Fanfic: A Lenda do Anel dyc (Terminada)
CAPÍTULO VIII
Tudo o que Dulce queria,
era encontrar uma noiva para o príncipe Christopher. Nos lábios, ain¬da
sentia o calor e a pressão do beijo dele. Isso a deixava furiosa. Com
ele, com ela.
Sobre a escrivaninha do quarto, alguns livros com o
registro da aristocracia européia. Ao lado, um bloco com o nome das
mu¬lheres que ela conseguira lembrar-se. Amigas, amigas das amigas,
estrelas de cinema. Logo de cara, uns cinqüenta nomes. Só de plebéias,
a maioria de americanas. Talvez, Christopher preferisse uma moça de
sangue azul, depois do que acontecera com Thea.
Respirando fundo,
começou a folhear os livros à procura de uma provável candidata. De
repente, a imagem de Chritopher surgiu-lhe na mente.
Na fonte, ela
se sentira sensual e vibrantemente viva, como nunca acontecera antes.
Ele também não ficara indiferente ao beijo. Sentira-lhe o coração bater
tão forte e rápido quanto o dela.
Que importância tinha o que ele
sentira? Afinal, fora apenas um beijo. Um beijo que não mudava nada.
Christopher tinha planos. Ela também. Talvez não exatamente planos.
Apenas esperança de mudar-se para o oeste, onde teria mais facilidade
para encon¬trar o homem dos seus sonhos. Casamento com um príncipe não
fazia parte do quadro, e tornar-se princesa estava fora de questão.
Voltou
a atenção para os livros. Decidiu seleeionar pela data de nascimento.
Logo, na lista identificada como "Realeza", tinha cinco nomes. Estava
sendo mais fácil do que imaginava.
O telefone tocou. Ela atendeu.
— Alô?
— Alô, querida!
Imediatamente, reconheceu a voz da mãe.
— Mãe!
—
Ainda bem que a encontrei antes de sair. Seus pés já tocaram o chão? Os
meus ainda não! Estou exausta. Tenho que cuidar de alguns detalhes de
última hora antes de ir para Nova York. — Finalmente, Claire parou para
respirar. — Tive uma manhã atarefadíssima.
— Você está bem, mamãe?
— Estou perfeitamente esplêndida — Claire
respondeu com voz alegre. — Assim que chegar em Nova York, vou direto à
Bergdorfs. Temos que fazer bonito diante da família real.
Dulce suspirou. A mãe fazia das compras um estilo de vida.
— Não há necessidade de tanto trabalho.
—
Não é trabalho. Tenho minha participação nisso tudo. Se não fosse por
mim, você não teria ido ao baile de aniversário do príncipe. Eu não
disse que seria muito bom você ir a San Montico?
— Disse.
— Oh, querida, você deve estar tão radiante!
— Radiante não é nem o começo de como estou me sentindo, mamãe.
— Imagino, meu bem. Como estão os preparativos para o casamento?
— O papai e a princesa Marguerite estão cuidando de tudo..
— Os bailes filantrópicos da princesa são très magnifique.
Ela tem um gosto requintadíssimo.
Tudo
que dizia respeito à princesa era requintado. A esposa de Christopher
deveria ter as mesmas qualidades, ou ela se sentiria ofuscada pelo
brilho da princesa Marguerite.
— Tem, sim.
— Kelsey chegará logo. Você sabe, ninguém organiza um casamento melhor do que ela. Sua prima é extraordinária.
Kelsey.
Dulce anotou o nome dela na lista das plebéias. Kelsey sofrera muito
com o divórcio dos pais e jurara jamais casar-se, mesmo adorando
coordenar o casamentos dos outros.
— E você, minha pequena, será uma princesa extraordinária.
O
orgulho que pulsava em cada palavra de Claire, provocou tremores em
Dulce. Claire teria um ataque de nervos quan¬do Christopher se casasse
com outra mulher.
— Ainda não sou princesa.
— É só uma questão de tempo, querida. Você será parte da realeza. — Claire suspirou. — Estou tão emocionada.
Dulce
coçou o queixo. Uma vez mais, desapontaria seus pais. Uma vez mais,
seria um escândalo público. Finalmente, ela conseguira atrair a atenção
dos pais, mas, não poderia casar-se apenas para satisfazê-los. Por mais
que quisesse o amor dos pais.
