Fanfic: Um Amor Desastrado(Adaptada) | Tema: Ponny,Romance,Comédia,...
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— Não queria mesmo me casar — disse.
— Então, por que a pediu em casamento?
— Sei que vai soar tolo, mas na época me pareceu a atitude mais correta.
Ele parecia confuso, e por isso Any decidiu não questioná-lo. Em vez disso, riu e balançou a cabeça.
— Você está horrível.
Poncho examinou o fraque molhado e sujo e sorriu.
— Você não está muito melhor.
Os dois gargalharam e ele afrouxou a gravata borboleta, deixando as pontas caírem soltas sobre a camisa respingada de barro.
— Que dia! — exclamou, balançando a cabeça e pegando o copo que deixara sobre o balcão.
— Tem razão — ela concordou, esvaziando a taça e repetindo o ritual com o sal e o limão. —Sabia que ela estava interessada em Christopher Uckerman?
— Sabia que ele estava interessado nela, mas nunca imaginei que Dulce pudesse olhar para um homem com tantos filhos — e esvaziou o copo, realizando mais uma vez a operação de lamber o sal e chupar o limão. — E você? Sabia de alguma coisa?
Any negou com a cabeça e encheu o copo.
— Sabia que algo a estava aborrecendo, mas deduzi que fosse apenas tensão pré-nupcial — e bebeu uma boa dose de margarita.
— Sinto-me um idiota — ele anunciou, imitando o procedimento completo. — Todos estão rindo de mim.
— Bobagem — ela argumentou, tentando ajeitar as mechas que escapavam do penteado rebuscado. Os cabelos estavam duros em função do excesso de laquê. — Devem estar sentindo pena de você.
— Muito obrigado. Agora me sinto muito melhor.
— Poncho,quando você voltar de viagem, todos terão esquecido o episódio — e encheu os dois copos pela terceira vez.
O álcool começava a fazer efeito no estômago vazio de Alfonso. A língua e as pontas dos dedos estavam entorpecidos, e a visão começava a ficar turva.
— Espero que sim, mas não tenho tanta certeza. Talvez mude de cidade.
— Isso é ridículo. Você mora em Savannah desde que nasceu. Seus pais ficariam magoados, seus negócios seriam prejudicados... Não pode partir sem conquistar a conta do velho Gordon! Tive muito trabalho para apresentá-lo a ele naquele jantar de caridade — e bebeu com voracidade.
— Eu sei — Poncho choramingou, esvaziando o copo e esperando que ela o servisse mais uma vez. — É claro que tem razão! Mas meu ego está ferido, e preciso viver essa tristeza intensamente, ou jamais conseguirei superá-la.
— Você vai superar — Any afirmou confiante. — Haverá uma fila de debutantes na porta de sua casa quando voltar de viagem.
As palavras soavam confusas e a voz pastosa. Ou seria ele que já não conseguia ouvir direito?
— Não. — Poncho balançou a cabeça, levando o polegar ao peito num gesto desajeitado. —Nunca mais pensarei em me casar. De hoje em diante, esposa será uma palavra de seis letras.
— Poncho — Anahi inclinou-se para frente —, esposa sempre foi uma palavra de seis letras.
— Você sabe o que quero dizer.
Tonta, ela olhou para o amigo e sentiu-se invadida por uma inveja súbita. Gostaria de saber como era ter um homem tão apaixonado a ponto de jurar nunca mais se casar, depois de saber que não poderia ter a mulher amada. Conhecia Dulce Maria há anos, e a amiga sempre demonstrara muito bom senso. Até hoje.
O que podia tê-la possuído para abandonar o namorado de três anos e subir ao altar com um viúvo pai de três filhos? Sim. Dulce confidenciara que o relacionamento sexual com Alfonso deixava a desejar, e pessoalmente o considerava infantil e aborrecido, mas nem mesmo um homem aborrecido merecia ser abandonado no altar. Mas sabia que Dulce estava preocupada, temendo que ele cometesse alguma loucura, ou não teria pedido para segui-lo.
Viu Poncho inclinar a cabeça e esvaziar o copo de um gole. Na escola, apelidara-o de "bonecoKen", um apelido que ainda usava nas conversas com Dulce, para desespero da amiga. Os cabelos escuros eram mantidos sempre bem cortados, e os óculos de aros de metal eram como todo o resto de seu guarda-roupa: caros e elegantes.
O homem vivia bem barbeado, e usava roupas tão engomadas que tinha a impressão de que, quando as despia, podia deixá-las em pé num canto do quarto. Era bonito, mas absolutamente previsível.
