Fanfic: Intercâmbio (Lesbico) | Tema: Revelação
Eu ainda tava tentando digerir o que eu havia escutado, eu fiquei ali durante 5 min meio lunática e resolvi ir atrás dela. A encontrei novamente com o menino.
– Violeta, a gente precisa conversa. – ela fez um sinal com a mão e o menino saiu. – eu nunca que iria imaginar que vocês já tinham namorado, eu pensava que você era hetero, eu não tenho culpa, eu juro.
– para de drama. – falou ela acendendo um cigarro.
– drama? Você que ta fugindo de mim como se eu tivesse culpa do seu fim do namoro com ela. Você o tempo inteiro alegando ser hetero, como eu ia saber disso?
– você também é hetero, e está beijando uma menina. – soltou a fumaça do cigarro em meu rosto.
– e então porque você não me contou isso antes?
– porque eu não pensava que você iria tão longe.
– simplesmente aconteceu, Violeta. Eu nunca tinha ficado com uma menina. E deixando claro que nem estou apaixonada por ela. Você vai ficar se afastando de mim por algo que eu mesma nem imaginava? – falei nervosa. – eu não to sabendo me adaptar a esse lugar, e mais agora isso... – ela revirou os olhos.
– desculpa, você tem razão, eu não posso jogar meu passado em cima de você. Eu devia ter te contado isso antes. Ela foi a única menina que me relacionei como um casal, depois que terminamos ficamos como desconhecidas, como se não nos conhecêssemos.
– você tinha dito que ela implicava com você desde o momento você entrou na faculdade.
– eu menti, eu só queria não lembrar daquela época. Só isso.
– O.K. – suspirei. – eu quero te pedir perdão, por te fazer mal mesmo sem saber.
– eu que peço. Esquece isso. – jogou o cigarro dentro do lixeiro. – vou pra aula. A gente se vê depois. – e saiu.
Fechei os olhos e fiquei pensando o que fazer. Eu tava em um beco sem saída. Mas isso foi um bom motivo para mim deixar de ficar com Camille, não era aquele tipo de relacionamento que eu queria pra minha vida. Fui caminhado pelo campus e avistei ela lendo um livro sentada na grama, e sentei-me a seu lado.
– precisamos conversar. – ela me olhou.
– ih, lá vem bomba.
– olha você é uma menina maravilhosa, mas não quero continuar assim... – ela fechou o livro. – eu sempre gostei de meninos, isso não vai mudar. Eu to fazendo uma coisa errada.
– tudo bem... – suspirou. – eu sabia que em algum momento você iria falar isso. Não se preocupa, vai ficar tudo bem. – apenas se levantou e foi embora as pressas.
Me levantei e fui para a sala de aula. Passei a aula inteira com a cabeça baixa depois que terminou fui para cantina acompanhada de Arthur.
– Gatinha, o que aconteceu? – perguntou Arthur.
– eu só faço coisas erradas. – não contive minhas lágrimas, elas desceram rapidamente.
– calma. Me explique. O que aconteceu?
– fui perguntar a Violeta o que aconteceu que eu não a via mais.
– e?...
– E ela disse que eu tava beijando a ex namorada dela por ai.
– O QUÊ? EX? EU NÃO TO ACREDITANDO.
– é... Cala boca, fala baixo.
– OMG!
– e eu acabei com a Camille, e acho que a magoei, e não era minha intenção fazer isso com ninguém.
– você tava gostando dela?
– ela é legal, mas eu não queria me apegar, mas já tava começando... Então acho que foi melhor assim, embora eu acredito que nunca mais ela vá me olhar na cara.
– e Violeta? Já sabe disso? – ligou minhas lagrimas com as pontas dos dedos. – para de chorar, já passou.
– não, mas irei contar.
– você fez isso pela Violeta né?
– e por mim também. – encerrei o assunto ali mesmo, pois Violeta vinha caminhando em nossa direção. – não quero mais falar disso.
