Fanfics Brasil - Crônicas Vampiricas { Despertar} DyC

Fanfic: Crônicas Vampiricas { Despertar} DyC


Capítulo: 9? Capítulo

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Capítulo Quatro


Na hora que Dulce alcançou seu armário, o entorpecimento estava passando e o
caroço em sua garganta estava tentando se dissolver em lágrimas. Mas ela não
choraria na escola, ela disse à si mesma, ela não iria. Depois de fechar
seu armário, ela foi em direção a saída principal.
Pelo segundo dia consecutivo, ela estava voltando para casa logo depois do
último sinal, e sozinha. Tia Judith não iria conseguir lidar com isso. Mas
quando Dulce chegou em casa, o carro de tia Judith não estava na garagem; ela e
Margaret devem ter ido ao supermercado. A casa ainda estava quieta e pacífica
enquanto Dulce entrava.
Ela estava grata por essa quietude; ela queria ficar sozinha agora. Mas, por
outro alado, ela não sabia exatamente o que fazer consigo mesma.
Agora que ela finalmente podia chorar, ela descobriu que as lágrimas não
vinham. Ela deixou sua mochila afundar no chão do corredor da frente e andou
lentamente na sala de estar.
Era uma bonita e impressionante sala, a única parte da casa fora o quarto de Dulce
que pertencia à estrutura original. Aquela primeira casa fora construída antes
de 1861, e fora quase queimada completamente na Guerra Civil. E tudo que pôde
ser salvo foi essa sala, com sua elaborada lareira emoldurada por curvas, e o
grande quarto acima. O bisavô do pai de Dulce tinha construído uma casa nova, e
os Gilberts moraram lá desde então.
Dulce se virou para olhar por uma das janelas que iam do teto até o chão. O
vidro era tão velho que estava grosso e oscilante, e tudo do lado de fora
estava distorcido, parecendo levemente embriagado. Ela se lembrou da primeira
vez em que seu pai a mostrou aquele velho vidro oscilante, quando ela era mais
nova do que Margaret era agora.


A sensação de algo em sua
garganta estava de volta, mas ainda assim as lágrimas não vinham. Tudo dentro
dela era contraditório. Ela não queria companhia, e ainda assim ela estava
dolorosamente solitária. Ela queria pensar, mas agora que ela estava
tentando, seus pensamentos a evitavam como um rato correndo de uma coruja
branca.
Coruja branca... ave de caça… comedora de carne… corvo, ela pensou. “O maior
corvo que eu já vi,” Matt tinha dito.
Seus olhos doeram novamente. Pobre Matt. Ela o tinha machucado, mas ele fora
tão bonzinho quanto a isso. Ele tinha sido bonzinho até com o Christopher.
Christopher. Seu coração fez um
baque, forte, espremendo duas lágrimas quentes em seus olhos. Pronto,
finalmente ela estava chorando. Ela estava chorando de raiva e humilhação e
frustração – e o que mais?
O que ela tinha realmente perdido hoje? O que ela realmente sentia por esse
estranho, esse Christopher Salvatore? Ele era um desafio, sim, e isso o deixava
diferente, interessante. Christopher era exótico… excitante.
Engraçado, isso era o que algumas vezes os caras tinham dito à Dulce que ela era. E mais tarde ela ouvia deles, ou de seus amigos ou irmãs, o quão nervosos
eles estavam antes de sair com ela, como suas palmas ficaram suadas e seus
estômagos estavam cheios de borboletas. Dulce sempre achou tais histórias
divertidas. Nenhum garoto que ela conhecera já a fez ficar nervosa.
Mas quando ela falara com Christopher hoje, seu pulso estivera acelerado, seus
joelhos bambos. Suas palmas estiveram molhadas. E não havia tido borboletas em
seu estômago – havia tido morcegos.
Ela estava interessada no cara porque ele a deixava nervosa? Não é uma razão
muito boa, Dulce, ela disse à si mesma. De fato, uma razão muito ruim.


