Fanfic: A Bela e a Fera - A&A _Finalizada | Tema: A&A
-Não vou – Eu respondi, determinada. -Não até ver que você está bem. -Silêncio outra vez. -Por favor - Implorei, voltando a bater. -Apenas abra a porta e me deixe...
-Afaste-se da porta, Any! -ordenou ele, de modo áspero. -Vá embora agora mesmo, ou estará em perigo! -seu tom era controlado, mas a voz parecia desesperada. Muitas vezes fiquei pensando por que não o deixei naquele momento. Já disse a mim mesma que não poderia ter deixado um amigo em apuros. Que foi minha curiosidade que não me permitira partir. Já disse a mim mesma uma infinidade de coisas, mas acho que você também não vai acreditar. Me virei em direção à maçaneta e abri a porta de seu quarto. Estava um breu. Dei alguns passos à procura dele, em meio à escuridão. Subitamente a porta bateu atrás de mim. Meus cabelos se eriçaram. A escuridão foi lentamente revelando algumas sombras. Meus olhos percorriam o cômodo imenso freneticamente, buscando pela sua silhueta. Subitamente ouvi o ranger das argolas no trilho, quase me matando de susto, e a cortina pesada sendo puxada, deixando a luz do luar entrar no quarto. Agora eu podia vê-lo claramente, à medida que se aproximava. Também podia ouvir sua respiração descompassada e, então, notei que ele ofegava. Minha respiração também ficou mais acelerada e eu tentava desesperadamente encher os pulmões de ar. Era como se o quarto imenso tivesse sido reduzido à metade ao dar-me conta do porte gigantesco da Fera. O medo corria em minhas veias, deixando-me em estado de alerta quanto ao que havia ao redor. A Fera se aproximou lentamente, até ficar tão próximo que eu podia sentir seu hálito morno em minha pele. Até me arrisquei a pensar que sentia o calor vindo de seus olhos. Ele era quase meio metro mais alto que eu, com ombros largos, que mediam quase três vezes o meu tamanho. Havia um brilho incomum em seus olhos escuros. Eu me arrepiei, apesar do calor que emanava dele.
-Se você não quer que sua camisola seja destruída, tire-a já - Disse Alfonso, finalmente. Ele tinha um tom casual, mas seu comportamento era contido, revelando o esforço para manter o controle. Sua voz era áspera e tão profunda que ele mal conseguia transmitir a linguagem humana. Sua presença me dominava e oprimia. Seu olhar me hipnotizava. Seu hálito me queimava. Não havia nada que me lembrasse do amigo meigo com quem eu compartilhara tantas refeições. Ainda assim, ao olhar em seus olhos, pasma, uma nova sensação brotava dentro de mim, misturando-se ao medo. Totalmente imóvel, exceto por meu coração disparado, eu enfrentava meu apuro (enquanto isso, a sensação persistia e aumentava, até que subitamente me senti estranhamente excitada). Nesse estado, eu só via a situação de forma superficial e ponderava comigo mesma: Que poder eu teria para resistir ao Alfonso? De fato, resistência parecia algo improvável com ele ali, altivo, acima de mim, silenciosamente esperando que eu obedecesse à sua ordem. Do que ele seria capaz, se eu não concordasse, eu não me atreveria a especular. A Fera que estava ali à minha frente parecia pronta para atacar ao menor movimento meu. No entanto, eu desconfiava ligeiramente que a Fera se empenharia ao máximo para ceder à minha vontade, desde que eu não tentasse fugir. Durante o tempo em que fiquei ali, que me pareceram horas, apesar de terem sido provavelmente meros segundos, fui tomada por uma excitação que aos poucos crescia dentro de mim, sem admitir que não estava nem um pouco desesperada pelo fim daquela situação. Com um movimento súbito, tirei a camisola, antes que mudasse de idéia. Muito agitada, fiquei aguardando pelo próximo passo dele, mas ele permanecia em silêncio por um tempo que pareceu interminável. Eu me perguntava se ele poderia ouvir meu coração frenético e seu eco ruidoso em meus ouvidos. Alfonso lentamente ergueu sua mão enorme e acariciou levemente meu rosto. Gemi de susto ao senti-lo. Sua mão era tão áspera que quase provocava dor ao toque.
Autor(a): Daninha_Ponny
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Sua mão era tão áspera que quase provocava dor ao toque. Os olhos da Fera momentaneamente faiscaram de raiva, mas logo se aquietaram enquanto me estudavam, confusos. – Não quero machucá-la, Any - Sussurrou ele. -Você é quem controla o destino de nós dois. - Não consegui compreender o significado de suas pala ...
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