Fanfic: Um noivado no caminho | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner

Meninas reta final,aproveitem os ultimos capitulos de Um noivado no caminho.

Chego em casa ainda chorando. Eu não entendo muito bem o motivo, mas
choro desesperadamente. Me atiro no sofá depois de trancar a porta e
sei que estou sozinha em casa.

As palavras de William, a maneira como ele disse que me amava, o tempo
que eu esperei para ouvir isso, as sensações que eu sempre senti e os
sentimentos que estão me corroendo por dentro agora... Tudo me faz
chorar.

Lembro de como fora bom passar a tarde com ele e com sua família,
conhecendo um pouco mais da sua história. Lembro de nós dois brincando
com sua sobrinha, lembro de nós dois na hora da foto e, de certa
forma, do ciúmes que ele tivera do Fábio. Isso me acalma por hora, mas
então lembro de tudo que ouvi.

Ele não foi capaz de olhar nos meus olhos e se declarar, mas fez
questão de falar para Julia que me amava. De jogar tudo por cima dela
e me humilhar, me deixar pior do que eu já estava com aquela situação
toda.

Mordo a almofada que está embaixo do meu rosto e grito abafado. Quando
paro pra respirar, ouço alguém apitando a campainha ininterruptamente.
Levanto do sofá um pouco desconcertada, tentando enxugar as lágrimas e
limpar meu rosto. Sei que é tudo inútil, mas não custa tentar.

- Fátima. - William suspira quando abro a porta. Ele não espera que eu
faça nem fale nada, apenas me abraça forte. Me sinto segura por um
momento e choro em seus braços. Ele me conduz para dentro da minha
própria casa e fecha a porta atrás de si. - Meu amor. - Ele olha em
meus olhos e tenta enxugar minhas lágrimas, mas elas são muitas. -
Você não tem noção de como fiquei preocupado. - Ele me abraça
novamente e eu encaro seus olhos. Seguro seu rosto com as duas mãos e
não sou capaz de pensar em mais nada além de me entregar para ele. Sei
que é ainda mais errado, mas eu não consigo me controlar.

- William, eu - ele me beija e não deixa que eu prossiga. Eu choro
ainda mais e ele aperta minha cintura.

- Eu sei que você está magoada com o que aconteceu lá em casa, mas
veja, eu não quero ver você triste assim. - Me afasto dele e ponho as
duas mãos na cintura. Estou exausta de possuir um amor impossível, de
querer um homem tão inconstante e de sempre me sentir mal por sua
causa. Estou cansada de voltar para casa todos os dias sozinhas, sem
ele ao meu lado. - O que foi? - Ele parece perceber minha exasperação.

- Eu amo você, tá legal? - Desabafo, abrindo os braços e chorando
mais. - E eu acho que amo desde o primeiro dia que nos encontramos, lá
no Jardim Botânico. Você me conquistou de uma maneira única William,
como ninguém jamais me conquistou. O problema é que você tem uma
noiva. E aí ficamos enrolando um ao outro, nos beijamos aquele dia e
desde então tentamos nos beijar novamente, mas não conseguimos. Você
as vezes parece ter ciúmes de mim, mas nunca me falou nada a respeito.
E então hoje, no aniversário da menina que você considera sua sobrinha
- enfatizo - você simplesmente briga com a sua noiva e diz pra ela o
que você nunca disse para mim. - Olho em seus olhos e sei que ele está
segurando algumas lágrimas. - Saiba que agora eu me sinto humilhada,
uma mulher vulgar que destruiu um casamento certo por capricho. Você
acabou comigo, William.

Ele senta e fita o chão. Desaba sobre os próprios ombros e eu fico sem
reação, apenas o observando. Ele não ameaça falar nada, apenas fica
olhando para o chão. Sua expressão é triste e ele enrosca seus dedos,
formando um nó tão difícil de desatar quanto os meus. Sento ao seu
lado e o encaro. Ele, enfim, olha para mim.