Um elegante longo azul, desenhado por Delia,
chegou à suíte, junto com um convite para a festa de comemoração do
próximo casamento real. Dulce não queria vesti-lo, mas temendo ofender
a princesa Marguerite, acabou concordando.
Mais tarde, como Dulce
tinha imaginado, o palácio ganhou vida sob o prodígio da lenda. O
requinte da decoração, o quarteto de cordas, a excelência da comida,
criavam o clima de contos de fadas. Mais uma vez, Dulce sentia-se a
Cinderela do baile.
Circulando entre os convidados, ela recebia os
cumprimentos e os votos de felicidades. Sorridente, a princesa
Marguerite não escondia sua alegria.
O marquês flertava com mulheres
bem mais jovens, divertin¬do-se a valer. Alan Armstrong estava em seu
elemento, discutindo negócios e finanças com a elite européia. Era só
felicidade.
Christopher também conversava com os convidados. Mas,
pelo sorriso tenso e olhar distante, Dulce juraria que ele estava
apenas tolerando aquela festa.
Como ela deveria estar.
Mas...
Ouvindo
as palavras sinceras dos convidados, vendo a ale¬gria espontânea no
rosto deles, percebendo que era aceita no restrito círculo da realeza,
Dulce sentia-se verdadeiramente como noiva do príncipe.
E ela gostava dessa sensação.
Mas
não deveria entusiasmar-se. Guardara a lista de candi¬datas, agora em
número reduzido, dentro do sapato, e cada vez que dava um passo, o
papel pressionava o pé esquerdo, fazendo-a lembrar-se do acordo. Além
disso, não podia esquecer que aquilo tudo era uma encenação. Que a
noiva seria outra mulher.
Com passos lentos, ela escapou da festa,
procurando refúgio no terraço. A noite não tinha nada a ver com ela,
mas tinha tudo a ver com o anel.
O anel.
O anel não apertava, nem pressionava. Era como se estivesse no dedo. Porém, sob a luva branca, o anel estava lá, firme.
Por
alguns momentos, nem se lembrara dele. A mágoa mistu¬rava-se com
alívio. Uma parte dela queria que o anel caísse do dedo, desaparecesse
e nunca mais fosse encontrado. Mas a outra parte queria...
O que faria?
— Sabia que a encontraria aqui, querida.
Voltando-se,
Dulce viu o pai aproximando-se. O sorridente pai da noiva trazia duas
taças de champanhe. Ela nunca o vira tão feliz. Sentiu uma pontada no
coração ao pensar no quanto ele ficaria desapontado com o casamento de
Christopher com outra mulher.
— Precisava de ar fresco.
— Foi uma longa noite. Alguns convidados já estão se despedindo. — Ele lhe entregou uma das taças. — Que festa, hein?!
—
Bem interessante. — Tantos duques, duquesas, condes, condessas. Depois
de ler tantos nomes nos livros de registro da nobreza, ela não esperava
conhecer muitos deles com tanta rapidez. — Eu queria...
— Diga-me o que você quer, e eu o farei para você.
Agora que ela ia se casar com um príncipe, tudo mudara.
O
que quer que ela quisesse. Nada de sermões. Nada de olhares
reprovadores. Nada de querer o que ela não teria. Era uma pena que isso
não duraria muito.
— Eu apenas queria que tudo estivesse terminado.
Alan sorriu.
— Logo estará terminado.
Não tão depressa assim. Dulce bebeu um gole de champanhe.
— Meus advogados estão cuidando de tudo.
O
pai dela nunca entendera que o homem com que ela queria se casar
poderia não interessar-se pelo dinheiro da família. Nesse caso, porém...
— Não é necessário um contrato pré-nupcial.
— O príncipe Christopher parece ser um homem honrado, mas é para sua proteção, minha filha.
— Nunca quis seu...
—
Deixe que eu cuido dos negócios. Tenho experiência suficiente para
saber quais precauções tomar. — Alan acariciou-lhe os cabelos, como
costumava fazer quando Dulce era criança. Ela se conteve para não
atirar-se nos braços do pai e pedir-lhe para fazer tudo direito. Os
olhos dele brilharam. — Imagine, parece que foi ontem que trouxemos
você do hospital, e logo, logo, você estará casada. Onde foram parar
esses anos todos?
Nas reuniões de negócios, viagens de negócios, férias, trabalho...
