Fanfics Brasil - Mayte sempre consegue o que quer. O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]

Fanfic: O noivo da minha melhor amiga AyA [Terminada]


Capítulo: Mayte sempre consegue o que quer.

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Penso nos tempos do segundo grau, quando Mayte seguiu conquistando todos os garotos que quis. Posso vê-la beijando Kuno Becker perto do nosso armário no corredor e recordar a inveja que brotava em mim quando eu, sem namorado, era forçada a testemunhar a desavergonhada demonstração pública de afeto dos dois. Kuno tinha sido transferido para a nossa escola vindo de Columbus, Ohio, no outono do nosso terceiro ano, e imediatamente se tornou um sucesso em todos os lugares, menos na sala de aula. Apesar de não ser muito brilhante, ele era a estrela do nosso time de futebol, o armador titular do nosso time de basquete e, é claro, nosso principal arremessador do time de beisebol na primavera. E, com aquele jeito bonitão de namorado da Barbie, as meninas o adoravam. Doug Jackson, parte dois. Só que, infelizmente, ele tinha uma namorada chamada Cassandra, lá em Columbus, com quem alegava ser "110% comprometido" (uma expressão do jargão esportivo que sempre me incomodou por sua óbvia impossibilidade matemática). Ou pelo menos costumava ser, antes de Mayte entrar na história, depois de assistirmos a um jogo em que Kuno não permitiu nenhuma rebatida válida contra o Central e ela decidir que ele tinha de ser dela. No dia seguinte ela o convidou para assistir ao musical Os miseráveis. É de se esperar que um atleta que pratica três modalidades de esporte como o Kuno não seja muito chegado a musicais, mas ele concordou em acompanhá-la, e com bastante entusiasmo. Depois o espetáculo, na sala de estar de Mayte, Kuno carimbou um baita chupão no pescoço dela. Na manhã seguinte, uma certa Cassandra de Columbus, Ohio, levou um tremendo pé na bunda.


Eu me lembro de conversar com Angelique sobre a vida privilegiada que Mayte levava. Discutíamos Mayte com muita freqüência, o que me levava a imaginar o quanto elas fofocavam a meu respeito. Angelique argumentava que não era apenas o visual ou o corpo perfeito dela, era também a sua segurança, o seu charme. Sobre o charme eu não sei, mas, olhando em retrospecto, concordo com Angelique quanto à segurança. Era como se Mayte tivesse a perspectiva de uma mulher de trinta anos, só que ainda no segundo grau. Tinha a compreensão de que nada daquilo importava, de que só se vive a vida uma vez e de que vale a pena ir à luta. Ela nunca se intimidava, nunca ficava insegura. Incorporava aquilo que todo mundo diz quando recorda os anos de ginásio: "Se eu soubesse disso naquela época."
Mas se há uma coisa que posso dizer sobre Mayte e seus namoros é isto: ela nunca nos dispensou por um cara. Sempre colocava as amigas em primeiro lugar - o que é incrível para uma menina no segundo grau. Às vezes ela chegava mesmo a dispensar o namorado, porém mais freqüentemente apenas nos incluía nos programas. Formávamos uma fila de quatro no teatro. O namorado da vez, depois Mayte, Angelique e eu. E Mayte sempre sussurrava seus comentários em nossa direção. Ela era impetuosa e independente, ao contrário da maioria das meninas da esola, que permitiam que seus sentimentos por um rapaz as engolisse. Naquela época eu achava que ela simplesmente não os amava o suficiente. Talvez Mayte quisesse apenas manter o controle, e, sendo a pessoa que amava menos, era isso o que conseguia. Não sei se ela realmente se importava menos ou apenas fingia, mas sei que mantinha cada um deles à sua mercê, mesmo depois de dispensá-los. Veja Kuno, por exemplo. Ele está morando em Iowa com a esposa, três filhos, dois labradores e ainda manda e-mails para Mayte no aniversário dela. Isso sim é que é poder.


