Fanfic: Meu primeiro e único amor -AyA (Adaptada) [Finalizada] | Tema: Romance + Hot

Assim como Anahí, sua mãe não conseguira se conter e haviam contado para todas as pessoas interessadas sobre o noivado.

A mãe de Alfonso não poderia estar mais exultante, preferia mil vezes Anahí como esposa de seu filho, do que a modelo que Poncho apresentara a menos de três dias atrás.

Porém Harry Herrera não se manifestara; não sabia o que pensar. Não sabia o que fizera o filho mudar de idéia. Num dia estava de casamento marcado com uma total estranha, no outro aparecia “noivo” da vizinha. Vizinha essa que era quinze anos mais nova que ele, fora criada como a uma irmã e voltara a vida de Poncho somente a dois dias. Tudo era muito estranho, não podia concordar com aquilo. E agora parecia que estava sozinho nessa opinião, pois até a mãe de Annie que no dia anterior, implorara para ele tentar afastá-los estava adorando a idéia. Tudo bem que seu filho já era um homem feito, mas Anahí ainda não passava de uma menina. E o que mais o preocupava era que seu instinto de pai, dizia-lhe que os sentimentos de Alfonso por Annie eram fortes, como ele nunca havia sentindo por ninguém. Também sabia que todo o tempo em que o Poncho “brincara” de Don Juan, ele na verdade esperara por ela. Mas os jovens hoje eram tão inconstantes! E se o que Anahí sentisse fosse nada mais que um capricho? Seu filho iria sofrer como nunca e talvez nunca se recuperasse e o que mais ele queria era a felicidade dos seus filhos.

Gordon Portilla era a pessoa mais feliz de todas. Ele que era sempre tão calado, sempre deixando que a mãe de Anahí cuidasse da filha sem tentar se intrometer, achou que já era hora de a menina ter se declarado, pois ele podia ser quase mudo em relação à criação da filha, mas não era cego. Ele vira o amor de Anahí por Poncho nascer e florescer, sem que as pessoas se dessem conta do fato. Mas ele sabia: se Annie queria Poncho, ela o teria, somente seria uma questão de tempo. Aquela era sua garota!

A Sra. Mavis chorou feito uma criança, contando a novidade para todos que encontrava, tal era sua felicidade. Dera-se até o direito de abraçar o patrão, que foi quem lhe dera a boa notícia.

Maite simplesmente deixou o ateliê aos cuidados de seus funcionários e correu para casa para saber de todos os detalhes, de todos mesmo, até os mais sórdidos. E Annie como sua melhor amiga, não a poupou de nenhum. A ponto de Maite ter que pedir que ela parasse, pois estavam falando de seu irmão!

Depois de algumas horas de sono reparador, Alfonso acordou e a primeira coisa que fez foi ligar para Annie para dizer a hora que seu vôo pousaria em Dallas.

Ouvir-lhe a voz, sentir sua alegria e seu pedido tímido de desculpas, pois todos já sabiam sobre o noivado; era reconfortante. Queria por os olhos em Anahí e saber que no seu mundo estava tudo bem e esquecer a última cena que tivera com Belinda. Tinha que acreditar que sua intuição estava certa, que caso Belinda estivesse grávida, ela lhe daria o bebê! Não queria mais pensar nesse assunto, até ter certeza sobre o estado dela.

Chegou ao aeroporto, certo que somente Gómez o esperaria, mas qual não foi sua surpresa ao ver toda a sua família e a de Annie ali.

Abriu um sorriso e viu o lado mais travesso de Annie entrar em ação, ela correu até ele e pulou no seu colo, enlaçando as pernas que ele tanto amava em sua cintura, cobrindo-o de beijos, dando a todos no aeroporto um espetáculo e tanto. Mas ele não se importava mais, ele somente queria ser feliz!

E ela falou apertando-o quase o sufocando:

- Já estava com saudades! Eu não consigo mais pensar em ficar longe de você!

- Eu também estava com saudades de você, moleca! – Poncho abaixou-a até o chão.

Todos se aproximaram cumprimentando-o efusivamente. Poncho notou que seu pai era o mais controlado e mais distante, como se algo o preocupasse. Notou também que ninguém perguntou como havia sido com Belinda, pensou por fim, seu casamento com Belinda não havia sido tão bem aceito como ele imaginara.

Poncho queria conversar com Annie sobre a provável gravidez de Belinda, a sós, mas ele percebeu que não seria possível naquele dia, onde todos falavam ao mesmo tempo e estavam tão felizes. Ele decidiu esquecer o assunto por hora e se deixar envolver pela alegria contagiante, apesar do cansaço.

Chegaram ao apartamento de Alfonso e o almoço já estava servido. Ele estava tonto de sono, era o fuso horário e a correria cobrando seus efeitos, mas todos estavam tão empolgados, sentados em sua mesa de jantar, conversando sobre o casamento, brindando, que ele deixou sua fadiga de lado. Quase no fim do almoço o pai de Alfonso perguntou inocente:

- Vocês já decidiram onde vão morar, depois de casados? – bem não era uma pergunta tão inocente assim, pois ele já imaginava a resposta.

E Poncho e Annie responderam juntos:

- Aqui, em Dallas.

- Em Carlson.

E os dois olharam-se espantados. E a conversa animada cessou. Todos olhando os noivos, esperando uma reação, por fim Anahí falou:

- Eu não posso morar aqui...

Poncho levantou-se e pediu:

- Annie, venha comigo, por favor. Com licença – sem dizer mais uma palavra conduziu Anahí até a sala branca.

Fechou a porta e sentaram-se em um dos sofás. Ele começou:

- Bem, isso foi uma surpresa para mim. Mas tenho certeza que você entenderá que não poderemos morar em Carlson, meu trabalho, minha casa estão aqui.

- E eu também não posso abandonar minha casa, meu trabalho...

- Você não trabalha! Nem terminou sua faculdade. Creio que você possa começar sua vida em qualquer lugar.

- Por que eu tenho que começar minha vida em outro lugar? Eu cresci sabendo o que queria. Minha vida é no haras de meu pai, com meus cavalos. Ou em qualquer outro lugar onde eu possa estar em contato com esses animais – Annie parecia inconsolável – você mais do que ninguém sempre soube o que eu queria para mim, achei que você entenderia... E eu não gosto de morar aqui, meu lugar não é aqui – a voz de Annie já havia se alterado.

- Por favor, fale baixo, ninguém precisa saber o que estamos discutindo.

- Todos sabem sobre o que estamos discutindo aqui! – ela se levantou e se afastou, dirigindo-se a janela.

- Annie, eu não posso deixar tudo o que eu construí aqui, somente porque você quer...

- Você já trabalhou no haras antes, pode simplesmente transferir seus negócios de novo para lá.

- Não, não posso. Tudo é diferente agora. Não são somente os cavalos ou o gado, há o petróleo. O centro de todas as minhas atividades está aqui em Dallas. Pessoas perderiam seus empregos. Eu perderia clientes. Minha casa é aqui!

- Não, tudo bem, eu já entendi! Já que eu vou ser a esposinha, eu que mude toda minha vida para me encaixar na sua. Mas fique sabendo Sr. Herrera, que eu não mudarei minha vida por ninguém, nem por você! – e completou chorando – eu achei que você seria o único homem que não tentaria mudar-me, pois me conhece melhor que qualquer outra pessoa, mas eu me enganei... Deixei-me cegar pelo amor que sinto...