Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
Sua mãe o apressou para dentro do quarto do hospital, o rosto caloroso estava excepcionalmente rígido, o cabelo, mais grisalho do que ele se lembrava. Mas, uma vez dentro do quarto, foi a cama no centro do cômodo que chamou sua atenção, a cama cercada por equipamentos e luzes piscantes, a cama que continha a sombra do que um dia foi seu pai.
— Pai — disse ele, tomando uma das mãos retorcidas nas suas, com cuidado para não mexer na agulha presa à pele. — Sou eu, Yannis.
As pálpebras de seu pai se abriram, uma mais relutante do que a outra.
— Alfonso — grasnou ele através de uma debilitada boca — meu filho.
Ele apertou a mão do pai, chocado de como ele parecia magro e fraco. Ele estava preparado para isso, Alfonso pensara, mas realmente ver seu pai deitado ali tão frágil e doente, escutar a respiração forçada, era quase demais para ele suportar.
— Pai.
— Sua mãe sentiu sua farta — disse ele, a voz era um pouco mais do que um sussurro, mas a acusação estava lá, e a culpa o atravessou.
Ele lançou um olhar de desculpas para a mãe.
— Estive ocupado. — Ela sorriu em retorno, e ele deu boas-vindas ao breve retorno das covinhas das bochechas dela. Sentira falta daquele sorriso. Ele devia ter feito o esforço de vir antes.
— Você ainda vai se matar de tanto trabalhar — seu pai continuou. — E por quê? Para quê?
Alfonso fechou os olhos. Para recuperar a fortuna que perdera. Para compensar sua família por ter perdido tudo. Em vez disso, ele disse suavemente.
— Você sabe por que — e seu pai franziu o cenho e fechou os olhos, e teria havido silêncio no quarto se não fosse por todos os aparelhos aos quais seu pai estava conectado.
E quando ele pensou que seu pai tinha pegado no sono, ele suspirou e abriu novamente os olhos, e Alfonso podia jurar que eles continham lágrimas.
— Você tem sido um bom filho. — E foi a vez de Alfonso de balançar a cabeça e tentar puxar a mão, mas, repentinamente, dedos ossudos se apertaram ao redor dos seus enquanto seu pai encontrava uma fonte de força e se recusava a soltá-lo.
— Um bom filho — insistiu ele, antes de sua força acabar e ele relaxar a mão. — Dessa vez, porém, Alfonso não tentou tirar a mão. Seu pai respirou profundamente. — Você sabe o que aprendi, deitado aqui? — perguntou ele através da boca retorcida, e Alfonso franziu o cenho.
— Conte-me.
— Que fortunas vêm e vão, e no final elas não significam nada. E que a vida é curta, mas significa tudo. Você me entende?
Alfonso engoliu um inchaço em sua garganta que se recusava a se mover, e, ao mesmo tempo, encarou uma enxurrada de emoções que ele sempre pensou estarem sob controle.
— Não sei.
E seu pai suspirou novamente, um olhar de tristeza sobressaindo suas feições magras.
— Há muito tempo, eu cometi um erro... — Ele pausou e respirou mais um pouco. — Um erro que você vem pagando o preço desde então.
— O erro foi meu — insistiu Alfonso. — Foram minhas ações que o fizeram perder uma fortuna.
— E foi o seu trabalho que a trouxe de volta para mim. Mas olhe ao redor desse quarto. Que bem faz uma fortuna quando você está encarando a morte?
— Pai, não diga isso.
— Por que não, quando é verdade? Mas, obrigado, meu filho. Você fez mais do que um filho deveria fazer. Mas você pagou pelos pecados de seu pai tempo o suficiente. Agora, é hora de você viver. E dar a sua mãe os netos que ela tanto quer.
Ele olhou para a mãe, os lábios dela estavam pressionados enquanto batalhava para conter a enchente de lágrimas.
— Você nunca disse.
Ela encolheu os ombros e tentou abrir um sorriso.
— Você estava ocupado demais.