Até hoje Mayte fala com nostalgia sobre os bons tempos do ginásio. Eu me encolho todas as vezes que ela diz isso. É claro, tenho algumas boas lembranças daqueles dias e desfrutei uma popularidade razoável - um bom benefício adicional por ser a melhor amiga de Mayte. Adorava ir aos jogos de futebol com Angelique, pintar nossos rostos de laranja e azul, ficar enrolada em cobertores nas arquibancadas e dar tchau para Mayte enquanto ela animava a torcida lá no campo. Adorava nossas idas aos sábados à noite até a sorveteria Colonial, onde sempre pedíamos a mesma coisa - um sundae de baunilha com calda de caramelo e chocolate, uma torta de caramelo, chocolate e amendoim e um brownie de chocolate duplo - e depois dividíamos tudo entre nós três. E eu adorava o meu primeiro namorado, Shane West, que me chamou para sair durante nosso último ano. Shane também gostava de respeitar regras, uma versão católica de mim. Ele não bebia ou usava drogas e ficava culpado só de conversar sobre sexo. Mayte, que perdeu a virgindade quando estava no segundo ano, com um espanhol que fazia intercâmbio e se chamava Carlos, ficava sempre me instruindo a corromper Shane. "Segure o pênis dele assim e eu garanto, não tem erro." Só que eu estava perfeitamente feliz com as nossas longas sessões de agarramentos na caminhonete da família dele e nunca tive de me preocupar com sexo seguro e com dirigir embriagada. Portanto, se as minhas lembranças não eram glamourosas, pelo menos eu me divertia razoavelmente.


Tive meus momentos ruins também: os dias em que o cabelo ficava horroroso, as espinhas, as infernais fotos de turma, nunca usava as roupas certas, ficava sem par para dançar nas festas, não conseguia me livrar do excesso de gordurinhas dos tempos de bebê, era cortada dos times, perdia eleições para tesoureiro da classe.Além de uma avassaladora angústia que ia e vinha à minha revelia (ou, mais precisamente, uma vez por mês), aparentemente fora do meu controle. Coisas típicas da adolescência, realmente. Clichês, porque isso acontece com qualquer um. Qualquer um menos Mayte, isto é, Mayte que pairou por esses tumultuados quatro anos de escola sem sofrer rejeições, intocada pela maldição da feiúra adolescente. É claro que Mayte adorava a escola, e a escola adorava Mayte.
Muitas garotas com essa visão de seus anos de adolescência costumam se dar mal mais tarde na vida. Elas aparecem nas reuniões de dez anos de formatura dez quilos mais gordas, divorciadas e saudosas de seus longínquos dias de glória. Mas a maré dos dias de glória ainda não acabou para Mayte. Ela não sofreu nenhuma grande derrota ou decepção. De fato, a vida só fica cada vez mais doce com ela. Como minha mãe disse um dia, não muito ao estilo dela, o mundo come na mão de Mayte. Essa costumava ser - e ainda é - a melhor definição. Mayte sempre consegue o que quer. E isso inclui Poncho, o noivo dos sonhos.



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • franmarmentini Postado em 21/02/2014 - 15:43:56

    olá vou ler...

  • dannystar Postado em 28/10/2009 - 14:05:27

    Ameiiiiiii o final =)
    Tmb estou esperando pela próxima web!!!]Q seja d AyA...assim estarei lá...para ler e comentar...Olha ate rimo...rsrsrs...Bjim!!!

  • rss Postado em 28/10/2009 - 12:28:23

    que lindo o final ficou fofo,tou esperando pela sua proxima web.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:54:22

    AMEI A WEB,AMEI O FINAL TAMBÉM.
    MAIS VOU SENTIR FALTA DESSA WEB.

  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:41

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  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:29

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  • kikaherrera Postado em 28/10/2009 - 00:13:16

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:35:40

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  • css Postado em 27/10/2009 - 20:34:46

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