Mas também tinha aquela boca.
Aquela boca esculpida que fez seus joelhos ficarem bambos com algo totalmente
diferente do que nervosismo. E aquele cabelo escuro como a noite – seus dedos
coçavam para se entrelaçar naquela suavidez. Aquele corpo flexível e de
músculos lisos, aquelas pernas longas... e aquela voz. Fora a voz dele que a
fizera se decidir ontem, deixando-a absolutamente determinada a tê-lo. Sua voz
era frio e desdenhosa quando estivera falando com o Sr. Tanner, mas
estranhamente convincente para tudo aquilo. Ela se perguntou se poderia ficar
escura como a noite também, e como soaria dizendo seu nome, sussurrando seu
nome...
"Dulce!"
Dulce pulou, seu devaneio destruído. Mas não era Christopher Salvatore
chamando-a, era a tia Judith tagarelando na porta da frente aberta.
"Dulce?" Dulce!" E essa era Margaret, sua voz estridente e
sibilante. “Você está em casa?”
Sofrimento fluíu por Dulce novamente, e ela deu uma olhada na cozinha. Ela não
podia encarar as perguntas preocupadas de sua tia ou a inocente animação de
Margaret agora. Não com seus cílios molhados e novas lágrimas ameaçando a qualquer
minuto. Ela tomou uma decisão rápida e silenciosamente deslizou pela porta de
trás enquanto a porta da frente batia ao fechar.
Logo que estava fora da varanda de trás e entrou no quintal, ela hesitou. Ela
não queria encontrar ninguém que ela conhecia.
Mas aonde ela podia ir para ficar sozinha?
A resposta veio quase instantaneamente. É claro. Ela iria ver sua mãe e seu
pai.
Era uma caminhada razoavelmente longa, quase na beira da cidade, mas nos
últimos três anos se tornara familiar para Dulce. Ela cruzou a Ponte Wickery e
subiu a colina, para além da Igreja arruinada, então desceu para o pequeno vale
adiante.
Essa parte do cemitério era bem-cuidada; era a parte antiga que permitiam ficar
levemente selvagem.
Aqui, a grama estava primorosamente aparada, e buquês de flores salpicavam
cores brilhantes. Dulce sentou-se na grande lápide de mármore com “Gilbert”
entalhado na frente.


“Oi, mãe. Oi, pai,” ela
sussurrou. Ela se inclinou para colocar flores não-me-toque roxas que ela havia
pego à caminho em frente ao mercado. Então ela enroscou sua pernas debaixo de
si e simplesmente sentou.
Ela vinha aqui regularmente após o acidente. Margaret tinha somente um ano
quando o acidente de carro aconteceu; ela não lembrava bem deles. Mas Dulce
lembrava. Agora ela deixava sua mente folhear pelas memórias, e o caroço em sua
garganta inchou, e as lágrimas vieram mais facilmente. Ela sentia tanto a falta
deles, ainda. Mamãe, tão jovem e bonito, e papai, com um sorriso que enrugava
seus olhos.
Ela tinha sorte de ter tia Judith, é claro. Não era toda tia que se despediria
do trabalho e se mudaria para uma cidadezinha para tomar conta de duas
sobrinhas orfãs. E Robert, o noivo de tia Judith, era mais como um padrasto
para Margareth do que um futuro tio-por-casamento.
Mas Dulce se lembrava de seus pais. As vezes, logo depois do funeral, ela tinha
vindo aqui para brigar com eles, com raiva deles por terem sido tão estúpidos a
ponto de morrerem. Isso foi quando ela não conhecia muito bem a tia Judith, e
tinha sentido que não havia mais lugar na Terra aonde ela pertencesse.
Aonde ela pertencia agora? ela se perguntou. A resposta fácil era, aqui, em
Fell’s Church, aonde ela havia vivido sua vida toda. Mas ultimamente a resposta
fácil parecia errada. Ultimamente ela sentia que devia ter alguma outra coisa
lá fora para ela, algum lugar que ela reconheceria de primeira e chamaria de
lar.
Uma sombra caiu sobre ela, e ela olhou para cima, assustada. Por um instante,
as duas figuras paradas sobre ela eram alienígenas, estranhas, vagamente ameaçadoras.
Ela encarou, congelada.
“Dulce,” disse a menor figura agitadamente, as mãos nos quadris, “às vezes eu
me preocupe com você, realmente me preocupo.”
Dulce piscou e então riu brevemente. Eram Bonnie e Meredith. “O que uma pessoa
tem que fazer para conseguir um pouco de privacidade por aqui?” ela disse
enquanto elas sentavam.


