Fanfics Brasil - A Lenda do Anel dyc (Terminada)

Fanfic: A Lenda do Anel dyc (Terminada)


Capítulo: 8? Capítulo

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CAPÍTULO IV

Da
janela do salão, Christopher olhava para o al¬voroço nos portões do
palácio. Uma pequena multidão, cerca de cinqüenta pessoas, pelo menos,
portando câmeras fotográficas, de vídeo, microfones, esperavam por mais
novidades. Um helicóptero sobrevoava a residência real.
Demais para manter Dulce e o anel em segredo.
A
tensão apertava-lhe a garganta. Nem mesmo o perfume das roseiras do
jardim de sua mãe que invadiam o salão pelas imensas janelas abertas,
abrandavam o sentimento de frustração.
Jamais perdoaria o tio
Phillippe por ter revelado tudo à princesa Marguerite. Nunca o palácio
precisara tanto de uma torre ou de um calabouço!
— Depois da missa
nupcial, teremos um desfile pela cidade numa carruagem aberta, puxada
por cavalos brancos. Depois, acontecerá o jantar e o baile no palácio.—
A voz da princesa revelava sua imensa alegria. — Oh, e a queima de
fogos. Será o final perfeito para um dia grandioso.
— Não esqueça das esculturas de gelo — acrescentou tio Phillippe. — Adoro esculturas de gelo. São tão... frias!
— Realmente, seria maravilhoso — concordou Alan Armstrong.
— O que acham de trinta esculturas — sugeriu Didier. — Cada uma ilustrando um ano da vida do príncipe.
Incrível!
Didier estava participando daquela loucura. Christopher afastou-se da
janela e olhou para as pessoas planejando seu casamento, ou "núpcias",
como preferia a mãe dele. Eles brilhavam com um entusiasmo mais
contagioso do que uma epidemia de gripe. Nem mesmo Alan Armstrong, o
empresário bilionário, conseguira escapar daquele surto de insanidade.
Caos
dentro, caos fora do palácio. Christopher era a única pessoa sã em toda
a ilha. A necessidade de sair em seu iate, ficar sozinho em alto-mar,
tornava-se mais e mais urgente. Mas ele não podia sair. O príncipe
tinha o dever e a responsabilidade de ficar e acompanhar todo o
desenrolar dos acontecimentos. Tio Phillippe bateu palmas.

— Pombas. Devemos soltar pombas, muitas pombas!
Todos concordaram, e Didier fez anotações numa agenda.
Christopher
revirou os olhos. Parecia que os quatro estavam num tribunal,
discutindo sua condenação à prisão perpétua do casamento. Se fosse uma
guerra, ele estaria perdido. Toda tropa desertara, deixando-o lutar
sozinho. Mas ele estava muito longe da rendição.
Tinha que descobrir um modo de escapar.
Christopher recomeçou a andar de um lado para o outro. O ruído dos passos no assoalho de madeira ecoava pelo salão.
Marguerite suspirou.
— Oh, Christopher, sente-se.
Sentar-se? Com o mundo prestes a desabar sobre sua ca¬beça? Sua vida estava terminando! Ele parou de andar e olhou para a mãe.

Não me olhe assim, meu filho. — Ela umedeceu os lábios. — Eu deveria
estar aborrecida. Custo a acreditar que você não tenha me contado nada,
mas suponho que a mãe é sempre a última a saber.
Era tão difícil assim mão entenderem o que estava aconte¬cendo? Ele cerrou os punhos.
— O anel ficou apertado demais no dedo de Dulce. Por isso não conseguimos tirá-lo. O anel não serviu.
— Claro que não, Alteza. — Tio Phillippe sorriu.
— Sua Alteza é quem sabe — disse Alan contendo o riso.
A princesa Marguerite não se conteve. Riu com gosto.
— Ele não é adorável?
Didier
sorriu. Um sorriso tão irritante que, por um momento, Christopher quase
se esqueceu que o conselheiro era um velho e íntimo amigo.
— A lenda diz que o anel sairá do dedo só depois que o casal descobrir que se ama verdadeiramente, Alteza.
O verdadeiro amor não existe.

Ele e Dulce jamais seriam um casal.
— A lenda não é nada mais do que um conto de fadas acalentado pelas mães românticas e sonhadoras.
— Nós, mães, também precisamos de passatempo.
— Eu posso encontrar uma noiva sozinho.
Marguerite meneou a cabeça.

