Fanfic: Meu primeiro e único amor -AyA (Adaptada) [Finalizada] | Tema: Romance + Hot

Depois de três toques a própria Sra. Portilla atendeu:

- Alfonso? – a voz dela estava ansiosa.

- Oi, tia Joyce, tudo bem com a senhora? Algum problema?

- Tudo bem, querido, nenhum problema. Ela hesitou por instantes e continuou – parabéns pelo seu noivado, filho, fico muito feliz por você ter encontrado a mulher certa para você, já estava na hora, não é mesmo?

- Obrigado, tia. – Alfonso jamais admitiria para ninguém, que Belinda talvez não fosse realmente a mulher certa.

Ele percebeu que Joyce tinha algo mais para dizer, esperou alguns segundos, então ela perguntou:

- Anahí está em Dallas, você já a viu?

- Sim, almoçamos juntos. Eu, Maite e minha noiva.

- Ela já conheceu sua noiva? Isso é bom, muito bom...

Alfonso achou estranho o jeito de falar da Sra. Portilla . Será que ela sabia de alguma coisa? Deus! Será que ela sabia... daquele... daquilo?

- Tia, a senhora não me parece bem, o que há?

- Ah, querido, é tão difícil para eu falar sobre isso, afinal Anahí é minha filha e você é como um filho também para mim... Eu sei que não devo me meter na vida de duas pessoas adultas, mas... acho que agora que você está noivo, eu possa ficar mais tranqüila...

- Tia, do que a senhora está falando?Anahí chegou bem, ela está bem, não está?

- Sim, bem até demais... Eu vou ser franca com você, filho, afinal você conhece Anahí desde que ela nasceu. Você sabe que quando ela põe uma coisa na cabeça, ninguém consegue remove-la, pois bem, querido, ah, como isso é difícil, mas... bem, ela acha que ama você e foi até aí para destruir seu noivado com essa moça.

- Tia, isso é um absurdo, Anahí, sempre foi como uma irmã para mim e ela sabe disso – Alfonso mentia muito bem quando precisava, a única coisa que conseguia pensar era que seus maiores temores eram reais, Annie ainda o amava depois de todo aquele tempo e estava disposta a tudo para conquistá-lo e a confirmação vinha de sua própria mãe. É, realmente ele estava perdido.

- Sim, eu sei que você se sente assim, em relação a ela...

Mal sabe a senhora como me sinto, pensou ele.

- Mas eu gostaria, mesmo assim, de lhe pedir um favor. Anahí  é uma mulher linda, atraente... e você um homem saudável e bem, não muito recatado.

Alfonso riu com a maneira gentil de sua tia dizer-lhe que o achava um pervertido.

Joyce continuou:

 - Por favor, Alfonso, não dê esperanças a ela, não se deixe seduzir... não transforme minha filha em mais uma de sua lista.

Nossa essa foi pesada.

- Tia Joyce, eu...

- Eu posso até estar sendo injusta com você, mas seu passado o condena, não em relação à Anahí é claro, mas... Você é um homem experiente, não são somente nos quinze anos que os separam, mas também nessa vasta experiência.

Apesar de Poncho saber que Joyce estava certa, aquele ar de “você não serve para minha adorada filha” não o agradou em absoluto. E acabou sendo rude:

- Resumindo, tia Joyce: “mantenha suas mãos longe da minha filha, você não é o homem certo para ela”. Pode ficar em paz, tia, Anahí está a salvo.

- Poncho, eu não quis ofendê-lo...

- Não, tudo bem, a senhora mesma disse, meu passado me condena, não é mesmo? Qual a mãe que me gostaria como genro? Tenho sorte, pois Belinda é órfã, assim não tenho que me preocupar, não é?

- Me desculpe filho, tenha uma boa noite.

A Sra.  Portilla desligou sem ao menos deixar Alfonso responder.

Quando ele iria parar de agir como uma criança quando o assunto era Anahí ? Ele havia sido mal educado, ele sabia disso, mas toda aquela conversa o deixara nervoso.

Ele sabia que não era o homem certo para Anahí, ninguém precisava ficar esfregando isso em sua cara. Afinal, o que ele sentia por Anahí era puro e simples desejo e eles estavam realmente anos-luz de distância, não somente na idade, como sua tia Joyce dissera, mas em vivência. Anahí precisava conhecer um rapaz de sua idade, que não tivesse um coração calejado e não possuísse uma lista de mulheres em seu currículo.

Deus, ele sabia de tudo isso, mas como aceitar que Anahí não podia ser sua?  Como imaginar um outro homem que não fosse ele, tocando-a?

Nesse instante o seu celular vibrou, olhou para o identificador de chamadas era o celular de seu pai, problemas na empresa, era só o que faltava para completar o seu dia:

- Olá, papai, tudo bem?

- Boa-tarde filho. Já em casa?

Apesar de se sentir estressado e cansado como nunca se sentia, ouvir a voz de seu pai sempre era muito bom. Seu pai, um homem vigoroso de 58 anos, sempre fora seu herói, mentor, inspirador. Era um homem forte, forjado no trabalho duro do campo, na terra seca do Texas. Era um homem que acreditava nas tradições, no amor a família, na honestidade nos negócios e na importância dos amigos. Era um homem franco até demais, dando a impressão para as pessoas que não o conheciam, que era um homem rude, severo, quando na verdade era um homem com um grande coração, por isso e por outras qualidades e defeitos, era sempre bom conversar com ele:

- Sim, decidi vir mais cedo. Ainda estou com o fuso horário de Londres na cabeça e não estava me sentindo disposto para continuar no escritório. Tenho certeza que depois que tiver uma boa noite de sono, estarei inteiro novamente.

- Claro filho, não liguei para você poder se justificar. É um assunto um pouco mais delicado do que isso.

Ah, não, não seu pai...

Será que as pessoas não notavam que ele já era um homem feito, que coisa era essa agora dos outros se intrometerem em sua vida daquela maneira?