Fanfics Brasil - A Lenda do Anel dyc (Terminada)

Fanfic: A Lenda do Anel dyc (Terminada)


Capítulo: 11? Capítulo

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— A Lenda do Anel, Alteza. — Gaston sorriu. — É verdade. O anel serviu no dedo de Dulce e só o verdadeiro amor poderá removê-lo.
Eles
se olharam e Dulce experimentou um momento de magia. Antes que ela
pudesse entender a sensação de frio no estômago, a princesa Marguerite
apareceu na porta da sala, envolvida numa aura de elegância e estilo.
Era a própria ima¬gem de realeza e graça.
— Christopher, Dulce... —
a princesa cumprimentou-os. — Eu estava procurando por vocês. Temos que
discutir alguns detalhes sobre o casamento.
— Mais tarde, mamãe. — O príncipe tocou no cotovelo de Dulce. — Vamos.
Na sala amarela, depararam-se com Delia e suas assistentes.
— Oh, Dulce. Finalmente! — exclamou a estilista. — Precisamos tirar mais algumas medidas.
— Agora não, por favor.
Apressados,
Dulce e o príncipe continuaram atravessan¬do as salas, em busca de
privacidade. Mais adiante, encontra¬ram o marquês.
— Crianças, vocês não acreditam nas novidades. — Ele bateu palmas. — Pombas. Encontrei as pombas.
— E agora? — Dulce murmurou.
— Corra — ordenou o príncipe.
De
mãos dadas, como adolescentes, eles correram em direção a uma porta que
dava para um caminho de pedras. Correram por alguns minutos, e então, o
príncipe parou.
— Acha que nos livramos deles? — perguntou Dulce.
— Espero que sim.

Só faltou meu pai — ela disse. — Conhecendo-o bem, acho que ele já está
reservando o Concorde para trazer os convidados para o casamento.
Christopher estreitou os olhos.
— Ele não faria isso.
— Faria.
— Isso é...


— Terrível — ela sugeriu.
O príncipe forçou um sorriso.
— Insano.
Dulce suspirou. Felizmente, sua mãe não estava em San Montico. Do contrário, não haveria escapatória.
— O que vamos fazer, Alteza?

Gostaria de saber. Só sei que não podemos voltar ao palácio. Eu
gostaria de pegar meu barco e navegar por aí, mas não conseguiremos
chegar à marina com todos esses repórteres acampados ao redor do
palácio. — Ele coçou o queixo, pensativo. — Conheço um lugar onde
ficaremos longe de toda essa balbúrdia.
— Tem certeza? Parece que sabem todos os nossos passos!
— Ninguém conhece esse lugar.
Eles
caminharam até chegarem a uma parede coberta de hera. Depois, seguiram
por um corredor escondido pela vegetação. Um labirinto. De repente, um
arco coberto por primaveras. As flores vermelhas contrastavam com o
verde escuro do labirinto.
Dulce arrancou uma flor e colocou-a atrás da orelha.
— É incrível que essa confusão toda deve-se a uma lenda.

As lendas estão enraizadas no coração e na mente do meu povo — explicou
ele. — Nosso casamento só reforçaria a crença nos velhos costumes e
tradições.
Ela entendia perfeitamente a posição dele. Mas são as
tra¬dições que tornam cada país, cada povo, único. Não havia nada de
errado nisso.
— Você não acha...
Christopher interrompeu-a.
— Você está começando a acreditar... nisso?

Não, claro que não. — Ela olhou para duas pombas voando adiante. O
marquês? Mágica? — Mas não é estranho que ne¬nhuma das lâminas
funcionou?
— Coincidência.
— Esperemos que sim — afirmou Dulce, mas as palavras não soaram com a convicção desejada.
O príncipe lançou-lhe um olhar divertido, antes de atraves¬sarem a entrada do labirinto.


— Este é um dos poucos lugares de total privacidade neste palácio.
— Sua Alteza costuma vir sempre aqui?
— Não muito.
Ela parou e olhou para as cinco trilhas à sua frente.
— Qual é o caminho para o centro?
— Tente encontrar.
Dulce seguiu pelo caminho à extrema direita. Christopher seguiu-a.
— Era aqui que você brincava em criança?

