Fanfic: A Cegueira AyA - Adaptação | Tema: Ponny - RBD

<Font Color="#00008B"> “Mãe! Que diabos você ta fazendo aqui?!?!?” – Anny falou com fúria na voz. Soou baixo e perigoso. Nunca a ouvi falar assim.

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Mãe? A mãe dela? A mulher que me odiava? Puta merda... pensei pra mim mesmo. Tchau, tchau noite romântica...

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“Você não retornava meu e-mails, nem minha ligações... O que mais você queria que eu fizesse?” – a Sra. Portilla rosnou alto. Agora eu sei de onde a Anny tirou isso. Ela devia estar há menos de 5 metros de nós, provavelmente na porta do apartamento – “E não se atreva a usar desse tom comigo, mocinha!”

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“Eu não respondi nenhum dos seus telefonemas ou e-mails e eu avisei que não faria. Não enquanto você se comportar desse... desse.. desse jeito!” – ela rosnou de volta, mais alto ainda.

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“Você não tem o direito de me ignorar!”

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“Quem disse? Não é por que você me trouxe ao mundo que você tem que me tratar como uma eterna criança. Eu avisei que seria assim se você não se comportasse no mínimo civilizadamente!” – Anny retorquiu brilhantemente. E eu fiquei com a sensação de que essa discussão já aconteceu antes.

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Tudo que eu pude fazer foi ficar ali escutando. Segurando Anny pela cintura já que quando ela respondia a alguma coisa que a mãe dizia ela avançava com se fosse mordê-la. Por mais que a Sra. Portilla merecesse, eu não permitira que a Anny voasse no pescoço da própria mãe.

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“Escuta aqui Anahí –” – Marichelo começou mas Anny cortou-a

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“Não. Você vai me escutar –” – e essa foi a hora que eu tive que segurar com mais força já que ela quase escapou do meu aperto – “ – seu argumento contra Alfonso é fraco, infantil e idiota. Isso por baixo! Se você não se lembra eu passei toda a minha infância tomando conta de você.” – Anny falou batendo o pé com força no chão tentando a todo custo ir de encontro a mãe.

“E É EXATAMENTE POR ISSO QUE EU NÃO QUERO QUE VOCÊ FIQUE COM ELE. JÁ NÃO BASTA VOCÊ PASSAR A INFÂNCIA CUIDANDO DA MÃE, VAI PASSAR A JUVENTUDE CUIDANDO DO NAMORADO? EU ESTOU TENTANDO ABRIR SEUS OLHOS ANTES QUE VOCÊ ENTRE NUMA SITUAÇÃO QUE NÃO VÁ MAIS CONSEGUIR SAIR. VOCÊ É MUITO

NOVA!” – ela parou abruptamente – “Eu estou dizendo isso por que me preocupo com você” – ela sussurrou a última parte.

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A tensão tomou conta do meu corpo – “Se preocupa? Por que você se preocupa?” – foi a minha vez de rosnar – “Se você se preocupasse tanto como diz, você não trataria sua filha assim. Você não percebe o que faz com ela? Acha certo ela gritar e tremer desse jeito? Ela não toma conta de mim. No nosso relacionamento um toma conta do outro. Um se preocupa com o outro.” – eu estava gritando.

Anny rodou nos meus braços e enterrou a cabeça no meu peito, me abraçando forte.

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“Eu não estou falando com você” – Marichelo cuspiu as palavras regadas de veneno.

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“Cala a boca, Marichelo.” – Anny falou sem emoção – “Ele está certo. Eu não tomo conta dele como se ele necessitasse. Um cuida do outro por que queremos e nos sentimos bem assim. E

se você quer tanto saber quem cuida mais de quem, saiba que seus personagens estão trocados nessa sua cabecinha. É ele quem cuida mais de mim. Ele até comprou uma casa –”

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“Casa? CASA? QUE CASA?”

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“A casa que Anny e eu compramos juntos, Sra. Portilla.” – eu falei ainda segurando Anny contra o meu peito e me surpreendi por ela ainda não estar chorando. Definitivamente ela estava com muita raiva.

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“Vocês compraram uma casa? Vocês vão morar juntos? Vocês são novos demais para morar juntos!” – ela falou num tom tão agudo que chegava a doer os ouvidos – “Porque seu pai não me falou sobre isso? Você já contou pra ele?”