Fanfic: Love at first sight {Vondy}

DULCE

Sábado, 11 da manhã

Abri meus olhos lentamente ao ouvir minha mãe dizer ``Chegamos, querida.`` Sim nós morávamos em Los Angeles e agora estamos nos mudando para o Brasil pelo fato de minha mãe ter conhecido um namorado via internet e vir morar aqui com ele o que me deixou estressada; eu não queria ter saído da minha terra natal só por causa de um homem que minha mãe conheceu aliás ela nunca ligou muito pra mim e depois que meu pai faleceu pronto! As coisas pioraram de vez.

- Sério que chegamos? -eu perguntei bufando

- Sim, Dulce María! Você sabe muito bem que tem dezessete anos e por tanto ainda não é dona do seu próprio nariz. -ela apertou meu nariz sorrindo me fazendo ficar irritada.

- Ok mãe! Sem demonstrações de carinho falsas ok?

- Você não facilita mesmo viu. -ela tirou as bagagens de mão do maleiro acima e entrou na fila que se formava no corredor do avião; suspirei e me levantei também ficando atrás dela.

Me doía profundamente primeiro: meu pai não estava mais ali comigo segundo: eu não era de maior ainda e por isso tinha que seguir minha mãe pra onde quer que ela fosse até se ela fosse pro inferno eu teria de ir com ela; ah eu odeio a minha vida!

Descemos da aeronave chegando no aeroporto internacional do Rio de Janeiro e fomos pegar as malas, uns vinte minutos depois encontramos o tal namorado virtual da minha mãe, ela largou as malas e praticamente pulou no colo dele, beijando ele virei o rosto pra não vomitar de tão nojenta que aquela cena foi.

- Essa aqui é a minha bebê. -disse mamãe apertando minha bochecha direita.

Eu encarei o cara e ele era mais alto que minha mãe, magro, loiro, vestia uma camisa social azul clara e uma calça jeans ah e tinha bigode e os olhos castanhos; minha mãe havia me dito que ele tinha cinquenta anos sendo assim cinco anos mais velho que ela.

- Meu nome é Lúcio! Você é Dulce não é? -ele perguntou me encarando

- Já sei seu nome. Sim sou Dulce. -respondi fria

- Dulce ainda vai ser mais educada. -disse minha mãe

- Vai sim, Blanquita não se preocupe. -ele disse olhando pra mim o que me assustou- Agora vamos.

Fomos para o carro dele e eu entrei logo na parte de trás já que a porta estava aberta e me sentei lá esperando os dois guardarem as malas no porta-malas e depois entraram se sentando nos bancos da frente. O caminho foram rindo, entre beijinhos ai que nojo! A mini-tortura durou uns trinta minutos a partir de agora nossa casa será em Ipanema!

Descemos do carro e a casa ficava em um condomínio e que condomínio! Era enorme, todo coberto de grama verde e a casa? Haha! Era enorme e bonita! Dava para ver as outras casas da vizinhança que eram assim grandes como essa que eu vou morar; e o cara tinha dinheiro ô se tinha.

- Vamos entrar? -Lúcio perguntou

- Vamos, querido! -minha mãe entrelaçou o braço e os dois entraram na frente logo depois eu entrei.

A sala era grande, tinha um sofá, uma mesinha de centro no meio, uma televisão `grudada` a parede e um raque de madeira em baixo com um aparelho de DVD e de SOM em cima.
Fiz uma `tour` pela parte de baixo da casa que tinha cozinha, área de serviço, jardim, sala de jantar, banheiro e vale contar que todos esses cômodos eram grandes! Subi as escadas que ficavam na sala dando pra um corredor de quartos; tinham uns cinco quartos então eu supus: um pro casal 20, um pra mim e os outros três? Parece que o tal Lúcio leu meus pensamentos e se pronunciou:

- Entre esses três quartos, um deles é da minha filha Sofia. Ela é da mesma idade que você, Dulce. -ele sorriu- E aliás irão estudar na mesma escola!

- Hãn? Escola? Como assim? -ainda que fosse contra minha vontade tive de falar com aquele homem asqueroso.