Sim. Didi e eu passávamos o dia aqui. A copeira deixava lanches,
sorvetes e outras guloseimas, na entrada. Como você adivinhou?
Erguendo os ombros, ela apontou para a vegetação que es¬condia as trilhas.
— É o lugar ideal para brincar e esconder-se.
Christopher sorriu.
— Este é o meu lugar favorito. Só Didi tem permissão para vir aqui.
— Nem seus pais?
— Ninguém. Exceto os jardineiros.
— Quando eu tinha algum problema, costumava esconder-me no closet do meu avô ou debaixo da cama dele.
— Você era apegada ao seu avô?
Dulce
assentiu com um gesto de cabeça, desejando que o avô estivesse perto
dela. Muitas vezes, as lembranças não eram suficientes. Especialmente,
quando precisava de um con¬selho ou de um abraço. Como naquele momento.

Vovô Armstrong mudou-se lá para casa quando eu tinha sete anos e viveu
conosco até morrer, cinco anos atrás. Ele fingia não se preocupar com
ninguém, fazia questão de mos¬trar-se sempre formal e distante, mas no
fundo, era uma cria¬tura doce e afável. Ele colocava apelido em todos
os netos, e sempre nome de animais.
— Qual era o seu?


estragar o clima cordial que reinava entre eles.
— Bem, era um nome ridículo. — Hora de mudar de assunto. — Foi o anel
que uniu seus pais?
— Infelizmente, sim.
Dulce dobrou à direita.
A trilha terminava num imenso jardim de topiaria, com a escultura de
animais de todas as espécies e tamanhos.
— Eles foram felizes? — ela perguntou.

Delirantemente felizes. Quase contagiante. — Christopher riu. —
Realmente, eles viveram uma verdadeira história de amor e felicidade.
— Isso é muito bom.
Ele franziu o cenho.

Não sei, não. Faz dez anos que meu pai morreu e, desde então, minha mãe
está de luto. Ela é muito nova. Deveria casar-de se novo. No entanto,
ela divide seu tempo entre o jardim e as obras de caridade.
— Foi escolha dela — Dulce ponderou.

Sim, mas... — O príncipe passou a mão por entre os cabelos. — Ela
acredita piamente que foi através da Lenda do Anel que ela e meu pai
encontraram o verdadeiro amor. Não consigo convencê-la de que o amor,
felicidade, alegria, inde¬pendem de um objeto inanimado. Por mais que
eu fale, ela se recusa a acreditar em mim.
A lenda parecia mesmo ter
muito poder. Dulce suspirou. De repente, o príncipe segurou-a pelo
ombro, impedindo-a de bater direto num muro.
— Cuidado!
Sim, ela devia ser cuidadosa. O toque da mão dele queima¬va-lhe a pele. Apressando o passo, desvencilhou-se dele.
— Por que não se casou ainda, Alteza?
O príncipe deu de ombros.
— Não foi por não ter tentado. Passei estes últimos cinco anos procurando uma esposa. Inutilmente.
— Não acredito — admitiu ela. — Você é um príncipe muito bonito. Todas as mulheres do mundo caem aos seus pés!
Christopher ergueu uma sobrancelha.


— Você também?
Dulce corou.
— Claro que não. E você sabe porquê.
— Ah, sim. — O sorriso dele revelou a covinha na face. — O mito do cowboy!
Tanto quanto o mito do Príncipe Encantado.
— Ainda não acredito que não tenha encontrado uma mulher para casar-se.
O sorriso desapareceu dos lábios dele.
— Realmente você não lê jornais, não é?
— Não.
— Seis meses atrás, fiquei noivo de uma americana. O nome dela é Thea...
— Thea Hollis-Montgomery?
— Sim. Você a conhece?

Thea foi colega de clube de minha prima Kelsey. — Dulce lembrava-se da
loira alta, bonita, elegante, cujo pai dava-lhe tudo, e todos, que ela
queria. — Ela não casou com o rei Gus meses atrás?
O príncipe comprimiu os lábios.
— Casou.
Imaginando o que acontecera, Dulce não conseguiu evi¬tar o comentário.
— Então, ela trocou o príncipe por um rei?
— Você tem um jeito de falar!
— Desculpe-me, Alteza.
— Não precisa desculpar-se. Foi melhor assim.
— Sempre achei que ela era ambiciosa. Agora, vejo que eu estava certa.
— Obrigado, Dulce.
— Por nada, Alteza.
Christopher suspirou.