“Diga-nos para ir embora,”
sugeriu Meredith, mas Dulce só deu de ombros. Meredith e Bonnie tinham vindo
aqui muitas vezes para encontrá-la nos meses depois do acidente. De repente,
ela se sentiu feliz por isso, e grata à ambas. Se a nenhum outro lugar, ela
pertencia às amigas que ligavam para ela. Ela não se importava se elas
soubessem que ela estivera chorando, e ela aceitou os lencinhos amassados que
Bonnie ofereceu e limpou seus olhos.
As três sentaram juntas em silêncio por um tempo, observando o vento agitar o
grupo de árvores de carvalho na beira do cemitério.
“Eu sinto muito sobre o que aconteceu,” Bonnie disse por fim, com uma voz
suave. “Aquilo foi realmente terrível.”
“E o seu nome do meio é ‘Tato,’” disse Meredith. “Não poderia ter sido tão
ruim, Dulce.”
“Você não estava lá.” Dulce se sentiu ficando quente novamente com a memória. “Foi terrível. Mas eu não ligo mais,” ela acrescentou categoricamente, com despeito.
“Eu estou farta dele. Eu não o quero mais.”
"Dulce!"
“Eu não quero, Bonnie. Ele obviamente se acha bom demais para – para
americanos. Então ele pode simplesmente pegar aqueles óculos de sol de designer
e..."
Houve bufos de risada das outras garotas. Dulce assou seu nariz e balançou sua
cabeça. “Então,” ela disse à Bonnie, determinada a mudar o assunto, “pelo menos
Tanner pareceu estar com um humor melhor hoje.”
Bonnie pareceu atormentada. “Você sabe que ele fez eu me recrutar para ser a
primeira a fazer meu relatório oral? Eu não me importo, de qualquer forma; eu
vou fazer o meu sobre os druidas, e –”
“Sobre o quê?”
“Druí-das. Os velhos esquisitos que construíram Stonehenge e faziam mágica e
coisa e tal na antiga Inglaterra. Eu descendo deles, e é por isso que eu sou
vidente.”
Meredith bufou, mas Dulce  franziu a
testa para o talo de grama que ela estava girando entre seus dedos. “Bonnie,
você realmente viu alguma coisa ontem na minha palma?” ela perguntou
abruptamente.


Bonnie hesitou. “Eu não sei,”
ela disse por fim. “Eu – eu pensei que tinha naquela hora. Mas às vezes
minha imaginação me escapa.”
“Ela sabia que você estava aqui,” disse Meredith inesperadamente. “Eu pensei em
procurar na cafeteria, mas Bonnie disse, ‘Ela está no cemitério.’"
“Disse?” Bonnie pareceu pouco surpresa mas impressionada. “Bem, veja só. Minha
avó em Edimburgo tem a segunda visão e eu também. Sempre pula uma geração.”
“E você descende dos druidas,” Meredith disse solenemente.
“Bem é verdade! Na Escócia eles mantêm as antigas tradições. Você não acreditaria em algumas das coisas que minha avó faz. Ela tem um jeito de descobrir com quem
você vai se casar e quando você vai morrer.
Ela me disse que eu vou morrer cedo.”
“Bonnie!”
“Ela disse. Eu vou estar jovem e bonita no meu caixão. Não acha que isso é
romântico?”
“Não, não acho. Eu acho que é nojento,” disse Dulce. As sombras estavam ficando
mais longas, e o vento estava frio agora.
“Então com quem você vai se casar, Bonnie?” Meredith disse com jeito.
“Eu não sei. Minha avó me disse o ritual para descobrir, mas eu nunca tentei. É
claro” – Bonnie fez uma pose sofisticada – “ele tem que ser escandalosamente
rico e totalmente lindo. Como o nosso misterioso estranho moreno, por exemplo.
Especialmente se ninguém mais o quiser.” Ela lançou um olhar travesso para Dulce.
Dulce recusou a isca. “E quanto à Tyler Smallwood?” ela murmurou inocentemente.
“Seu pai é certamente rico o bastante.”
“E ele não é feio,” concordou Meredith solenemente, “Isso é, é claro, se você
for uma amante de animais. Aqueles enormes dentes brancos.”


