Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Não neguei. Eu contei que tinha havido uma mulher. Eu joguei isso na cara dele, apesar de nunca ter dito quem era. — Ele se ajoelhou na areia. — Tomei essa decisão. Decidi desobedecê-lo. E foi mais fácil culpar você pelo que aconteceu porque eu sabia que você me odiaria de qualquer jeito. E era mais fácil do que culpar a mim mesmo.

Relutantemente, ela esticou uma das mãos, tocando o ombro dele com a ponta dos dedos, querendo acreditar nas palavras dele, confiar nele, mas ainda com alguma incerteza.

— Você me disse que tinha me expulsado de sua cama porque eu era virgem. Isso não era verdade. E ainda assim eu acreditei em você, na época. Foi por isso que não pude fazer amor com você em Montvelatte, na noite do casamento. Estava assustada. Com medo do ato, mas com mais medo do que você pensaria sobre mim.

Os dedos de Alfonso tomaram os dedos de Anahí, que estavam sobre os ombros dele, e os levou até a boca, passando os lábios neles.

— Como eu poderia fazer você me entender?

— Sei disso, mas mesmo assim, quando finalmente fizemos amor, você reagiu como se tivesse sido a pior coisa do mundo, como se realmente pensasse isso.

— Eu machuquei você — disse ele. — E machuquei o suficiente. Eu devia saber. Sinto muito. Devia ter sido melhor.

Ela se deixou cair ao lado dele na areia, deixando que ele tomasse suas mãos e entrelaçasse os dedos dele nos seus.

Alfonso, seu Alfonso, tinha lhe dito que sentia muito. E, sob a lua tropical e o gentil balanço das palmeiras, ela acreditou nele.

— Como poderia ter sido melhor?- perguntou ela, e a mão ao redor da sua momentaneamente se enrijeceu antes de ele olhar para ela, uma pergunta encobrindo o rosto dele, apesar de Anahí já notar que havia desejo nos olhos de Alfonso.

— Acredite, podia ter sido muito melhor.

Ela engoliu e virou o rosto, com a boca repentinamente seca. Mas as mãos dele a chamaram de volta, e ela foi até ele sem oferecer resistência, o olhar dele queimava sua alma.

— Não tenho o direito de lhe pedir isso depois de tudo que fiz, e a acusei de fazer — disse ele hesitantemente -, mas existe a chance de que, um dia, você talvez me perdoe para que possamos começar novamente?

Um coração que estivera ocioso por tanto tempo e muito temeroso repentinamente ganhou vida.

— Você quer meu perdão?

— Por favor.

— E quer a chance de começar novamente?

— Se você puder me perdoar.

E, ainda assim, a autopreservação lhe dizia que a declaração dele não era o suficiente.

— Mas por quê? O que mudou nesse tempo? Como posso ter certeza de que você não vai encontrar outra razão para me rejeitar?

— Porque eu amo você.

O mundo parou. Ou foi apenas seu coração?

— O que você disse?

— Eu amo você. Apenas queria que eu não tivesse demorado tanto tempo para perceber.

Lágrimas brotaram dos olhos dela. Lágrimas de felicidade que não cessariam, e não importava o quanto ela as enxugasse. Ele franziu o cenho, parecendo preocupado.

— Você está chorando.

— Estou feliz — disse ela, enxugando a bochecha. — Apenas nunca acreditei que você fosse dizer isso.

— Acredite. Eu amo você, Anahí. E, se ficar longe de você me ensinou alguma coisa, é que não posso viver sem você. Preciso ficar com você todos os dias, todas as noites. Por favor, diga que me dará outra chance.

E ele a olhou tão ardentemente que ela sentiu as palavras ressoarem profundamente dentro de si, em um lugar que estivera esperando por esse momento especial por muito tempo. Ela envolveu as mãos ao redor das dele e se inclinou mais para perto.

— Acho que nasci para amá-lo, Alfonso Herrera. Eu nunca tive escolha. Eu o amo com toda minha alma e com todo meu coração.

E seu coração deu uma cambalhota com o sorriso que recebeu em retorno.

— Então, você me dará outra chance?

— Sob uma condição — avisou ela. — Apenas se você me mostrar como podia ter sido melhor.

Ele não desapontou. Dessa vez, eles voltaram para o apartamento, e ele fez amor com ela, com as mãos, com o corpo, com a língua. Ele beijou para longe a dor do tempo ruim, mostrou-lhe o quanto a amava, e então lhe mostrou o quanto podia ser bom. Ela respondeu na mesma moeda, provando que era uma boa estudante. E, dessa vez, quando o êxtase os enviou às alturas, as almas estavam juntas, unidas como uma só.

A tarde se tornou noite. A noite se tornou amanhecer, e a manhã tornou-se brilhante com um mesmo sol e um novo dia. O primeiro dia deles juntos.

Por tudo isso, ela mostrou-lhe o quanto o amava, e ele mostrou o quanto a amava. E quando finalmente dormiram, completamente satisfeitos, ela se inclinou para beijar os lábios dele.

— Eu amo você, Alfonso — murmurou ela -, muito.

Ele a aninhou nos braços enquanto retornava o beijo, sabendo que, naquela noite, recebera o presente do amor, um presente que cultivaria para sempre.

— Estou honrado, minha princesa — disse ele, beijando a ponta de seu nariz e depois o queixo. — E vou amá-la para sempre.