– tudo bem. – enxuguei minhas lágrimas rapidamente, mas provável que eu estava com o rosto vermelho, e não daria para negar o que tava acontecendo.
– oi! – sentou-se. – o que estão aprontando? Hoje é sexta! Vamos sair, vamos pra festas. Vai ter festa aqui na faculdade também, querem ir?
– não to muito afim...
– o que aconteceu com você? – ela perguntou segurando meu rosto.
– reação alérgica. – falou Arthur. – essa boboca tocou em uma planta que ela tem alergia e começou a escorrer água pelos olhos e pelo nariz, e ficou vermelha com o nariz inchado.
– nossa credo, já foi a enfermaria?
– sim, fui antes de vir pra cá.
– então acho melhor não. – ela disse.
– eu preciso conversar com você. – falei.
– puf, sobrei. Vou ali. – pegou a mochila e saiu Arthur.
– diz...
– eu terminei com a Camille.
– por quê?
– por mim, eu tava fazendo algo errado, e tava prejudicando também nossa amizade.
– você tem certeza que quer isso?
– não só tenho, como já fiz.
– você que sabe... – suspirou. – era por isso que você tava chorando? Eu não acreditei nessa reação alergia. – sorriu.
– era... Mas já tirei o peso da consciência...
– você é doida. – é como dizem: o feitiço sempre vira contra o feiticeiro. – mas eu gosto de você. Eu tava com saudades.
Incrível como ela mudou novamente... Aquele relacionamento realmente ia estragar minha amizade com ela. E agora pareceu tudo ter voltado ao normal. Ficamos por um tempo jogando conversa fora e depois fomos e nosso quarto.
– você vai pra tal festa? – perguntei.
– não. Acho que vou ficar aqui mesmo. – arrumou seu travesseiro e deitou.
– ué...
– vou te fazer companhia! Não é todo dia que encontro uma brasileira que se dá bem comigo.
– Oxe. Você é louca.
– somos loucas! – riu e me jogou o travesseiro em mim. – sentei-me ao lado dela.
– você tava dormindo aqui esses dias?
– não, tava na casa de meus pais.
– você é louca. Completamente louca, as vezes chego a pensar que é uma psicopata.
– nossa. Que amor! – riu. – eu tenho esses dias de “não quero ninguém por perto”
– entendo. Nunca tive esse problema, nunca tem ninguém perto de mim.
– como era sua vida no Brasil?
– sofria bullyng por ser estudiosa, os meninos não gostavam de mim, as meninas populares me humilhavam porque eu tinha muita espinha no rosto e tal. Eu era excluída, estava só o tempo inteiro.
– credo. Que tipo de gente faz isso? Que nojo! Ai tadinha de você, que maldade, e você não tem espinha.
– agora, eu tinha, e usava aparelho, me deixava mais estranha ainda.
– estranha? Cadê sua auto-estima amiga? – bufou. – você é linda, não tem que se sentir como eles te faziam sentir. Agora entendo o porque que você é tão “santinha”. Você deve ser virgem também.
– sim... Pra mim isso é importante, não transaria com qualquer garoto por que ele quer.
– muito bem, não faça a merda que eu fiz. – ela me abraçou e colocou a cabeça em meu ombro. – sabe aquele menino que eu tava comigo hoje?
– sim?
– acho que to começando a gostar dele.
– legal. Vocês se conhecem a quanto tempo?
– um ano e meio. Sempre quis ficar com ele. Mas eu esperava que fosse melhor.
– mas, vocês já transam assim, sem namorar?
– é... Eu não sou virgem, não adianta querer agir como uma mais. – riu. – e você? Vai continuar investindo em romances lesbicos?
– não, nunca mais. – fiquei pensando que isso poderia acontecer de novo, eu conhecer outra menina, já sendo amiga de outra estudante e depois descobrir que ela é ex namorada de novo e começar uma confusão. Por isso é melhor ser hetero. – mas se até agora estive só, não vai fazer diferença.
– bombinha. – apertou meu queixo. – você vai encontrar alguém legal. Tudo tem seu momento.
