Fanfic: A Cegueira AyA - Adaptação | Tema: Ponny - RBD

< font color= #000080> Assim que a Anny terminou seu café, fomos tomar um banho rápido juntos. Não me importei

em me barbear ou mesmo vestir algo mais normal. Peguei minha calça de moletom mais

confortável uma camiseta, e calcei um chinelo velho nos meus pés. Esperei pacientemente

deitado em nossa cama que Anny terminasse de se arrumar.

Pegou um livro, o I-pod, alguns papéis e uma caneta, pronta pra se manter entretida enquanto

eu estivesse me operando, ela comentou comigo. Eu me senti culpado por ela ter que ficar lá

sem fazer nada pelos próximos dois dias, mas eu sabia que tinha que haver mais. Eu sabia

que se eu lhe disse que ela podia ficar em casa que tinha barulho pra mim, então eu não

incomode. Honestamente, eu queria que ela existe, eu só não quero que ela se preocupe.

Fomos num completo silêncio para o hospital, sem nem mesmo se incomoda em ligar o rádio.

Iamos chegar um pouco mais cedo do que o marcado, e então senti a caminhonete parando.

"Estou com medo." Eu sussurrei.

"Você ainda pode desistir, se quiser. Eu vou te apoiar, não importa o que você decida." Ela agarrou a minha mão, apertando-a bem forte.

"Eu sei." Eu disse com um pequeno sorriso e um suspirando. "Eu vou fazer isso, só estou com

medo."

"Seus pais já estão nos esperando lá na porta. Eu me pergunto como é que sua mãe consegue

ser tão linda logo de manhã cedo." Ela me disse antes de pular pra fora do carro. Eu desci e

andei até frente do veículo. Anny enrolou seu braço na minha cintura e eu coloquei meu braço

em torno dos seus ombros. Nós estavamos quase nos rastejando como duas tartarugas mas

eu não me importei, nos tinhamos tempo suficiente até a hora marcada.

"Bom dia, meus amores." Minha mãe disse abraçando docemente a nós dois.

"Como se sente hoje, filho?" Meu pai perguntou batendo levemente em minhas costas.

Eu simplesmente dei ombros. Tive a nítida impressão que essa pergunta ia me perseguir pelos

próximos dias, talvez até semanas. "Louco pra acabar logo com isso".

Caminhamos para a ala que o médico tinha nos mandado ir. Eu me deixei ser apoiado pela

Anny. Estava me sentindo completamente acabado e o dia mal tinha começado. Nós fomos

recepcionados por uma enfermeira que nos ofereceu o toda papelada para preenchermos, quer

dizer, para meus pais preencherem.

"Você tem uma família bem saudável." Anny comentou depois que minha mãe informou todo

nosso histórico familiar.

"É, nós temos bons genes!" Meu pai disse sorridente.

Eu ri. "Anny, tome cuidado. Isso foi uma indireta nada sutil pra nós reproduzirmos".