Fanfic: A princesa virgem(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
E esse homem era uma besta muito mais perigosa.
Ela se enrijeceu com o toque dele, dizendo a si mesma que ele não a afetava, mas foi inútil. Podia sentir o desejo dele em cada toque de roupa com roupa. Podia ler a necessidade dele em todas as partes em que seus corpos se tocavam. E sabia, sem dúvida, de que ele também podia lê-la.
Ele não disse nada enquanto dançavam. Nada enquanto de a rodopiava, os corpos trabalhando juntos com uma ridícula facilidade. E ainda, ele disse tanto com apenas um olhar, um olhar aveludado, e com a fome que se direcionava pelos dedos dele na pele de suas costas.
Nenhum dos sentidos dela estava seguro. Ele a arrematou em todos os níveis e mais alguns. Ela não podia olhá-lo sem ser desafiada pelo olhar negro, não podia respirar sem sentir o cheiro dele, o cheiro que se transformava em sabor em sua língua. O toque dele estava em todos os lugares a seu redor, a batida do coração dele em seu ouvido, sólida e forte.
E os pensamentos racionais? Há muito tinham lhe abandonado. Completamente vestida, em um cômodo repleto de pessoas, e tudo o que ela podia pensar era a respeito desse homem. Nesse homem e em como ele a fazia se sentir. Ele baniu qualquer outro pensamento da mente de Anahí.
Não fazia sentido. Ele não a odiava? E ainda assim, naquele momento, ele a fazia se sentir importante, como se estivesse no epicentro da existência dele. E após treze anos sabendo o quanto ele a ressentia, após testemunhar a evidência dessa verdade nos olhos dele na noite anterior, e tê-la sentido novamente no café da manhã, quando os olhos frios e afiados dele a tinham perfurado, essa repentina reviravolta era inconcebível. Inacreditável.
O que não explicava por que uma parte de si, uma parte que ela pensara ter se livrado há muito tempo, mas que estranhamente ainda estava ali... queria se apegar à fantasia.
Ela desistira de fantasiar a respeito dele há muito tempo. Seguira em frente, com sua carreira e com sua vida. Mas ainda assim ela sentia como se tivesse voltado no tempo, voltado a ser uma adolescente apaixonada, com uma obsessão que se recusava a ir embora.
E então, eles pararam de se mover, e ela voltou à realidade, seus sentidos voltaram a ter foco. Em algum momento, a pista de dança tinha se enchido, e eles estavam rodeados por casais elegantes que esperavam a próxima música começar. Havia conversas e risadas, e o brilho de diversas joias espalhadas pelos pulsos e cabeças dos convidados, e ela não notara nada.
Ela deu um passo para trás, ciente de que não tinha feito nenhuma tentativa para se livrar do toque dele, e repentinamente ficou com medo. O quanto aquele homem lhe afetava, para não notar nada que acontecia ao seu redor? E pior, após o que ele lhe fizera, como ela podia permitir isso?
O pânico a atingiu com força, triturando em pedaços o que restou da magia em que ele a havia envolvido. Ela não sabia a resposta para suas perguntas. Tudo o que sabia era que precisava fugir. Precisava se proteger.
Ela se virou, movendo-se para a pista de dança, indo em direção às portas francesas que davam para o lado de fora, onde haveria espaço, liberdade e ar em abundância, certamente o suficiente para diminuir a vertigem que estava afetando-a.
— Aonde você vai?
— Preciso de ar.
O terraço iluminado era um mundo entre dois mundos, de um lado, o salão decorado com seus candelabros de cristal e luzes douradas, e um caleidoscópio que sempre mudava de cor enquanto convidados giravam ao redor da pista de dança. E no outro lado, a luz da lua dançava sobre a água, estrelas piscavam no céu, lantejoulas cintilando no veludo perfeito da noite.
Era mais calmo e mais frio ali, mas o ar da noite era mais do que bem-vindo após o fogo que ele levara a seu corpo.
— Posso buscar algo para você?