E ele se xingou novamente. Ele sempre estivera muito ocupado. Sempre muito ocupado trabalhando. Pensara que era isso que precisava fazer. Pagar penitência por seus erros do passado.
Essa necessidade o havia guiado. Essa obsessão pelo trabalho e por ter que fazer milhões. Isso havia se tornado a razão de sua existência.
— Perdoe-me — sussurrou seu pai, com uma voz frágil demais para ser real. — Por favor, perdoe-me.
E as lágrimas que estiveram comichando os olhos de Alfonso finalmente encontraram liberdade.
O telefonema aconteceu três dias após a partida de Alfonso. Anahí estava rodando no vazio. A progressiva cobertura da impressa sobre o lançamento e o claro sucesso da galeria eram as únicas coisas que a faziam continuar. Se Xavier não a tivesse forçado a comer sanduíches na hora do almoço, ela não se incomodaria em comer.
— Não temos notícias suas há um tempo — disse seu irmão.
— Estive ocupada — replicou ela, tirando os sapatos após outra noite de trabalho. E esteve. Pedidos estavam se acumulando; o número de comissões que receberam eram incríveis. E tudo isso por causa do bem-sucedido lançamento que nunca teria acontecido sem Alfonso.
Ela sentiu um golpe de dor sob o entorpecimento ao qual se entregara, e mudou seus pensamentos de direção. Era melhor quando não pensava a respeito de Alfonso. Era mais fácil quando ela não sentia nada.
Em vez disso, ela tentou se concentrar no que seu irmão e sua cunhada estavam lhe dizendo, tentou ficar compatível ao entusiasmo na voz deles.
As coisas estavam bem em Montvelatte. A ameaça à segurança da família real havia sido resolvida, e mais uma vez, sua cunhada podia se concentrar nas coisas importantes da vida... o novo marido e os bebês.
Anahí sorriu no telefone. Eles estavam tão apaixonados. Pelo menos ela estava grata por isso. E, finalmente, quando eles estavam prestes a dar boa noite, Ucker pegou o telefone e perguntou:
— Ah, você tem notícias de Alfonso?
E ela precisou admitir que não tinha. Ele não fizera nenhum esforço para contatá-la desde que partira. Mas novamente, ela não estava esperando isso.
— O pai dele morreu ontem — contou ele, e seu coração se apertou tão forte no peito que ela precisou sentar. Ele a acusara de ter alguma relação com a doença do pai dele... não, ele a acusara de ter algo a ver com a doença do pai. Isso significava que ele a culpava pela morte do pai? Mas como? O que ela fizera?
— Eu perguntei se ele queria retornar a Montvelatte por um tempo — continuou Ucker -, mas Alfonso disse que sua mãe precisava que ele ficasse lá. Talvez ele a traga, quando ela estiver um pouco melhor.
— Claro — disse ela, as palavras de Ucker caindo sobre ela, insignificantes no campo minado que era sua mente. E então, porque talvez ela nunca soubesse, perguntou: — Ucker?
— Sim?
— O que causou a morte do pai de Alfonso?
— Foi um derrame. Ele tinha histórico, começando 10 anos trás.
Ela esfregou a testa com uma das mãos. Não fazia sentido. Como Alfonso podia responsabilizá-la por algo desse tipo?
— O que os provocou?
— Problemas financeiros, aparentemente. A família perdeu uma fortuna. O pai dele tinha grandes planos de unir forças com a família Santo. Eles intermediariam um acordo que transformaria a família Herrera em uma das mais importantes dinastias do mundo da marinha mercante.
— E deu errado?
— Horrivelmente errado. Parte do acordo, aparentemente, era que Alfonso se casaria com Elena de Santo. Foi tudo arranjado.
— Ele ia se casar? Eu não sabia.
— Poucas pessoas sabiam. Era para ter sido anunciado no 21º aniversário dele. Essa era a intenção, de qualquer jeito.
Um gelo correu por suas veias. O 21º aniversário. Treze anos atrás. Na mesma época... Por favor, Deus, não.