Ela terminou o champanhe.
— O tempo passa rápido para quem está feliz.
— Algo errado, Dulce?
— As coisas estão
acontecendo rápido demais, papai. Mal conhecemos os de Thierry e, de
repente, estamos todos alvoroçados, a mamãe comprando meu enxoval,
Delia costurando meu vestido de noiva... — As palavras precisavam ser
ditas. Dulce não podia segurá-las mais. — Você não acha que devíamos
dar um tempo? Fazer as coisas com calma? Adiar a cerimônia por uns
dias, semanas?
— Se você não se casar com o príncipe Christopher, ele perderá o trono. Você não quer que isso aconteça, não é?
Ela olhou para os jardins lá embaixo.
— Não.
—
Não parece. — Com a ponta do dedo, ele ergueu o queixo da filha. — Sei
que você sempre viveu um tanto reclusa, que não tem... muita
experiência com os homens, mas...
— Não estou preocupada com isso.
Com expressão de alívio, Alan respirou fundo.
— Ótimo, porque esse assunto já é departamento de sua mãe.
Dulce meneou a cabeça.
— Sua mãe ficou muito nervosa depois do nosso casamento. Ela achava que ia dar tudo errado, mas deu tudo certo!
— Ela sempre diz que foram os dias mais felizes da vida dela.
—
E os seus também serão muito felizes, meu bem. — Ele a enlaçou pelos
ombros. — Estou cuidando de tudo. Seu casa¬mento será perfeito.
— Não é o casamento. É...
O som de passos interrompeu-a. Era Christopher caminhando na direção deles.
— Algum problema? — perguntou o príncipe.
Alan riu.
— Apenas nervosismo pré-nupcial.
Christopher fitou-a.
— Você está bem, Dulce?
— Muito bem, Alteza. — No tom de voz, uma leve hesitação.
—
É a minha menina. — Alan ergueu a taça para ela. — Sua mãe e eu estamos
muito orgulhosos de você. Sempre sou¬bemos que, um dia, você faria algo
brilhante, e que não passaria sua vida pintando aqueles quadrinhos.
Dulce tentou ignorar as palavras do pai e o
desprezo dele e da mãe pelo seu modo de vida. Ninguém da família a
entendia. Ela não combinava com a imagem de um Armstrong bem-sucedido.
Na
história da família havia médicos, advogados, políticos, cientistas e
executivos, todos famosos e bem conceituados. Ar¬tistas não se
encaixavam no currículo familiar. Dulce era uma das duas Armstrong que
não tinham curso superior. Po¬rém, até mesmo a prima Kelsey encontrara
o sucesso como consultora de casamento de pessoas famosas.
— Acho
ótimo Dulce pintar animais — afirmou Christopher. — Quem não gostaria
de ter o retrato de seu bicho de estimação? Eu mesmo vou encomendar um
quadro do meu cavalo, Beauté du Diable. Isto é, se você me der essa
honra.
Honra? Ora, ele estava apenas sendo educado. Mesmo assim...
O
coração de Dulce disparou. O peito se apertou. Não podia respirar.
Sentia calor. Piscou para espantar as lágrimas que tei¬mavam em
escorrer pelo canto dos olhos. Naquele momento, quis enlaçar
Christopher, abraçá-lo, beijá-lo, casar-se com ele.
— Gostaria muito de pintar Beauté du Diable.
Beleza do Diabo. Nome interessante para um cavalo.
Alan sorriu.
— Dulce pinta muito bem, Alteza.
Por
mais que os clientes valorizassem seu trabalho, o que ela sempre
esperara era o reconhecimento, uma palavra de incentivo dos pais.
Agora, porém, as coisas estavam mudando.
— O retrato será um belo presente de casamento — Alan acrescentou.
Isso também já era demais. Seu pai estava apenas tentando agradar o príncipe. Dulce olhou para a lua.
— Temos que agradecer à minha mãe pela festa. — Christopher pegou no braço dela. — Com licença, sr. Armstrong.
— Pois não, Alteza. — Alan afastou-se para Dulce passar.
Christopher
levou-a para dentro do salão. A festa ainda estava animada. Todos os
olhares pareciam voltados para eles, observando-lhes todos os passos.
Dulce detestava essa vigilância. Detestava ser o centro das atenções.
