Fanfic: A Cegueira AyA - Adaptação | Tema: Ponny - RBD

<font color=#008B8B> Acordei sozinha e isso me assustou. Quando o alarme começou a tocar às cinco da manhã,

por puro reflexo me virei pra me aconchegar em Alfonso, só que ele não estava mais lá. Tatei o

lado dele ainda meio sonolenta, procurando seu corpo quente e reconfortante. Me sentei assim

que percebi que ele não estava lá e bati minha mão no alarme para desligá-lo. Eu me enrolei

entre as cobertas e parti pra sala de estar.

"Alfonso?" Chamei baixinho, só um pouquinho mais alto que um sussurro. "Alfonso, cadê

você?"

Tudo que eu conseguia ouvir era meus pés batendo no piso de madeira. Meu coração

acelerava em meu peito enquanto eu me movia. Ainda não tinha amanhecido e a casa toda

estava num completo breu.

Ouvi Alfonso batendo seus dedos contra as teclas do seu novo piano preto. No susto eu devo

ter pulado. Minha mão voou para o meu peito, tentando manter o meu coração no lugar.

Alfonso ergueu a cabeça "Anny?"

"Você me assustou pra caramba agora." Eu murmurei.

"Desculpe." Ele suspirou. "Não consegui dormir. Eu pensei em tocar, mas não tenho inspiração

pra nada. "

"É porque você está nervoso." Eu disse-lhe quando me sentei ao seu lado no banco. Coloquei

minha mão em cima de seu joelho e apertei um pouquinho. "Não conseguiu dormir nadinha?"

"Não, mas de qualquer jeito eu vou dormir ainda hoje, querendo ou não. Vou ser dopado

lembra?. " Ele encolheu ombros e mudou de assunto. "Se você estiver com fome, eu já fiz seu

café-da-manhã."

"Não devia ter feito isso, até porque você não pode comer nada!" Eu disse deitando minha

cabeça no seu ombro.

"Mas eu fiz. Eu queria cuidar de você uma última vez. Afinal de contas, a partir de agora é você

quem vai me mimar por um bom tempo." Ele respondeu beijando minha testa. Ele me ergueu e

me levou até a mesa. Não tinha nem sequer se incomodado em acender as luzes; isso não

fazia diferença pra ele. Caso contrário, eu teria notado que ele já estava de pé. Alfonso fez

ovos mexidos com torradas e geléia. Ele tinha até preparado uma caneca de café do jeito que

eu gosto, que estava só esperando por mim. Ainda estava quente; isso provava que ele tinha

acabado de terminar as coisas.

Me senti meio culpada por estar comendo enquanto o coitado devia estar morrendo de fome.

Me sentei ainda enrolada no lençol, e lentamente mordi uma das torradas. "Está ótimo,

obrigado."

"Depois, tipo, quando eu já estiver vendo, você faria umas aulas de culinária comigo? Não que

você precise, mas acho que o Christian não faria isso ao meu lado." Ele disse com um pequeno

sorriso nos lábios.

"Eu adoraria. E eu sempre posso melhorar minhas habilidades ".

"Eu só quero aprender algumas receitas pra um dia fazer um jantar especial pra nós dois. Você

já fez isso tantas vezes pra mim! Não me parece muito justo." Ele parecendo meio triste.

"Alfonso, um monte de caras não sabe nem sequer fritar um ovo. Olhe o Christian. Tudo que

ele consegue fazer é aquele macarrão com queijo. Talvez devêssemos forçá-lo a fazer essas

aulas. Pelo bem nutricional de nossa amiga Maite." Eu brinquei.

Ele finalmente riu. "Eu acho que você tem razão."