Você teve trinta anos para escolher uma noiva, Christopher. A escolha
não é mais sua. O anel encontrou a noiva para você. Agora, é só
apaixonar-se.
Nunca!
— Depois que Sua Alteza conhecer Dulce
melhor, tenho certeza que pensará diferente. — Alan sorriu. — Ela é uma
menina muito meiga. Um pouco estouvada, é verdade, mas com as devidas
precauções, tudo correrá bem.
Marguerite esfregou as mãos.
— Mal posso esperar para conhecê-la.
Enquanto Alan falava da filha, Christopher chamou Didier de lado.
— Você tem que ajudar-me. Isso não tem nada a ver com a lenda.

O fato de Sua Alteza acreditar ou não na lenda, é apenas um detalhe de
menor importância — afirmou Didier. — O anel está no dedo de Dulce.
Esta é a única exigência.
Christopher franziu o cenho. Fato e ficção
tinham se fundido, na cabeça e na vontade daquelas quatro pessoas. E
isso sig¬nificava um coisa. Se a família dele estava levando o
casamento a sério, o povo de San Montico também levaria.
Ele precisava fazer algo.
Fizera uma promessa ao pai e queria cumpri-la. Para isso, precisava provar que a lenda falhara. Como?
Ele
coçou o queixo, sentindo a barba despontando. Esquecera de barbear-se.
Nunca esquecera de barbear-se. Aquela história o estava transtornando.
Mas precisava manter o autocontrole.
Um criado de libré abriu as portas do salão. Dulce entrou, rosto corado, blusa do pijama, descalça e luvas brancas.

Alteza, corri o palácio inteiro à sua procura. Há um terrível
mal-entendido. Três mulheres entraram lá no seu quarto e tiraram minhas
medidas para um ves... Papai?
Alan levantou-se rapidamente. De tão vermelho, seu rosto parecia a ponto de explodir.
— Você andou pelo palácio vestida assim?

Christopher imaginava os comentários dos criados ao verem aquela americana de pijama, despenteada, descalça, procurando por ele.
Tarde demais para preocupar-se com isso. Talvez algum dia, pudesse dar boas gargalhadas daquilo tudo. Enquanto isso...
— A cor fica-lhe muito bem — comentou Marguerite. — Você não acha, Alan?
A pergunta deu tempo ao pai de Dulce para recompor-se.
— Sim, Alteza, acho.
Christopher
admirava os esforços da mãe para atenuar a situa¬ção constrangedora.
Mas não justificava a presença inesperada de Dulce, nem sua aparência
inapropriada. Só mesmo uma americana!
— O que aconteceu de tão grave que nem teve tempo de vestir-se?

Desculpe-me, Alteza, mas entrei em pânico. — Ela ajeitou as luvas. —
Nem pensei no que estava vestindo. Tinha que encontrá-lo e esclarecer
esse engano. Elas tiraram minhas medidas para o... vestido de casamento.
Christopher sentiu o rosto em brasas.
— Mãe.

Sim, Christopher? — Marguerite entendeu o pedido mudo do filho. E falou
como se confeccionar um vestido de noiva fosse uma tarefa corriqueira.
— Só temos uma semana. Delia terá de correr contra o relógio, para
terminar a tempo. Não quero desperdiçar um só minuto.
— Delia é uma
estilista muito conceituada — tio Phillippe explicou a Alan. — Estou
curioso para ver o que ela vai desenhar para Dulce.
Dulce aproximou-se mais.
— Eu não preciso de um vestido de noiva.
— Você está usando o anel — Marguerite disse.
Dulce arregalou os olhos.
— Sua Alteza já sabe sobre o anel?
— San Montico inteira sabe — respondeu a princesa.
— Bem, eu não tenho culpa. O anel parece colado no meu dedo. — Dulce escondeu as mãos nas costas. — Vou conseguir tirá-lo.
Talvez com a explicação de Dulce, as pessoas entendes¬sem a verdade. Era uma esperança para Richard.
— E a lenda? — tio Phillippe perguntou.
Dulce cerrou as sobrancelhas.
— Que lenda?
Todos olharam para ela. Christopher também

A Lenda do Anel.
Ela deu de ombros.
Como ela não sabia? Christopher não acreditou.
— Todos conhecem a lenda. Saiu em todos os jornais e revistas.
— Eu não...
Alan pigarreou, interrompeu-a:

