Fanfics Brasil - 18 A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 18

795 visualizações Denunciar


Ela sorriu para si mesma quando tirou a peça das mãos dele e a recolocou na caixa, feliz por saber que a carga chegara segura e completa. Talvez não devesse lhe importar, mas ter Alfonso reconhecendo a beleza de seu trabalho lhe causou um secreto prazer.


Exatamente o prazer que a ainda curta lista de convidados não lhe dava.


De volta ao escritório, a excitação pela chegada das jóias logo se evaporou. Faltavam apenas dois dias para a inauguração, e enquanto a galeria estava fazendo progresso, a lista de convidados tinha empacado. Por mais que suas jóias fossem maravilhosas, sem a presença de uma celebridade, não haveria cobertura da impressa. Sem a cobertura da impressa, eles não tinham o que fazer.


Xavier merecia mais do que isso. Ele investira tudo naquela nova aventura, sua fé no design acima de tudo. E, mesmo assim, a inauguração parecia vacilar sem os designs terem nada a ver com isso. Não era certo. E, com certeza, não era justo.


Ela desligou o telefone mais uma vez, sentindo sua esperança ir embora rapidamente. Naquele dia, pela primeira vez, ela lançara a carta da princesa, algo que prometera a si mesma nunca fazer. Afinal, aquela inauguração não era a respeito de ela ser uma princesa, era a respeito do design de jóias.


Ela queria ter sucesso por seu talento, não por sua repentina ligação real.


Mas a mulher do outro lado da linha não ficara convencida, como se suspeitasse de que aquela era a última tentativa de uma mulher desesperada que tinha sido rejeitada muitas vezes, o que era, mesmo sendo verdade o que ela dissera. Por apenas um momento, enquanto Anahí recolocava o telefone no gancho, ela pensou em ligar novamente e dizer à mulher que podia provar, exceto que não tinha razão para fazer isso; a mulher lhe dissera que Duke estava no exterior e que ele não podia ser contatado. Que esperança eles tinham agora?


Mais tarde naquele dia, ela se sentou na areia da praia, em frente a casa, flexionando os pés diante de si e absorvendo os últimos raios solares da tarde enquanto o segurança mantinha-se discreto a distância. Alfonso havia levado-a para casa e imediatamente se trancara no cômodo que usava como escritório para terminar algum trabalho. E, em vez de ela colocar uma roupa mais casual como geralmente fazia durante as noites, ela optara por um mergulho. Ainda estava quente, o sol demoraria para se por, apesar de os raios já estarem se avermelhando no céu, e ela pensara que talvez a praia tranquilizaria sua alma.


E Anahí estava fazendo exatamente isso. O movimento das ondas na praia, o barulho das aves marinhas e o sussurro das folhas eram como um tranquilizante para ela. Após um dia quando seus espíritos haviam voado alto pela entrega da coleção, e depois sentido a frustração novamente com a notícia de que Duke estava fora do país e que suas tentativas de contatá-lo tinham sido inúteis, ela precisava daquilo mais que nunca.


Era tão lindo ali. Um tipo de beleza diferente de Montvelatte, onde o ar salgado seco e os verões quentes davam luz a arbustos e ervas com minúsculas flores perfumadas. Ali, o ar tropical gerava uma vegetação exuberante e abundante, com flores brilhantes e grandes. Mais perto de como Auckland tinha sido, aquela cidade no extremo norte da Nova Zelândia. E todas elas com um tipo particular de beleza. O calor do sol a atingiu em um dos ombros, mesmo já tendo passado o período perigoso do dia. Anahí procurava o protetor solar quando lhe foi tirado de seu alcance. Ela deu um pulo, imediatamente presumindo que devia ser o guarda, apenas para ver Alfonso cair sobre os joelhos atrás de si.


— Escutei que você estava aqui fora — disse ele. Ela escutou a loção sendo despejada do recipiente, sem ficar surpresa de que os guardas haviam informado a ele sobre seus movimentos do lado de fora da casa, mas com pouca certeza do motivo de ele ter se juntado a ela. Então, a loção encontrou sua pele e ela arfou, e não apenas por causa do impacto do creme frio.


— Você estava ocupado — disse ela, tentando soar normal. — Pensei em aproveitar a praia antes de escurecer.


Ele estava espalhando a loção nas costas dela, e fazendo com as mãos amplos movimentos pelas costas, ombros e braços, e ela ia dizer que provavelmente era desnecessário, que provavelmente ela havia sido cuidadosa demais em buscar pela loção, dado a hora do dia, mas ela não falou.


