Fanfic: Malditas férias de verão | Tema: Vondy

 - Larga ela seu estúpido - falei com raiva

 - Quem é você? - Rodrigo perguntou

 - Eu sou o Ucker, o amigo dela - respondi

 - Cara, deixa a gente aqui, sua amiga vai ficar bem comigo- falou Rodrigo com paciência

 - Aham sei, Dulce vem comigo. Esse cara só ta interessado em tirar tua pobre virgindade, ele só quer te comer - falei cambaleando, com certeza havia bebido demais

 - Ucker para com isso! Você ta me fazendo passar vergonha - ela disse envergonhada e com medo

 - Ta bom. Eu tentei te defender Dulce, eu tentei. Agora se você prefere dar pra esse ai, que se fo.da vocês dois, mas depois não venha chorar "ai ele tirou minha virgindade e foi péssimo" - imitei a voz dela

 - Cara, para com isso agora! Você não ta vendo que ela ta chorando?- Rodrigo a defendeu

 - Pra mim não interessa o que essa puta faz ou deixa de fazer-  disse e ela não pensou duas vezes. SPLAT. Deu um tapa na minha cara e saiu correndo ao encontro de Any, Demi e Fuzz.

 Acordei em um pulo, estava suando e tremendo. Olhei no rélogio e eram cinco horas na manhã. Lembrei do meu sonho e comecei a pensar se realmente foi um sonho, forcei um pouco mais minha mente e aos poucos fui lembrando da noite do luar. Nathalia tinha me dado um pé na bunda e tinha dito que Dulce estava transando com Rodrigo. Eu, desesperado e bêbado, fui atrás dela e quando a encontrei a xinguei com as palavras mais baixas e estúpidas possíveis. Oh Deus, eu lembro dos olhos tristes e molhados que ela tinha. Lembro-me que depois do tapa que levei, sai que nem um doido para um bar, comprei whisky e cerveja, e quando o bar fechou fui para casa de Mai, bebi mais algumas garrafas de whisky, comecei a sentir tontura e não lembro de mais nada.

 Perguntas e pedidos de desculpas rodeavam minha mente. Confuso, nem percebi as horas passando e quando vi já era sete horas da manhã. A hora do meu remédio. Escutei uma batida na porta, com certeza era ela, a mulher que mesmo com as cagadas que fiz continua cuidando de mim. Como? Por que? Essas eram algumas das perguntas que eu me fazia. Ela entrou no quarto

 - Hora do seu remédio, Ucker - ela disse animada e quando viu que eu estava acordado fez um comentário brincalhão - Oh meu Deus, hoje vai chover! Você acordou às sete horas certinho - ela riu e eu continuei sério

 - Às cinco

 - O que? - ela sentou na cama, ao meu lado, e eu me endireitei para tomar o remédio

 - Acordei às cinco da manhã - disse sério

 - Que foi? Teve algum pesadelo? - ela zombou

 - Quem me dera - ela me ofereceu o remédio e eu tomei - Por que, Dulce? 

 - Por que o que?

 - Por que cuidar de mim? - perguntei com raiva de mim mesmo

 - Oras... porque você é meu amigo - ela respondeu calmamente

 - Um amigo não faz o que eu fiz - disse e ela me encarou tenebrosa - Eu lembrei de tudo - meus olhos ficaram cheios de lágrimas e os dela também

 - Ucker, você estava bêbado e.. - eu interrompi-a

 - Não justifica o que fiz! Dulce, eu te peço mil perdões! Eu sei que sou um idiota, trouxa, canalha, vagabundo e... - a essa altura já estava chorando que nem uma mulherzinha - Desculpa

 - Ucker, você não é isso. Eu já te perdoeei, meu amor, faz tempo

 - Você não tem o porque me perdoar. Eu fui um estúpido com você, fiz você passar coisas que... não da - funguei

 - Ucker, me escuta - abaixou a cabeça, limpando suas lágrimas - Quando você fez aquilo meu mundo desabou e eu fiquei com muita raiva de você, admito. Mas, quando recebi a notícia que você estava no hospital em coma eu descobri que meu mundo não tinha desabado quando você me xingou, eu descobri que meu mundo era você, e sem ele eu não podia viver. Passei noites em claro chorando por você, rezei uns dez mil Pai Nosso, todo dia eu conversava com você. E sabe? - ela me fitou - Minha raiva passou, ela se transformou em amor, ou talvez, já era amor, mas eu escondia. Um belo dia cheguei ao hospital e fiz uma música pra você, eu cantava ela todos os dias, assim me sentia mais perto de você. Até que você parou de respirar e eu entrei em desespero, o médico disse que você tinha morrido e então eu te beijei e logo depois desmaiei. Quando acordei me disseram que você havia voltado a respirar e eu fiquei tão feliz. Continuei indo ao hospital todos os dias - ela sorriu com as lembranças - Até que um dia conheci uma "pessoa" - fiz aspas com o dedo - que foi fundamental para você se recuperar totalmente e essa pessoa me fez abrir os olhos sobre meu verdadeiro amor - ela deu um suspiro - Por isso, eu digo que aquilo não passou de uma fase da minha vida, eu já te perdoeei e...queria muito dizer que.. - eu a interrompi

 - Eu te amo, Dulce Maria - nós nos beijamos

 Segundo capítulo da maratona! Aguardem mais...

 Mamãe ama vocês!!