A imprensa não dá tréguas à nossa família, principalmente à Dulce, que
é minha única filha e herdeira. Ela prefere levar uma vida mais comum.
Por isso, se mantém à distância dessas... bobagens.
Aparentemente, todos entenderam. Menos Christopher.
— Você não sabia nada sobre a lenda?
— Nada, Alteza — assegurou Dulce.
— Talvez Sua Alteza devesse falar-lhe sobre a lenda do Anel — Didier sugeriu.
— Sim, querido. — Marguerite cruzou as mãos, pousando-as graciosamente no colo. — Conte-lhe.
Christopher ficou furioso.
— Uma vez que acredita tanto, Didier, fale você sobre essa pretensa lenda.

Será uma honra, Alteza. — Com um sorriso triunfante nos lábios, e
ignorando os olhares furiosos de Christopher, Didier voltou-se para
Dulce. — Há muitos séculos, um príncipe de Thierry jurou que nunca se
casaria por acreditar que não encontraria a mulher amada. Nem entre as
moças mais bonitas, nem entre a realeza européia. A mãe ficou muito
preocupada, pois queria que o filho se casasse e que tivesse um
herdeiro. Então, ela pediu a uma feiticeira que encantasse o anel de
noivado. O encanto garantia que o anel só serviria no dedo da mulher a
quem o príncipe amasse de verdade.
Didier fez uma pausa, mas ninguém ousou interrompê-lo.

A mãe deu ao príncipe o anel encantado. Se o anel não servisse no dedo
de nenhuma mulher até a meia-noite do dia do trigésimo aniversário
dele, ela não tocaria mais no assunto do casamento e do herdeiro.
Entretanto, se o anel servisse no dedo de alguma moça, o príncipe teria
que desposá-la ou abdicar o trono em favor do irmão mais novo.

Com o canto dos olhos, Didier percebeu a expressão contra¬riada do príncipe Christopher. Suspirando, prosseguiu:

O príncipe, conhecido por sua arrogância, aceitou o desafio da mãe. Na
noite de seu trigésimo aniversário, a filha de um dos convidados, um
comerciante estrangeiro, provou o anel e não conseguiu tirá-lo do dedo.
Os olhos de Dulce brilharam.
— Então eu não fui a única!
— Não, você não foi a única — assentiu Marguerite.
Dulce respirou aliviada.
— Graças a Deus!
Didier continuou:
— O príncipe resistiu ao casamento, mas a perspectiva de perder o trono fez com que reconsiderasse e casasse com a moça.
— Como ela conseguiu tirar o anel? — Era isso o que mais preocupava Dulce.
— O príncipe apaixonou-se por ela, e assim que admitiu seu amor, o anel saiu do dedo da moça.
— E tiveram seis filhos — Marguerite acrescentou. — Seis.

É uma história bonita, mas lendas não são verdades. — Dulce perscrutou
o rosto de cada um, em busca de apoio. — São apenas... lendas!

Exatamente. — Christopher cruzou os braços. Pelo menos, Dulce era
bastante sensata para não acreditar em lendas e magia. — São
superstições.
— Conte-lhe a verdade, Christopher — Marguerite ordenou num tom suave.
O príncipe Christopher hesitou.
— Lendas não são verdades, mas o povo de San Montico acredita nelas. Esse é o problema.
— Que problema? — Dulce perguntou.
— Está começando a ficar interessante — Marguerite sussurrou e Didier riu.
Tio Phillippe sorriu para Alan.
Christopher não podia proferir as palavras. Olhou para o teto ricamente decorado.
— Didi





qeridas leitoras ñ sei c eu voh podeh postar semana q vem pq eu voh dormir na casa de uma amiga então comentem bastantaão q eu posto meis duas vexes ainda hoje



bjão


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Autor(a): lovedyc

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— Você tem que casar-se com o príncipe Christopher em uma semana, ou ele perderá o trono em favor do tio, o marquês.Dulce abriu os braços.— Mas isso é... é loucura!Marguerite riu.— Christopher, ela é simplesmente adorável. Um pouco irreve¬rente, mas nada que não possa ser reparado.&mdas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 741



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  • stellabarcelos Postado em 28/10/2015 - 23:48:12

    Que lindos! Amei

  • docemenina Postado em 16/04/2015 - 19:19:43

    Bem linda <3

  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:06

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  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:05

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  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:03

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