- D-desculpe. A última coisa que eu quero é humilhar você, Fátima.
Eu... Eu te amo. - Ele murmura e eu quase não sou capaz de ouvir. - E
eu falei aquilo para a Julia no calor do momento, na hora da briga.
Ela ultrapassou todos os limites hoje e eu já não sinto a mesma paixão
que sentia antes. - Ele fala baixo, calmo, como se estivesse com medo.
Fecho os meus olhos e choro em silêncio. - O amor que eu sinto por
você, nunca senti pela Julia. E isso eu posso garantir para você. -
Ele toca meu rosto e eu abro os meus olhos lentamente. Ele enxuga as
minhas lágrimas e sorri. - Eu te amo, Fátima. Como nunca amei ninguém.

Nos aproximamos e nos beijamos. William toca as minhas costas com
cuidado, como se eu estivesse machucada ou algo assim. Ponho as duas
mãos no seu rosto e choro com força. Ele põe a outra mão na minha
cintura e me mantém imóvel. Se inclina sobre mim ainda me beijando e
quando eu deito, ele para. Seus olhos me encaram profundamente e eu me
sinto segura, certa de que ele vai cuidar de mim. Ergo a minha cabeça
e voltamos a nos beijar. Ele desce a mão e sobe o meu vestido pela
coxa, tocando ali com as mãos geladas. Minha pele está quente e eu
suspiro pesado quando ele toca, me arrepiando em seguida. Puxo sua
camisa e a tiro por cima, depois voltamos a nos beijar. Passo as mãos
por suas costas e ele acaricia minha barriga, fazendo voltas em torno
do meu umbigo. Eu o seguro pela nuca e ele puxa meu vestido para cima,
deixando-o parado na altura do meus seios. Desabotoa meu soutien e me
larga por um momento para tirar as duas peças de roupa. Ao invés de
voltar a me beijar, ele pousa as mãos nas minhas costelas e fica
olhando para os meus seios, mordendo os lábios.

- William - eu peço, envergonhada.

E ele atende. Deita sobre mim novamente e torna a me beijar. Eu puxo o
seu cinto com um pouco de dificuldade e ele sorri quando eu tiro.
Segura meus seios com as duas mãos e mexe nos meus mamilos com o
polegar da mesma maneira que mexe a língua na minha boca. Essa
simultaneidade dos movimentos aquece em mim uma chama e eu consigo
desabotoar sua calça jeans, puxando a para baixo. Ponho as mãos ali
dentro e aperto sua bunda de leve, sentindo-o morder meu lábio
inferior e beliscar meu mamilo direito - de leve. Puxo suas calças
para baixo e ele se afasta para descê-las por completo. Logo estamos
apenas de roupas íntimas. Voltamos a nos beijar e uma ideia passa pela
minha cabeça.

- William. - Tento parar o beijo, mas ele não deixa. Cravo as unhas
nas suas costas e aproveito o fato dele parar um pouco para gemer. Ele
sorri e eu me afasto. - E se você não discutisse hoje com a Julia?

- Como é? - Ele pergunta, claramente confuso.

- E se você não discutisse com a Julia hoje ou e se eu não tivesse
escutado sua discussão? Quando você contaria para mim que me ama? Ou
ainda... Você contaria para mim que me ama? - Ele para e me encara.
Ficamos nos olhando por um bom tempo em silêncio e aquilo só significa
uma coisa. - Você não sabe, não é?

Ele senta no sofá e torna a olhar para o chão. Me cubro
desajeitadamente com o meu próprio vestido e ele continua parado,
somente de cueca na minha frente.

- Fátima, eu... - Mas não o deixo continuar.

- William, por favor, vai embora.

- Não. - Ele me olha. - Fátima, eu

- Vai embora. Por favor.

- Mas por quê? Estava tudo tão bom e nós estávamos - ele gesticula,
mas minha mágoa é maior que a excitação.

- Vai embora. Eu preciso pensar sobre o que fazer daqui pra frente e
você também. Vai embora. - Ele assente com a cabeça e junta suas
roupas. As veste rapidamente, vem até mim e beija minha testa.

- Tudo bem. Vou resolver a minha vida por você. Por nós. - Ele sorri e
cruza a porta.

Visto meu vestido rapidamente e saio correndo em sua direção. Isso não
está certo.

- William? - Grito da porta e ele vira para mim.

- O que foi?

- Por você. Resolva a sua vida por você. - Ele sorri e entra no carro.