– mas não to querendo, prefiro ficar só com meus estudos.
– nerd.
– com muito prazer!
– vamos jogar vídeo game? Na TV claro.
– vamos. - falei
Passamos toda a noite jogando vídeo game, parecia não ter acontecido nada, ela mudou de uma forma surpreendente, parecia até mesmo ser outra pessoa, ela deve ser realmente bipolar, nunca tive amizade com uma menina popular e cheia de frescura, que é o que ela realmente é, mas conhecendo ela a fundo ela é bem delicada e amável, e que não pensa antes de agir... ainda bem que sempre fui excluída pelas pessoas, caso contrario eu seria igual a ela, uma louca lunática. Mas que porém é linda, muito linda mesmo. Com um corpo invejável, aposto que muita menina dessa faculdade queria ter pelo menos um terço dessa beleza. Além de ser muito cheirosa, um cheiro delicado, tão suave. Eu acho que estou pirando. No dia seguinte acordei cedo, ela continuava dormindo, tomei banho e fui tomar café, mas fiquei sozinha, Arthur não tava por ali. Fiquei mexendo em meu celular e decidi fazer uma vídeo chama com meus pais, já que o wifi dali era bom. Conversei com eles por um bom tempo e assim que desliguei voltei para o quarto, Violeta estava levantando da cama. Eu me sentei e peguei minha mochila, peguei todos os assuntos da sexta feira e resolvi estudar, já que naquele dia eu não havia me interessando tanto, precisava repor o assunto.
– Realmente, você é uma grande nerd. – falou Violeta arrumando sua cama.
– ontem eu não tava tão concentrada na aula, preciso repor o assunto.
– e deixar esse sol passar em vão? – revirou os olhos. – bota uma roupa na mochila, e um biquíni que você pra piscina da minha casa.
– mas eu preciso mesmo estudar Violeta.
– ai você morre amanhã, e não aproveita o hoje. Deixa isso pra depois, hoje é SÁBADO! – tirou o livro da minha mão.
– não!! – peguei o livro de volta.
– não acredito que você não vai ir comigo! Olha só. – apontando pra janela. – olha esse sol, hoje o clima esta super agradável, um bom dia pra pegar um bronze, mergulhar, e vegetar na cadeira deitada. – eu me vi atentada a fazer aquilo, iria me recordar bastante minha casa, piscina, sol e muito calor.
– O.K! Você venceu! Eu vou. – ela deu um pulinho e gritou “YEES”.
Fiz o que ela saímos dos dormitórios, no caminho para o portão principal da faculdade Arthur aparece.
– Arthur, vamos pra minha casa? Tomar banho de piscina, um dia de lazer.
– eu? Sério? Seus pais não vão implicar comigo?
– ué? Por que iriam?
– no Brasil alguns pais implicam com meninos indo a primeira vez a sua casa.
– que bobagem. Vamos, aceite.
– ta bom! Me espera ir pegar uns coisas?
– claro! – respondeu sorridente Violeta. Então ele saiu correndo ate tropeçou no chão e quase cai, não me contive, tive que rir. – mas que louco. – riu. – vamos nos sentar ali. – tinha um banco em frente a nos e nos sentamos lá para esperar ele.
Realmente hoje o dia era para piscina ou praia, estava super quente. Alguns estudantes estavam saindo, provavelmente indo para praia, ou algo assim. Arthur demorou cerca de 10 minutos. Veio correndo do mesmo jeito, ia caindo novamente.
– que fogo, vem com calma. – falei.
– demorei muito?
– não. – falei.
– vamos! Ali tem um taxi. – a acompanhamos até o taxi, ela falou o endereço ao motorista e assim fomos até sua casa. As casas pareciam casas de condomínio fechado, não tinha muro, eles não se importavam muito com muro. A casa de Violeta era linda, parecia casa de filme, tão diferente do Brasil, que me senti em um filme americano. – sejam bem-vindos a minha humilde residência.
– Bem humilde. – Sussurrou Arthur.
