Fanfics Brasil - A Lenda do Anel dyc (Terminada)

Fanfic: A Lenda do Anel dyc (Terminada)


Capítulo: 1? Capítulo

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CAPÍTULO I

— Sua Alteza sabe que ela quase pôs fogo na Casa Branca? — perguntou, baixinho, Didier Alois.
Sua Alteza Sereníssima, príncipe Christopher de Thierry de San Montico observou a jovem com rosto em formato de coração e radiantes olhos cor de esmeralda. O corpete justo do vestido verde, combinando com os olhos, realçava a cintura fina, e os cabelos encaracolados e vermelhos caindo pelos ombros, brilhavam sob a luz dos lustres de cristal.
Caminhando pelo Great Hall, ela seguia lentamente a fila de cumprimentos, fazendo reverências e lançando sorrisos deslumbrantes aos dignitários e membros da realeza.
— Quem é ela?
— Dulce Armstrong, Alteza — Didier respondeu em voz baixa.
Didier sabia tudo sobre os convidados para o baile de aniversário do príncipe. Entre outras tantas, essa era também sua função, como conselheiro real.
Christopher queria saber mais a respeito de Dulce Armstrong. Tinha certeza de que nunca tinham se encontrado antes, apesar da aparência familiar. Reparando no cavalheiro de cabelos grisalhos que a acompanhava, lembrou-se.
— Armstrong? O bilionário patriarca da segunda família mais importante da América?
— Sim, Alteza.
Christopher conhecia bem mulheres como Dulce. Ele já estivera noivo de uma! Filha de milionários que ainda usava o cartão de crédito do papai! Rica, mimada, candidata em potencial ao título de princesa.
Ele cerrou as mãos enluvadas.
— Eu pedi à minha mãe para não convidar nenhuma americana. Você sabe o que elas pensam a respeito da... realeza.
— Creio que sua mãe não teve escolha, considerando as contribuições generosas que a Armstrong International faz periodicamente às obras assistenciais do palácio. — Didier hesitou por um instante, depois acrescentou: — Nem todas as mulheres americanas são como...
— Isso não tem nada a ver com ela... Absolutamente nada — Mas pelo modo como Christopher contraiu os maxilares, Didier percebeu que não era verdade.
Recuperando o controle, ele baixou o tom de voz.

— É o meu aniversário. Eu deveria ter sido consultado sobre a lista de convidados.
— A julgar pela qualidade das mulheres presentes, acredito que a princesa Marguerite escolheu muito bem, mesmo sem a sua supervisão. — Didier sorriu. — Se Sua Alteza permitir-me, Dulce Armstrong parece uma princesa. Ela é muito bonita e graciosa. Com sua educação e a influência da família...
— Ela não é nada mais do que uma herdeira americana — Christopher o interrompeu.
— A lenda não faz restrições...
— A lenda, Didi? — A simples menção da palavra "lenda", Christopher sentiu um gosto amargo na boca. — Você acredita mesmo que o anel real servirá no dedo de uma dessas mulheres, e que encontraremos o amor verdadeiro e a felicidade eterna? E que esse casamento trará prosperidade à nossa ilha?
— Acredito, Alteza.A lenda.
Christopher não queria participar dela. Ele acreditava na lenda tanto quanto acreditava em contos de fadas e amor à primeira vista. Talvez em séculos anteriores, as lendas tinham certo sentido, mas nunca nos dias atuais.
Estava realizando a vontade do pai e levando San Montico para o presente. Porém, essa era uma tarefa monumentalmente lenta e difícil. Cada passo rumo ao progresso era uma batalha contra a maioria que resistia às mudanças.
Quanto mais Christopher promovia o progresso, mais o povo reforçava as barreiras. Os habitantes da ilha apegavam-se aos mitos e às tradições, como os náufragos agarram-se a tudo o que significa uma chance de viver.
E eram com esses costumes antigos, como a Lenda do Anel, que o povo impedia que San Montico caminhasse para frente. Só com a desmistincação dessas superstições, o progresso teria lugar.
Uma vez que Christopher provasse que a lenda não passava de um conto de fadas, San Montico poderia dar um salto gigante rumo à modernização. Seria o melhor para o país, o melhor para ele próprio.

