Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
Uma sobrancelha escura se ergueu enquanto ele franzia o cenho, desaprovação e algo mais cruzando os olhos dele.
— Você está com medo.
Ela se enrijeceu frente àquela acusação, ofendendo-se com o desafio, ofendendo-se com o vislumbre de verdade que existia naquelas palavras.
— Com medo de que você piore a minha enxaqueca? — respondeu ela, distorcendo as palavras dele para seu próprio beneficio. — Ah, vou admitir que existe essa possibilidade.
— Tenho certeza de que pode tolerar a inconveniência já que eu posso. — As palavras dele soaram como cascalho sobre cascalho, roçando as cicatrizes que restaram por aqueles anos até que as deixou esfoladas e sensíveis, e ela quase pôde sentir o gosto de sangue fresco jorrando da ferida. — E não acho que eu estaria lhe convidando se tivesse outra escolha, mas outras pessoas estão esperando que nós entremos para que possam dançar, então, diga-me, você virá de boa vontade, ou terei que arrastá-la?
Então, Alfonso queria dançar com ela tanto quanto ela querida dançar com ele. Anahí queria um tempo para digerir aquele pensamento, para descobrir por que aquela ideia não era tão satisfatória quanto deveria ser. Mas não havia tempo, e ele estava certo... cabeças estavam viradas, as pessoas estavam observando os dois, esperando que se juntassem ao casal feliz. Ela virou o rosto para ele, para os olhos escuros como a noite, que agora estavam com um brilho de quem tinha avisado qual era a situação, mas ela não respondeu. Em vez disso, apenas passou por ele, o queixo erguido, sem se importar se ele a seguiria ou não, e um pouco desejosa de que não seguisse.
Mas Alfonso a seguiu. Ela não precisava se virar para saber que ele estava atrás dela. Podia sentir a proximidade, sentir o ódio que ele sentia por ela de modo tão certo quanto podia sentir seu vestido de seda rodopiando ao redor de seus tornozelos enquanto caminhava em direção à pista de dança.
Mal tinha chegado à pista quando ele a segurou por uma das mãos e a virou de modo tão brusco que ela colidiu fortemente contra o peito dele, ficando sem ar e perdendo a razão.
— Dance — ordenou ele, quando ela ficou parada por tempo demais. As pernas dele forçaram as dela a segui-lo, apesar de estas estarem desajeitadas.
Ela não o queria muito perto, não queria sentir a pressão das coxas dele ou o calor de seu peito. Não queria suas mãos envolvidas naqueles dedos longos e quentes, dedos que tinham chegado tão próximo de levá-la ao paraíso tantos anos antes...
Perdida no eco de sensações antigas, ela tropeçou, apenas para ser abruptamente endireitada pelo homem a sua frente. E lhe ocorreu o quão a imagem deles entrando na pista de dança devia parecer forçada e artificial, diferente da de Chris e Dulce.
Ela deu mais alguns passos antes que eles conseguissem encontrar algum tipo de ritmo desconfortável. Pelo menos para Anahí. Não havia como descrever o que Alfonso sentia ou pensava por trás daquela aura de ressentimento.
— Bom, isso é divertido — disse ela, odiando cada segundo daquele momento, ofendendo-se com a força com que ele a segurava e com a sensação daquela mão larga em sua lombar. Só de ficar próxima a ele era o suficiente para fazer sua pele fervilhar. Ter que tolerar o toque dele... o toque de um homem que a odiava e que não fazia questão de esconder isso era demais para ela suportar.
— Ninguém disse que seria divertido.
Ele a girou sem dificuldade, como se ela fosse tão leve como uma folha de papel, usando o tamanho dele para neutralizar sua resistência e a fazer se mover do jeito que ele achava que Anahí deveria.
Exasperada, ela respirou fundo e imediatamente desejou que não tivesse feito isso: seus pulmões repentinamente ficaram repletos com o cheiro de Alfonso, a essência dele capturada em uma respiração. Ela virou a cabeça, tão desesperada para encontrar algum ar despoluído do cheiro dele que a fez errar mais um passo, e seus pés colidiram. Ele respondeu puxando-a para ainda mais perto, tão perto que Anahí ficou grudada a ele dos seios para baixo, suas pernas tão próximas das dele que ela não teve outra escolha além de ceder ao controle.
— O que você está fazendo? — protestou ela, empurrando os ombros para trás, tentando recuperar algum espaço entre eles.
— Tentando parecer um casal.
— Não somos um casal.
— Nós poderíamos, pelo menos, tentar nos mover na mesma direção e ao mesmo tempo — disse ele. — Apenas dance.
Ele não disse mais nada após isso, e por este motivo, ela ficou grata. Então, tentou se concentrar na música e se esquecer do jeito que sua pele formigava no ponto em que seus corpos se encontravam, tentou ser indiferente ao hálito quente de Alfonso, que provocava os pelos ao redor de sua orelha. Mas não tinha como se esquecer da sensação de pele contra pele enquanto ele segurava forte sua mão, não havia como ignorar o quão forte e quente aquele corpo a sua frente lhe parecia. E não existia quantidade de música suficiente para lhe fazer esquecer com quem estava dançando.
Então, ela fechou os olhos, desejando bloquear pelo menos um de seus sentidos.
Foi um erro, a ação apenas aumentou a consciência que tinha dele, até que todo o seu conhecimento se transformou nele, na sensação dos dois corpos se movendo juntos na pista. De alguma forma, no meio de todo o ódio, os corpos tinham encontrado algum tipo de sincronismo, e apesar de ele ser a última pessoa no mundo que da gostaria de estar perto, o jeito que o corpo dele se movia contra o seu era intoxicante.