Claro que Alfonso a havia seguido. Ele tinha uma proposta para lhe fazer, e ela tinha fugido antes de ele ter a chance. Mas ela não se virou, não precisava e nem queria olhar para ele, não quando precisava pensar. E não quando ela temia que ele a levasse de volta para o lugar onde o mundo desaparecia e nada mais importava. Ela não gostava da sensação. Não sabia o que significava. E, maldição, ela não voltaria novamente para esse lugar.
— Estou bem — mentiu.
— Mesmo? Você parece...
— Cansada? — interrompeu ela, movendo-se mais adiante no terraço, sabendo muito bem que ele não estava prestes a dizer nada parecido com isso. — Bom, foi um longo dia.
— Não, não cansada — disse ele, permanecendo perto de seu ombro — eu ia dizer que você parece chocada. Até um pouco impressionada.
Ela tentou soltar uma risada.
— Pareço? Acho que fiquei surpresa por termos conseguido passar toda a noite sem discutir.
— Não acho que essa seja a razão.
— Devo me importar com o que você acha?
Uma brisa atingiu seu vestido, balançando o tecido ao redor de suas pernas e trazendo junto o cheiro de jasmim, alecrim e diversos outros aromas da ilha. E o do homem perto de si.
Ela tremeu, mas de dentro para fora. Ele já não invadira o suficiente seus sentidos? Agora ela não precisava nem olhá-lo para sentir a marca dele em sua alma. Ela não queria isso, não queria aqueles sentidos aguçados a perturbando. Ela queria ir embora dali, de volta ao trabalho. Queria ser ela mesma novamente.
O dia seguinte não podia vir rápido demais.
Não tinha razão para ficar do lado de fora; seu santuário tinha desmoronado. Ela se virou, circulando-o para que não precisasse olhá-lo.
— Devo voltar para dentro.
As mãos dele pegaram as dela, impedindo sua fuga.
— Dulce... — protestou ela.
— Está bem sem você. Ela tem Christopher para tomar contar dela.
— Mesmo assim...
— Não conversamos ainda sobre minha proposta. — Ela ainda não olhou para ele, apenas sentiu a pressão das mãos dele ao redor das suas, a gentil carícia que ele estava fazendo com o dedão nas costas de sua mão.
— Eu já disse, a resposta é não.
— Você nem escutou o que é.
O dedo dele continuou a massagem gentil, cada carícia era como um chamado para seu corpo, um convite. Uma promessa.
Ela engoliu, olhando para as portas abertas e para o salão como se fossem uma linha de salvamento, viu os convidados caminhando do lado de dentro, escutou o tinido de risadas e cristal, e sabia que aquele era seu mundo. Sabia que era onde ela pertencia. Mas agora, ela não sabia como voltar.
— Olhe para mim — disse ele, guiando o queixo dela com a mão livre até que ela o encarasse. — Olhe para mim — repetiu ele, quando ela manteve os olhos para baixo.
Lenta e relutantemente, ela os ergueu até os dele. Um sorriso provocou os cantos dos lábios dele, e repentinamente, ele pareceu anos mais jovem, como o Alfonso de sua adolescência.
— Assim é melhor. — E até o tom da voz dele alimentou sua alma. A mão dele circulando seu pescoço, os dedos acariciando o cabelo em sua nuca, fazendo-a estremecer com o toque.
— Você é tão bonita — disse ele. E um pedaço de lembrança se apresentou vivamente em sua mente, dos três juntos, ela, Ucker e Alfonso, no último dia das férias de verão que passaram juntos no sul da França, o verão que ela completara 16 anos.
Eles tinham cavalgado na praia e feito um piquenique no campo de papoulas, e ela e Alfonso tinham desmoronado no chão para olhar o céu enquanto Ucker levava os cavalos de volta. E Alfonso tinha esticado a mão enquanto Anahí estava deitada de costas, e colocado uma flor atrás da orelha dela.
— Você é linda — dissera Alfonso, enquanto sua mão deslizava pelo cabelo dela e ele se inclinava para beijá-la.
E algo se apertou em seu peito com a lembrança, algo que ela não entendia completamente e que não queria analisar muito de perto. Afinal, Yannis não significava nada para ela. Nada além de lembranças de um sonho adolescente esmigalhado tão violentamente que ela não cometeria o mesmo erro duas vezes.
Ela se afastou.
— Você não pode fazer isso.
