Fanfics Brasil - 8 Um noivado no caminho

Fanfic: Um noivado no caminho | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner


Capítulo: 8

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Finalmente o jornal terminou. Deixo o microfone em cima da bancada e olho para o lado, mas William já não está mais lá. Sorrio de canto para mim mesma, já que ainda sinto vergonha pelo que aconteceu no elevador. Iríamos nos beijar caso ninguém entrasse. Meu Deus! Iríamos nos beijar... Respiro aliviada e levanto daí, indo calmamente até minha sala.


Troco de roupa, faço um rabo-de-cavalo nada caprichado no meu cabelo e quando vou colocar meu casaco, ouço três batidas na porta. Ponho a mão no peito e respiro, sabendo de quem se trata. Mando entrar e ele entra, aparentemente envergonhado. Sorri de leve e quando encara meus olhos, paralisa.


- William... Aconteceu alguma coisa?


- N-não... - Ele entra tímido na minha sala. Me olha dos pés a cabeça e me apoio na cadeira ao meu lado, já que minhas pernas tremem. - Eu vim te oferecer uma carona...


- Mas eu vim de carro, William. Muito obrigada!


Ele respira pesado, solta o ar com força e chega um pouco mais perto.


- Por favor... Eu preciso conversar com você. - E dessa vez sou em quem paralisa. Sinto como se tivessem me golpeado e sou obrigada a sentar, fugindo de seu olhar. Olho para baixo e pergunto por que, mas ele não entra em detalhes. - Eu só preciso conversar, saber que não está chateada.


- E por que estaria? - O encaro e ele chega ainda mais perto.


- Por favor, vem comigo. No caminho eu te explico.


- Ta bem. - Levanto da cadeira, visto meu casaco e pego minha bolsa. - Você não pode adiantar nada? - Ele nega com a cabeça e estende a mão para que eu passe na frente. Fico parada no mesmo lugar e ele entende que quero ser a última a sair, para poder apagar a luz e fechar a sala. Quando fecho, ele estende o braço para mim. Seguro receosa e ele sorri para mim.


No estacionamento, encontro Sandra encostada no capô de seu carro. Nos aproximamos dela e ela sorri, erguendo as mãos e agradecendo aos céus.


- Que bom que encontrei vocês! Meu carro não quer pegar de maneira alguma e eu estou sem dinheiro para pegar um táxi. Me dá uma carona, Fatinha? - Ela se dirige a mim, sorrindo feito uma criança que quer doce.


- A Fátima te empresta o carro dela, Sandrinha... Vou levá-la em casa hoje. - E então não sinto mais o chão abaixo dos meus pés.


- E por quê? Posso saber?


- Prometi à minha mãe que não a deixaria sozinha. Hoje no almoço um garçom ficou dando em cima dela o tempo inteiro, então minha mãe ficou preocupada. - Me afasto um pouco dele e ponho a mão na testa. Até onde aquilo era verdade? Promessa? Que promessa e por que ele não me falou nada? Fecho os olhos e tento me lembrar do almoço de mais cedo. De fato o garçom deu em cima de mim em um determinado momento, mas o tempo inteiro?


- Sua mãe estava aqui? E porque não nos apresentou ela? - Pergunta Sandra, não dando bola para mim e nem para a tal promessa.


- Ela estava ocupada demais conversando com a Fá! - Brinca ele e Sandra ri. E eu, um pouco mais afastada, acabo rindo junto. Ele dá um passo largo e se aproxima de mim, encostando seu braço no meu. - Vamos?


Aceno com a cabeça e abro a bolsa, tirando as chaves do carro lá de dentro. Vou até Sandra e lhe entrego, não encarando seus olhos.


- Amanhã de manhã vou buscar você, pode ser?


- Pode sim, mas não tem pressa, viu?


Ela para, me encara e aperta meus ombros.


- Vou cedo para você me contar essa história direitinho! - Me abraça e me dá um beijo estalado na bochecha. - Boa noite amiga! Até amanhã e obrigada mais uma vez.


Despeço-me dela e ela de William, então vamos até seu carro. Ele, cavalheiro como sempre, abre a porta para mim e fecha assim que me acomodo no banco do carona. Ele senta ao meu lado e liga o rádio do carro.


- Pode trocar a música se quiser. - Sorri e colocamos o cinto.


Mal ele dobra a esquina do Jardim Botânico eu desligo o rádio e viro para ele, encarando-o nos olhos, por mais que ele não esteja me olhando.