Não quando o primeiro pânico ao sentir o toque dele se transformou em relaxamento. E certamente não quando as mãos dele transformaram a tensão em seus músculos em um tipo completamente de tensão. Os dedos polegares de Alfonso faziam círculos em seus pontos de pressão.


— Você está tão tensa.


Ela riu ironicamente.


— Diga algo que eu não sei.


— Mas o carregamento chegou, e a galeria está bonita. Achei que estaria satisfeita como tudo está se encaminhando para a inauguração.


Ela balançou a cabeça.


— Talvez não exista motivo em ter um lançamento se não conseguirmos trazer uma grande celebridade à inauguração. Nesse momento, isso não parece provável. Precisamos de alguém do calibre de Duke Kame aloha. Sem ele, toda a noite será um fracasso.


Os dedos dele pararam.


— Então por que você simplesmente não liga e o convida?


— Eu liguei. Todos os dias, provavelmente uma dúzia de vezes. E todas as vezes eles me disseram que ele retornaria. Até hoje, quando descobri que ele está fora do país. Provavelmente não temos chance de qualquer jeito. Nesse momento, parece ser melhor cancelarmos todo o evento em vez de encarar a humilhação de ninguém aparecer.


Ele voltou a mexer os dedos, fazendo algum tipo de magia nos ombros dela.


— E se esse tal de Duke aparecer, faria tanta diferença assim?


— Aparentemente ele é o figurão de Honolulu. Se ele aparece em algum lugar, é como receber o selo de aprovação. Não posso nem ter uma cobertura televisiva sem uma pessoa famosa como ele. É loucura. Nós temos um ótimo produto e um ótimo conceito, e eu sei que podíamos nos dar bem se ao menos... — Ela ergueu um punhado de areia nas mãos, depois fechou-a e observou enquanto a areia escorria lentamente, vendo o sucesso do lançamento ir embora junto.


— Certamente qualquer um estaria louco em negar um convite para conhecer uma princesa de verdade.


— Não gosto de mencionar isso.


Mais uma vez, os dedos dele pararam de se mexer antes de voltar ao trabalho.


— Não queria anunciar isso devido às medidas de segurança?


— Um pouco, talvez, apesar de detalhes suficientes terem sido divulgados na imprensa para qualquer um fazer a conexão. Apenas não achei que fosse relevante.


— Não achou que fosse relevante? Você está convidando uma pessoa para um evento grande como esse e não mencionou o fato de ser uma princesa?


Ela endureceu, encontrando uma certa crítica nas palavras dele.


— Esse lançamento não é a respeito de Anahí Portilla, a princesa. É a respeito de Anahí Portilla, uma designer de jóias. A coleção deveria falar por si só.


— Mas se ninguém vier, a coleção pode falar o quanto quiser, pode até gritar, mas quem vai ouvir? Talvez seja hora de dizer-lhe isso.


Era tarde demais para conselhos, mesmo se ela quisesse escutar. Ela encolheu os ombros.


— Se faz você se sentir melhor, eu disse. Liguei para o escritório dele novamente hoje.


-E?


— Eles não acreditaram em mim. — Ela pegou outro punhado de areia. — Fim de jogo.


Alfonso fechou o frasco do óleo e se sentou ao lado dela.


— Não acredito que não tenha dito isso a eles antes. Teria facilitado seu trabalho.


Anahí sentiu falta das mãos dele deslizando por suas costas. Mas não sentia falta da crítica nas palavras dele.


— Já lhe disse. Isso não tem nada a ver com ser uma princesa. Ser designer de jóias é o meu trabalho. É parte do que eu sou.


— Mas agora você também é uma princesa. Você não tem responsabilidades... com Montvelatte e com seu povo?


— Sim, e essas responsabilidades não envolvem usar minha posição para ganho pessoal. Ou você está esquecendo o regime anterior e o que o fez cair?


— Quem está falando em ganho pessoal? Você é uma princesa; o que há de errado em admitir isso para um pouco de publicidade positiva? Você também está promovendo Montvelatte ao mesmo tempo que seu lançamento. E se isso faz a diferença entre o sucesso ou o fracasso de sua nova aventura...


Ele deixou a frase incompleta, e ela era mais do que capaz de terminá-la. Certo, então, talvez, ele estivesse certo. Não determinara por si só quando decidira fazer exatamente isso? Mas ela certamente não precisava escutar isso dele. Já se sentia um fracasso. Não precisava ser lembrada do quão fracassada ela era.