— Não posso fazer o quê? — perguntou ele, recusando-se a deixá-la ir. — Isso? — E ele pegou a palma da mão de Anahí e levou-a até a boca. Quente. Molhada. Os lábios e o hálito dele engajados em uma dança de sensualidade; a língua tornando a dança erótica. Ela estremeceu, arfando quando a língua dele alcançava lugares que não era possível alcançar. Ela sentiu o sorriso nos lábios dele em sua palma, testemunhou enquanto Alfonso lentamente tirava a boca.
— Ou isso?
Ele iria beijá-la. Ele lhe deu vários avisos, certamente tempo suficiente para escapar ou pelo menos virar a cabeça. Ou o tempo não existia?
Não tinha tempo, ela decidiu quando os lábios dele encontraram os dela. Não havia tempo para pensar, protestar ou fugir. Não havia tempo para ela se opor à pressão da boca de Alfonso na sua, a atração dos lábios dele, a sedução do calor de sua boca.
Só o agora.
O calor líquido se derramou por suas veias, e quando a boca, os lábios e a língua dele se uniam a sua, o fogo a engoliu por completo. Sensação sobre sensação, o beijo se aprofundou, crescendo, as mãos dele em suas costas. Atrás de sua cabeça, ela podia senti-lo por todo o corpo, e era demais para seus sentidos suportarem, e, ao mesmo tempo, não era o suficiente, e ela queria mais.
Ela tinha esperado um beijo. Antecipara-o. Mas nunca esperara isso. E por meio do fluxo sensual que a inundava, ocorreu-lhe que alguém havia cometido um grande erro: acreditar que algo que gerava sentimentos tão grandiosos e maravilhosos pudesse ser resumido em uma palavra tão insignificante.
Aquilo não era apenas um beijo, era mais rico, mais profundo, com textura, ritmo e vida. E ela queria mais.
Com a respiração tão acelerada quanto a dela, ele tomou seu rosto com as mãos e interrompeu o contato.
— Faça amor comigo esta noite.
O coração dela estava latejando, a respiração agitada, seus lábios pareciam inchados e macios.
— É loucura — disse ela, porque não podia dizer não, apesar de saber que devia. Apesar de saber que ela era louca por considerar dizer sim.
— Você me quer — reagiu ele. — E eu a desejo desde que a vi na noite passada. Desde quando a tomei em meus braços.
Ela balançou a cabeça, a dor daquela noite de treze anos atrás se recusava a ser ignorada.
— Você teve sua chance. E me mandou embora.
— Muito tempo atrás.
— Você me odeia.
— Eu quero você.
— E eu odeio você!
— Odeia? Você não me beija como alguém que me odeia.
— Isso não faz sentido.
— Quem precisa analisar isso? Tudo o que sei é que quero você. Esta noite. — Ele pressionou os lábios nos dela mais uma vez, um poderoso lembrete do que ele podia fazer, um eco de como ele podia fazê-la se sentir com apenas um toque. — Nós dois vamos embora amanhã. Podemos ir embora com raiva ou satisfeitos. Você escolhe.
Os dentes dela encontraram um lábio inchado pelo beijo, e ela estranhou o inchaço não familiar.
— Uma noite.
— Apenas uma noite. E então cada um seguirá seu caminho.
— É essa é sua proposta.
— Você tem uma melhor?
Os dedos dele estavam fazendo algo atrás de suas orelhas, traçando preguiçosos círculos que enviavam sensações como dentro de si, acariciando suas dúvidas, suavizando seus medos.
— Mas a recepção...
— Após a recepção — disse ele, afastando rapidamente a tentativa patética dela de atrasar o ato tão facilmente quanto afastou de sua testa uma mecha de cabelo. — Vou até seu quarto. Apenas uma noite. Temos um acordo?
Quantas noites ela ficara acordada imaginando? Quantas noites ela imaginara como seria fazer amor com ele se ele não tivesse descoberto sua identidade? Qual seria a sensação de tê-lo dentro de si? Ela se lembrou da sensação dele a pressionando... e da insana e incomparável compulsão que havia vindo de algum lugar para que ele a tomasse. Completasse-a. Mas nunca tinha acontecido, e ela tinha sido expulsa do quarto dele sentindo-se destruída. Vazia. Desolada.
