado, um pretexto para tocarmos um no outro. Os dedos dele tocam os meus de leve, encostamos nossas pernas, a mão dele se apóia nas minhas costas enquanto ele me conduz pela fila. Estou muito feliz perto de Poncho, muito distraída para fazer o pedido. Deixamos três pessoas passarem na nossa frente antes de escolhermos sanduíches de salada de ovo para viagem. Pagamos pela comida e pelos dois chás de limão, depois caminhamos em ritmo acelerado para o meu apartamento. Digo a mim mesma que devo manter o controle quando estivermos finalmente sozinhos. Eu realmente preciso falar com ele sobre Mayte antes da despedida de solteira. Preciso falar enquanto comemos nossos sanduíches. A não ser, é claro, que ele comece a conversa.
No exato momento em que nos aproximamos do meu prédio, dou de cara com Belinda vindo em nossa direção, a meio quarteirão de distância.
Ouço Poncho praguejar com a boca entreaberta, assim como percebo um olhar de incompreensão no rosto de Belinda. Não há tempo para inventar uma história. Cinco passos depois ela está na nossa frente. Um tremendo flagra.


- Oi, Belinda! - diz Poncho com vigor.
- O que vocês dois estão fazendo aqui? - ela passa sua bolsa Prada cor de mostarda de um ombro para o outro e sorri intrigada.
Rio, nervosa.
- O que você está fazendo aqui? -pergunto.
Trata-se de uma tentativa fajuta de ganhar tempo. Estou sob uma pressão terrível, um desastre. Não deveria ser advogada, pelo menos não do tipo que trava embates num tribunal. Prefiro minhas grandes caixas de documentos em salas de reuniões com ar-condicionado.
- Saí do trabalho mais cedo para me preparar para a festa amanhã. Estava comprando um papel de presente e um cartão para Mayte. – Ela vê nossas sacolas. Estou segurando as bebidas, Poncho os sanduíches. Vocês vão almoçar?
- Não - Poncho responde. Ele está perfeitamente controlado. - Bem, nós acabamos de comprar comida. Mas estou indo para o meu carro ... Vou para os Hamptons.
- Oh - diz Belinda, sem parecer satisfeita. Por sorte, ela continua olhando para Alfonso. Levo mais fé nele do que
em mim.
- Vim deixar uma coisa para Anahí entregar a Mayte – explica Poncho.
Ela inclina sua cabeça para o lado.
- O quê?
Acho que ela não suspeita de nada. Ela simplesmente não percebe que o que estamos fazendo não é da conta dela. Ao seu ver, ela faz parte do círculo íntimo de amizades de Mayte, e por isso tem direito a saber tudo que diga respeito à amiga. E isso certamente inclui Poncho e eu.
- Um bilhete - responde Poncho. – Uma coisinha que quero entregar a May antes de sua noitada.
- Ah - Belinda sorri, sem ao menos imaginar por que Poncho simplesmente não deixou o bilhete no apartamento deles por que ele precisaria me designar como mensageira. - Bem, vai ser mesmo o maior festão. Pode apostar.
- Imagino ... - diz Poncho.
- E então, Anahí? Você também vai matar o trabalho hoje à tarde?
Eu gaguejo, hesito e digo não, sim, não tenho certeza, talvez.


- Ah, manda tudo pro espaço. Aproveita pra me ajudar a tomar as últimas providências para a festa. Estou a caminho de uma loja de roupas íntimas para pegar umas coisinhas extras - diz ela. Nós decidimos fazer da noite de amanhã uma mistura de festival de lingerie e despedida de solteira. - Por favor, vem comigo?
- Está bem. Só preciso dar uma subidinha, trocar de roupa e telefonar. Encontro você daqui a 15 minutos?
- Ótimo! - responde Belinda.
Espero que ela saia primeiro, torcendo para ter ainda um tempinho sozinha com Poncho, mas ela está grudada na calçada. Depois de alguns segundos, Poncho desiste e se despede da gente. Tenho cuidado de não olhar para ele enquanto vai embora.
- Então combinado - digo a Belinda. - Encontro você daqui a pouco.
Caminho para casa em pânico, me convencendo de que está tudo bem, de que Belinda não suspeita de uma traição tão cruel. Poncho me liga assim que entro no apartamento. Atendo o telefone, minhas mãos trêmulas.
- Ei - diz Poncho. - Dá para acreditar nisso?
- Oh, meu Deus - lamento. - Parece que vou desmaiar. Onde você está?
- Virando a esquina ... Acha que ficou tudo bem?
- Espero que sim - digo, sentindo minha pulsação voltar ao normal. Você se saiu bem ... Como conseguiu inventar aquela desculpa tão rápido?
- Não sei. Ela engoliu, não foi?
- Parece que sim ... E o bilhete?
- Estou escrevendo um agora ... Droga, nem sei o que escrever. Isto é ridículo ... Vou subir, está bem?
Digo que não é uma boa idéia, tenho de me encontrar com Belinda.
Ele suspira.
- Queria passar um tempo com você. Será que você não consegue se livrar dela?
Sinto que vou ceder.
- Você não acha que pode parecer estranho se eu der um bolo nela?
- Ah, vamos lá, só por alguns minutos.
- Está bem - digo. - Sobe, mas só para me dar o bilhete. Depois eu realmente tenho de ir me encontrar com ela.
Ele chega ao meu apartamento alguns minutos depois e me entrega o sanduíche e o bilhete dobrado. Coloco os dois na mesa de centro, perto das bebidas. Sentamos no sofá.


