Fanfic: A Aposta- Adaptada- Finalizada | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

— Não sei por que você ainda está tão chateado... acontece com todos os caras de vez em quando. — Anahí cobriu a boca com a mão e evitou os olhos de Alfonso. Este grunhiu, pegou a maçaneta e olhou feio para ela.
— Sério? Você jura que vai me dizer isso? Que acontece com todos os caras? Anahí encolheu os ombros e se encostou no umbral da porta.
— Ei, eu tô só defendendo meu noivo. Não é culpa sua que você não consegue desempenhar. Xingando, Alfonso a puxou contra o próprio corpo.
— Baby, não acho que desempenho seja o meu problema.
— Não mesmo. — Anahí sorriu para Alfonso e o beijou no nariz.
— Mas, admita, quando o urso apareceu na telona, você gritou como uma garotinha.
— Não gritei nada — fungou Alfonso.
— O gritinho que você ouviu veio de uma menina de 6 anos que estava atrás da gente. Sério, que tipo de pais levam uma criança num filme de terror?
— Jura? — Anahí ergueu as sobrancelhas.
— Você percebeu como se deixou vulnerável para eu zoar mais, ou não liga pro fato de que tudo que você diz facilita a minha zoação?
— Eu...
— Você gritou. Alto. O rapazinho simpático e cheio de espinhas que trabalhava no cinema teve que fazer um anúncio, pedindo aos pais que retirassem todas as crianças pequenas. Alfonso encolheu os ombros.
— Eu odeio filme de terror. Me processe.
— Você odeia bichos peludos.
— Ele tinha presas afiadas e massacrou uma família inteira.
— É só um filme, Pon. Um filme. Bem, o que ele poderia responder àquilo? Já tinha perdido metade da masculinidade no cinema ao gritar sem querer. Para sua defesa, o urso gigante na tela não o teria assustado tanto se Anahí soubesse comer pipoca direito. Havia um caroço de milho equilibrado no seio esquerdo dela. Alfonso sabia que era o esquerdo porque ele o vigiava como uma aranha vigia uma mosca. Vigiava e esperava cair, para que ele tivesse uma desculpa totalmente ridícula para resgatar o tal caroço e depois dar uns amassos na noiva no meio do cinema. Não era culpa de Alfonso o fato de sempre ter tido vontade de se pegar no cinema com uma garota linda. E, se Anahí não quisesse que ele se distraísse tanto, não deveria vestir blusas com decotes tão profundos!
— Você está suando? — Anahí sentiu a testa do noivo.
Caramba, ele precisava de sexo. Afastando a mão de Anahí, Alfonso riu nervoso.
— Não, tá tudo bem. Vamos entrar?
— Vamos? — Anahí franziu o cenho.
— Ninguém atendeu à porta? Alfonso encolheu os ombros e entrou na casa. Nada em sua vida poderia ter preparado Alfonso para aquele momento. Algumas coisas não podem ser esquecidas.
— Vovó! — gritaram em uníssono ele e Anahí. Ela estava no sofá, dando morangos com chocolate na boca do sr. Casbon. A cena não teria sido muito anormal para ela, não fosse o fato de estar vestindo uma quantidade diabólica de lingerie rosa.
— Ela seguiu meu conselho — sussurrou Anahí.
— Victoria’s Secret! — A avó apontou o sutiã e piscou.
— Meus olhos! — Alfonso se virou e começou a acenar violentamente.
— Vovó, quer fazer o favor de se vestir? Meu Deus. Você pelo menos tem um casaco?
— Espero que não — exclamou o sr. Casbon.
— Nossa, quero morrer agorinha mesmo — murmurou Alfonso enquanto todos os outros gargalhavam.
— Não, não quer não — sussurrou Anahí.
— Tenho certeza que sim.
— Eu escolhi uma data.
— Pra me enlouquecer? Nossa, obrigado, é assim que a pessoa fica depois de ver a avó pelada!
