Fanfics Brasil - 8 A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 8

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Dulce ainda estava aproveitando um banho de banheira quando Marietta chegou a sua suíte. Sua camareira, Carmelina, estava se movendo diante dela, trazendo toalhas e satisfazendo suas vontades, e Anahí ficou grata por ter alguns momentos para pensar. Encontrar com Alfonso no terraço a perturbara muito mais do que ela percebera no momento, deixando seus sentimentos balançados, suas emoções retalhadas. Por Alfonso parecer determinado a não gostar dela, até odiá-la, sem importar o que dissesse ou fizesse, e ainda assim, ela não tinha ideia do motivo. Mas o que quer que ela tenha feito no passado, ele certamente parecia se lembrar apenas do pior agora.


Anahí não era uma pessoa ruim, tinha certeza disso. Também não era perfeita, longe disso, mas por que Alfonso a odiava tanto, ela não sabia. Ela fora até a cama dele. Oferecera-se para ele. Fizera papel de boba. Mas, além disso, o que fizera que era tão imperdoável?


Esqueça-o! O dia seguinte lhe traria fuga, e a fuga não poderia ter vindo tão cedo. No dia seguinte ela iria para o Havaí e se focaria no lançamento e na nova galeria, e voltaria para sua carreira e para sua vida, enterrando todos os pensamentos sobre Alfonso Herrera. O lugar dele era no passado. E era no passado que ele ficaria.


Dulce saiu da banheiro vestindo uma manta de vapor e um sorriso tão largo e feliz que tornou irrelevante o comportamento de Alfonso.


— Vou me casar com Ucker hoje — ela contou a Marietta — não acredito que isso esteja realmente acontecendo. — O amor iluminava o rosto de sua futura cunhada enquanto Anahí a envolvia nos braços e lhe dava um abraço. E, mais uma vez, a absoluta maravilha em testemunhar um amor tão verdadeiro, um amor que era recíproco, deixou-a extasiada.


Anahí sorriu e respirou as boas vibrações, sabendo, sem sombra de dúvidas, que seu irmão era um homem de sorte.


A música instrumental preencheu a antiga igreja. Câmeras fotográficas estavam discretamente posicionadas, prontas para transmitir as imagens do mais recente casamento real.


Para os padrões normais, o casamento era pequeno. Para os padrões reais, minúsculo, com um único acompanhante para a noiva e para o noivo, mas eventos recentes no pequeno principado chamaram atenção do mundo. Após a queda do príncipe anterior e de sua família, todos queriam testemunhar o casamento de contos de fadas entre o príncipe bastardo e sua noiva piloto de helicóptero. A mídia abertamente especulou se tal combinação funcionaria.


De pé a seu lado, sentindo a coragem de Ucker e ao mesmo tempo sua expectativa, Alfonso não tinha duvidas de que Ucker faria funcionar. Seu melhor amigo estava parado, esperando a futura esposa, as mãos apertadas atrás do corpo, um pequeno brilho de umidade visível na testa enquanto ele sorria e jogava conversa fora, e continuava a olhar por cima dos ombros, provavelmente sem nem perceber que estava fazendo isso. Era a primeira vez na vida que Alfonso via Ucker parecer nervoso, e isso o estava intimidando.


Ele se sentiria do mesmo jeito se um dia se casasse? Sentiria aquele nervosismo que parecia dominar seu amigo? Duvidava. O contato mais próximo que tivera com casamento tinha sido parte de um acordo de negócios, sem sentimentos envolvidos. Mas já que aquele casamento não tinha acontecido, ele podia ver agora que um casamento baseado em negócios fazia mais sentido. Ele teria escolhido algo assim para si mesmo. Se tivesse se interessado. Algo simples, mutuamente benéfico, economicamente viável.


Sem emoção.


Então, a música mudou repentinamente, anunciando a entrada da noiva.


— Linda — ouviu o noivo dizer, fazendo-o se virar. Uma pedra que ele não tinha se dado conta que estava em seu estômago desceu um nível.


— Ela é — ele se escutou dizer, sabendo que, mesmo internamente, eles estavam falando a respeito de mulheres diferentes. Ele não tinha problemas com isso. Um vislumbre lhe dissera que Dulce estava estonteante, o cabelo avermelhado descendo pela cabeça, um véu que não fazia nada além de esconder o sorriso que iluminava rosto dela enquanto caminhava em direção ao homem com quem estava prestes a se casar.


Mas foi a imagem de Anahí que atraiu seu olhar e o manteve refém. Marietta, que antecedia a noiva no altar, o vestido era um eco do vestido da noiva, mas em um tecido dourado que refletia as cores dos vitrais das janelas a cada movimento, transformando-a em uma peça de arte.


Não era uma peça de arte. Ela era uma deusa. Quando a adolescente se tornara uma sereia? Uma mulher tentadora. Por que ela não o tinha tentado naquela dia, incitando-o com as palavras, provocando-o com a língua?


E agora ela caminhava em direção a ele, os lábios coloridos e os olhos margeados de lápis negro, com um corpo que era feito para o sexo. Sexo que uma vez lhe fora oferecido em uma bandeja. Sexo que ele dispensara.


