Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]
No meu último dia em Londres, Chris e eu retomamos ao seu pub favorito, onde já começo a me sentir em casa. Pergunto sua opinião sobre minha mudança para Londres. Em 15 minutos ele já me vê na vizinhança: sabe de um apartamento, um trabalho e vários caras, caso James não seja o ideal, todos com os dentes certinhos e brancos (porque eu já comentara dos dentes malcuidados dos ingleses). Ele diz para eu me mudar. Simplesmente me mudar. O conselho parece simples. É simples. A semente já está mais do que plantada. Já está crescendo, desabrochando e surgindo um brotinho.
Chris continua.
- Você devia se afastar de Mayte. Aquela amizade tóxica ... não é saudável. E vai se tornar ainda mais destrutiva quando encontrar os dois depois do casamento.
- Eu sei - digo, empurrando uma batata frita na direção do purê de ervilhas.
- E mesmo que você continue em Nova York, é essencial limitar essa amizade. Ela não é nem mesmo uma amizade verdadeira, Mayte quer apenas ser melhor que você.
- Não é tão ruim assim - digo, sem entender por que estou defendendo Mayte.
- Você tem razão. Não é apenas para derrotar você. Acho que ela te respeita tanto que quer vencer para ser reconhecida ... Ela não fica tentando superar Angelique. É só você. Às vezes acho que você acaba sendo sugada por ela, e toda a dinâmica de vocês se transforma mais numa competição que numa amizade verdadeira - ele me lança um olhar paternal, de quem sabe o que diz.
- Você acha que eu gosto do Poncho pela mesma razão, para competir com Mayte, não acha?
Ele pigarreia, enxuga a boca com o guardanapo e põe no colo.
- Bem, isso é possível? - pergunta ele.
Nego.
- Nem pensar. Não duvide dos meus sentimentos - digo.
- Tudo bem. Era só uma teoria.
- Absolutamente não. É para valer.
Mas antes de dormir na cama do Chris (ele insistiu em ficar com o sofá durante toda a semana), reavalio sua teoria. Será mesmo possível que tudo aquilo que senti quando beijei Poncho tenha vindo do prazer em ser má, em quebrar as regras, ter algo que pertence a Mayte? Talvez o meu caso com Poncho seja resultado de uma revolta contra minhas certezas, contra Mayte e anos em que me senti inferior. Fico perturbada com a idéia, porque a gente não gosta de pensar que é escravo desse tipo de impulso inconsciente. Mas, ao mesmo tempo, a idéia me consola. Se gostei de Poncho por essas razões, então no fim das contas eu não o amo. Será muito mais fácil seguir em frente.
Mas no dia seguinte, enquanto eu e Chris pegamos o metrô até o terminal de trens, eu reconheço, mais uma vez, que realmente amo Poncho e provavelmente vou continuar amando por um bom tempo. Compro a passagem do trem expresso até o aeroporto e verifico no painel de informações que o próximo trem vai partir em três minutos, então caminhamos até a plataforma.
- Você sabe o que está fazendo, certo? - pergunta ele todo protetor.
Por um segundo acho que ele está perguntando sobre minha vida, então percebo que ele apenas se refere ao trajeto da viagem.
- Sei, este trem vai direto para o aeroporto, certo?
- É. Salte no terminal três. É fácil.
Abraço Chris e agradeço pelos dias maravilhosos.
- Não quero ir embora.
- Então venha morar aqui ... Eu realmente acho que você deveria. Você não tem nada a perder.
Ele tem razão. Realmente não tenho nada a perder. Eu não deixaria nada para trás. Um pensamento deprimente.
- Vou pensar - digo e me comprometo a pensar no assunto quando chegar em casa, em vez de voltar à velha rotina.
Nos abraçamos pela última vez, então embarco no trem e observo Chris acenando para mim através da janela. Aceno de volta, pensando que não há nada melhor que velhos amigos.
No terminal três faço o check-in mecanicamente, passo pela segurança e espero pelo embarque. O vôo parece interminável, e, apesar de tentar, não consigo dormir de jeito nenhum. Apesar da minha semana repleta de distrações, não me sinto muito melhor do que no vôo da ida. Mesmo vendo Nova York de cima, o que geralmente me enche de expectativa e animação, não sinto nada. Poncho está num desses prédios. Preferia quando o oceano Atlântico nos separava.
Ao sair do avião, abro caminho até o controle de passaporte, pego a bagagem e passo pela alfândega, para depois entrar na enorme fila do táxi. Está um calorão lá fora e dentro do táxi percebo que o ar-condicionado mal chega ao banco de trás.
- Será que você pode aumentar o ar-condicionado, por favor? – peço ao motorista, que está fumando um cigarro, uma infração que poderia arrancar dele uma multa de 150 dólares.
Ele me ignora e dirige aos trancos e barrancos, de uma maneira revoltante. Ele troca de pista a cada dez segundos.
Peço para ele aumentar o ar-condicionado mais uma vez. Nada. Talvez ele não esteja me ouvindo por causa do rádio. Ou talvez ele não fale inglês. Consulto a Lista dos Direitos do Passageiro. Tenho direito a: um motorista cortês, que fale inglês e obedeça às leis de trânsito ar-condicionado se solicitado... uma viagem sem rádio (silenciosa) ar livre de fumaça e incenso... bagageiro limpo.
Talvez o bagageiro esteja limpo.
Está vendo? Tudo tem a ver com ausência de expectativas.
O banco de trás está cada vez mais quente, então abro a janela e enfrento o vento sujo chicoteando meu cabelo em torno do rosto. Finalmente chego em casa. Pago ao motorista mal-educado e ainda dou gorjeta (embora conste na Lista dos Direitos do Passageiro que eu posso me recusar a dar gorjeta se os meus direitos não forem cumpridos). Suspendo minha mala de rodinhas e saio do carro.
São cinco e meia. No sábado, a essa hora, Mayte e Poncho estarão casados. Já terei ajudado Mayte com seu vestido de noiva e amarrado o ramo de copos-de-leite com meu lenço de renda, que foi escolhido por ela para ser o objeto emprestado que a noiva tem de usar na cerimônia. Terei garantido a ela umas mil vezes que nunca esteve tão bonita, que tudo está perfeito. Já terei andado até o altar em direção ao Poncho sem olhar para ele, mas talvez percebendo seu olhar furtivo, uma mistura de culpa e pena. Terei suportado os dolorosos trinta segundos de Mayte, em toda sua glória, caminhando para o altar, enquanto seguro a aliança de platina na minha mão suada. Em seis dias, o pior já terá passado.
- Olá, senhorita Anahí! - José diz enquanto fecho a porta do táxi. Então ele avisa para alguém que está no saguão: - Ela chegou!
Fico tensa, esperando encontrar Mayte com sua pasta de casamento, pronta para fazer exigências. Mas não é Mayte quem espera no saguão do prédio, numa solitária poltrona de couro.
Autor(a): narynha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 85
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franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56
olá vou ler...
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dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27
Ameiiiiiii o final =)
Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!! -
rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23
que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.
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kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22
AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB. -
kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16
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css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40
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css Postado em 27/10/2009 - 20:34:46
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