- Que promessa foi essa, William?


- Minha mãe e eu ficamos preocupados com você. O garçom daquele restaurante não parava de flertar com você! Eu não acredito que não tenha percebido.


- Tudo bem até aí, mas por que me levar em casa? O garçom estava no restaurante, não no meu carro.


Ele respira fundo e põe a mão sobre a sua coxa. Imediatamente lembro de nós dois no almoço, quando ele pôs a sua mesma mão sobre a minha coxa. Mordo os lábios e ele sorri para mim.


- Porque tem também nós dois no elevador. Depois daquilo não nos falamos mais e eu não quero que fique um clima estranho entre nós. Você é especial demais para mim, Fátima!


Engasgo com minha própria saliva e me encosto no banco, olhando para frente. Ele liga o rádio novamente e vamos até minha casa conversando sobre temas aleatórios, sem cruzar nossos olhares.


 



- Como é? - Pergunta Nycole boquiaberta quando ouve meu resumo do dia. Estamos sentadas no sofá da sala, com a televisão ligada, comendo um bolo de chocolate que achamos perdidos na geladeira.


- É isso aí. Ele pôs sua mão na minha coxa! E como se não fosse o bastante, quase me beijou no elevador. - Me deitei de qualquer jeito no sofá e sorri, como uma adolescente apaixonada pela primeira vez. - Ele ainda disse que minhas pernas ficam lindas quando estão descobertas!


Nycole continuava parada, olhando para mim incrédula. Sento novamente e pergunto o que ela está pensando.


- Você conquistou o grisalhão, amiga! Ele está tão apaixonado por você quanto você por ele! A noiva agora é somente um detalhe! - Ela para, estreita os olhos para mim e fico confusa. Depois grita e me enche de cócegas.


 



Acordo de manhã ainda com sono, já que não dormi a noite inteira. Ficava virando de um lado para o outro, relembrando tudo que acontecera durante o dia. Estou de camisola - a mesma preta, curta e decotada do dia anterior -, sentada na cama e com as cortinas todas fechadas. A cama me chama, mas o trabalho também. Levanto sem vontade alguma e ouço a campainha tocar. Sandra!


Nycole grita, avisando que vai abrir e então há um silêncio absurdo na sala. Não entendo o motivo, já que minhas duas amigas sempre se deram bem. Vou até o banheiro, escovo os dentes de qualquer jeito e prendo o meu cabelo em um coque muito mal feito. Nycole grita mais uma vez, avisando que tem visita. Porém não entendo sua formalidade, já que Sandra quase não é visita.


Saio apressada do quarto e corro descalça para a sala, mas quando chego lá me sinto nua. Não é Sandra quem me espera sentado no sofá. Ele está de costas para mim, então vejo minha amiga e chamo ela até mim.


- O que ele tá fazendo aqui? - Sussurro, para que ele não escute nada.


- Eu não sei! Ele apenas pediu para chamar você. E essa sua roupa? Vá já trocar!


Mas quando abro a boca explicando que não esperava que fosse ele, ele se vira para nós e levanta quando me vê.


- Fátima... - Ele murmura, passeando no meu corpo com seus olhos. Me sinto vermelha e tenho vontade de fugir, mas não posso fazer isso. Dou dois passos em sua direção e ele continua me olhando dos pés a cabeça. - Você...


Nycole pede licença e se retira, mas eu continuo ali parada, sem saber o que fazer.


- Acordei você? - Ele pergunta, simplesmente. Entendo que ele está referindo-se à minha camisola e nego com a cabeça, pedindo licença para trocar de roupa. - Não. - Ele se apressa. - Não precisa trocar, eu não vou demorar.


- Mas mesmo assim, não posso ficar só de camisola na sua frente. Ainda mais com essa camisola! - Dou um riso baixo e ele estende a mão. Sinto como se existisse um ímã entre nós dois e vou caminhando lentamente até ele.


- Fica assim. Você está linda com essa camisola preta! Realça o tom de sua pele e - toco em sua mão e tenho a impressão que ele se arrepia, assim como eu. Sorrio envergonhada e baixo a cabeça, mas ele levanta meu queixo delicadamente. - Vim convidar você para jantar comigo. Você vem?