A lógica o abandonou naquele momento enquanto ela dava os últimos passos em direção ao altar. Por que ele a tinha dispensado? De que loucura ele estivera sofrendo? Um homem teria que estar louco para dispensar tal mulher.


Anahí se aproximou, os olhos parando na direção dele e se mantendo lá. Ele sentiu o tremor nas profundezas daqueles olhos azuis, e quase conseguiu ler a pergunta ali; ele sentiu o tremor que sacudiu a espinha dela em um eco quente em sua própria espinha, até que ela quebrou o contato, forçando a cabeça a se virar. Ela enviou um sorriso benevolente para Ucker, apesar do fato de o irmão ainda estar totalmente concentrado na mulher atrás dela, e um golpe parecido com ciúmes se espalhou dentro de si. Uma reação que não fazia sentido. Ucker era a família dela, o irmão. Por que ela não sorriria para ele daquele jeito, e por que ele se importava com isso? E ainda assim, o sentimento permaneceu enquanto ela tomava seu lugar no lado oposto a ele, abrindo espaço para Dulce, e Alfonso tirou vantagem do momento para recuperar o bom senso.


Ela não devia ter esse efeito sobre ele. Não podia. Mas ainda assim, suas mãos estavam úmidas, seu pulso acelerado, e nada disso fazia sentido. Mas quando DUlce se juntou a Ucker no altar, o casal trocou uma palavra silenciosa antes de ela pegar o braço dele e eles se virarem. Havia uma coisa que Alfonso sabia sem sombra de dúvidas. Ele queria aquele sorriso para si. Ele a queria.


Treze anos antes, ele tivera um vislumbre do paraíso, um vislumbre que lhe tinha sido brutalmente negado pelas circunstâncias, mesmo a decisão tendo sido sua. E ainda assim, ele pagara o preço naquela época, como se a tivesse possuído de qualquer forma, e estivera pagando o preço todos os dias de sua vida desde então. Um interminável caminho tentando recuperar o que tinha sido perdido. O que tinha perdido porque ela aparecera em sua cama.


Esta noite era sua chance de conseguir o que lhe era devido. Esta noite era sua chance de acertar as contas.


E sto thiavolo, ele acertaria!


O casamento foi longo, e a recepção, um banquete dez vezes maior e mais suntuoso do que o da noite anterior, e ainda assim, generoso e simples. E não importava onde ela estivesse no vasto salão, não importava para onde ela se virasse tentando fugir, era sempre Alfonso que preenchia seu campo de visão, era Alfonso quem ocupava o primeiro plano.


E tinha sido dessa forma desde que caminhara pelo altar. Tentara olhar para todos os lugares, batalhara para manter os olhos em Ucker, ou na multidão de convidados, mas uma força que ela não tinha como lutar contra a compeliu a olhar na direção dele, e o que vira nos olhos de Alfonso estremecera todo o seu corpo.


Ele ainda estava com raiva, como pôde ver na atitude dele, na tensão de seus ombros. Mas agora havia uma nova energia nos olhos dele, uma fome que a amedrontava pela intensidade. Uma fome que era direcionada a ela.


Anahí desviou de outro encontro repentino, outro encontro desconfortável e quente dos olhos, e foi em direção à mesa de bebidas. Faltavam apenas algumas horas, ela disse a si mesma enquanto apanhava uma taça de água, saboreando a explosão de gelado contra sua mão e em sua garganta. Todo o seu corpo parecia superaquecido. Tudo parecia quente.


Mas apenas algumas poucas horas a mais e a festa acabaria, e ela poderia deixar Montvelatte.


Ela sentiria saudades do irmão e da esposa dele, que tinha deixado de ser apenas cunhada para ser também amiga, mesmo antes do casamento. Mas pelo menos tivera algum tempo com eles antes do casamento, tempo passado, felizmente, sem Alfonso. E, de qualquer jeito, quando os gêmeos de Dulce nascessem, ela poderia retornar. Enquanto isso, deixaria a ilha sabendo, sem sombra de dúvidas, que seu irmão e a esposa eram almas gêmeas.


Ela abaixou a taça olhando para o antigo relógio que anunciava a hora. Maldição. Era hora. Ela respirou um ar pesado de frustração. Não estava pronta para dançar com ele novamente, não após a noite anterior, mas especialmente, não após a expressão que vira no rosto dele quando ela caminhara para o altar.


Não quando a fizera sentir coisas que ela não tinha vontade de sentir.


Como ele podia fazer isso com ela, revirar suas emoções do avesso com apenas um olhar abrasador? Porque, de alguma forma, ele passara de um homem que a odiava a um homem que enviava mensagens com o olhar que faziam seus pensamentos e emoções tomarem direções inteiramente diferentes.


Maldito! Por que ele tinha de castigá-la com essa montanha-russa de emoções? 


Porque era exatamente assim que ela se sentia. Tinha sido mais fácil antes, quando suas palavras o tinham irritado, tornando o ressentimento em algo mais real. Mas agora, a dinâmica parecia ter mudado. Agora, ela não sabia o que ele queria. As mensagens que Alfonso estava enviando eram reais e ilógicas, e isso a incomodava.