— A lenda é pura fantasia, Didi, e eu vou provar isso. Assim que o relógio tocar meia-noite, tudo estará terminado.
— Talvez seja apenas o começo. A lenda já se cumpriu no passado, Alteza.
Christopher não acreditava.
— Foi apenas a realização de uma profecia. A lenda tornou-se verdadeira porque os meus ancestrais, incluindo meus pais, decidiram torná-la verdadeira. Eu decidi desmistificá-la.
Lançou um olhar irritado para o conselheiro, que além de primo, era seu melhor amigo.
— Por que você não se casa e me deixa em paz?
Didier suspirou.
— Esqueceu-se de que, segundo a tradição, só poderei ca¬sar-me depois de Sua Alteza?
Outro costume estúpido. O estado civil de Christopher não de¬veria ter nada a ver com seu conselheiro. Se pelo menos Didier não estivesse tão empenhado em seguir os velhos hábitos...
— Eu devia ter adivinhado que existia outro motivo para você insistir tanto para eu me casar!
— Meu único motivo é visar os interesses do nosso país. Sua Alteza precisa encontrar uma esposa.
— Estou tentando, Didi.
Christopher estava fazendo o possível para destruir a lenda. Ele marcara encontro com todas as mulheres que conhecia. Até seis meses antes, acreditara ter encontrado a mulher ideai, mas decepcionara-se. Depois disso, embora disposto a encontrar outra, decidira não abrir o coração para mais ninguém.
— Não tenho medido esforços. Acho que isso conta, não?
— Mas nenhum dos seus esforços foi... bem-sucedido, Alteza. Ainda está solteiro, e San Montico precisa de um herdeiro.
Christpher estava cansado de ouvir o que San Montico esperava dele. Ele sabia. Fora instruído desde o dia em que nascera. Ajeitou as luvas.
— Posso providenciar um herdeiro sem ser casado!
Didier rilhou os dentes.
— Alteza...
Christopher não conteve um sorriso.

— Teremos que deixar esta discussão para mais tarde, Alteza — murmurou Didier. — Aí vem o sr. Armstrong e sua filha.
Christopher concordou com gesto quase imperceptível de cabeça. O elegante e altivo Alan Armstrong inclinou-se diante dele.
— Alteza, permita-me apresentar minha filha Dulce.
Atraente, sim. Fibra de princesa, não. O rosto corado e os olhos arregalados revelavam que ela estava impressionada com Christopher. Um pouco intimidada também. O que mais poderia esperar de uma americana? Quando decidisse se casar, esco¬lheria uma mulher que o visse como homem, não como príncipe. Ele forçou um sorriso.
— É um prazer conhecer sua adorável filha.
Ela fez uma reverência.
— Feliz aniversário, Magnífico... isto é, Alteza.
Christopher conteve-se para não fazer uma careta.
— Obrigado, srta. Armstrong. — Ele segurou-lhe a mão trémula e beijou-a. A pele era macia e quente sob seus lábios. Ele sentiu o cheiro de óleo de amêndoa na pele bronzeada. Quem sabe, ela não teria tomado banho de sol de topless? — Estou feliz que tenha vindo.
Quando Christopher soltou-lhe a mão, ela deixou cair a bolsa. Ele se inclinou para pegá-la. Christopher fez o mesmo, batendo a cabeça na testa dele. Assustada, a moça perdeu o equilíbrio. Num movimento rápido, o pai segurou-a, salvando-a de uma queda memorável.
— Desculpe-me. — Ela tocou no braço de Dulce, quebrando o protocolo real. Ele se enrijeceu. — Sua Alteza está bem?
Quanto mais rápido se livrasse dela, melhor. Ignorando a dor de cabeça, Christopher entregou-lhe a bolsa.
— Estou.
Antes que Dulce dissesse mais alguma coisa, Alan Arms¬trong empurrou-a para fora da fila de cumprimentos.
— Alteza, minha esposa lamenta muito por não ter vindo à sua festa de aniversário, mas ela tinha um compromisso inadiável.

