Fanfics Brasil - A Lenda do Anel dyc (Terminada)

Fanfic: A Lenda do Anel dyc (Terminada)


Capítulo: 9? Capítulo

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— Você tem que casar-se com o príncipe Christopher em uma semana, ou ele perderá o trono em favor do tio, o marquês.
Dulce abriu os braços.
— Mas isso é... é loucura!
Marguerite riu.
— Christopher, ela é simplesmente adorável. Um pouco irreve¬rente, mas nada que não possa ser reparado.

Reparado? — Dulce respirou fundo e expirou lentamente. — Admito que é
uma história romântica, Alteza, mas não estamos vivendo na Idade Média.
As pessoas não se casam por causa de uma lenda. Nunca ouvi nada mais
ridículo.
Bonita e inteligente, uma combinação potente que, antes, o teria irritado. A resistência dela à lenda, fez Christopher sorrir.
— Concordo plenamente, Dulce.
Se
ele pudesse contar com a resistência dela ao casamento... Porém, no
momento em que ela se desse por conta de que o título de princesa e um
reino acompanhavam os votos de ca¬samento, certamente, o discurso seria
bem diferente.
— Pelo menos, eles estão de acordo em alguma coisa —Alan comentou. — Já é um bom começo.
— O anel não serve — Christopher insistiu, como se a repetição da frase acabasse surtindo efeito.
Com um gesto de mão, Marguerite descartou as palavras dele.
— O anel já escolheu Dulce.
— Não, mamãe, o dedo está inchado.
Dulce concordou.
— É isso mesmo.

Crianças, crianças... Vocês não entenderam ainda? É assim que a magia
funciona — explicou Marguerite. — Independente do inchaço, o anel não
está colado. Assim que se apai¬xonarem, o anel sairá facilmente. Vocês
devem se casar.
Dulce parecia uma borboleta apanhada numa rede. Como conseguiria escapar sem machucar-se? E Christopher? Ela olhou para o pai.
— Como posso casar-me com ele, papai?


— Simplesmente diga "sim", meu bem.
— Não. Não posso.
— Você pode. — Alan acariciou-lhe o ombro. — E dirá.
— Mas... — Dulce hesitou. — Eu não gosto dele.
Todos riram. Todos na sala riram. Todos, não. Menos Christopher e Dulce.
Sentada
na cadeira forrada de brocado, Dulce tinha a sensação de estar
esperando que Mozart começasse a tocar sua mais recente composição para
uma seleta e real audiência. Mas estava apenas esperando o príncipe
Christopher falar o que quer que precisasse dizer.
— Dulce. — A
postura determinada do queixo do príncipe, emprestava-lhe uma expressão
confiável. — O que você disse no salão é exatamente o que você pensa?
Hora da verdade. Endireitando-se na cadeira, Dulce cru¬zou as mãos enluvadas.

Desculpe se eu o ofendi. Não deveria ter dito que não gosto de Sua
Alteza. Afinal, mal nos conhecemos. Para falar a verdade, Sua Alteza me
é indiferente.
— Indiferente? — Christopher comprimiu os lábios. — Você é sempre assim tão...
— Normalmente, sou muito pior, Alteza.
— Por que isso não me surpreende? — Ele suspirou. — Você percebeu que o anel em seu dedo não significa nada para mim, não é?
— Realmente?
Ele confirmou com um gesto de cabeça.
— Graças a Deus! — Dulce sorriu. — Por um momento, achei que teríamos que nos casar.
— Você não quer casar-se comigo?
— Não, Alteza.
— Mesmo sabendo que se tornará princesa?
— Nem que eu me tornasse rainha.
O príncipe Christopher observou-a atentamente com a testa franzida.
— Além da indiferença, há outra razão para não querer casar-se comigo?
Ela ferira o orgulho dele. Ele era um príncipe, mas era homem. Dulce hesitou.
— Há muitas razões.


— Muitas? — Os olhos dele escureceram. — Poderia enumerá-las?
Ela soltou a respiração.

Bem, detesto o modo como a imprensa me critica, afirmando que não estou
à altura da tradição dos Armstrong. Durante toda minha vida tenho sido
o alvo dos paparazzi, e estou cansada. Quero viver longe dos olhos da
mídia. Para tanto, terei que viver na obscuridade, longe dos
refletores. E isso não será possível se eu me casar com um nobre.
— Não, não será possível — admitiu ele. — E as outras razões?
— Filhos.
Ele cerrou as sobrancelhas.
—Você não quer filhos?
— Quero uma fazenda, não um castelo, cheio de crianças.
Ela
queria esconder seus filhos da notoriedade, das expec¬tativas, das
cobranças, com as quais ela crescera. Dos pequenos príncipes seriam
exigidos um certo tipo de vida, certos com¬portamentos, obediência aos
protocolos. Exatamente como da pequena herdeira.
— Quero criar minha
família numa cidade do interior, não no estrangeiro, numa fazenda ou
num sítio. Um lugar como Wyoming ou Montana, com muito espaço, animais,
céu azul e, sem poluição. Onde se possa andar descalça, brincar na
terra, na lama, correr na chuva, sem que ninguém dê a mínima
importância para isso. Onde se possa criar cães, gatos, pássa¬ros, e
outros animais, sem infringir as leis urbanas. Onde se possa conhecer e
gostar realmente dos vizinhos.
— Isso parece tão... comum.
Dulce ergueu os ombros.


