Fanfic: A Aposta- Adaptada- Finalizada | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

— Por quê?
Por sua causa.
Porque eu te amo.
Porque ele é um babaca.
— Digamos apenas que tivemos uma briga. Eu não concordei com o rumo que ele deu à própria vida, e ele acha que eu sou muito tenso. Fim da história. — Alfonso estendeu a mão. Anahí a pegou. Ele a levou até a próxima jaula.
— Você sente falta dele? — perguntou Anahí.
— Sinto falta de quem ele era. Sinto falta de quem ele poderia ser. — Ele riu com amargura.
— Isso é muito ruim? Desejar que alguém seja diferente só porque você não concorda com a pessoa que esse alguém se tornou? Lágrimas encheram os olhos de Anahí.
— Não, eu não acho que isso seja terrível. Se faz você se sentir melhor, eu também sinto falta dele.
— Você mora em Seattle.
— Sinto falta de quem ele era. Além do mais, a primeira vez que falei com Rodrigo depois de anos foi semana passada. Alfonso não sabia se estava aliviado ou preocupado pelo fato de o irmão ter provado ser um mentiroso mais uma vez. Quer dizer que ele não tinha observado Anahí de perto, como contou a todo mundo? Interessante. Mas seu coração ainda tinha dificuldade para aceitar a ideia de que ela tinha algum sentimento de carinho por Rodrigo, seja pela versão antiga ou pela nova.
— Bem, vocês eram melhores amigos. Então eu entendo.
— Ele nunca segurou minha mão. — Anahí riu. — Não é ridículo? Nós nunca demos as mãos.
— O quê? — Alfonso virou o rosto bruscamente. — Mas vocês namoraram, e estavam juntos o tempo todo. Quero dizer... — Ele a cutucou de leve. — ... vocês deram as mãos na noite do skate, no sexto ano. Isso deve contar. Anahí riu e balançou a cabeça.
— Isso, vamos falar da noite do skate, porque aquilo não foi totalmente forçado! Juro que elas incentivaram! Tocar Savage Garden enquanto diz às meninas para escolherem um cara bonitinho. Provavelmente foi assim que as interesseiras de Rodrigo aprenderam a dar em cima dos homens.
— Noite do skate — disseram os dois ao mesmo tempo. — Não conta — comentou Anahí. — Como eu disse, foi forçado. Quero dizer, ele me beijou quando a gente namorou... Alfonso desejou que seu tremor não fosse muito evidente.
— Eu me lembro da única vez que tentei pegar na mão dele no ensino médio, quando estávamos namorando. Ele puxou a mão e balançou a cabeça. Mais tarde, me disse que não queria que parecesse que nós dois éramos muito exclusivos.
— Que babaca.
— É, acho que esse foi o começo do fim. — Anahí suspirou.
— Olha! O urso saiu!
— Droga, tá falando sério? — Alfonso a agarrou e a empurrou em direção à parede de tijolos do outro lado da jaula. A adrenalina corria pelo seu sangue.
— Hum... — Anahí sacudiu os braços tensionados dele.
— O que você está fazendo?
— Você disse... — A respiração de Poncho estava irregular de medo. — Você disse que o urso saiu.
Anahí mordeu o lábio e, em seguida, caiu na gargalhada. A cabeça se recostou no peito dele enquanto os ombros dela se sacudiam.
— Eu quis dizer que ele não estava dormindo atrás do pequeno esconderijo. Talvez eu devesse ter gritado que estava dando pra vê-lo. Aí você não teria um ataque do coração. — Anahí se inclinou para perto e deu um sorriso zombador.
— Bem, pelo menos eu sei que você ainda tem medo de ursos.