Ela decepcionara Xavier por não ter permitido que mencionassem seu status real na imprensa, e ao fazer isso, ela prejudicara os negócios. E além disso, agora sentia como se tivesse decepcionado Montvelatte e o povo. Qualquer um pensaria que ela se envergonhava de ser uma princesa!


Abruptamente, ela se levantou, esfregando a areia de suas pernas. Ela já tinha o suficiente de loção em seus ombros para um verão cheio de sol, e estava prestes a lavar tudo aquilo.


— Acho que vou dar um mergulho agora, antes que fique muito tarde.


Estava quase escurecendo, o sol poente salpicando luz vermelha contra as camadas do céu e arremessando fitas de vermelho prateado pelo mar, mas era a melhor desculpa que conseguiu inventar a curto prazo.


Ela caminhou em direção à água, hesitando um pouco, enquanto suas pernas eram abraçadas pelas águas geladas do Oceano Pacífico antes de entrar mais.


A água refrescante e salgada encontrou sua pele aquecida pelo sol, instantaneamente revitalizando músculos cansados e nervos esgotados. Anahí precisava daquilo. Ela continuou, passos firmes e lentos que a levaram para longe do homem que a desestabilizava como nenhum outro.


Embaixo dela, pequenos peixes se lançavam de um lado e de outro, engolidos pela maré antes de surgirem mais à frente. Ela sabia como eles se sentiam; serem jogados de um lado para o outro, sem importar o quanto de esforço fizessem para se mover em uma direção. Quando aquele medo acabaria? Quando Alfonso finalmente poderia ir embora para que ela pudesse voltar a ter uma vida normal? Porque a normalidade não era possível com Alfonso por perto.


Tudo estava sobrecarregado: suas emoções, seus instintos, inclusive a consciência que tinha de seu próprio corpo. Até a simples ação de ter loção espalhada por suas costas tinha enviado alarmes a sua mente, mesmo com outras partes de seu corpo estando ocupadas com preocupações. Não fazia sentido. Ela não queria estar tão consciente de seu próprio corpo, não se fosse mexer tanto com sua cabeça.


Peixes nadaram em direção a uma grande pedra no chão do oceano e depois saíram apressados quando pernas brotaram na pedra e ela se levantou junto a uma nuvem de areia, direcionando-se diretamente para ela. Não era um tubarão... seu cérebro em pânico registrara pelo menos essa informação... mas, ainda assim, o medo se agarrou em seu coração à ameaça desconhecida. Ela se virou, trabalhando para se afastar da criatura que roçava em suas pernas, pesada e sólida, o corpo era uma enorme sombra preta debaixo da água, fazendo-a gritar. Algo segurou seu corpo por trás, e o instinto lhe disse que devia ser Alfonso. Nunca antes tinha ficado tão feliz por saber que ele a tinha seguido. Ela permitiu ser puxada, seus braços presos ao redor do pescoço dele, o coração acelerado.


— Tudo bem — disse ele. — Está segura agora.


E, apesar de ela já se sentir segura por saber que ele estava ali, sabia que eles não estavam.


— Tem algo na água — gritou ela, desesperada para que ele entendesse. — Tocou em mim!


A mão dele estava acariciando suas costas, como se estivesse acalmando uma criança que tivera um pesadelo.


— Tudo bem — repetiu ele. — Você apenas se assustou. Não machucaria você. É apenas uma tartaruga.


Ela soltou lentamente a cabeça do santuário que encontrara na curva do pescoço dele.


— Uma tartaruga?


— Elas vêm para a costa durante as tardes, geralmente um pouco mais para o fundo. Você teve a sorte de encontrar uma subindo para tomar ar. — Ele se endireitou e soltou uma das mãos para apontar em direção à água. — Olhe, ali está.


Ela olhou para onde ele estava apontando e viu a antiga cabeça da criatura saliente na água, a larga concha cobrindo o resto do corpo, antes de submergir novamente para dentro da água.


— Ah, meu Deus, eu achei que fosse... achei... — Ela se sentia como uma idiota. Apenas uma tartaruga. Grande, mas apenas uma tartaruga.


E então, ela percebeu onde estava e o modo como ainda se segurava a Alfonso, e se sentiu ainda mais idiota.


— Acho que você pode me soltar agora, nesse caso — disse ela, tentando soltar os braços do pescoço dele o mais casualmente possível.


