Fanfics Brasil - 17 A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 17

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O café da manhã no dia seguinte foi insuportável. Anahí tentou permanecer fora do caminho dele, mas parecia que toda vez que ela se movia na casa ou se virava na cozinha Alfonso estava lá, sombrio e silencioso. A linguagem corporal dele deixava claro que, assim como ela, ele não apreciava nem um pouco aqueles encontros.


E ela não queria pensar nele na cozinha, muito menos encontrá-lo lá, não após a noite anterior. Ela tomara metade de um comprimido para dormir quando retornara ao quarto, mas não impedira as constantes repetições em sua mente do que havia acontecido... e o que não havia.


Ele evitava seus olhos, e ela, os dele, e juntos, conseguiram chegar até o carro sem trocarem nenhuma palavra.


Foi apenas quando estavam esperando o portão se abrir que Anahí se sentiu forçada a falar.


— Há dois guardas — disse ela.


— Isso mesmo. Há outro na entrada da praia. Ela se franziu quando o carro entrou na estrada.


— Mas por quê? Não tivemos nenhum problema... — Ela parou, com o sangue correndo gelado apesar do calor do sol da manhã que atravessava a janela. — Algo aconteceu, não é? Algo que você não está me contando.


Pela primeira vez naquela manhã, Alfonso realmente a olhou.


— Ucker e Dulce estão bem, se é isso o que a preocupa.


E Anahí soltou a respiração que ela não percebeu que estava segurando. Pelo menos com isso ela podia relaxar. Mas as palavras de Alfonso ainda tinham o peso de palavras não ditas.


— Há algo a mais, não é?


Ele assentiu, os olhos de volta para a estrada.


— Uma segunda ameaça foi recebida.


Se a notícia de que Ucker e Dulce estavam atualmente seguros foi um grande alívio, o conhecimento de que uma segunda ameaça havia sido feita foi um grande desapontamento. O risco não havia diminuído, e sim se agravado para todos eles. E, para ela, o desapontamento era ainda mais profundo; por agora, não havia chances de Alfonso desaparecer de sua vida tão cedo. Quanto tempo eles conseguiriam viver assim, andando um perto do outro, cheios de cautela, ressentidos com a existência um do outro enquanto, ao mesmo tempo, amaldiçoados com a atração que não podia dar em nada? E, como na noite passada, sendo torturados.


Ele podia tê-la possuído na cozinha na noite passada, ali mesmo sobre a bancada. Podia tê-la possuído ali, e ela não teria feito nada para impedi-lo. Ele estava com tanta raiva dela, e ainda assim, no meio daquela hostilidade, encontrara meios de fazê-la desejá-lo.


Era loucura, mas, de alguma forma, o homem transformava sua lógica em luxúria, deixava o instinto fundamental, e, o mais importante, transformava sua determinação em resistir a ele em desejo. Se não fosse por Alfonso ter encontrado senso no último minuto, qualquer coisa podia ter acontecido.


Ela teria permitido.


Ela o olhou, perturbada por um novo pensamento que se curvava em sua mente.


Quando você descobriu a respeito dessa nova ameaça?


— Isso importa?


Você achou que eu era algum invasor na noite passada, não achou?


Ele encolheu os ombros.


— Você devia estar dormindo.


Achei que você estivesse apenas checando se tudo estava bem. Eu o acusei de intrometer o nariz onde não era chamado.


— Não havia perigo. Por que não deixar assim?


Mas ela não podia deixar. Ela presumira que ele a estava vigiando. Na verdade, durante todo o tempo, ela se recusara a levar a sério o papel dele como seu protetor... afinal, a ameaça devia ser um trote, não devia?


E se tivesse sido um invasor? Ela estremeceu. Alfonso tinha assustado-a, e ela não tinha dúvidas de que ele podia fazer o mesmo ou pior com qualquer invasor. Apenas um olhar para aquele peito musculoso e qualquer um sairia correndo dali.


Na verdade, uma garota podia estar muito pior do que ter alguém como Alfonso tomando conta de si. Uma onda de calor percorreu sua coluna, enviando formigamento para os dedos.


— Eu estava errada — disse ela. — Desculpe-me.


— Esqueça — disse ele.


— Não, é sério. Fui péssima com você desde que concordou em vir para cá.


— Anahí — disse ele, desviando dessa vez seus olhos da estrada tempo suficiente para olhá-la -, eu disse a Ucker que tomaria conta de você, e vou. Estava apenas fazendo meu trabalho.


Ele viu a hesitação nos olhos dela antes de Anahí voltar a se recostar no banco e desviar o olhar, e Alfonso quase se arrependeu de ter se colocado de forma tão direta. Mas era verdade. Por enquanto, ela era sua responsabilidade. Ele não queria que ela se sentisse grata ou se desculpasse por seu comportamento. Não queria mais nenhuma razão para ressenti-la.


Ele queria que ela agisse de acordo com o que esperava dela; a provocadora que nunca amadurecera. Não queria que ela se desculpasse por se comportar mal, e certamente não queria nenhuma razão para gostar dela.


Era melhor desse jeito.


Era quase impossível viver com Alfonso após tudo o que havia acontecido. Dias após dias se passaram até que Anahí sentira que iria enlouquecer. Todas as noites ela tomava o comprimido para dormir. Anahí conseguia dormir, mas seu sono era tão pesado que todas as manhãs ela acordava grogue e exaurida, de um jeito nem um pouco próximo de alguém pronto para encarar o novo dia. Não quando Alfonso parecia ocupar a maior parte do dia, drenando sua paciência e o que restava de sua energia.


E quando ele não estava levando-a para o trabalho ou para casa, ele já estava ali, observando-a em segundo plano. Enlouquecendo-a.