As garotas olharam uma para
outra e então simultaneamente caíram na risada. Bonnie jogou um punhado de
grama em Meredith, que a removeu e jogou um dente-de-leão nela. Em algum lugar
no meio disso, Dulce percebeu que ela ia ficar bem. Ela era ela mesma
novamente, não perdida, não uma estranha, mas Dulce Maria  Gilbert, a rainha da Robert E. Lee. Ela puxou
a fita laranja-amarelada de seu cabelo e balançou o cabelo livremente por seu
rosto.
“Eu decidi o que fazer no meu relatório oral,” ela disse, observando com
olhos estreitos enquanto Bonnie tirava com os dedos grama de seus cachos.
“O quê?” disse Meredith.
Dulce inclinou seu queixo e olhou para o céu vermelho e roxo acima da colina.
Ela tomou um ponderado fôlego e deixou o suspense crescer por um momento. Então
ela disse friamente, “A Renascença Italiana.”
Bonnie e Meredith a encararam, então olharam uma para outra e explodiram em
berros e gargalhadas novamente.
“Aha,” disse Meredith quando se recuperaram. “Então a tigresa regressou.”
Dulce mostrou-lhe um sorriso ferino. Sua confiança abalada havia retornado à
ela. E ainda que ela mesma não entendesse, ela sabia de uma coisa: ela não ia
deixar Christopher Salvatore escapar vivo.
“Tudo bem,” ela disse rapidamente. “Agora, escutem, vocês duas. Ninguéma mais
pode saber disso, ou vou ser motivo de riso na escola. E Caroline iria amar
qualquer desculpa para me fazer parecer ridícula. Mas eu ainda quero
ele, e eu vou tê-lo. Eu não sei como ainda, mas eu vou. Até que eu bole um
plano, contudo, nós vamos tratá-lo com indiferença.”
“Oh, nós vamos?”
“Sim, nós vamos. Você não pode tê-lo, Bonnie; ele é meu. E eu tenho que
ser capaz de confiar em você completamente.”
“Espere um minuto,” disse Meredith, um brilho em seu olhar. Ela soltou o
alfinete cloisonné de sua blusa, então, levantando seu dedão, deu uma rápida
picada. “Bonnie, me de sua mão.”
“Por quê?” disse Bonnie, olhando o alfinete com suspeita.
“Porque eu quero me casar com você. Por que você acha, idiota?”


“Mas – mas – Ah, tudo bem. Ai!”
“Agora você, Dulce.” Meredith picou o dedão de Dulce eficientemente, e então
espremeu-o para conseguir uma gota de sangue. “Agoara,” ela continuou, olhando
para as outras duas com brilhantes olhos negros, “todas nós pressionamos os
nossos dedões juntos e juramos. Especialmente você, Bonnie. Jure manter esse
segredo e fazer o que quer que Dulce peça em relação à Christopher.”
“Olha, jurar com sangue é perigoso,” Bonnie protestou seriamente. “Quer dizer
que você tem que ser fiel ao seu juramente não importa o que acontecer, não
importa o que, Meredith.”
“Eu sei,” disse Meredith cruelmente. “É por isso que eu estou dizendo para você
fazer isso. Eu lembro do que aconteceu com Michael Martin.”
Bonnie fez careta. “Isso foi há anos, e nós terminamos logo de qualquer jeito e
– Ah, tudo bem. Eu vou jurar.” Fechando seus olhos, ela disse, “Eu juro manter
isso secreto e fazer qualquer coisa que Dulce peça em relação à Christopher.”
Meredith repetiu o julgamento. E Dulce, encarando as pálidas sombras dos dedões
juntados na reunião do anoitecer, tomou um longo fôlego e disse suavemente, “E
eu juro não descansar até que ele pertença a mim.”
Uma rajada fria de vento soprou pelo cemitério, ventilando o cabelo das meninas
e fazendo com que folhas secas se agitassem no chão. Bonnie arfou e recuou, e
todas olharam ao redor, então riram nervosamente.
“Está escuro,” disse Dulce, surpresa.
“É melhor irmos para casa,” Meredith disse, fixando seu alfinete enquanto
ficava de pé. Bonnie se levantou, também, colocando a ponta de seu dedão em seua
boca.
“Tchau,” disse Dulce suavemente, encarando a lápide. A flor roxa era um borrão
no chão. Ela pegou a fita laranja-amarelada que descansava ao lado dela,
virou-se, e acenou para Bonnie e Meredith. “Vamos.”