Alfonso Herrera tinha dinheiro, nome e uma família aristocrata. Não devia nem imaginar o que era sentir fome, faltar à escola por não ter sapatos ou juntar moedas para pagar o ônibus. Os mundos a que pertenciam eram tão distantes, que faziam parte de dimensões diferentes.
Anahi conteve um sorriso. Nesse momento, com os cabelos desalinhados, os óculos sujos e uma mancha de barro no queixo, Poncho parecia um de seus antigos amantes, desordeiro e indisciplinado. Mas sabia que era só uma impressão. Alfonso era um gênio da informática, um homem contido e de vida regrada cujo livro de cabeceira devia ser a própria agenda.
— Qual é a graça? — ele perguntou com ar ofendido.
— Oh, não é nada — ela respondeu com dificuldade, chamando o garçom e pedindo mais uma jarra de margarita. Depois passaram meia hora relacionando as virtudes de serem solteiros e livres enquanto esvaziavam a jarra.
Alfonso jogou uma fatia de limão sobre a pilha de bagaços e consultou o relógio, movendo-o parafrente e para trás como se tentasse focalizar melhor os números.
— É hora de ir — anunciou com voz pastosa. Any estendeu a mão.
— Acho que vou ficar por aqui e recuperar a sobriedade antes de voltar para casa.
— Tem certeza? Talvez dirija melhor embriagada. Ela riu.
— Bem, divirta-se, Poncho.
— Divertir-me? Estou partindo em lua-de-mel... sozinho!
— Talvez conheça alguém.
Alfonso ergueu o corpo, franziu a testa e apertou os lábios.
— O que é? — ela perguntou, intrigada com a expressão pensativa.
— Por que não vem comigo?
— Você está bêbado!
— E daí?
— Alongo,não vou acompanhá-lo em sua lua-de-mel.
— Por que não? Minha secretária reservou a suíte de um hotel de primeira classe, e já paguei todas as despesas. Alimentação, passagens, hospedagem. Tudo. Que tal? Preciso mesmo de companhia, e você está precisando de férias.
Uma semana longe de Savannah era uma proposta tentadora.
O sorriso de Poncho era convincente.
Autor(a): rbdlove
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O que estão achando da web?Comentem — Dias inteiros na praia, bebendo margaritas e comendo camarões, noites ao luar saboreandolagostas e outros pratos exóticos... homens seminus... Finalmente conseguira conquistar a atenção dela. — Disse alguma coisa sobre homens? — Anahi riu. &mdash ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 59
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julia_loveponny_aya Postado em 19/08/2014 - 11:50:33
Ainnn caboouuuu:"((((
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julia_loveponny_aya Postado em 19/08/2014 - 11:50:15
Tadinho do poncho hahahaha tanto pelo nome qnt pela any no parto ne kkkk
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mabilyponny Postado em 17/08/2014 - 18:42:18
1 Acabou??? Serinhooo,Ai mas posta o Link de outras suas Porfavorrrr 2 Que segundo nome, Vou te contar estranhooooo 3 Any Loucaaaaaaaaa MDS 4 2 meses Já??? Nem parece passou tão rapido,Ameiiiii demaisssss a Web,Já já Apareço em uma das suas Proximas ou até antigas
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linetraumaponny Postado em 16/08/2014 - 22:03:47
oh meu Deus pq?pq? q tristeza a melhor fic acabou :'( // kkkkkkkkkkkk Presley kkkkkk coitado do menino!!! Parabéns muito boa historia. amei!!!!
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jeanne_portilla Postado em 16/08/2014 - 21:25:39
Presley?esse mistério todo por nada kkkkk um menino *--*
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jeanne_portilla Postado em 16/08/2014 - 15:00:05
Owng casados *---* tu vai postar outras fics?
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mabilyponny Postado em 15/08/2014 - 13:30:23
Vc Sumiu junto cmg,Pq me PC quebrou Wi-Fi tinha parado só voltou hoje,Aiiiii Jesuis Any Muito Louca como ela fez isso??? Ir pra Atlanta (se é q escreve assim) Continuaaaaaaaaaaa
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julia_loveponny_aya Postado em 14/08/2014 - 20:32:46
Continuuuuaaaa kerooooolllll
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julia_loveponny_aya Postado em 14/08/2014 - 20:32:12
Ahhh portivez*-*
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jeanne_portilla Postado em 14/08/2014 - 18:43:30
Poncho com ciumes *---* ela vai contar sobre o bebe neh <3