Vinha um homem de palito saindo de casa e ela correu para da um abraço, provavelmente era seu pai, ele nos cumprimentou e entrou no carro e foi embora.
– estamos sozinhos, minha mãe ta no trabalho. – falou Violeta. – venham, entrem. – nos convidando para entrar em sua casa. – querem beber algo?
– não obrigada. – respondi.
– aceito água. – Arthur.
Ela nos mostrou a casa, logo pediu para que fossemos para a piscina que ficava atrás da casa, era uma piscina enorme, incrivelmente. Fiquei com vergonha de tirar minha roupa para mergulhar, Arthur por sua vez, se jogou logo, e ela também. Ambos ficaram olhando pra mim.
– o que foi? – perguntei.
– vai ficar ai? Fazendo cospley estatua? – perguntou Arthur.
– não quero entrar.
– Vai entrar sim. – Violeta sai da piscina e vem em minha direção. – tira essa roupa, ou eu tiro a força. – eu tirei toda a roupa e fiquei de biquíni, mas me recusei mais uma vez a entrar. Violeta não pensou duas vezes. Me puxou e me jogou na piscina. – Tem ser fazer tudo forçando né? – riu e pulou na piscina novamente.
Depois que entrei não quis mais sair, ah. Aquela piscina estava espetacular, e eu me recusando a entrar. Como sou boba. O dia começou maravilhoso, na casa de Violeta tem empregados, e ate mordomo. Nunca vi tanta mordomia em um lugar só. Almoçamos ali mesmo, depois ela nos convidou para irmos ao cinema. Então assistimos o filme “Apenas Uma Chance” o filme era legal, quando saímos da sala do cinema o Arthur deu de frente com um homem, eu tenho certeza que ele era gay, pelo jeito que olhou para ele, depois que ficamos caminhando por um tempo ali, o mesmo veio pedir para conversar com ele, e ficaram conversando perto da gente, eu e Violenta nos sentimos duas velas. Velas oficiais, quando rolou um beijo entre eles, e não foi apenas um beijo, parecia um desentupidor de pia.
– vamos ficar aqui velando eles mesmo? – perguntei.
– a gente poderia se beijar e pararíamos de ser velas. – ela me abraçou como se realmente fosse me beijar, meu coração acelerou senti meu corpo tremer. – pena que você não é um homem. – me deu um beijo na bochecha e se afastou.
Autor(a): contoslesbicos
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Fiquei vegetando lá, Violeta mexia no celular, e o Arthur engolindo a boca do gringo. Até que por fim, eles o apartaram e veio em nossa direção. – ai que meninas... – vamos embora. – falei. – quero estudar. – ai, credo! Que agoniada. Não me deixa nem falar como foi. – precisa? Quase engole o menino. & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
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angelr Postado em 18/08/2014 - 15:26:39
no aguardo
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angelr Postado em 01/08/2014 - 00:28:00
Bacana ela continuar narrando nesse período gostei, to adorando viu hahaha
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angelr Postado em 27/07/2014 - 22:32:33
Nossa adorei esse capitulo e ja estou ansiosa, e acho que para o proximos capitulos pelo menos durante esse periodo da aposta seja mais legal a Violeta narrando
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emile Postado em 27/07/2014 - 01:09:32
ADOREI A NARRAÇÃO DA VIOLETA, FOI UM POUCO MAIS INTERESANTE RSRS, E O SÉRA QUE ESSA FAMOSA QUÊ COM A REBECA HUMMM
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angelr Postado em 25/07/2014 - 01:06:51
aguardando o proximo capitulo
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emile Postado em 24/07/2014 - 19:03:02
SÉRIA MELHOR TER A VIOLETA NARRANDO, POIS AGENTE IRIA ENTENDER MELHOR ELA, ATE PORQUE ELA BEM COMPLICADA NÉ? RSRS
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angelr Postado em 23/07/2014 - 02:09:00
posta mais to adorando
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emile Postado em 23/07/2014 - 00:32:34
nossa sera que elas nunca vão se entender