Christopher inclinou levemente a cabeça e, com o canto dos olhos, viu Dulce afastar-se em direção ao salão de baile, e observou o suave movimento do seu vestido.
Parecia um anjo rodeado de nuvens. Um anjo, ela não era. A batida na cabeça fora mais forte do que ele imaginara. Ele friccionou a testa, e ela se voltou para olhá-lo.
Seus olhares se encontraram, por um instante. Ao mesmo tempo, ela esticou o braço para apertar a mão de... Não.
Contendo o impulso de gritar, Christopher cerrou os dentes. Dulce apertou a mão, não de um homem, mas de uma armadura! Um das luvas blindadas caiu ao chão, deixando a valiosa peça sem mão.
Droga! Nem mesmo a mais sangrenta das batalhas travadas para preservar San Montico dos invasores espanhóis e fran¬ceses, haviam conseguido destruir a armadura. Mas aquela mulher, a americana...
Os músculos de Christopher se retesaram, a pressão sanguínea subiu. Mais uma dor para sua já dolorida cabeça. Dulce olhava para a luva com expressão horrorizada. Depois, tentou escondê-la atrás da armadura.
Alan Armstrong resmungava um pedido de desculpas, que Christopher aceitou com um sorriso protocolar.
Não era momento de mostrar emoções. Não, com o palácio repleto de convidados. Precisava manter-se calmo, impassível. Era apenas uma luva, uma luva blindada que pertencia à fa¬mília dele havia séculos. Olhou para Dulce.
— Precisa de ajuda, srta. Armstrong?
Ela ergueu a luva e sorriu.
— Parece que encontrei uma mão extra.
Pelo menos, a americana tinha senso de humor. E não in¬cendiara o palácio. Richard suspirou aliviado.
— Ninguém pode ter mãos demais.
Os olhos dela brilharam

— O que devo fazer com... bem, com isto?
— Didier, por favor, ajude a srta. Armstrong.
— Sim, Alteza. — Didier aproximou-se dela e pegou a luva blindada. — Lamento pela inconveniência.
— E eu lamento tê-la quebrado — desculpou-se Dulce.
— A senhorita não a quebrou — Didier apressou-se em esclarecer. — É... antiga.
Como todas as demais peças insubstituíveis e valiosas do pa¬lácio. Christopher fora prevenido. A bela americana quase pusera fogo na Casa Branca. Ele não permitiria que o mesmo acontecesse ali. Teria o cuidado de manter Dulce Armstrong bem longe até mesmo de sua vela de aniversário! A noite já seria suficien¬temente longa, sem nenhum inesperado espetáculo pirotécnico.
Os Armstrong nunca se impressionam. Os Armstrong nunca se impressionam.
Ecoando na mente, o mantra de sua família esnobe. Dulce sempre tivera muita dificuldade para não impressionar-se, mas naquela noite fora impossível não ficar boquiaberta.
Sua família era obscenamente rica, e seus membros não ti¬nham escrúpulos em ostentar a fortuna incalculável. Mas aqui¬lo... Ela nunca vira tanta riqueza exposta com tanto bom gosto.
O príncipe Christopher sorriu e Dulce suspirou. Nenhum homem merecia ser tão bonito. Pecaminosamente sensual. Era como podia descrevê-lo. Tudo nele sugeria realeza. O nariz aristocrático, os maxilares proeminentes e as feições delineadas eram suavizados pelos lábios cheios, pelos cílios espessos e a covinha na face esquerda, acentuada quando ele sorria. O con¬traste era devastador.
Com os olhos da cor das águas que rodeavam a ilha de Santorini, os cabelos castanhos dourados pelo sol, o príncipe era, sem dúvida, um dos homens mais bonitos que conhecera.
E o melhor partido, também.
Tanto pior que era um príncipe cujos passos eram seguidos pela imprensa, pela curiosidade pública e pelas fãs ardorosas. Mas aquela parecia mesmo uma noite especial.
A presença da imprensa era restrita, e, nem mesmo os paparazzi haviam conseguido furar o bloqueio dos seguranças.

 


 


 


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Autor(a): lovedyc

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Dulce deu de ombros. Ela poderia ser a Cinderela do baile do príncipe, e não se importaria de tornar-se manchete dos tablóides, por uma noite.Por uma noite, ela poderia esquecer-se da dura realidade da vida.— Está se divertindo, srta. Armstrong?A voz veio de alguém às suas costas. Voltando-se, ela se deparou com o conselheiro d ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 741



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  • stellabarcelos Postado em 28/10/2015 - 23:48:12

    Que lindos! Amei

  • docemenina Postado em 16/04/2015 - 19:19:43

    Bem linda <3

  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:06

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  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:03

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