Silenciosamente, elas se
dirigiram à colina em direção à Igreja arruinada. O juramento feito com sangue
deu-lhes uma sensação solene, e enquanto elas passavam pela Igreja arruianada
Bonnie estremeceu. Com o Sol se pondo, a temperatura tinha abaixado
abruptamente, e o vento estava subindo. Cada rajada mandava sussuros pela grama
e fazia com que as antigas árvores de carvalho agitassem suas folhas suspensas.
“Eu estou congelando,” Dulce disse, parando por um momento no buraco negro que
uma vez fora a porta da Igreja e olhando para baixo para a paisagem.
A Lua ainda não tinha se erguido, e ela apenas podia perceber o antigo
cemitério e a Ponte Wickery além dele. O antigo cemitério datava dos dias da
Guerra da Secessão, e muitas das lápides tinham nomes de soldados.
Parecia selvagem; arbustos e grandes ervas daninhas cresciam nas sepulturas, e
heras americanas abundavam granitos decadentes. Dulce nunca gostara dele.
“Parece diferente, não? Na escuridão, quero dizer,” ela disse instavelmente.
Ela não sabia como dizer o que ela realmente quisera dizer, que não era um
lugar para os vivos.
“Nós podíamos ir pelo caminho longo,” disse Meredith. “Mas isso significaria
outros vinte minutos de caminhada.”
“Eu não me importo ir por esse caminho,” disse Bonnie, engolindo em seco. “Eu
sempre disse que queria ser enterrada no antigo.”
“Dá pra parar de falar sobre querer ser enterrada?” Dulce repreendeu, e começou
a descer a colina. Mas quando mais ela descia pelo estreito caminho, mais
desconfortável ela se sentia. Ela diminuiu até que Bonnie e Meredith a
alcançaram. A medida que elas se aproximavam da primeira lápide, seu coração
começou a bater mais forte. Ela tentou ignorá-lo, mas toda sua pele estava
formigando com percepção e os pelinhos em seus braços estavam levantados. Entre
as rajadas de vento, todo som parecia horrivelmente magnífico; o esmagamento de
seus pés contra o caminho de folhas espalhadas era ensurdecedor.


A Igreja arruinada era uma
silhueta preta atrás delas agora. O caminho estreito conduzia-se entre as
lápides incrustadas com líquen, muitas das quais eram maiores que Meredith.
Grandes o bastante para algo se esconder atrás, Dulce pensou
desconfortavelmente. Algumas das próprias lápides eram amedrontadoras, como a
com o querubim que parecia um bebê de verdade, exceto que sua cabeça tinha
caído e tinha sido cuidadosamente colocada sob seu corpo. Os grandes olhos da
cabeça de granito estavam vazios. Dulce não conseguia desviar seu olhar dele, e
seu coração começou a golpear.
“Por que nós estamos parando?” disse Meredith.
“Eu só... sinto muito,” Dulce murmurou, mas quando se forçou a virar ela
imediatamente endureceu.
“Bonnie?” ela disse. “Bonnie, qual é o problema?”
Bonnie estava encarando diretamente o cemitério, seus lábios separados, seus
olhos tão arregalados e vazios quanto os do querubim de pedra. Medo passou pelo
estômago de Dulce. “Bonnie, pare com isso. Pare! Não é engraçado.”
Bonnie não respondeu.
“Bonnie!” disse Meredith. Ela e Dulce olharam uma para outra, e de repente Dulce
sabia que tinha que escapar. Ela girou para começar a descer o caminho, mas uma
voz estranha falou atrás dela, e ela se virou rapidamente.
“Dulce,” a voz disse. Não era a voz de Bonnie, mas vinha da boca de Bonnie.
Pálida na escuridão, Bonnie ainda estava encarando o cemitério. Não havia
expressão em seu rosto de jeito nenhum.
“Dulce,” a voz disse de novo, e acrescentou, a medida que a cabeça de Bonnie
virava em direção à ela, “há alguém esperando lá fora por você.”
Dulce nunca soube bem o que aconteceu nos próximos minutos. Algo pareceu se
movimentar entre as escuras sombras curvadas da lápide, mudando e se elevando
entre elas. Dulce berrou e Meredith gritou por ajuda, e então ambas estavam
correndo, e Bonnie estava correndo com elas, berrando, também.