— Eu não tô pelada! — gritou a avó, ao que o sr. Casbon respondeu:
— Que pena. Anahí abraçou Alfonso e pediu:
— Abra os olhos.
— Pra ver minha avó num estado de sem-vergonhice? — Alfonso quase gritou. Anahí o beijou junto à boca, afastando as mãos do caminho. Perdido no calor do momento, Alfono devolveu o abraço e abriu-lhe a boca com a língua, sentindo seu sabor, memorizando-a. Alguém pigarreou. Anahí se afastou.
— Ah, sim. — Ela pigarreou também. — Escolhi uma data.
— Você já disse isso, mas... E então as luzes se acenderam. Rodrigo estava do outro lado do aposento, com uma vagabunda nos braços. Típico. Os pais deles seguravam um bolo, e todos receberam taças de champanhe.
— Estou confuso. Anahí lhe puxou a mão e riu.
— Ótimo. Eu tava torcendo para que você ficasse. O que diabos estava acontecendo? Vovó Andreza se levantou, ajustou a blusa — obviamente não estivera fingindo — e pegou uma taça de champanhe de uma mesa próxima. Alfonso se virou para Anahí.
— Eu ainda não entendi. Ela sorriu. Deus, ela era linda. Como ele poderia ter sobrevivido sem ela?
— Tudo começou assim, Pon. Eu e você sendo flagrados pela vovó, sem perceber que tinha sido tudo armado. Eu queria reviver isso, reviver o momento que nos chocou e nos fez perceber que sentíamos alguma coisa. A manipulação, as mentiras, tudo começou aqui. Mesmo quando éramos crianças começou aqui. E eu quero que acabe aqui. Cacete, ela estava terminando com ele?
— Aqui. — Anahí apertou a mão de Alfonso, ficando com os olhos cheios d’água.
— Eu quero me casar aqui, na casa dos seus pais. Neste outono.
— De verdade? — Alfonso se engasgou com as palavras. Eles não estavam conseguindo decidir onde se casar. Até aquele momento, Anahí estivera convencida de que eles deveriam ir a Vegas, deixando todas as maluquices de família para trás. Anahí fez que sim com a cabeça, o rosto se abrindo num lindo sorriso.
— Eu te amo, Alfonso Herrera. Você se casa comigo aqui?
— Eu caso com você em qualquer lugar.
— Quintal. — Anahí o cutucou, em seguida se aproximando e sussurrando no ouvido.
— Casa da árvore... onde demos nosso primeiro beijo, o quarto onde ficamos pela primeira vez... aqui, Alfonso. Quero me casar em casa. Com um grito, Alfonso a agarrou e girou, beijando seu rosto todo.
— Combinado.
— Ao casal feliz — anunciou Rodrigo enquanto Alfonso colocava Anahí no chão.
— Ao meu irmão e minha amiga. Estou muito feliz por vocês. — Seu olhar estava triste, o corpo, desgastado. Rodrigo não poderia durar muito com aquele estilo de vida que levava. Já parecia estar a um drinque do caixão.
— Saúde! — brindaram todos em uníssono.
— Ele precisa de uma mulher — murmurou Alfonso.
— Eu conheço a mulher perfeita. — Anahí o cutucou com o cotovelo. — Ela vai botá-lo de joelhos.
— Isso é uma aposta?
— Uma aposta não... Um desafio. — Anahí se virou e piscou.
— Eu assumo o desafio de que o seu irmão estará implorando pra ela se casar com ele quando nós estivermos nos casando.
— Mas e se você falhar? Anahí mordeu o lábio e piscou. — Acho que podemos definir os termos do desafio esta noite...
— Na casa.
— É. Alfonso pousou a champanhe dela e lhe apertou a bu*nda.
— Que tal agora?
— Na casa da árvore? — indagou Anahí, ofegante.
— Na casa da árvore.

Fim