— As pessoas estão olhando — murmurou ela.
— Ignore-as — o príncipe ordenou como se fosse
fácil fingir que ninguém os observava. — Depois que falarmos com minha
mãe, poderemos nos retirar.
— Não podemos sair agora. — Dulce sentiu-se constrangida por lembrá-lo da etiqueta. — A festa é em nossa honra.
— Eu faço o que quiser. — Christopher franziu a testa. — Sou o príncipe.
— Sabe o que as pessoas pensarão se nos virem saindo juntos?
— Não estou nem um pouco preocupado. — Ele lhe estendeu a mão.
— Alteza... — Ela tentou não sorrir quando pegou na mão dele.
— As pessoas pensarão exatamente o que queremos que pensem.
Os
olhares se encontraram e Dulce sentiu-se como se eles fossem as duas
únicas pessoas naquele palácio. O coração dela descontrolou-se.
Parecia enfeitiçada. O corpo inteiro formigava, como se al¬guém tivesse jogado pó mágico sobre ela.
— E como queremos que pensem?
— Que estamos apaixonados e ansiosos para nos casarmos.
Engraçado. Mas quando ele a olhava daquele jeito, ela quase acreditava.
Christopher
não acreditava. Cada vez que olhava para a mãe, surpreendia-se mais.
Sim, ele queria que a princesa quebrasse o luto, mas não por causa da
Lenda do Anel.
Quem precisava de um anel encantado para encontrar
uma noiva, se tivesse uma mãe igual a dele? A princesa Marguerite
desempe¬nhava maravilhosamente bem o papel de santa casamenteira.
Ela
se mostrara mais do que compreensiva quando os noivos falaram em sair
antes do término da festa. Até mesmo sugerira um passeio pelos jardins
e praticamente os empurrara porta a fora para verem a lua. Qualquer
coisa para unir Christopher e Dulce. Qualquer coisa por netos.
E, para desespero de Christopher, a estratégia estava funcionando.
Ele
não podia permitir que isso acontecesse. Já pensava demais em Dulce.
Não acreditava em magia, mas era im¬possível ignorar as evidências.
Tinha que evitar qualquer coisa que pudessem considerar como romântico.
Em vez de um pas¬seio, ele levou Dulce até o escritório, o lugar mais
seguro e menos romântico do palácio. Era o que sempre pensara. Agora
não tinha tanta certeza. Ela suspirou.
— Não sei como você consegue trabalhar tendo diante de si uma vista como esta.
Christopher
olhou para as luzes da cidade brilhando ao longe, decorando as
montanhas como pequenas estrelas. Depois, voltou-se para Dulce. Os
cabelos presos no alto da cabeça realçavam a curva graciosa do pescoço.
O decote do vestido azul claro revelava a pele macia e tentadora. Uma
visão deslumbrante.
— Eu me esforço — ele brincou.
— Tenho certeza que sim. — Ela o fitou. — Como foi seu trabalho esta tarde?
Além
da rotina diária, o príncipe verificara e aprovara o balancete, o
orçamento para a nova temporada do Conselho Real de Artes. Um típico
dia de trabalho.
— Normal, com os afazeres de sempre.
— Eu também trabalhei um pouco. — Ela descalçou o sapato esquerdo, de onde retirou um pedaço de papel dobrado.
Christopher não conteve o riso.
— O que é isso?
Dulce desdobrou o papel.
—Antes,
quero agradecer-lhe pelo que disse ao meu pai sobre minhas pinturas. —
Ela alisou as dobras do papel. — Foi... amável e significou muito para
mim.
O príncipe sorriu.
— Quero, realmente, que pinte Beauté du Diable.
— De verdade? Você nunca viu meu trabalho!
— Vi o esboço do cowboy no cavalo.
— O cowboy?
— No seu quarto, esta manhã.
— Oh, é mesmo! — Ela tornou a alisar as dobras do papel. — Um esboço é diferente do trabalho pronto.
—
Pelo modo como seus olhos brilham e seu rosto se ilumina quando você
fala do seu trabalho, aposto como você é boa pintora. Você ama seu
trabalho, e quem ama o que faz só pode ser bom.
O sorriso tímido dela impressionou-o.
Ele se inclinou, curioso com o tom melancólico.
— Fale.
— É tolice.
Christopher sentou-se na beira da escrivaninha.