- Incrível como é fácil esbarrar em alguém conhecido nesta cidade, não é? - pergunto.
- É, é mesmo - diz ele, segurando minha mão. Ele tenta me beijar, mas ainda estou muito abalada para retribuir. Não consigo relaxar. É como se Belinda ainda estivesse com a gente.
- Tenho mesmo de ir - digo, furiosa por Belinda ter arruinado a chance de termos nossa grande conversa, mas ao mesmo tempo aliviada.
Ele me beija enquanto tira meu terninho e massageia meu ombro.
- Poncho!
- O quê?
- Tenho de ir.
- Só um minuto.
- Não. Agora.
Mas quando ele acaricia meu pescoço, esqueço Belinda. Em pouco tempo estamos fazendo amor.
Meu celular toca. Dou um salto.
- Merda. Deve ser Belinda. Eu realmente tenho de ir - digo, sentando.
- Mas eu queria conversar sobre este fim de semana - diz ele.
- O que é que tem? - pergunto, evitando seu olhar enquanto abotôo a camisa.
- Bem ... sinto muito pela despedida de solteira e tudo o mais ...
Eu o interrompo.
- Eu sei, Poncho.
- Preciso tomar uma providência logo. Simplesmente ainda não tive um momento livre. Ainda não tive uma chance ... mas quero que você saiba que penso sobre isso, e sobre você, o tempo todo. Quero dizer, o tempo todo ... - sua expressão é sincera, torturada. Ele espera que eu fale.
Esta é a minha deixa. As palavras vêm na minha cabeça. Estão na ponta da língua, mas eu me calo, ponderando que este não é o melhor momento. Não temos tempo para uma conversa de verdade. Não sou
covarde, sou apenas paciente. Quero esperar a hora certa para discutir a
ruína da minha melhor amiga. Então sugiro um acordo.
- Eu sei, Poncho - repito. - Vamos conversar na semana que vem, está bem?
Ele concorda meio melancólico e me abraça com força.
Depois que ele vai embora, telefono para Belinda e digo que fiquei presa numa ligação de trabalho e que já estou a caminho. Acabo de me vestir, bebo meu chá gelado e coloco o sanduíche na geladeira. Vou para a porta e olho o bilhete dobrado. Não consigo resistir. Volto, desdobro e leio:


MAYTE,
SÓ QUERIA QUE VOCÊ RECEBESSE ALGUMA COISA MINHA ANTES DA SUA NOITADA.
ESPERO QUE VOCÊ SE DIVIRTA COM AS SUAS AMIGAS.
COM AMOR, ALFONSO.

Por que ele tinha de incluir a palavra "amor"? Meu consolo é que ela não acabou de fazer amor com ele e que vamos conversar na semana que vem, ainda dentro do prazo estabelecido por Dulce. Então, corro para encontrar Belinda e ajudá-la a preparar o grande fim de semana de Mayte.
A situação está completamente fora de controle, aquelas histórias que só acontecem com os outros. Nunca com a gente
.



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Autor(a): narynha

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O misto de festival de lingerie e despedida de solteira é uma agonia doinício ao fim, por razões óbvias e também porque não tenho nada em comum com as amigas de trabalho da Mayte, todas materialistas, superficiais, umas vadias egocêntricas. Belinda é a melhor do lote, o que é assustador. Me convenço a sorri ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56

    olá vou ler...

  • dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27

    Ameiiiiiii o final =)
    Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!!

  • rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23

    que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22

    AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
    MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29

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  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40

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