Fanfic: Love at First Touch - Vondy | Tema: Vondy

POV’s Dul

[Dulce] -GINECOLOGISTA? – falei alto e dei um pulo no banco do carro, que se não fosse pelo cinto, teria batido a cabeça no teto.

[Fernando] –Claro. Filha uma hora você vai ter que ir... Né? – meu pai disse rindo. Mais é um palhaço mesmo! Só sabe rir!

[Dulce] -Paizinho... Eu não posso simplesmente... Er... Deixar alguém enfiar a mão na minha... Minha... Vagina – disse a última parte rápida e baixo.

[Fernando] -Filha... Você precisa ir, para ele ver como anda sua menstruação, e sua vida sexual... – às vezes acho que meu pai não é meu pai, como ele fala essas coisas tão naturalmente?! Acho que fui adotada!

[Dulce] -Pai eu ainda sou virgem... – murmurei me afundando no banco do carro velho. Ele gargalhou e eu o olhei incrédula.

[Fernando] -Filha, não precisa mentir para mim... – ele olhou pra mim de soslaio e tornou a olhar para a estrada – Você tem a maior cara de safadinha.... – ele deu um tapinha no meu ombro. Eu mereço! Eu cara de safada? Me enterrei ainda mais no banco – Sério mesmo Dul? – ele perguntou segurando o riso. Eu apenas fiquei calada, até estava com vontade de rir. Meu pai é muito besta mesmo!

Meu pai sempre foi assim desse jeito sabe? Como eu não tenho mãe, é eu não tenho mãe, ele sempre conversou comigo sobre tudo. Ele sempre foi um pai compreensivo e doidinho, mas acho que isso já deu pra perceber certo?

Meu pai é vendedor, todo dias ele sai de manhã pra vender.  O que ele vende? Drogas! Mentira, ele vende balas no farol. Brincadeira, ele nem é vendedor. Ele tem uma lanchonete, e é nela que ele trabalha. Dessa vez é verdade! Bom agente mora numa casa bem humilde, nunca fomos ricos, mais também nunca me importei com isso. Meu pai doidinho sempre fez de tudo para me ver feliz e sempre trabalhou para me dar de tudo. Nunca fiz questão porque sabia que ele tinhas contas e mais coisas pra pagar. Mas hoje as coisas estão melhores, papai não tem dívidas e nem nada. Às vezes eu o ajudo na lanchonete e nas coisas.

[Fernando] -Filha? – meu pai estalou os dedos na minha frente.

[Dulce] -Oi? O que foi? – disse assustada e ele riu.

[Fernando] -Chegamos ao tocador de vaginas! – ele disse alegre e eu não aguentei, tive de gargalhar!

[Dulce] –Pai, prefiro o senhor calado. – dei uns tapinhas em suas costas e ele sorriu torto.

Entramos no enorme prédio, não sei para que. Disse a meu pai que não havia necessidade que ele pagasse um convênio tão caro pra mim. O lugar era chique, por dentro era todo branco. Como todos esses tipos de lugares.

[XxXx] -Boa tarde – disse a senhora simpática da recepção.

[Fernando] -Boa tarde – meu pai sorriu – nós viemos para uma consulta com o tocador de vagi-  Auuu – meu pai disse assim que eu lhe dei um cutucão. A moça da recepção tão ficou sem graça, quase eu ri – Quer dizer, com o Ginecologista – ele sorriu.

A moça nos entregou dois cartões, e passamos por um treco lá com o cartão. Subimos de elevador, odeio elevadores! Chegamos ao nosso andar, o 11°. Havia uma recepcio- perai... ela era uma recepcionista ou uma prostituta? Meu Deus! Chegamos perto eu até fiquei com um frio na barriga. Que seja mulher a minha ginecologista... Enquanto meu pai falava com ela, eu me sentei esperando. Quando meu pai chegou perto eu ia falar, mas ele falou antes.

[Fernando] -Não! Não é uma mulher. – bufei.

[Dulce] -Que maravilha... – zombei.

[Fernando] -Se ferrou! Hahaha! – sério mesmo? Acho que ele é meu irmão, não meu pai.

[Dulce] –Engraçadinho! – fiz uma careta.

[XxXx²] -Sr. Christopher? Agora a sua paciente é Dulce María Saviñón. – ela disse entrando na sala assim que uma moça saiu toda sorridente de sua sala. Não consegui ver essa pessoa pois a porta não estava totalmente aberta. Ai que nervoso! E meu pai só me zoava.

[XxXx³] –Senhorita Saviñón...? – ouvi uma voz rouca me chamar. Levantei minha cabeça, e meus olhos se direcionaram até duas lindas órbitas carameladas...

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 Continua...

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