Aceno com a cabeça e paraliso, alternando meu olhar entre seus olhos e sua boca. Abro a minha instintivamente e a sinto seca, então passo a língua por ali. Ele me observa e morde os lábios. Me puxa para mais perto e quando me dou conta do que poderá acontecer, me afasto dele e paro em frente ao sofá.


- Que dia?


- No sábado agora. - Ele caminha na minha direção e eu recuo.


- Onde vai ser?


- Na minha casa. - Ele se aproxima novamente e eu recuo, caindo sentada no sofá. - Com a Julia, o irmão dela e minha mãe. - Ele dá dois passos na minha direção e eu escorrego para o lado.


- Tudo bem... - Ele senta no sofá e escorrega na minha direção, como se fosse ele quem estivesse imantado. Eu recuo mais uma vez e sou limitada pelo braço do sofá. A alça da minha camisola desce e é William que vem para colocá-la no lugar.


- Você fica linda de camisola. - Diz ele, sussurrando em meu ouvido. Apoia um dos braços no braço do sofá e põe o outro ao meu lado, próximo do meu quadril. Estou presa embaixo dele e não fico com nenhuma vontade de sair dali.


Ele se aproxima mais um pouco e se ajoelha ao meu lado, vindo para cima de mim. Segura a minha cintura com uma das mãos e eu arquejo, encostando meu peito no seu. Ele está ofegante e eu também, então o imagino todo arrepiado, assim como eu. Sorrio e o seguro pela nuca. Ele sorri junto e deita sobre mim. Abro um pouco as minhas pernas e ele se encaixa completamente, tirando seu braço do braço do sofá e segurando meus cabelos, soltando o meu coque. Paramos a centímetros de distância e ele me olha nos olhos, sorrindo em seguida.


- Você não tem noção de quanto tempo quero fazer isso! - E então me beija. A mão que está na minha cintura vai se movendo e minha camisola vai junta, então talvez eu esteja com a calcinha a mostra. O puxo cada vez para mais perto e ele vem, como se quisesse entrar para dentro de mim. Sinto que vou chorar, já que o que estamos fazendo é proibido, então o puxo ainda mais e ele se mexe, encostando em mim um volume vindo das suas calças. Sorrio envergonhada e baixo as minhas mãos, enroscando meus dedos no cós de sua calça. Ele se arrepia e põe a mão dentro da minha camisola, pele contra pele nas minhas costas. Me aperta com a ponta de seus dedos e desce um pouco mais a mão. Eu arquejo e suspiro enquanto ainda nos beijamos. Arranho suas costas e ele geme, me deixando louca. Ele aperta a minha bunda, puxando a minha calcinha para baixo, então o telefone toca.


De início, continuamos a fazer o que estávamos fazendo, mas quando voltamos à nossa realidade, ele sai de cima de mim e levanta, pondo a mão no rosto. Eu fico deitada, olhando para ele e ignorando o telefone que toca. De repente, ele para de tocar e William vira-se para mim.


Não. Por favor. Não diz nada.



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Autor(a): mibonner

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • tietebonnerr Postado em 20/09/2014 - 19:03:32

    Por Deus, você tem talento. Faz uma continuacao

  • mibonner Postado em 03/09/2014 - 20:07:01

    Nossa meninas obrigada mesmo,vocês não existem ,e quem sabe uma continuação .

  • star.20 Postado em 01/09/2014 - 21:14:37

    Você bem que podia escrever a continuação. Você tem talento para isso.

  • dii_paulla Postado em 31/08/2014 - 23:57:41

    Como assim? Ja acabou? Agora eu fiquei triste! ;(

  • vfsv Postado em 29/08/2014 - 00:22:27

    Acabou????

  • vanessatocha Postado em 04/08/2014 - 22:11:01

    A fic tá linda demais, parabéns! Tô louca pra ver o final!!

  • bia_jaco Postado em 04/08/2014 - 22:02:30

    To amando a fic,boa demais!!Fátima matou o William deixando ele assim.Tomara que eles se resolvam logo.Parabéns pela fic!!

  • tietebonnerr Postado em 02/08/2014 - 23:31:51

    Fic tá perfeita você tem muito talento. ... Um beijo. E mais uma vez a sua fic é perfeita. E maravilhosa

  • vfsv Postado em 30/07/2014 - 19:24:37

    Estou ansiosa pelos proximos capitulos!!!!! muito boa esta fic

  • mibonner Postado em 21/07/2014 - 22:52:19

    Obrigada,vou continua e pode espera pelos próximos capitulo.Beijos


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