- Tem que estudar, Dulce! -ele disse sorrindo debochado- Ou acha que vai passar o dia todo em casa? Sem fazer nada? -espera, quem ele pensava que era pra falar daquele jeito comigo?

- Ahan até prefiro do que passar o dia todo com você. Bem melhor eu estar na escola mesmo. -eu disse sorrindo

- Caso tenha esquecido, menina está em minha casa e eu não tolero que jovenzinhas rebeldes como você falem desse jeito comigo! O único que pode gritar aqui sou eu, entendido? Se seu pai não te educou direito eu vou te educar. -olhei para minha mãe que olhava com uma cara de `eu apoio ele em tudo o que ele diz`

Sem pensar duas vezes entrei em qualquer quarto daquele corredor e tranquei a porta deslizando por ela e me sentando no chão abraçada a minhas pernas enquanto sentia as primeiras lágrimas brotarem. Os nojentos nem bateram na porta, na certa estavam com fogo no rabo e foram logo para o quarto. As lágrimas corriam por toda minha face chegando aos meus joelhos; porquê tudo aquilo tinha que estar acontecendo comigo? Justo comigo? Quando meu pai era vivo ao menos ele se importava comigo minha mãe? Essa me odeia desde que eu era apenas um feto pelo motivo de que ela era uma modelo incrível e essa gravidêz indesejada estragou tudo, fez tentativas de aborto mas não conseguiu. Juro que não desejo esse castigo nem pra minha pior inimiga.

Ouvi batidas na porta me tirando de meus devaneios, sequei minhas lágrimas com as costas das mãos e me levantei.

- Oi? Quem tá aí? Esse ainda é meu quarto sabia? Eu tô cansada demais abre a porta? -voltou a bater na porta e aí que eu me liguei: esse era o quarto da tal Sofia filha do asqueroso ai meu Deus!
Virei a chave destrancando a porta e a abri me deparando com uma menina de cabelos longos e castanhos, olhos catanho claro e da mesma altura que eu.

- Oi? Quem é você? -ela perguntou

- Oi. Me desculpa eu sou a Dulce; me perdoa eu não sabia que aqui era seu quarto.

- Ah oi Dulce. -ela sorriu- Meu pai me avisou que você chegaria! Não, quanto ao quarto não se preocupe! Fique a vontade pode vir quando quiser; meu nome é Sofia mas pode me chamar de Sô, Soph se quiser. -ela sorri

- Obrigada. Pode me chamar de Dul se quiser.

- Ahan; seu rosto tá vermelho estava chorando?

- Hamm...

- Pode falar eu não vou falar nada.

- Estava, Soph.

- Por quê?

- Eu não queria estar aqui. Minha mãe não se importa comigo e eu não fui com a cara do seu pai me desculpe. -apesar de não conhecê-la nem a cinco minutos senti que podia confiar nela.

- Não se preocupe; também não gosto muito do meu pai ele é grosso e parece que não gosta muito de mim. Minha mãe? Ha! Me abandonou a cinco anos atrás e meu pai, bom pelo menos tá me criando né apesar de não ser o melhor pai do mundo e parecer que ele não gosta muito de mim é quem eu tenho. -sorri com isso

- Eu acho que não tenho ninguém. -eu disse

- Dul, agora tem a mim! Já que vamos morar juntas podemos ser uma fortalecendo a outra ok?
- Ok. -ela abriu os braços e eu a abracei- Hoje (sábado) vai ter uma festinha tipo, bem simples sabe?

- Aonde?

- Ah antes que eu esqueça. Aqui na vizinhança mora meu primo Alfonso que é tipo, quase irmão sabe? -assenti- Ele namora com a Any, que é prima da Maite, que tem rolo com o Christian que é melhor amigo do Ucker que é irmão do Leandro o menino que eu gosto entendeu?