Ela podia sentir uma tensão latente nos passos dele, como se cada passo fosse uma batalha; ainda assim, os movimentos dele eram magistrais. E, apesar de tudo, sentiu-se relaxando.
Por que lutar? Era apenas por aparência, afinal de contas. Logo eles poderiam voltar a ser inimigos. Logo, essa trégua momentânea na batalha terminaria. Mas, pelo menos agora, havia um tipo de trégua, em que o tempo e o ressentimento estavam suspensos na mágica da música e da dança. E o pensamento veio do nada; se era tão bom dançar com esse homem quando o ódio era recíproco, o quão melhor devia ser se eles amassem um ao outro?
Ela tirou a cabeça do ombro dele, abrindo os olhos e fazendo seus pensamentos voltarem à realidade. Ela não tinha direito de perguntar tais questões. Não tinha direito de imaginar nada além de quando terminaria aquela infindável obrigação de estar nos braços de Alfonso. O que precisava era de uma distração para seus pensamentos, e conversar era a única ferramenta que possuía.
— Presumo que nunca se casou.
Ela sentiu a mudança na respiração dele mais do que escutou, sentiu o breve vacilar nos passos e um breve solavanco.
— Ainda não.
— Não precisa ficar na defensiva — respondeu ela, com uma coragem que, até então, não sabia que possuía. — Tenho certeza de que ainda há esperança para você. — Casais começaram a se mover na pista de dança ao redor deles, homens e mulheres com rostos sorridentes. — Então, por que está sendo tão difícil? O que você está procurando na mulher dos seus sonhos que está se provando tão difícil de encontrar?
— Não vejo uma aliança em seu dedo.
— Estive ocupada.
— E eu não?
— Touché. Chris me disse que você estava tendo sucesso. Conte, quando terá ganhado dinheiro suficiente para fazê-lo relaxar e se acomodar?
Ela sentiu os dedos dele ficarem tensos ao redor dos seus.
— Achei que estivesse com enxaqueca.
— Não me impediu de dançar. Por que me impossibilitaria de conversar?
Ele a girou ao redor de um casal que passou pelo caminho deles, o repentino movimento a deixou momentaneamente sem ar e tonta, seus dedos apertando os dele para se apoiar.
— Francamente, fico surpresa de que não tenha — ela conseguiu dizer uma vez que eles permaneceram em um ritmo mais estável. — Sei que as pessoas sempre gostaram de rotular você e Chris como playboys, mas eu sempre enxerguei você como um homem de família. Achei que você já estaria casado há muito tempo agora.
— Talvez eu devesse estar! — A voz dele estava rouca quando seus pés repentinamente pararam. Ele olhou ao redor, para os casais que preenchiam a pista de dança, como se estivesse avaliando se eles já tinham dançado o suficiente antes de soltá-la.
— Agora você pode ir.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 52
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daninha_ponny Postado em 02/08/2014 - 20:57:43
AMEI AMEI AMEI LINDA A WEB AMEI QUE FOFO OS DOIS NO FINAL BJS A TÉ A PROXIMA
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franmarmentini Postado em 02/08/2014 - 07:35:22
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* VOU SENTIR FALTA DE LER ELA TODOS OS DIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)
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Angel_rebelde Postado em 02/08/2014 - 02:41:43
Ameeeei *-----* Pensei que a Annie tiinha feito algo de ruim mas na vdd foi o peso da responsabilidade que Poncho teve de assumir que o entristeceu e ele a culpou para as coisas pararem de piorar mais do que já estavam. Ele pedindo desculpas a ela e querendo uma chance de recomeçar fooooi a coisaaaaaa maaais lindaaaaaaaa do mundoooooooooooo <333 Ae finalmente puderam se entregar um ao outro sem culpa e com o coração tranquilo. Dulce adivinhando o romance dos 2 só de notar o carinho entre eles fooi supeer divertido. EspertinhaEssaDul =D Muuiitooo booaaa mesmo essa fic. Parabéns.
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edlacamila Postado em 02/08/2014 - 00:39:23
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaawns q pft o fim *-*
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layaneponny Postado em 01/08/2014 - 18:54:38
GENTE :O Oque a Any fez com o pai dele?! Mds, Posta mais pfv Jessica!
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franmarmentini Postado em 01/08/2014 - 07:22:44
não to entendendo nada...
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daninha_ponny Postado em 01/08/2014 - 02:11:26
affz tinha que ser o poncho o estragador de momentos affz....será que o pai dele soube da confusão de treze anos atras que o poncho '' quase tirou a virgindade da any ai ele ficou mal ou ñ ...aiii posta mais
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Angel_rebelde Postado em 01/08/2014 - 00:15:37
Quando finalmente acontece eles sempre dão um jeito de estragar tudo :@@ Só não entendi pq a culpa do pai do Poncho estar morrendo é da Annie O.o Ela tentou matar o véio ? kkkkkkkkkk. Continuuuaaaaaaaaa
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edlacamila Postado em 01/08/2014 - 00:12:49
Ahhhhh mds ALFONSOOOOOO :@@@@@@@@@@ postaaaaaaa <3
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layaneponny Postado em 31/07/2014 - 13:29:41
MAS GENTE :O HAURHUAHE Só por que amanha é dia Ponny, em todas as fics Ponny ta tendo Hot?! HAURHU Awns, quanto.. Amor?! hauehuaheu So quero ver como vao ficar agora! Posta mais!