E agora ele estava lhe oferecendo uma noite. Uma noite para encontrar a resposta para tantas perguntas. Ela seria louca de aceitar? Ou mais louca ainda de recusar? Se ela recusasse, talvez conseguisse manter a moral alta, mas nunca saberia.
Valia a pena?
O corpo de Anahí zunia de expectativa, lugares secretos em seu corpo pulsavam com vida nova. Lugares que logo deixariam de ser secretos. E sim, a compulsão ainda estava ali, a necessidade de tê-lo dentro de si, recentemente acordada e faminta.
Ele a queria. Ela podia tê-lo. O que tinha para decidir?
— Sim — sussurrou ela, sobre a suave brisa da noite.
— O quê?
— Sim — ela se escutou dizer novamente, a voz vindo de longe. — Temos um acordo.
Então, ele a puxou para os próprios braços a fim de que ela não se enganasse a respeito da urgência do desejo dele, a boca caindo sobre a sua em um beijo profundo, faminto, muito breve, mas não menos poderoso, deixando-a cambaleante.
— Esta noite — disse ele, enquanto a guiava de volta para a recepção. — Espere por mim.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Foi impossível se focar após isso. O casamento passou rápido demais para o gosto de Anahí, mas ao mesmo tempo, muito devagar. E para completar, havia Alfonso, que passou o tempo todo a observando. Esperando. O brilho nos olhos dele lhe falavam do desejo que estava sentindo; o toque da mão dele em seu cotovelo, ou o mero roçar das m&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 52
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daninha_ponny Postado em 02/08/2014 - 20:57:43
AMEI AMEI AMEI LINDA A WEB AMEI QUE FOFO OS DOIS NO FINAL BJS A TÉ A PROXIMA
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franmarmentini Postado em 02/08/2014 - 07:35:22
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* VOU SENTIR FALTA DE LER ELA TODOS OS DIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)
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Angel_rebelde Postado em 02/08/2014 - 02:41:43
Ameeeei *-----* Pensei que a Annie tiinha feito algo de ruim mas na vdd foi o peso da responsabilidade que Poncho teve de assumir que o entristeceu e ele a culpou para as coisas pararem de piorar mais do que já estavam. Ele pedindo desculpas a ela e querendo uma chance de recomeçar fooooi a coisaaaaaa maaais lindaaaaaaaa do mundoooooooooooo <333 Ae finalmente puderam se entregar um ao outro sem culpa e com o coração tranquilo. Dulce adivinhando o romance dos 2 só de notar o carinho entre eles fooi supeer divertido. EspertinhaEssaDul =D Muuiitooo booaaa mesmo essa fic. Parabéns.
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edlacamila Postado em 02/08/2014 - 00:39:23
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaawns q pft o fim *-*
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layaneponny Postado em 01/08/2014 - 18:54:38
GENTE :O Oque a Any fez com o pai dele?! Mds, Posta mais pfv Jessica!
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franmarmentini Postado em 01/08/2014 - 07:22:44
não to entendendo nada...
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daninha_ponny Postado em 01/08/2014 - 02:11:26
affz tinha que ser o poncho o estragador de momentos affz....será que o pai dele soube da confusão de treze anos atras que o poncho '' quase tirou a virgindade da any ai ele ficou mal ou ñ ...aiii posta mais
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Angel_rebelde Postado em 01/08/2014 - 00:15:37
Quando finalmente acontece eles sempre dão um jeito de estragar tudo :@@ Só não entendi pq a culpa do pai do Poncho estar morrendo é da Annie O.o Ela tentou matar o véio ? kkkkkkkkkk. Continuuuaaaaaaaaa
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edlacamila Postado em 01/08/2014 - 00:12:49
Ahhhhh mds ALFONSOOOOOO :@@@@@@@@@@ postaaaaaaa <3
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layaneponny Postado em 31/07/2014 - 13:29:41
MAS GENTE :O HAURHUAHE Só por que amanha é dia Ponny, em todas as fics Ponny ta tendo Hot?! HAURHU Awns, quanto.. Amor?! hauehuaheu So quero ver como vao ficar agora! Posta mais!