— Todos nós temos coisas tolas em nossas vidas. Você vai contar a sua?
Dulce ergueu uma sobrancelha.
— Até mesmo você?
— Uma ou duas.
Ela riu.
— Tantas assim?
Christopher encolheu os ombros.
— Se eu contar alguma tolice, você me contará a sua?
— Ok.
Ele não costumava abrir-se em confidências, mas alguma coisa em Dulce...
—
Quanto eu tinha sete anos, meu pai comprou-me uma luva de beisebol e
levou-me para ver um jogo dos Yankees. Ainda me lembro do cheiro da
grama recém-cortada e do gosto do cachorro-quente. Eu nunca tinha
comido um cachorro-quente antes. Foi o dia mais perfeito da minha vida.
— Foi mágico.
—
Foi — A bola ainda estava guardada em algum lugar. A luva também.
Estranho ele nunca mais ter se lembrado da visita ao Yankee Stadium.
Até aquele momento. Até Dulce entrar em sua vida. — Eu sonhava ser um
grande jogador de beisebol, vencer o Gold Glove e ser convocado para
disputar o campeonato mundial.
As lembranças fizeram-no sorrir.
— Viu? É tolice.
Dulce sorriu também.
— Não acho que seja tolice.
— Claro que é, considerando que a minha vida já estava determinada, mesmo antes de eu nascer. Sua vez.
Com a ponta da língua, ela umedeceu o lábio inferior.
—
Em criança, eu pensava que tinha sido trocada na maternidade. E que se
encontrássemos a verdadeira Armstrong, a troca seria desfeita e tudo
ficaria bem. Ela poderia nadar em caviar, e eu me fartaria com
hambúrgueres.
— Hambúrgueres?
— Isso mesmo! Minha mãe teria
um ataque se soubesse que gosto mais de hambúrguer do que de caviar. —
Ela riu. — Eu disse que era bobagem, mas eu ficava imaginando como
seriam os pais dessa menina, meus verdadeiros pais.
— Como eles eram na sua imaginação?
—
Bem, o pai trabalhava num posto de gasolina. Ele saía cedo trabalho e
tinha tempo para ajudá-la nas lições de casa e de vê-la atuar nas
festas da escola. Ele sempre tinha uma palavra de incentivo e um abraço
carinhoso. A mãe estava sempre em casa e adorava cozinhar,
principalmente bolos e bolachas. Ela também costurava e não se
importava com as cores e os modelos da moda.
— Alguma vez você comentou isso com seus pais?
— Você está brincando! — Dulce ficou séria. — Sei que tenho muito mais do que a maioria das pessoas, mas é errado querer...
— O quê?
—
Menos, não... mais. Não estou falando de roupas, de jóias, de carros,
de casas maravilhosas. Mais família, mais tempo, mais... amor.
Até
aquele momento, Christopher nunca parara para pensar na sorte que
tivera. Ele sempre vivera cercado por pessoas que o aceitavam, que o
apoiavam, que o amavam. Sua família sem¬pre estivera ao lado dele,
incondicionalmente, em qualquer si¬tuação. Enquanto Dulce...
Uma
onda de ternura invadiu-o. Segurando o rosto dela entre as mãos, ele a
forçou a olhá-lo. Sardas douradas salpi¬cavam-lhe o nariz, uma cor
rosada coloria-lhe as faces.
— Não é errado querer mais. Todo mundo quer mais.
—
Você também? — Ela piscou, os cílios batendo como asas de borboleta. Os
lábios ligeiramente abertos. Rosados, cheios e macios. Lábios feitos
para sorrisos radiantes. Lábios feitos para beijos demorados, úmidos.
Sim, ele queria mais. Christopher a queria.
Autor(a): lovedyc
Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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CAPÍTULO IXA cada minuto que passava, a situação tornava-se mais e mais complicada.Christopher voltara ao escritório, sem saber o que fazer. Na noite anterior, ele analisara a lista de candidatas, enquanto Dulce continuara pesquisando os livros. Tudo isso para quê?Certamente, não para serem surpreendidos beijando-se na fonte.A fot ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 741
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stellabarcelos Postado em 28/10/2015 - 23:48:12
Que lindos! Amei
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docemenina Postado em 16/04/2015 - 19:19:43
Bem linda <3
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:06
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:05
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:05
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:05
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:04
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:04
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:03
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:03
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