Ela evitou um grupo, trocou gentilezas enquanto ultrapassava a multidão, ansiosa para encontrar Dulce e checar se ela precisava de alguma ajuda com o vestido ou com a maquiagem antes da dança obrigatória.


Mas foi Alfonso quem apareceu em sua frente.


— Estive procurando por você.


Ela parou, o coração acelerado no peito. Ela não precisava e nem queria saber o porquê. Apenas o conhecimento de que ele estava procurando por ela era demais. Anahí colocou uma das mãos no peito, querendo garantir que seu coração ficasse ali dentro.


— Com licença. Tenho de ver se Dulce precisa de alguma coisa. — Ela tentou passar por ele, mas Alfonso a segurou colocando uma das mãos em seu braço. Gentil, mas firme.


— Dulce está bem.


Ela olhou para a mão dele, seu olhar traçando a linha do braço, e tentou se soltar. Ele não deixou.


— O que pensa que está fazendo?


— Tenho uma proposta para você.


Ela ergueu o olhar para Alfonso, desnorteada pela urgência que acompanhou as palavras dele, sabendo que não podia ser nada bom.


— Não estou interessada.


Em algum lugar atrás dele, a melodia da orquestra começou, seguida por aplausos. Quando Ucker escoltou sua esposa para a pista de dança, Anahí se irritou com fato de que se esforçara tanto para evitar Alfonso que abandonara suas obrigações. Ela o sentiu apertando seu braço novamente, com mais insistência desta vez.


— Você ainda não me escutou.


— Então me diga o que é. E então direi não.


Ele sorriu, os dentes brancos naquele rosto cor de oliva, enquanto algo nos olhos escuros brilhavam calorosos.


— Primeiro, vamos dançar.


De certa forma, devia ser mais fácil. Eles tinham feito isso na noite anterior, um nos braços do outro, fingindo ser um casal. Eles batalharam com os primeiros passos até conseguirem atingir algum tipo de ritmo.


E ainda assim, não foi mais fácil. Desde o momento em que Alfonso a tomou nos braços, ela sentiu que algo tinha mudado. A fúria havia diminuído, e havia uma tensão ardente encobrindo cada movimento, cada olhar, e logo ela não estava mais lidando com um homem que a odiava. Agora, ela estava lidando com um homem que queria algo dela, que queria lhe fazer uma proposta.


 



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • daninha_ponny Postado em 02/08/2014 - 20:57:43

    AMEI AMEI AMEI LINDA A WEB AMEI QUE FOFO OS DOIS NO FINAL BJS A TÉ A PROXIMA

  • franmarmentini Postado em 02/08/2014 - 07:35:22

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* VOU SENTIR FALTA DE LER ELA TODOS OS DIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)

  • Angel_rebelde Postado em 02/08/2014 - 02:41:43

    Ameeeei *-----* Pensei que a Annie tiinha feito algo de ruim mas na vdd foi o peso da responsabilidade que Poncho teve de assumir que o entristeceu e ele a culpou para as coisas pararem de piorar mais do que já estavam. Ele pedindo desculpas a ela e querendo uma chance de recomeçar fooooi a coisaaaaaa maaais lindaaaaaaaa do mundoooooooooooo <333 Ae finalmente puderam se entregar um ao outro sem culpa e com o coração tranquilo. Dulce adivinhando o romance dos 2 só de notar o carinho entre eles fooi supeer divertido. EspertinhaEssaDul =D Muuiitooo booaaa mesmo essa fic. Parabéns.

  • edlacamila Postado em 02/08/2014 - 00:39:23

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaawns q pft o fim *-*

  • layaneponny Postado em 01/08/2014 - 18:54:38

    GENTE :O Oque a Any fez com o pai dele?! Mds, Posta mais pfv Jessica!

  • franmarmentini Postado em 01/08/2014 - 07:22:44

    não to entendendo nada...

  • daninha_ponny Postado em 01/08/2014 - 02:11:26

    affz tinha que ser o poncho o estragador de momentos affz....será que o pai dele soube da confusão de treze anos atras que o poncho '' quase tirou a virgindade da any ai ele ficou mal ou ñ ...aiii posta mais

  • Angel_rebelde Postado em 01/08/2014 - 00:15:37

    Quando finalmente acontece eles sempre dão um jeito de estragar tudo :@@ Só não entendi pq a culpa do pai do Poncho estar morrendo é da Annie O.o Ela tentou matar o véio ? kkkkkkkkkk. Continuuuaaaaaaaaa

  • edlacamila Postado em 01/08/2014 - 00:12:49

    Ahhhhh mds ALFONSOOOOOO :@@@@@@@@@@ postaaaaaaa <3

  • layaneponny Postado em 31/07/2014 - 13:29:41

    MAS GENTE :O HAURHUAHE Só por que amanha é dia Ponny, em todas as fics Ponny ta tendo Hot?! HAURHU Awns, quanto.. Amor?! hauehuaheu So quero ver como vao ficar agora! Posta mais!


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