— Por isso mesmo é tão atraente. Estou planejando mu¬dar-me para o oeste.
— Montana ou Wyoming?
— Ou Texas. Quero viver uma vida completamente normal.
— Não creio que esse tipo de vida seja normal na América — disse ele. — Você já esteve numa fazenda ou num sítio?

Claro. — Dulce ajeitou uma mecha de cabelos atrás da orelha. — E também
tenho visto muitas fotos e lido muito sobre sítios, fazendas e...
cowboys.
Christopher ergueu uma sobrancelha.
— Cowboys?
— Isso não significa que eu pretenda casar-me com um cowboy. Um fazendeiro, um mecânico. São tantas as profissões, menos...
— Menos?

Não quero alguém com um cargo importante, desses tempo integral. Bem,
eu quero me casar um homem para quem a família seja prioridade. Um
homem que tenha tempo para os filhos. Um homem que tenha horário para
entrar e sair do trabalho e que volte para casa todas as tardes, e não
um que estenda seu expediente em reuniões, jantares ou viagens de
negócios.
— Seu pai viajava muito quando você era criança.
— Só viajava! Ele e minha mãe estavam sempre partindo para algum lugar, deixando-me com a babá.
— Então, você não quer casar-se comigo porque sua vida não é comum?
— Mais ou menos.
O príncipe arregalou os olhos.
— Tem mais?
— Bem, a maior razão é que eu não o amo.
Dulce
não queria um casamento sem amor. Devia acre¬ditar na lenda e no
feitiço do amor. Porém, pelo menos uma vez na vida, tinha que ser
realista. O príncipe Christopher podia ser bonito e charmoso e fazer
seu coração bater mais forte, mas ela não o amava.
— Não posso casar-me com um homem a quem não amo.
O príncipe sorriu com desdém.
— Sabe quantas mulheres gostariam de estar no seu lugar?
De
novo, ele mostrava sua arrogância. Ela chegara a ima¬ginar que esse
lado menos encantador da personalidade dele fora apenas fruto do
cansaço. Respirou pausadamente, para manter a calma.
— Milhões, Alteza.
— Sim, eu... — Christopher olhou para as teclas do piano. — Talvez nem tanto assim, mas algumas.


Dulce devolveu-lhe o sorriso.
— Sua Alteza não deseja casar-se comigo, não é mesmo?
— Não.
— Por quê? — Ela riu do espanto dele. — Sua Alteza não precisa responder-me.
— Você respondeu às minhas perguntas. Devo responder às suas.
Dulce não tinha certeza de querer ouvir. Sem dúvida, ele teria tantas razões quanto ela.
— Eu mesmo quero escolher minha esposa.
Que
romântico! Talvez uma pequena parte do Príncipe En¬cantado vivesse no
príncipe Christopher. De repente, ela sentiu um certa afinidade. Seu
coração bateu mais rápido.
— Sua Alteza quer casar-se por amor?

Amor? Não. Se eu me casar com você, San Montico inteira acreditará que
a lenda se realizou. O povo da ilha abomina qualquer tipo de mudança ou
progresso, e prefere continuar vivendo como sempre se viveu aqui. Se eu
me casar por causa da Lenda do Anel, estarei enterrando de vez a
possibilidade de modernizar o país. San Montico se tornará tão arcaica
e ultrapassada quanto a lenda.
O tom de voz revelava o quanto o príncipe amava seu país.
— E o amor, Alteza?

O que tem o amor? Durante séculos, a realeza tem se casado por razões
melhores do que o amor. Uma pessoa pode ser feliz sem amor.
Era
demais para uma afinidade. De novo, ele destruía as esperanças dela de
que contos de fada podiam existir ainda. Dulce tocou no anel escondido
pela luva.
— Numa coisa estamos de acordo — afirmou ele. — Nada de casamento.
— Nada de casamento — ela repetiu, encarando-o.
Uma mulher poderia perder-se naqueles olhos azuis. Mas não ela, garantiu, desviando o olhar.

Os próximos sete dias serão muito difíceis para nós, Dulce — ele
explicou. — Preparativos para o casamento, apa¬rições públicas,
entrevistas.
Ela estremeceu.


— Eu preferia dispensar as entrevistas. De resto, tudo bem.

Verei o que posso fazer. — Ele olhou ao redor, certificando-se de que
estavam mesmo a sós. — Teremos que manter segredo absoluto.
— Sim, Alteza.
Ele se inclinou na direção dela.
— Vamos tirar o anel do seu dedo. Mas tudo será feito quando ninguém estiver por perto.


 


obrigada pelos comentarios


esse é o penultimo capitulo d hoje


comentem


 


bjão



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Autor(a): lovedyc

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CAPÍTULO VDulce seguiu o príncipe Christopher pelo palácio. Passaram pela biblioteca e pela galeria, pela sala azul, subiram para a sala vermelha, atravessaram a sala amarela, e depois da sala branca desceram uma escada que ficava em posição estratégica, escondida por uma imensa lareira.Teria sido mais fácil irem pelos t& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 741



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  • stellabarcelos Postado em 28/10/2015 - 23:48:12

    Que lindos! Amei

  • docemenina Postado em 16/04/2015 - 19:19:43

    Bem linda <3

  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:06

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  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 01:27:05

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