Mesmo quando ele estava diante de seu laptop trabalhando, ainda assim, ela percebia que Alfonso a observava, ou o encontrava pairando por perto de seu ombro quando ela se afastava de seu campo de visão.


Ela tentou se focar na organização da obra ainda inacabada, batalhando para manter o otimismo de Xavier no meio-tempo, mas a sombra de Alfonso se estendia sobre tudo o que fazia.


E, enquanto a tensão ainda estava ali entre eles, assim como a sensação de sentidos aguçados que sentia toda as vezes em que ele estava próximo, o breve vislumbre de calorosidade que sentira ter por Alfonso como seu protetor havia ido embora, havia se dissipado no frio conhecimento de que ele apenas estava fazendo um trabalho. Não devia ter lhe importado, não quando ela não o desejava em nenhum lugar perto. Mas, de algum jeito, em um nível que ela não entendia direito, e queria explorar menos ainda, importava.


Quando o telefonema chegou para lhe avisar que a remessa de jóias havia chegado, e ela lhes dissera que logo estaria lá para checá-las antes de serem entregues aos seguranças, ela sabia que, mesmo antes de Alfonso dizer qualquer palavra, que ele a levaria. Mas, naquele dia, o jeito controlador dele não a incomodava. Mesmo a sinistra presença dele não podia desalentar o alívio que sentia pela chegada das peças.


Abrir as caixas e revelar as jóias era como encontrar velhos amigos; fazia muito tempo desde que as empacotara. Contra o acolchoado de veludo preto a prata brilhava, a concha de paua entrelaçava-se entre o arame com diversas tonalidades de azul e verde, que constantemente mudavam de cor.


— São designs seus? — Alfonso perguntou por cima de seus ombros, e ela olhou para cima, surpresa por encontrá-lo tão perto, o mais próximo que ele estivera desde aquela noite na cozinha. A proximidade e o cheiro momentaneamente causaram um curto-circuito em seu cérebro, deixando as palavras impossíveis de serem ditas, mas ele não pareceu notar, em vez disso, pegou um pingente esculpido a partir da concha da paua e lançada em um fio de prata, na qual foi embalada uma única e magnífica pérola do pacífico. Era uma de suas peças preferidas, unindo a clássica elegância da pérola com a vibrante beleza da paua.


— É lindo — disse ele, com algo parecido com confusão nublando seus olhos, e seu coração se inchou.


Ela tinha orgulho de seu trabalho, e mesmo a intrigante nota de surpresa na voz dele não podia diminuir o prazer que sentia quando alguém reconhecia a beleza de sua peça. Nada era mais emocionante do que revelar a maravilha natural da concha de paua, fazendo algo impressionante e único como o melhor que os mares do sul tinham a oferecer.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Ela sorriu para si mesma quando tirou a peça das mãos dele e a recolocou na caixa, feliz por saber que a carga chegara segura e completa. Talvez não devesse lhe importar, mas ter Alfonso reconhecendo a beleza de seu trabalho lhe causou um secreto prazer. Exatamente o prazer que a ainda curta lista de convidados não lhe dava. De volta ao escrit&o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • daninha_ponny Postado em 02/08/2014 - 20:57:43

    AMEI AMEI AMEI LINDA A WEB AMEI QUE FOFO OS DOIS NO FINAL BJS A TÉ A PROXIMA

  • franmarmentini Postado em 02/08/2014 - 07:35:22

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* VOU SENTIR FALTA DE LER ELA TODOS OS DIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)

  • Angel_rebelde Postado em 02/08/2014 - 02:41:43

    Ameeeei *-----* Pensei que a Annie tiinha feito algo de ruim mas na vdd foi o peso da responsabilidade que Poncho teve de assumir que o entristeceu e ele a culpou para as coisas pararem de piorar mais do que já estavam. Ele pedindo desculpas a ela e querendo uma chance de recomeçar fooooi a coisaaaaaa maaais lindaaaaaaaa do mundoooooooooooo <333 Ae finalmente puderam se entregar um ao outro sem culpa e com o coração tranquilo. Dulce adivinhando o romance dos 2 só de notar o carinho entre eles fooi supeer divertido. EspertinhaEssaDul =D Muuiitooo booaaa mesmo essa fic. Parabéns.

  • edlacamila Postado em 02/08/2014 - 00:39:23

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaawns q pft o fim *-*

  • layaneponny Postado em 01/08/2014 - 18:54:38

    GENTE :O Oque a Any fez com o pai dele?! Mds, Posta mais pfv Jessica!

  • franmarmentini Postado em 01/08/2014 - 07:22:44

    não to entendendo nada...

  • daninha_ponny Postado em 01/08/2014 - 02:11:26

    affz tinha que ser o poncho o estragador de momentos affz....será que o pai dele soube da confusão de treze anos atras que o poncho '' quase tirou a virgindade da any ai ele ficou mal ou ñ ...aiii posta mais

  • Angel_rebelde Postado em 01/08/2014 - 00:15:37

    Quando finalmente acontece eles sempre dão um jeito de estragar tudo :@@ Só não entendi pq a culpa do pai do Poncho estar morrendo é da Annie O.o Ela tentou matar o véio ? kkkkkkkkkk. Continuuuaaaaaaaaa

  • edlacamila Postado em 01/08/2014 - 00:12:49

    Ahhhhh mds ALFONSOOOOOO :@@@@@@@@@@ postaaaaaaa <3

  • layaneponny Postado em 31/07/2014 - 13:29:41

    MAS GENTE :O HAURHUAHE Só por que amanha é dia Ponny, em todas as fics Ponny ta tendo Hot?! HAURHU Awns, quanto.. Amor?! hauehuaheu So quero ver como vao ficar agora! Posta mais!


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