Dulce percorreu o estreito
caminho, tropeçando em pedras e protuberâncias de raíz de grama. Bonnie estava
soluçando por ar atrás delas, e Meredith, a calma e cínica Meredith, estava
ofegando selvagemente. Houve uma repentina batida e um som agudo em uma árvore
de carvalho acima deles, e Dulce descobriu que ela podia correr mais rápido.
“Há algo atrás de nós,” Bonnie chorou estridentemente. “Ah, Deus, o que está
acontecendo?”
“Vão para a ponte,” arfou Dulce através do fogo em seus pulmões. Ela não sabia
porque, mas ela sentia que elas tinham que chegar lá. “Não pare, Bonnie! Não olhe
para trás!" Ela agarrou a manga da outra garota e a arrastou.
“Eu não consigo,” Bonnie choramingou, agarrando com força seu lado, seu ritmo
hesitando.
“Sim, você consegue,” resmungou Dulce, agarrando a manga de Bonnie novamente e
a forçando a continuar se movendo. “Vamos. Vamos!”
Ela viu o brilho prateado de água perante elas. E ali estava a clareira entre
as árvores de carvalho, e a ponte mais à frente. As pernas de Dulce estavam
tremendo e seu fôlego estava sibilando em sua garganta, mas ela não ia se
deixar retardar. Agora ela podia ver as tábuas de madeira da ponte para
pedestres. A ponte estava há seis metros delas, três metros, um e meio.
“Nós conseguimos,” ofegou Meredith, os pés trovejando na madeira.
“Não parem! Cheguem ao outro lado!”
A ponte rangeu a medida que elas corriam vacilantemente por ela, seus passos
ecoando pela água. Quando ela pulou na terra comprimida na margem distante, Dulce
por fim soltou a manga de Bonnie, e permitiu que suas pernas cambaleassem e
parassem.
Meredith estava curvada, as mãos nos quadris, respirando profundamente. Bonnie
estava chorando.
“O que foi isso? Ah, o que foi isso?” ela disse. “Ainda está vindo?”
“Eu pensei que você fosse a expert,” Meredith disse instavelmente. “Peloe amor
de Deus, Dulce, vamos cair fora daqui.”


“Não, está tudo bem agora,” Dulce
sussurou. Havia lágrimas em seus próprios olhos e ela estava tremendo, mas o
hálito quente na parte de trás de seu pescoço tinha sumido. O rio se esticava
entre ela e aquilo, as águas um tumulto escuro. “Aquilo não pode nos seguir
aqui,” ela disse.
Meredith a encarou, então a outra margem com suas árvores de carvalho
agrupadas, então Bonnie. Ela molhou seus lábios e riu brevemente. “Claro. Não
pode nos seguir. Mas vamos para casa de qualquer jeito, está bem? A não ser que
você queira passar a noite aqui.”
Algumas sensações inomeáveis estremeceram por Dulce. “Não hoje, obrigada,” ela
disse. Ela colocou um braço ao redor de Bonnie, que ainda estava fungando.
“Está tudo bem, Bonnie. Nós estamos a salvo agora. Vamos.”
Meredith estava olhando através do rio novamente. “Sabe, eu não vejo nada lá
trás,” ela disse, sua voz mais calma. “Talvez não houvesse nada atrás de nós de
modo algum; talvez nós simplesmente entramos em pânico e nos assustamos. Com
uma ajudinha de nossa sacerdotisa druída aqui.”
Dulce não disse nada a medida que elas começaram a caminhar, mantendo-se muito
juntas pelo caminho de terra. Mas ela queria saber. Ela queria muito saber.


 


c comentarem amanhã eu posto


bju


.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 21



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  • damonlsalvatore Postado em 19/12/2009 - 09:28:59

    Seu nome não é Maria. Seu nome é Elena. Seu nome não é Christopher. Seu nome é Stefan. Você viola direitos reservados! Diga seus nomes.

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:47:12

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