Ela me deixou nesta situação. Seis meses antes do meu trigésimo aniversário, data limite para eu me casar.
Thea o deixara também de coração partido. Pobre príncipe. Não era à toa que ele não queria nem ouvir falar na Lenda do Anel.
— Imagino como foram esses seis meses para você.
— Você não imagina nem a metade, Dulce — admitiu ele.
Dulce não imaginava mesmo. Ela nunca se apaixonara antes. Não de verdade. Mas qualquer dia, de repente...
Procurando
pelo centro do jardim, ela subiu alguns degraus de pedra até a uma
plataforma, de onde via o labirinto que os rodeava. Além dos jardins do
palácio, a cidade e o mar Mediterrâneo. Encantou-se com a vista
maravilhosa. Ela olhou para o príncipe que a observava com expressão
curiosa.
— O que foi?
— Gosta daqui?
— É lindo demais. — Ela sorriu. — Você tem sorte por viver aqui.

Tenho, sim. — Christopher se calou por um instante. — Você não poderia
fazer de um palácio, e de um reino inteiro, sua... fazenda?
— Não. —
Era tentador, sim. Mas o que tudo isso implicava, era desanimador
demais. Ela desviou o olhar. — Provavelmen¬te, eu colocaria fogo em
tudo.
— Como na Casa Branca?
Ela o olhou surpresa.
— Você já soube?
— Não dos detalhes.
Dulce não conteve o riso.
— Você faz com que tudo pareça tão sórdido!
O príncipe ergueu as sobrancelhas.
— E não foi?
— Absolutamente não.
— Então, conte-me.
Dulce hesitou. Depois, deu de ombros. Não tinha nada a perder por contar algo que fora amplamente explorado pela mídia.


No Natal do ano passado, o presidente, que é
amigo do meu pai, convidou-nos para a ceia. Bem, as luzes se apagaram,
e eu peguei um dos castiçais da mesa de jantar e parei perto da árvore
de Natal.
Ela umedeceu os lábios.
— Estávamos em volta da árvore,
cantando canções natalinas. Acho que empolguei-me demais, não prestei
atenção no castiçal que segurava... bem, quando me dei por conta, os
ca¬belos da prima do presidente estavam em chamas.
Dulce esperava pela reprovação do príncipe, mas, em vez disso, ele riu.
— Imagino o que aconteceu depois.

Espere até ouvir o resto — disse ela, adorando aqueles momentos de
descontração do príncipe. — Na pressa de ajudar a prima do presidente,
coloquei o castiçal no chão, bem perto da árvore. Os galhos deveriam
estar secos porque, de repente, viraram tochas. Felizmente, conseguiram
apagar o fogo antes que o estrago fosse maior.
— E a prima?
— Está ótima. — Dulce riu. — Ela está usando uma peruca tão perfeita que ninguém diz que não são cabelos dela mesmo.
— Uma festa inesquecível.
Ela riu de novo.
— De princesa, não tenho nada, não é, Alteza?
Christopher deu de ombros.
— De cowboy, também não tenho nada.
— Não, não tem — Dulce admitiu, com um sorriso encantador. — Mas você tem algumas qualidades que compensam isso. Às vezes.
— Você também, Dulce. — Aquela covinha parecia estar piscando para ela e o coração de Dulce disparou. — Às vezes.



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Autor(a): lovedyc

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CAPÍTULO VIAproximando-se da sala de jantar, Dulce ajeitou as luvas. Na dúvida se deveria vesti-las ou não, optou pela discrição. Além disso, o príncipe Christopher pedira-lhe para usá-las sempre e ela não pretendia provocá-lo. Ele parecia ser um rapaz decente, e não um troglodita, como o imagin ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 741



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  • stellabarcelos Postado em 28/10/2015 - 23:48:12

    Que lindos! Amei

  • docemenina Postado em 16/04/2015 - 19:19:43

    Bem linda <3

  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:06

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