Não podia ser. Ela sussurrou no telefone:
— O que aconteceu?
— Aparentemente, comentou-se que Alfonso tinha um caso... uma mulher foi vista deixando o quarto dele na noite antes do noivado. O noivado nunca foi anunciado, e o acordo foi desfeito. No meio-tempo, o pai de Alfonso tinha apostado tudo naquele acordo. Ele já tinha cortado o contato com o antigo sócio e estava dependendo daquele casamento. Quase destruiu a família financeiramente. Alfonso vem trabalhando desde então, tentando compensar.
Ela forçou as palavras a saírem através de lábios trêmulos.
— Quem era a mulher?
— Ele nunca disse.
Ele não precisava. Alguém a tinha visto deixar o quarto dele. Seus olhos estiveram cheios demais de lágrimas para ela ver algo com clareza. Ela cambaleara de volta para o quarto, as mãos na frente do rosto, com o coração partido.
E ela estivera preocupada consigo mesma, distraída com sua humilhação, nunca pensando a respeito das ramificações, nunca tendo ideia do que tudo aquilo tinha custado a ele.
Ela deixou o irmão desejar uma boa-noite, sua mente entorpecida retalhada de agonia com as repercussões de seu tolo ato de amor.
Suas ações imprudentes não apenas haviam custado a ele uma esposa. Haviam custado milhões. E agora o pai dele.
Não era de se espantar que ele a odiava!
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 52
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daninha_ponny Postado em 02/08/2014 - 20:57:43
AMEI AMEI AMEI LINDA A WEB AMEI QUE FOFO OS DOIS NO FINAL BJS A TÉ A PROXIMA
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franmarmentini Postado em 02/08/2014 - 07:35:22
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* VOU SENTIR FALTA DE LER ELA TODOS OS DIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)
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Angel_rebelde Postado em 02/08/2014 - 02:41:43
Ameeeei *-----* Pensei que a Annie tiinha feito algo de ruim mas na vdd foi o peso da responsabilidade que Poncho teve de assumir que o entristeceu e ele a culpou para as coisas pararem de piorar mais do que já estavam. Ele pedindo desculpas a ela e querendo uma chance de recomeçar fooooi a coisaaaaaa maaais lindaaaaaaaa do mundoooooooooooo <333 Ae finalmente puderam se entregar um ao outro sem culpa e com o coração tranquilo. Dulce adivinhando o romance dos 2 só de notar o carinho entre eles fooi supeer divertido. EspertinhaEssaDul =D Muuiitooo booaaa mesmo essa fic. Parabéns.
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edlacamila Postado em 02/08/2014 - 00:39:23
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaawns q pft o fim *-*
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layaneponny Postado em 01/08/2014 - 18:54:38
GENTE :O Oque a Any fez com o pai dele?! Mds, Posta mais pfv Jessica!
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franmarmentini Postado em 01/08/2014 - 07:22:44
não to entendendo nada...
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daninha_ponny Postado em 01/08/2014 - 02:11:26
affz tinha que ser o poncho o estragador de momentos affz....será que o pai dele soube da confusão de treze anos atras que o poncho '' quase tirou a virgindade da any ai ele ficou mal ou ñ ...aiii posta mais
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Angel_rebelde Postado em 01/08/2014 - 00:15:37
Quando finalmente acontece eles sempre dão um jeito de estragar tudo :@@ Só não entendi pq a culpa do pai do Poncho estar morrendo é da Annie O.o Ela tentou matar o véio ? kkkkkkkkkk. Continuuuaaaaaaaaa
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edlacamila Postado em 01/08/2014 - 00:12:49
Ahhhhh mds ALFONSOOOOOO :@@@@@@@@@@ postaaaaaaa <3
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layaneponny Postado em 31/07/2014 - 13:29:41
MAS GENTE :O HAURHUAHE Só por que amanha é dia Ponny, em todas as fics Ponny ta tendo Hot?! HAURHU Awns, quanto.. Amor?! hauehuaheu So quero ver como vao ficar agora! Posta mais!