-Acho que posso — respondeu ele, sem fazer nenhum movimento para isso. A água deslizava ao redor dele, fria e fresca no ar quente, ar que parecia ficar mais quente, apesar da partida do sol.


Ela o olhou curiosamente. Gotas de água na ponta do cabelo dele, os cílios negros pesados e grossos.


E o olhar no rosto dele.


Ela estremeceu nos braços dele, repentinamente ciente de todos os lugares que os corpos deles se encontravam, todos os lugares onde pele nua encontrava pele molhada, e todos os lugares que querem se encontrar.


E, repentinamente, ela não se sentiu mais tão segura.


— Alfonso?


Ele a olhou, e, nos olhos dele, ela viu a confusão e a contrariedade, o desejo e o tormento.


E então, ele piscou e olhou ao redor como se repentinamente ficasse consciente do que os cercava.


— Está ficando tarde — disse ele. — Devíamos ir.


Ele não compreendia. Viera ao Havaí encarregado de protegê-la, e cobiçando por vingança na primeira oportunidade que tivesse. Ainda assim, ali estava ele, apenas duas curtas semanas mais tarde, sem ter certeza do que queria.


De sua varanda, Alfonso encarou o oceano banhado pela lua, sua vista emoldurada por palmeiras que oscilavam com a brisa, e que carregavam milhares de fragrâncias que o faziam pensar em mulher. Uma mulher em particular.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): jessica_ponny_steerey

Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Naqueles últimos dias, contrariando tudo o que esperara, ele se encontrara sentindo um crescente respeito pela mulher que ele desejara que falhasse. A ética de trabalhado indefectível dela. A habilidade dela era impressionante; os designs o tinham pegado completamente de surpresa. Ele deveria ser bom em pesquisa... e, mesmo assim, ele não fizera n ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • daninha_ponny Postado em 02/08/2014 - 20:57:43

    AMEI AMEI AMEI LINDA A WEB AMEI QUE FOFO OS DOIS NO FINAL BJS A TÉ A PROXIMA

  • franmarmentini Postado em 02/08/2014 - 07:35:22

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* VOU SENTIR FALTA DE LER ELA TODOS OS DIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)

  • Angel_rebelde Postado em 02/08/2014 - 02:41:43

    Ameeeei *-----* Pensei que a Annie tiinha feito algo de ruim mas na vdd foi o peso da responsabilidade que Poncho teve de assumir que o entristeceu e ele a culpou para as coisas pararem de piorar mais do que já estavam. Ele pedindo desculpas a ela e querendo uma chance de recomeçar fooooi a coisaaaaaa maaais lindaaaaaaaa do mundoooooooooooo <333 Ae finalmente puderam se entregar um ao outro sem culpa e com o coração tranquilo. Dulce adivinhando o romance dos 2 só de notar o carinho entre eles fooi supeer divertido. EspertinhaEssaDul =D Muuiitooo booaaa mesmo essa fic. Parabéns.

  • edlacamila Postado em 02/08/2014 - 00:39:23

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaawns q pft o fim *-*

  • layaneponny Postado em 01/08/2014 - 18:54:38

    GENTE :O Oque a Any fez com o pai dele?! Mds, Posta mais pfv Jessica!

  • franmarmentini Postado em 01/08/2014 - 07:22:44

    não to entendendo nada...

  • daninha_ponny Postado em 01/08/2014 - 02:11:26

    affz tinha que ser o poncho o estragador de momentos affz....será que o pai dele soube da confusão de treze anos atras que o poncho '' quase tirou a virgindade da any ai ele ficou mal ou ñ ...aiii posta mais

  • Angel_rebelde Postado em 01/08/2014 - 00:15:37

    Quando finalmente acontece eles sempre dão um jeito de estragar tudo :@@ Só não entendi pq a culpa do pai do Poncho estar morrendo é da Annie O.o Ela tentou matar o véio ? kkkkkkkkkk. Continuuuaaaaaaaaa

  • edlacamila Postado em 01/08/2014 - 00:12:49

    Ahhhhh mds ALFONSOOOOOO :@@@@@@@@@@ postaaaaaaa <3

  • layaneponny Postado em 31/07/2014 - 13:29:41

    MAS GENTE :O HAURHUAHE Só por que amanha é dia Ponny, em todas as fics Ponny ta tendo Hot?! HAURHU Awns, quanto.. Amor?! hauehuaheu So quero ver como vao ficar agora! Posta mais!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais