Fanfic: A Cegueira AyA - Adaptação | Tema: Ponny - RBD

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Eu fiquei ouvindo a música por mais alguns segundos, FNT do Semisonic: Fascinante novidade... você me dá prazer... Estou surpreso que nunca te disseram antes... Que você é adorável e perfeita... E que alguém te quer... Estou surpreso que nunca te disseram antes...

Que você não tem preço... sim, você é preciosa... mesmo quando não é novidade...

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“Oi, Anny.” – suspirei mais do que falei seu nome. Eu estava tão feliz por poder falar com ela.

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“Oi bonitão!” – o sorriso na voz evidente. Eu estava tão aliviado por ela não estar chorando ou triste, meu coração estava quase explodindo. “Tudo bem?”

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“Estou sim, estava tirando uma soneca. E por falar nisso, Chris mandou um „oi‟.”

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“Diga „oi‟ pra ele. Ele está bêbado?”

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“Não parece.” – gargalhei – “Ele foi tomar banho. Onde você está?”

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“Eu tô em casa. Maite acabou de chegar e ela está mais animada do que o normal. Acho que vou seguir seus passos e vou pra cama.”

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“E a sua mãe?”

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“Ela decidiu voar pra casa. Acabei de deixa-la no aeroporto. Ela precisa se resolver com o seu namorado.”

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“Ela vai ficar bem?” – perguntei com certo receio.

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“Eu espero que sim. Alfonso...” – ela parou de falar como se tivesse pensado melhor e não quisesse mais me contar o que era.

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“O que houve? Você pode me contar tudo Anny.” – eu a encorajei. Eu ouvi quando ela respirou fundo e decidiu falar.

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“Eu falei sobre a cirurgia com a minha mãe.”

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“Ohhh” – foi tudo que consegui responder.

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“Ela me disse para ficar sempre ao seu lado não me importando se você decidir por fazer ou não a cirurgia. Que você vai me amar não importa o que aconteça.”

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“Bem, ela está mais que certa. Sabe de uma coisa? Vez ou outra você devia ouvir a sua mãe!”

– eu falei num tom alegre tentando anima-la. Com essa piada, também quis deixar claro que eu não estava chateado com ela.

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“Eu sei... mas eu não posso dar ouvido a ela o tempo todo.” – ela riu

“Não mesmo. Mas dessa vez sim. Anny, você quer que eu vá aí e te mantenha quentinha durante a noite?”

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“Siim, por favor!” – ela respondeu manhosa – “Eu ia amar. Traga suas coisas para amanhã e fique comigo hoje.”

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“Ok, estarei aí em 15 minutos. Eu te amo.”

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“Eu também te amo, te vejo daqui a pouco.” – ela disse e desligou o telefone.

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Tirei o celular da orelha, fechando-o e colocando-o em cima do meu peito enquanto fechava os olhos e respirava fundo - “Te vejo daqui a pouco...”