- An? -fiz uma cara confusa e ela riu

- Tinha que ver sua cara. -ela riu mais- Ó: Alfonso, Poncho como gosta de ser chamado é meu primo quase irmão de 20 anos namora com a Anahí ela é prima da Maite e tem rolo com o Christian que é amigo do Poncho e do Ucker entendeu? E o irmão do Ucker é o Leandro o menino que eu gosto entendeu?

- Ahh entendi. -eu ri, primeira risada sincera desde que minha mãe disse que mudaríamos para o Brasil.

- E aí Dulce, já namorou?

- Hmm não! Ou sim só que durou três meses.

- Por quê?

- Porquê ele queria as coisas rápidas demais se é que me entende. -respondi

- Ahan. Entendi.

- Hmm e esse tal Leandro?

- O Leandro? Gosto dele desde os meus quinze anos mas nunca tive coragem de falar isso pra ele.

- Mas não são amigos?

- Justamente por isso. Somos amigos e eu não quero estragar isso.

- Ata.

- Mas o irmão dele, cê tem que ver o cara é gato demais sério!

- Se interessa por ele, Sofia? -ri

- Não, engraçadinha! Pelo irmão dele mesmo e aliás o Ucker é mais velho! Não quero me envolver com um cara mais velho. -revirei os olhos- Vamos sentar! -nos sentamos em sua cama e ficamos conversando o resto da tarde como amigas de infância e tínhamos nos conhecido a vinte minutos no máximo.

A noite...

Tomei um banho, vesti uma regata preta e uma calça jeans, calcei uma sapatilha de veludo preta e deixei as ondas vermelhas presas em uma trança simples de lado com uma presilha delicada de lacinho brilhante em cima.

- Vamos, Dulce? -Perguntou Sophia e deu duas batidinhas na porta do meu quarto

- Espera. -passei um gloss clarinho, deliniador preto, rímel e um blush suave.- Pronto!

Abri a porta e Sophia estava lá me esperando ela vestia um vestido soltinho de renda salmão que ia até a metade das coxas de alcinhas finas; seus cabelos soltos em ondinhas delicadas.

- Tá linda! -eu disse

- Cê tá mais agora vamos. -ela saiu me puxando pela mão e descemos as escadas dando de cara com o casal nojinho sentado no sofá assistindo tevê.

- Estamos indo! -Sophia disse- Boa noite.

- Boa noite! -os dois disseram juntos.

- Tchau. -eu disse

- Tchau. -eles responderam

Saímos e o condomínio pelo fato de estar de noite estava iluminado pelas luzes. Atravessamos o gramado e chegamos na casa do primo da Sofia; ela tocou a campainha e logo a porta foi aberta por uma menina de cabelos loiros meio ondulados e olhos azul-mar.

- Sofia, amorzinho!

- Any! -elas se abraçaram- Any essa aqui é a Dulce, é filha da namorada do meu pai minha irmãzinha!

- Oi Dul! Tudo bem? -ela sorriu simpática

- Oi Any, sim e com você?

- Também tô! Vem, vamos conhecer nossos amigos!

Entramos na casa e era assim grande que nem a do Lúcio, tinha um sofá de canto marrom e em uma parte estavam sentados dois meninos e uma menina e na outra dois meninos.

- Gente! -disse Any chamando a atenção de todos e eles a olharam- Essa é a Dulce, irmã da Sofia!

- Soph tem irmã desde quando? -perguntou um menino e Sofia se sentou ao seu lado- Ela é filha da namorada do meu pai, Leandro! Então é minha irmãzinha. -ela disse e beijou a bochecha do garoto.

- Ata. -ele sorriu e abraçou a Sofia.

- Dul, esse é o Poncho meu namorado, -Any disse apontado pro garoto que deu um aceno- Esse é o Chris, -o garoto deu um aceno também- Essa é a Mai. -a morena dos cabelos negros na altura do ombro também deu um aceno- Esse é o Leandro. -apontou pro garoto e ele também deu um aceno- E esse é o Ucker. -esse diferentemente dos demais não acenou apenas grudou os olhos nos meus e a partir daí eu não disse mais nada, eu apenas me concentrava naquele par de olhos castanhos grudados aos meus.

E aí? Continuo? :33